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E.M.E.F.

Francisco Sales Gadelha de Oliveira

Aluno (a):

EXERCÍCIO DE VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM DE PORTUGUÊS- 2º BIMESTRE


Prof (a): Sara 8º ano A( ) B( ) ___ /___/____
/______

Atividades de Português

 Produção de texto: Olimpíada de língua portuguesa 2021 – Tema: “O lugar onde vivo”. Você
deverá produzir uma crônica observando o roteiro abaixo;

Roteiro para elaboração da crônica

O cenário da crônica reflete o lugar onde você vive?


Ela cumpre o objetivo a que se propõe: emocionar, divertir, provocar
reflexão, enredar o leitor?
 E o episódio escolhido, como é tratado pelo autor? Há um modo peculiar de
dizer?
 Organiza a narrativa em primeira ou terceira pessoa?
 As marcas de tempo e lugar que revelam fatos cotidianos estão presentes?
 Que tom o autor usa ao escrever: irônico, humorístico, lírico, crítico?
 Roteiro para a revisão da crônica
 Utiliza uma linguagem simples, espontânea, quase uma conversa informal
com o leitor?
 O enredo da crônica está bem desenvolvido, coerente? Há uma unidade de
ação?
 No desenrolar do texto, as características da narrativa (personagem,
cenário, tempo, elemento surpresa ou conflito e desfecho) estão presentes?
 Faz uso de verbos de dizer?
 Os diálogos das personagens são pontuados corretamente?
 Há alguma palavra que não está escrita corretamente, frases incompletas,
erros gramaticais, ortográficos? E a pontuação está correta?
 O título mobiliza o leitor para leitura?
Antes de mais nada, você precisa saber o que é uma crônica.

O que é crônica?
A crônica é um gênero textual curto escrito em prosa, geralmente produzido para meios de
comunicação, por exemplo, jornais, revistas, etc.
Além de ser um texto curto, possui uma "vida curta", ou seja, as crônicas tratam de acontecimentos
corriqueiros do cotidiano.
Do latim, a palavra “crônica” (chronica) refere-se a um registro de eventos marcados pelo tempo
(cronológico); e do grego (khronos) significa “tempo”.
Portanto, elas estão extremamente conectadas ao contexto em que são produzidas, por isso, com
o passar do tempo ela perde sua “validade”, ou seja, fica fora do contexto.
As características das crônicas
 narrativa curta;
 uso de uma linguagem simples e coloquial;
 presença de poucos personagens, se houver;
 espaço reduzido;
 temas relacionados a acontecimentos cotidianos.
Tipos de crônicas
Embora seja um texto que faz parte do gênero narrativo (com enredo, foco narrativo, personagens,
tempo e espaço), há diversos tipos de crônicas que exploram outros gêneros textuais.
Podemos destacar a crônica descritiva e a crônica dissertativa. Além delas, temos:
 Crônica Jornalística: mais comum das crônicas da atualidade são as crônicas chamadas de
“crônicas jornalísticas” produzidas para os meios de comunicação, onde utilizam temas da
atualidade para fazerem reflexões. Aproxima-se da crônica dissertativa.
 Crônica Histórica: marcada por relatar fatos ou acontecimentos históricos, com personagens,
tempo e espaço definidos. Aproxima-se da crônica narrativa.
 Crônica Humorística: Esse tipo de crônica apela para o humor como forma de entreter o público,
ao mesmo tempo que utiliza da ironia e do humor como ferramenta essencial para criticar alguns
aspectos seja da sociedade, política, cultura, economia, etc.
 Para melhor compreender o que é uma crônica, leia e responda a atividade abaixo.

Sopa de macarrão

O filho olha emburrado o prato vazio, o pai pergunta se não está com fome.
— Com fome eu tô, não tô é com vontade de comer comida de velho.
Lá da cozinha a mãe diz que decretou ― De-cre-tei! — que ou ele come legumes e verduras, ou
vai passar fome.
— Não quero filho meu engordando agora para ter problemas de saúde depois. Só quer batata
frita e carne, carne e batata frita!
Ela vem com a travessa de bifes, o pai tira um, ela senta e tira o outro, o filho continua com o prato
vazio.
— Nos Estados Unidos — continua ela — um jornalista passou um mês comendo só a fast-food,
engordou mais de seis quilos!
— E como é que ele aguentou um mês só comendo isso?! — pergunta o pai, o filho responde:
— Porque é gostoso! — E pega com nojo uma folhinha de alface, põe no prato e fica olhando como
se fosse um bicho.
A mãe diz que é preciso ao menos experimentar para saber o que é ou não gostoso, e o pai diz
que, quando era da idade dele, comia cenoura crua, pepino, manga verde com sal, comia até milho
verde cru.
— E devorava o cozido de legumes da sua avó! E essa alface? Pra comer, é preciso botar na
boca...
O filho enfia a alface na boca, mastiga fazendo careta, pega um bife, a mãe pula na cadeira, pega
o bife de volta:
— Não-senhor! Só com salada pra valer, arroz, feijão, tudo!
Ele continua olhando o prato vazio, até que resmunga:
— Se vocês sempre comeram tão bem, como é que acabaram barrigudos assim?
O pai diz que isso é da idade, o importante é ter saúde.
— E você, se continuar comendo só fritura, carne, doce e refrigerante, na nossa idade, vai pesar
mais de cem quilos!
— No Japão — resmunga ele — podia ser lutador de sumô e ganhar uma nota.
— E no Natal — cantarola a mãe — vai ser Papai Noel, né? E Rei Momo no Carnaval...
— Não tripudie — diz o pai. — Ele ainda vai comer de tudo. Quando eu era menino, detestava
sopa. Aí um dia minha mãe fez sopa com macarrão de letrinhas, passei a gostar de sopa!
O filho pergunta o que é macarrão de letrinhas, o pai explica. Ele põe na boca uma rodela de
tomate, o pai e a mãe trocam um vitorioso olhar. O pai faz uma voz doce:
— Está descobrindo que salada é gostoso, não está?
— Não, peguei tomate para tirar da boca o gosto nojento de alface, mas acabo de descobrir que
tomate também é nojento.
— Mas catchup você come, não é? Pois é feito de tomate!
— E ele também não come ovo — emenda a mãe — mas come maionese, que é feita de ovo!
O filho continua olhando o prato vazio.
— Coma ao menos feijão com arroz — diz o pai.
Ele pega uma colher de feijão, outra de arroz, dizendo que vu um filme onde num campo de
concentração só comiam assim pouquinho, só o suficiente pra sobreviver... Mastiga tristemente,
até que o pai lhe bota o bife no prato de novo, mas a mãe retira novamente:
— Ou salada ou nada! Sem chantagem sentimental!
O pai come dolorosamente, a mãe come furiosamente, o filho olha o prato tristemente. Depois a
mãe retira a comida, ele continua olhando a mesa vazia. Na cozinha, o pai sussura para ela:
— Mas ele comeu duas folhas de alface, não pode comer dois pedaços de bife?!...
Ela diz que de jeito nenhum, desta vez é pra valer; então o pai vai ler o jornal, mas de passagem
pelo filho, pergunta se ele não quer um sanduíche de bife — com salada, claro. Não, diz o filho, só
quer saber de uma coisa da tal sopa de letras. O pai se anima:
— Pergunte, pergunte!
— Você podia escrever o que quisesse com as letras no prato?
— Claro! Por que, o que você quer escrever?
— Hambúrguer, maionese e catchup.
É teimoso que nem o pai, diz a mãe. Teimoso é quem teima comigo, diz o pai. O filho vai para o
quarto, só sai na hora da janta: sopa de macarrão. Então, vai escrevendo, e engolindo as palavras:
escravidão, carrascos, nojo, e enfim escreve amor, o pai e mãe lacrimejam, mas ele explica:
— Ainda não acabei, tá faltando letra pra escrever: amo rosbife com batata frita...

(Domingos Pellegrini)

01) O texto apresenta uma família à mesa, na hora do almoço, porém, há um conflito. Qual?
Explique:

02) Observe a passagem destacada no texto. O que o verbo decretar expressa nessa situação,
escrito dessa forma?

03) A mãe não quer que o filho engorde e tenha problemas de saúde mais tarde. Para convencê-
lo, ela usa de diferentes recursos, entre eles a informação, a ironia e a ação direta. Transcreva do
texto, respectivamente, um exemplo para cada um desses recursos, explicando seu raciocínio:

04) O pai, por duas vezes, relembra hábitos alimentares de sua infância. Como eram esses hábitos?
Com que finalidade ele os cita?

05) Um dos hábitos do pai atraiu o interesse do menino. Qual foi ele? Por que o menino ficou
interessado? O que isso revela?

06) Que palavra o menino formou no prato e que parecia ser uma tentativa de trégua e reconciliação
com os pais? Por que a complementação dessa palavra provoca humor no final do texto?

07) O texto é uma crônica humorística, que, além de provocar o riso, também faz críticas. Que
críticas ele faz? Comente:

08) A conjunção MAS é empregada várias vezes no texto. Que sentido essa palavra expressa?
Considerando o assunto do texto e o diálogo mantido entre as personagens, como você justifica
tantas repetições dessa palavra?

09) Transcreva do texto exemplos de oralidade:

10) No texto, o filho diz que não quer comer “comida de velho”. Você também acha que existe
comida de velho e comida de jovem? Justifique sua resposta:
 OBSERVAÇÃO: AS ATIVIDADES DEVERÃO SER DEVOLVIDAS NA ESCOLA, DESSE
MODO DEVEM DESTACÁ-LAS DO CADERNO. LEMBREM DE COLOCAR O NOME
COMPLETO PARA QUE POSSA IDENTIFICAR DE QUEM É.

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