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GESTÃO DE RELACIONAMENTO
COM O CLIENTE
No cenário atual, o atendimento está fortemente influenciado por clientes cada GESTÃO DE RELACIONAMENTO
vez mais exigentes em relação à qualidade do que compram e que fazem
questão de receber um atendimento diferenciado. Portanto, este livro procura COM O CLIENTE
orientar estudantes, profissionais liberais e contratados por empresas a realizar
um atendimento com excelência, garantindo, dessa forma, um bom relaciona-
Otavio Bentes
mento com seus clientes, fundamental para o crescimento das organizações.
Gestão
FAEL
Carta ao aluno | 5
6. Teleatendimento | 101
Gabarito | 193
Referências | 207
Carta ao aluno
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1
Características do mundo
contemporâneo
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Características do mundo contemporâneo
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Características do mundo contemporâneo
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Características do mundo contemporâneo
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Características do mundo contemporâneo
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Características do mundo contemporâneo
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Características do mundo contemporâneo
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
Deming dedicou grande parte de suas horas para falar da necessidade de tra-
tar adequadamente o cliente interno, para que os externos sejam bem atendi-
dos. Afinal, clientes externos atendidos por pessoas pouco motivadas não têm
chance de ser bem atendidos.
Consumidor 3.0
(CORRÊA, 2016, p. 61-68)
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Características do mundo contemporâneo
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
Atividades
1. Descreva os impactos do processo da globalização no dia a dia
das empresas.
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Características do mundo contemporâneo
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2
Organizações:
competências para
os novos desafios do
terceiro milênio
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Organizações: competências para os novos desafios do terceiro milênio
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Organizações: competências para os novos desafios do terceiro milênio
Muitas até tentam, mas não conseguem tornar real o discurso, por pra-
ticarem velhos paradigmas ou por falta de competências. São organizações
que não investem na otimização de suas políticas, práticas e colaboradores.
Algumas, em pleno terceiro milênio, ainda entendem seus produtos como
seus, e não reflexos de necessidades dos clientes. Acabam por perder negócios
por falta de flexibilidade e agilidade de gestão.
No relacionamento comercial com clientes, é comum que fornecedores
percebam e classifiquem clientes como difíceis. Contudo, mesmo que sejam
difíceis, continuam sendo clientes e, muitas vezes, são excelentes, do ponto
de vista de afinação com a linha de produtos desses fornecedores e geradores
de faturamento significativo. As montadoras, por seu enorme poder de bar-
ganha, são um exemplo, pois são exigentes e, frequentemente, impositivas.
As empresas precisam evitar o perigo de dependência extremada de alguns
poucos compradores, com grande fatia do faturamento, para não se tornarem
reféns desses clientes.
Conhecer, entender e saber produzir necessidades demandadas, passa
primeiro por saber se relacionar e comunicar, criando intimidade com clien-
tes. Ainda flagramos fornecedores afastados de seus compradores, do ponto
de vista de relacionamento, conhecendo-os pouco. A qualidade de relacio-
namento e comunicação fica prejudicada e, com a contribuição adicional de
processos internos muito inflexíveis, baseados nas próprias percepções e con-
dições como fornecedor, torna-se mais complicada a tarefa de bem atender
aos clientes. Algumas empresas já praticam o conceito de sítio industrial, no
qual seus fornecedores estão instalados dentro de suas áreas fabris, facilitando
o atendimento de suas necessidades.
Outro sintoma da dificuldade de colocar o cliente como valor é abando-
ná-lo após a venda. Esse é um momento de máxima importância para as futu-
ras relações, gerando fidelização. Por exemplo, é impressionante o número
de promoções de empresas para novos clientes, esquecendo-se inteiramente
daqueles que já o são e que geram faturamento. Sentindo-se desrespeitados e
abandonados, tais clientes simplesmente migram para a concorrência.
O cliente insatisfeito tem motivação muito maior para falar mal de
seus fornecedores e o custo para recuperar um cliente é cinco vezes maior
do que para conquistar um novo. É lógico e mais barato que as empresas
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Organizações: competências para os novos desafios do terceiro milênio
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Organizações: competências para os novos desafios do terceiro milênio
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
Conceituação de competências
(LIMA; FERREIRA, 2011, p. 281-283)
[...]
As definições mais atuais da competência foram fundamen-
tadas de pesquisas realizadas nos anos 1980, na França.
Para Conseil National du Patronat Français (CNPF), atual
Mouvement des Entreprises de France (MEDEF), compe-
tência profissional é uma combinação de conhecimentos,
de saber-fazer, de experiências e comportamentos que se
exercem em um contexto preciso. Ela é constatada quando
da sua utilização em situação profissional, a partir da qual é
passível de validação (CNPF, 1998 apud ZARIFIAN, 2001,
p. 66). Mesmo assim, Zarifian (2001) afirma que, para que
seja possível compreender a importância do termo compe-
tência no mundo das organizações, suas diversas definições
devem ser analisadas de acordo com as mutações no trabalho
e na organização.
Corroborando com esse pensamento, Fleury e Fleury (2001)
justificam que o conceito de competência sofreu mutações
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Organizações: competências para os novos desafios do terceiro milênio
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
Atividades
1. Para as organizações, é fundamental ter as competências exigidas pe-
los novos desafios do terceiro milênio: o enfrentamento de um mer-
cado extremamente exigente e competitivo. Precisam ter qualidade
em vários segmentos, como saúde econômica, tecnologia e produtos
diferenciados, entre outros, mas, sobretudo, ter excelência no atendi-
mento. Com base nesse contexto, quais seriam as competências bási-
cas necessárias às organizações atuais?
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Profissionais:
competências para
os novos desafios do
terceiro milênio
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Profissionais: competências para os novos desafios do terceiro milênio
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Profissionais: competências para os novos desafios do terceiro milênio
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Profissionais: competências para os novos desafios do terceiro milênio
Conceituação de competências
(LIMA; FERREIRA, 2011, p. 283-284)
[...]
Levy-Leboyer (1997) afirma que as competências estão vin-
culadas a uma atividade determinada ou a um conjunto de
atividades. São vistas como consequência da experiência e
constituem saberes articulados, integrados entre elos e de
alguma forma automatizados. Essa autora acredita que uma
pessoa é competente no que faz na medida em que mobiliza
o seu saber no momento oportuno, sem ter a necessidade de
consultar regras básicas, nem de perguntar sobre as indicações
de tal ou qual conduta.
Para Barato (1998, p. 16), a competência refere-se à capaci-
dade do sujeito, sendo definida como “[...] saberes que com-
preendem um conhecimento capaz de produzir determinados
desempenhos, assim como de assimilar e produzir informa-
ções pertinentes”.
De acordo com Dutra, Hipólito e Silva (2001), a competência
é um conjunto de qualificações que permite que um indivíduo
tenha uma performance superior em situação de trabalho. Eles
acrescentam ainda a definição de competência individual o
conceito de entrega, ou seja, o indivíduo é avaliado e anali-
sado levando em consideração a sua capacidade de entregar-
-se à empresa, a partir dos resultados obtidos, conforme o que
a empresa espera e necessita.
Ramos (2001) também colabora com esta reflexão quando
afirma que a competência é indissociável da ação. Aponta o
conhecimento como o saber; a habilidade refere-se ao saber
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Profissionais: competências para os novos desafios do terceiro milênio
Atividades
1. As empresas de porte mundial ditam as exigências para os profissio-
nais de topo do mercado. E, por consequência, toda a cadeia produ-
tiva acaba por também contemplar outras exigências, em desdobra-
mento. O mundo das organizações, que tem milhões de pessoas direta
ou indiretamente contratadas, especialmente no Brasil, apresenta um
curioso fato: há posições de vagas para as quais não se encontram os
profissionais preparados. E do outro lado dessa relação, temos esta-
tísticas significativas de pessoas sem emprego ou sem trabalho. Nesse
contexto, urge a necessidade de os profissionais assumirem uma visão
sistêmica no dia a dia das organizações. Explique essa visão sistêmica.
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4
Por que os clientes não
fazem o que você espera?
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Por que os clientes não fazem o que você espera?
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Por que os clientes não fazem o que você espera?
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
Então comece conhecendo profundamente seus clientes para não ter pro-
blemas de atendimento e perdas para a concorrência. Algumas recomendações:
22 Aprofunde seu conhecimento da cultura e das características
gerais dos clientes – saiba como eles pensam, como decidem e o
que gostam e não gostam. Tenha intimidade com eles.
22 Tenha consciência do que pensam de sua empresa e produtos –
em caso de uma posição negativa, entenda-a bem para gerar a rever-
são e seja ágil. Lembre sempre que um cliente insatisfeito tem mais
motivação para denegrir do que tem um satisfeito para enaltecer
suas qualidades. Para levantar informações, além de visitas comer-
ciais e operacionais (após a venda), pesquisas de opinião formais
são bem-vindas. Prepare bem o material, com base em conheci-
mentos que possua de cada cliente. Mas se ele perguntar, dê retorno
e, melhor ainda, atenda expectativas e opiniões.
22 Evite que apenas parte de sua empresa tenha o conhecimento
sobre os clientes – é comum que somente os profissionais que
lidam diretamente com os clientes – departamentos comerciais
e operacionais que com eles atuam diretamente – os conheçam.
E muitas vezes não é por economia, mas sim por conceito.
Essas empresas não investem no conhecimento para todos os que
interferem na cadeia produtiva dos produtos que atendem aos clien-
tes e o resultado é um número considerável de problemas de rela-
cionamento. Veja que ainda é um resquício do modelo de divisão
das tarefas, no qual cada colaborador precisa entender apenas a sua.
E muitas vezes essas empresas acabam por comprometer a con-
tinuidade do atendimento, mesmo que as pessoas ligadas direta-
mente aos clientes sejam excelentes.
22 Mesmo não vendendo naquele momento, agende visitas para
conhecer e ser conhecido – gere intimidade já na atividade comer-
cial, mas com naturalidade.
22 Procure participar da vida dos clientes – desde que não exceda os
limites do bom senso, mostrar interesse pode render novos atendi-
mentos. Saiba de novidades e leve outras tantas para ele.
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Por que os clientes não fazem o que você espera?
4.4.1 Negociação
Considerando a negociação, é importante salientar que ela envolve mui-
tas habilidades facilitadoras das transações, como empatia, comunicação e
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Por que os clientes não fazem o que você espera?
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Por que os clientes não fazem o que você espera?
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
Marketing de relacionamento
(COSTA, 2016, p. 1-2)
[...]
Diante de grandes mudanças de mercado, tornou-se indis-
pensável manter um relacionamento duradouro entre empre-
sas e clientes, pois as pessoas estão cada vez mais atentas e
exigentes quando o assunto é adquirir um bem ou serviço.
Empresas estão sempre buscando por novas formas de atrair
clientes que se fidelizem à sua marca e, nessa nova era digital
e mundo globalizado, as empresas lutam dia a dia por sobre-
vivência no mercado.
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Por que os clientes não fazem o que você espera?
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
Atividades
1. Quando se trabalha com vendas, atende-se a clientes de diversos per-
fis, tanto os que buscam os produtos, quanto os que são prospectados
e recebem os vendedores. Você poderá insistir e acabar por vender,
atendendo a clientes de perfis muito diferentes. Nesse sentido, expli-
que a importância de mapear o perfil do cliente.
Ler a mente de um cliente difícil nada tem a ver com poderes extras-
sensoriais, mas sim tem tudo a ver com o desenvolvimento da capacidade
de ouvir, entender padrões e culturas. Descobrir o que está querendo dizer
muitas vezes só é possível por sinais da linguagem não verbal. Para saber fazer
essas leituras é necessário focar no cliente e prestar menos atenção a neces-
sidades de faturamento e padrões gerais. Nesse sentido, ressaltamos algumas
recomendações especiais:
22 Aprenda a entender as entrelinhas – isso significa prestar aten-
ção e compreender o que não foi dito, como significados ocultos
na comunicação. Podemos citar, por exemplo, um cliente que diz
“sim, vamos fechar o negócio”, no entanto, há uma incerteza em
sua fala.
22 Atente para a quantidade de interrupções durante sua apresen-
tação comercial – saiba que este é um sinal de pouca importância
dada pelo cliente a você. É hora de reverter a situação e mostrar
algo que interesse a ele.
22 Perceba se os sinais da comunicação não verbal são contraditó-
rios ao da comunicação verbal – sinais como não olhar nos olhos,
sacudidelas do corpo, respiração alterada, risos discretos, gestos que
cubram o rosto, tom de voz divergente do que se esperaria pelo
conteúdo da fala, olhar de tédio, bocejos, sinais de raiva ou inde-
cisão, normalmente requerem tomar a iniciativa para reverter um
quadro desfavorável à avaliação de seu atendimento. Por exemplo,
faça perguntas inesperadas, mas que façam sentido ao cliente.
22 Entenda se o silêncio é forma de desaprovação ou manipula-
ção – é comum que clientes difíceis usem o silêncio para mostrar
desaprovação ou simplesmente tirar o fornecedor do conforto, dei-
xando-o na defensiva e acuado. Quando estiver nessa posição, faça
perguntas ou alguma observação consistente que traga a iniciativa
para você.
22 Considere quando o cliente não mencionar que está conta-
tando outro fornecedor – saiba que ele pode estar e não tenha
medo de perguntar. Quanto mais cedo você descobrir, mais con-
dições terá para vencer a concorrência.
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Como lidar com clientes difíceis
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Como lidar com clientes difíceis
identificar se é a empresa que é difícil ou apenas quem negocia com você, fato
que poderá abrir opções para contatos com outro nível hierárquico e mudar o
grau de dificuldade do processo de atendimento.
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Como lidar com clientes difíceis
forte. Outras pessoas desistem do cliente e ditam aos quatro ventos do mer-
cado o quanto ele é difícil. Como dizia Jean Pierre Sartre, “o inferno são os
outros”. O mais difícil é desenvolver a habilidade para transformar o cliente
difícil em cliente fácil, fato que se dará pela competência empregada no
atendimento. Uma frase de Winston Churchill, líder da Inglaterra e dos
aliados na Segunda Guerra Mundial, é apropriada a essas ideias: “O sucesso
na vida é determinado pela sua capacidade de ir de fracasso em fracasso sem
perder o entusiasmo” (apud ANDERSON, 2010).
Lidar com clientes difíceis, que normalmente gostam de conflitos, exige
saber escolher quais batalhas não serão travadas. E também exige saber como
travar outras essenciais, mas com a habilidade necessária para não transfor-
mar conflito em guerra, na qual quem perde é sempre o fornecedor. Usando
uma citação de Joseph Juran, há poucos e vitais e muitos e usuais. Foque nos
poucos e vitais. No entanto, é preciso resistir a dizer: “já vai tarde” aos clien-
tes que são muitos e usuais. É importante deixar o ego sob controle, engolir
o orgulho e entender que ali você é um profissional. O orgulho terá que ser
proveniente apenas do bom atendimento, especialmente quando for difícil.
Mas para se orgulhar de um atendimento difícil, com um daqueles clien-
tes que adora conflitar, é preciso trabalhar a capacidade de atuar no descon-
forto, para ir adiante e chegar em seus objetivos. E, de modo complementar,
escolher qual batalha precisa travar e fazê-la, sem perder o cliente, ter garra
para persistir é fundamental. Definimos garra como a capacidade de persistir
nos momentos mais difíceis e contrários em termos de resultados e, mesmo
assim, continuar a fazê-lo. Sem garra, dificilmente você conseguirá atingir
metas e muito menos atender bem a um cliente difícil. Nesse sentido, algu-
mas considerações são interessantes:
22 Pessoas que não se motivam não demonstram garra.
22 Pessoas que têm garra costumam atingir objetivos. Mas é preciso
sempre renovar os horizontes desses objetivos.
22 Aperfeiçoar-se faz parte das ações que realimentam sua garra para
buscar objetivos.
22 Quando você sentir que perdeu a garra por estar debilitado emo-
cional ou fisicamente, dê um tempo para recuperar as energias.
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
22 Seu gerente, cônjuge e amigos não são mágicos para lhe dar garra.
É um trabalho que precisa ser realizado de dentro para fora.
22 A garra pode se transformar em movimento cego se não proceder
à busca do equilíbrio entre coisas como talento e disposição ou
interesses próprios e de terceiros.
A garra ou disposição, como muitos abordam, precisa ser alimentada
diariamente. O dia a dia consome os seus depósitos de disposição em função
do cansaço pela obtenção de resultados e, pior, por frustrações normais do
cotidiano. Embora não seja possível, muitas vezes, mudar o que ocorre com
você, é bastante razoável dizer que é possível manter o moral elevado e, assim,
recarregar os depósitos de garra ou disposição. Clientes difíceis desafiarão seu
moral e sua disposição diariamente. Será preciso que você esteja mentalmente
preparado para o pior, dia a dia, já que ter disposição quando as coisas andam
favoravelmente é muito fácil.
Estabelecer metas de vida, que motivem e mantenham seu moral e dispo-
sição nos momentos diversos da vida, é um dos inúmeros objetivos de desenvol-
vimento pessoal e profissional. Pessoas sem objetivos têm poucos motivos pelo
que lutar. Metas servem como uma corda para atravessar um rio com muita
correnteza. Servirá para que, nela segurando-se, não se afaste do ponto que se
pretende chegar e, nos momentos mais difíceis, para não se deixar naufragar.
Capacite-se sempre para enfrentar os piores desafios e os clientes mais
conflitantes. Busque engrandecer sua força mental e desenvolva habilidades.
Procure não levar para o plano pessoal as frustrações por não ter alcançado
determinados objetivos com clientes difíceis.
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Como lidar com clientes difíceis
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Como lidar com clientes difíceis
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
22 Cliente: “Só posso pagar 350 reais por mês” (o que seria impra-
ticável para o fornecedor).
22 Resposta ineficaz: “Não há a menor possibilidade de atendê-lo
nestas condições”.
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Como lidar com clientes difíceis
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Como lidar com clientes difíceis
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Como lidar com clientes difíceis
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Como lidar com clientes difíceis
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Como lidar com clientes difíceis
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
farão o seguinte raciocínio: se essa empresa, que é exigente como nós, está
satisfeita, teremos boas probabilidades de também seremos bem atendidos.
[...]
Antes de abordar o fato de o cliente não ter gostado, deve-se
compreender o que aconteceu, por que o cliente não gostou?
Não atendeu suas expectativas? A qualidade era ruim?
Produto com defeito?
Deve-se primeiramente detectar o problema, se foi defeito no
produto, já há uma lei específica, o “Código de Defesa do
Consumidor”, que garante que toda empresa deve ressarcir o
cliente, de acordo com as especificações e prazo de validade
de cada produto.
Porém, às vezes o problema não é com o produto, ou o
serviço, neste caso precisamos de sabedoria, conhecimento e
treinamento para lidar com a situação.
De acordo com Klein (2016),
Clientes insatisfeitos trazem consigo uma dose de frustração,
tenham ou não razão. Esta frustração muitas vezes se trans-
forma em agressividade quando tentam explicar os motivos
da insatisfação. Nunca compre esta briga. Respire fundo e
escute atentamente. Você vai se surpreender com o quanto
de informação o cliente passa quando desabafa ao mesmo
tempo em que você permite ao cliente escutar a si mesmo.
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Como lidar com clientes difíceis
Atividades
1. A grande parte dos clientes é respeitável, amistosa e estabelece re-
lações agradáveis com fornecedores, embora haja cobranças sobre
resultados, o que é natural. O desafio é responder “por que traba-
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
2. Ter atitudes e habilidades para lidar com clientes difíceis será determi-
nante do sucesso no atendimento, incluindo transformá-los em fáceis
ou, no mínimo, menos difíceis. Mas, primeiro, você ou sua empresa
terão a incumbência de não se precipitar e logo rotular clientes como
difíceis, embora alguns pareçam durões, agressivos ou exigentes – ou
até mesmo as três características juntas. Na verdade, clientes fáceis ou
difíceis precisam de um bom atendimento profissional. Nesse sentido,
como se deve atuar diante de um cliente difícil?
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6
Teleatendimento
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Teleatendimento
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
Volume de
movimentação 26 bilhões 28 bilhões 35 bilhões 40bilhões 43 bilhões
do setor
Volume de
movimentação 9 bilhões 10 bilhões 12 bilhões 14bilhões 15 bilhões
terceirizado
Total de PAs 619 mil 702 mil 811 mil 818 mil 825 mil
PAs
228 mil 259 mil 299 mil 288 mil 277 mil
terceirizadas
Total de
1.389.730 1.439.760 1.649.725 1.637.278 1.624.926
funcionários
Funcionários
514.200 539.910 593.901 576.322 559.263
terceirizados
Faturamento
médio total 44.764,81 43.195,08 45.384,45 51.240,89 55.229,47
por PA
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Teleatendimento
Faturamento
médio por PA 42.729,03 41.787,86 42.149,66 49.753,23 53.939,29
terceirizada
Faturamento
médio por
18.994,19 20.079,58 21.266,10 24.873,25 26.719,85
funcionário
terceirizado
Fonte: BAZOLLI, 2014.
E a expectativa é que esse setor arrecade R$ 1,92 bilhão em 2017 contra os
R$ 1,42 bilhão de 2016 (InfoChannel, 2017).
E o segredo de tal expansão está na velocidade com que esse tipo de
contato com o mercado promove prospecções com consumidores, em com-
paração a de outros meios, custo mais baixo e comodidade do consumidor,
que não precisa se deslocar de sua residência ou trabalho. Essas são as grandes
justificativas do porquê usar o telemarketing.
Quando se fala em funcionamento do telemarketing, afora a necessi-
dade da qualidade de profissionais, a questão dos equipamentos é fundamen-
tal. Assim é sempre importante falarmos da infraestrutura de uma central de
atendimento ou call center. Portanto, temos necessidade de:
22 local protegido de ruídos externos, para otimizar a comunicação;
22 móveis ergonômicos para a preservação da saúde corporal;
22 escolha dos equipamentos, que dependerá do objetivo, sendo dife-
rentes quando for um SAC ou um DAC (distribuidor automático
de chamadas). Em telemarketing ativo, a central pode dispor de
um PABX e mais um dispositivo para discagem automática;
22 softwares específicos como gravador de chamadas, discador de cha-
madas, monitoramento de chamadas, criação de relatórios geren-
ciais ou para definir rota de menor custo para entregas.
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Teleatendimento
6.2.3 E-marketing
Destaque dos anos 1990, quando parecia que iria substituir meios tradi-
cionais de vendas, o marketing eletrônico entrou em crise, passando por ajustes,
até se estabilizar em proporções bem menores do que se pensava. Por meio do
e-marketing as pessoas recebem divulgações referentes a produtos como livros,
roupas, equipamentos, entre outros e a partir delas podem comprá-los pela
internet, facilitando suas vidas, na medida em que não precisam se deslocar
de sua casa ou trabalho. E à medida que cresce a segurança das transações,
cresce o número de negócios transacionados. Como é o consumidor que tem a
iniciativa, os custos envolvidos são baixos para as empresas. A dificuldade que
se observa ainda é a falta de um operador que repasse informações e que vença
objeções de compra, como ocorre no telemarketing.
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
pode ser utilizado nas três fases da venda: pré-venda, venda e pós-venda.
E o telemarketing pode ser dividido em ativo a passivo.
No telemarketing ativo a empresa toma a liderança das ações que deter-
minarão as transações comerciais, enquanto no passivo ou receptivo são os
clientes que a assumem, entrando em contato com as empresas.
O perfil dos operadores é diferenciado se atuam no ativo ou no passivo.
De forma geral, no ativo se requer mais segurança, habilidade e capacidade
de argumentação, visto que irão persuadir para a compra. Já no passivo se
requer paciência, capacidade de lidar com conflito, já que estarão recebendo
reclamações, na maior parte das vezes. Mas uma habilidade é comum aos
dois: capacidade de ouvir e entender o interlocutor.
Segundo Beth Ullman, consultora de desenvolvimento de recursos
humanos (apud RATTO; ALBERNAZ; PELTIER, 2006, p. 30), de cada 15
candidatos em um processo seletivo, as empresas conseguem escolher apenas
dois. Isso se deve à exigência significativa de habilidades como persuasão,
sem abusar da insistência e atenção a pequenos detalhes que possam suscitar
atenção dos clientes.
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Teleatendimento
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Teleatendimento
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
6.5 Teleatendimento e
relacionamento com clientes
Uma boa parcela dos consumidores se queixa dos serviços de teleaten-
dimento ou telemarketing, seja pela má qualidade no atendimento ou pelo
sentimento de invasão, provocado por ligações que não pediram. No entanto,
esse modelo de contato com consumidores só cresce em volume de negócios
e profissionais envolvidos, apesar das queixas e problemas.
Muitas empresas começaram a utilizar o telemarketing com o Código
de Defesa do Consumidor, a partir de 1991. E a maior parte delas aca-
bou por terceirizar o serviço, por não ter a competência exigida ou para
redução de custos. A decisão por terceirizar, em si, não é boa nem ruim.
Mas é preciso levar em conta a qualidade dos serviços e o fato de que o tra-
balho terceirizado é um prolongamento da empresa, do ponto de vista do
consumidor ou legal. Ele pertence à empresa que o contrata.
A qualificação de um serviço de telemarketing passa por algumas exi-
gências de investimento, envolvendo ter profissionais qualificados e alinhados
com a empresa contratante, equipamentos eficazes e instalações que permi-
tam um trabalho de qualidade. Algumas empresas têm um sistema misto, isto
é, parte pertencente a ela, diretamente, e outra terceirizada. Mas as exigências
permanecem, não importa o modelo adotado.
O trabalho para ter profissionais de qualidade e alinhados com a empresa
necessita contemplar que estejam absolutamente inteirados das linhas de
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Teleatendimento
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Teleatendimento
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Teleatendimento
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Teleatendimento
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
Telemarketing
(VIANA; SANTOS; BARBAIS, 2015, p. 167-168)
[...]
Existem alguns conceitos sobre o tema telemarketing relevan-
tes para a pesquisa em estudo.
De acordo com Associação Brasileira de Telesserviços (ABT,
2015, p.1) o telemarketing é, “toda e qualquer atividade desen-
volvida através de sistemas de telemáticas e múltiplas mídias,
objetivando ações padronizadas e continuas de marketing”.
Para Petrungaro (2012, p. 11) “Telemarketing é o diálogo em
tempo real à distância, de forma padronizada e sistemática
(sistema porque envolve planejamento, execução e con-
trole constante), com intuito de estreitar relacionamentos e
realizar negócios”.
Dantas (2008, p.77) citado por Passarela (2010, p. 36)
relata fatores históricos sobre a evolução do Telemarketing:
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Teleatendimento
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
Atividades
1. O conceito telemarketing surgiu alguns anos após a invenção do tele-
fone. Por volta de 1880, nos Estados Unidos, um padeiro, percebeu
um enorme potencial na utilização dessa forma de manter relacio-
namento com o mercado. Ele mantinha um cadastro com cerca de
180 clientes, a quem oferecia, regularmente, produtos. E já em 1928,
George Frederyck publicou o primeiro estudo reunindo experiências
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Teleatendimento
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7
Atuando na prevenção
de conflitos
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Atuando na prevenção de conflitos
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Atuando na prevenção de conflitos
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Atuando na prevenção de conflitos
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Atuando na prevenção de conflitos
Ao lidar com pessoas com esse perfil, procure evitar afrontar sua agres-
sividade nos momentos de explosão e considere responder com argumentos
concretos quanto a resultados. Mostre benefícios de suas ideias e produtos
e jamais despreze as opiniões delas. Mantenha sua autoestima, mesmo nos
momentos piores, já que a argumentação utilizada por pessoas com esse tipo
de perfil poderá deixá-lo abalado.
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Atuando na prevenção de conflitos
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
Conceito de Conflito
(SOUSA, 2015, p. 4-6)
[...]
Nos últimos tempos, o conceito de conflito tem sido alvo de
vários estudos pelos mais variados e importantes investigado-
res (Chrispino, 2007; Caetano & Vala, 2000; Chiavenato,
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Atuando na prevenção de conflitos
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Atuando na prevenção de conflitos
Atividades
1. Os seres humanos são diferenciados em objetivos, valores, formas de
agir e em muitas outras características. Assim, conflitos ocorrem à
medida que essas diferenças não são respeitadas e pessoas tentam se
sobrepor sobre outras, sem que um processo efetivo de alinhamento
seja negociado entre as partes. Nesse sentido, descreva as característi-
cas de um conflito bom.
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8
Atuando no tratamento
de conflitos
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Atuando no tratamento de conflitos
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Atuando no tratamento de conflitos
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
9 1.9 9.9
8
Preocupação com pessoas
5 5.5
1 1.1 9.1
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Preocupação com resultados
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Atuando no tratamento de conflitos
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Atuando no tratamento de conflitos
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Atuando no tratamento de conflitos
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Atuando no tratamento de conflitos
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
[...]
De uma forma geral, a resolução de conflito passa pela obten-
ção de um “resultado discernível”, pela cessação da conduta
de conflito e pela repartição aceitável de valores e recursos
(Bercovitch referido por Cunha, 2001, p.47). Quer com
isto o autor dizer que, de um modo geral, a solução para a
problemática do conflito passa pela supressão da situação de
conflito e pela distribuição aceitável dos benefícios advindos
dessa situação.
Nas estratégias de resolução de conflitos destaca-se a
negociação como forma de lidar com o conflito. Morley e
Stephenson (referido por Cunha, 2001, p.51) definem a
negociação como “a comunicação verbal (ou não verbal)
direta ou indireta, pela qual as partes num conflito de interes-
ses discutem, sem recurso à arbitragem ou a outros proces-
sos judiciais, a forma de qualquer ação conjunta que podem
tomar para gerir a disputa entre eles”. Neste sentido, a nego-
ciação é uma forma de resolução de conflito entre dois ou
mais indivíduos, em que existe uma adequação de vontades
entre as várias partes, a fim de encontrar uma situação capaz
de satisfazer parcialmente os interesses de ambos os lados
(Serrano referido por Cunha 2001).
Os principais objetivos da negociação são: a obtenção de
resultados positivos, a influência sobre o equilíbrio de poder,
o desenvolvimento de um clima construtivo e a obtenção de
uma dinâmica flexível (Cunha, 2003). O primeiro objetivo
referente à obtenção de resultados positivos rege-se pelo
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Atuando no tratamento de conflitos
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
Atividades
1. Os conflitos são uma realidade nas organizações e os gestores preci-
sam implementar estratégias para gerenciá-los adequadamente. Nesse
sentido, descreva as estratégias existentes para a gestão de conflitos.
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Trabalhe a pós-venda: seu
cliente se lembrará dele
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Trabalhe a pós-venda: seu cliente se lembrará dele
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Trabalhe a pós-venda: seu cliente se lembrará dele
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Trabalhe a pós-venda: seu cliente se lembrará dele
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Trabalhe a pós-venda: seu cliente se lembrará dele
Esse atendimento pode ser feito por meio de três modalidades: site, tele-
fone ou e-mail.
Na modalidade site, o atendimento de qualidade implicará em manter a
atualização e a capacidade técnica para que não ocorram falhas que atuariam
ao contrário do pretendido, isto é, falhas que provoquem irritação nos clien-
tes por um mal atendimento.
Na modalidade por telefone, será fundamental que os sistemas de regis-
tros funcionem com agilidade e precisão, para que os clientes gastem pouco
tempo nas operações e para que os dados sejam registrados com precisão.
Na modalidade e-mail, será necessário ter estrutura de captação e res-
posta para bem atender às demandas, o que implica em enviar as demandas
para a análise interna, cobrança de soluções e envio das respostas aos clientes
com agilidade.
Mas se o atendimento direto, com o emprego de operadores de atendi-
mento em que há o contato direto entre cliente e empresas, apresenta pro-
blemas, o atendimento remoto tem dificuldades potenciais ainda maiores,
seja pelo gosto significativo pelo contato direto ou por dificuldades de operar
as ferramentas.
Algumas empresas de atendimento remoto, sejam terceirizadas ou não,
preparam-se inadequadamente para esta importante modalidade de pós-
-venda. Várias apresentam falham em suas estruturas de atendimento, como
gasto excessivo de tempo pelos clientes na operação de sites ou demora de
retorno e imprecisão de dados em demandas veiculadas por e-mail, o que
agrava conflitos e afasta o cliente dos fornecedores. Todos acabam por trans-
formar clientes dóceis em difíceis.
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
Ainda assim, o crescimento das operações on-line não para. É uma ten-
dência confirmada e os clientes precisam se familiarizar com vozes mecânicas,
relacionamento via e-mails e sites, até porque normalmente são, muitas vezes,
alternativas de custo mais baixo e de comodidade pelas quais já não se precisa
sair de casa para comprar uma passagem aérea.
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Trabalhe a pós-venda: seu cliente se lembrará dele
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Trabalhe a pós-venda: seu cliente se lembrará dele
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Trabalhe a pós-venda: seu cliente se lembrará dele
Pós-venda
(LORDSLEEM, et al. p. 184-185)
[...]
Segundo Camiotto e outros autores (2014), o pós-venda,
satisfação, lealdade, relacionamento e experiência são faces de
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Trabalhe a pós-venda: seu cliente se lembrará dele
Atividades
1. O pós-venda tem a importante função de fidelizar o cliente. Con-
cretizada a compra, ele reagirá positivamente ou não ao produto ou
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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10
O bom atendimento:
como encantar os clientes
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O bom atendimento: como encantar os clientes
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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O bom atendimento: como encantar os clientes
deixar de realizar uma boa pós-venda para saber se o que vendeu está
produzindo os benefícios desejados, isto é, se os clientes estão satisfeitos.
Na pós-venda ainda será possível perceber outras necessidades de vendas,
mas, para isso, você e sua empresa precisarão estar com os clientes para
percebê-las. Não deixe o seu faturamento cair para procurar novamente
seus clientes.
Conhecer os clientes ajudará também a conseguir impor-lhes alguns
limites, o que terá que ser realizado com base em reais necessidades e fir-
meza, mas com habilidade. O que ajudará será seu bom relacionamento
com eles, para obter o consentimento. Exemplificando, Bob nos relata
ter sido adequado fechar a sorveteria mais cedo, porque a produtividade
caiu e não valia o sacrifício do cansaço maior, em termos de faturamento.
Mas isso deve ser efetuado com boa comunicação e, por vezes, negocia-
ção adequada. Mudanças são necessárias, porém precisam de preparação.
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
inclusive, estabelecer uma política de preços vantajosa. Isso porque, por pro-
dutos ou serviços similares, eles optarão pelos de menor preço.
Uma condição essencial para que a personalização seja bem-sucedida
é que as necessidades sejam percebidas antes da concorrência e se tornem
prioridade. Investir em conhecimento de mercado é uma importante ação
para a diferenciação – incluindo dados sobre as tendências, dificuldades
atuais, concorrência, tecnologia, entre outros –, assim como manter uma
prática de desenvolvimento que ajudará a propiciar maiores probabilida-
des de diferenciação.
Além de seus investimentos de laboratório, saia de sua empresa e vá
visitar seus clientes e outros potenciais e estude a concorrência. Programe
também viagens a outros centros mais avançados para novas percepções de
padrões e tendências. Faça avaliações formais da qualidade de seus serviços
e produtos.
Reúna a capacidade de entender de maneira objetiva as avaliações de
clientes sobre seus produtos e tenha a visão de que é preciso sempre inovar e
ter um conhecimento afinado sobre seus clientes atuais e os potenciais. Você
e sua empresa darão importante passo para praticar uma competente perso-
nalização do atendimento.
Clientes fiéis são vitais para qualquer negócio, não importa de qual natu-
reza ou porte. E essa fidelização vem com o tempo, com o relacionamento
aproximativo, produtos diferenciados e benefícios agregados. Considere a
frase: nada é mais desigual do que tratar todos como iguais. Perceba as prefe-
rências de seus clientes e atenda expectativas deles.
No negócio da sorveteria da família Miglani, até pelo porte inicial
pequeno, algumas ferramentas foram usadas para encantamento dos clientes.
Todavia, o interessante é observar que o conceito que suporta a aplicação
delas em nada difere do utilizado em grandes negócios. Chamar as pessoas
pelo nome, saber suas preferências, ter tempo para pequenas conversas e gen-
tilezas são ações que levam à fidelização.
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O bom atendimento: como encantar os clientes
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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O bom atendimento: como encantar os clientes
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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O bom atendimento: como encantar os clientes
pois terão medo de inovar em suas tarefas, seja por baixa motivação ou até
por medo de punição1.
Com foco em seus clientes finais, se a sua equipe atuar abaixo dos
padrões desejados, você não irá atendê-los bem. Nunca é demais citar que um
cliente insatisfeito é muito mais relevante, em termos de motivação e poder
de influenciar outras pessoas do que os clientes satisfeitos.
Miglani cita uma regra de família: sempre ofereça algo a quem entra
em sua loja. Entregadores que atuam pesadamente em dias quentes sempre
aceitavam algo oferecido por Bob e sua família, o que acabou por estabelecer
uma relação de parceria. Isso facilitava a resolução de situações, como a falta
de um determinado produto em dias em que isso não poderia ocorrer, pois
envolveria danos para a sorveteria. Por fim, o autor menciona que tratar bem
os colaboradores, além de certo, contribui para fluir o trabalho na empresa.
– 187 –
Gestão de Relacionamento com o Cliente
ter negado a troca de um sundae. O dono dessa sorveteria parecia ter desis-
tido dos clientes e pouco se importava em mantê-los. Talvez ele tenha pen-
sado naqueles momentos em que os clientes podem ser desagradáveis, no
entanto, certamente não pensou que eles são seu faturamento.
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O bom atendimento: como encantar os clientes
provocou uma grande diferença. A loja passou a ter um papel ativo envol-
vendo benefícios para ela, embora, claro, eles tenham retornado em contri-
buição de faturamento para a sorveteria, por meio de um maior fluxo de
pessoas para consumir os produtos. Foi uma retribuição às pessoas vizinhas,
que são os frequentadores assíduos da loja.
Encantamento do cliente
(SILVA, 2017, p. 108-109)
[...]
O termo “encantamento” aparece na literatura do comporta-
mento do consumidor, por volta do início dos anos 90, como
sendo um termo para designar um grupo de consumidores
que estivesse vivenciando altos níveis de satisfação e de pra-
zer com a experiência de consumo (ALMEIDA; NIQUE,
2007). Encantamento do Cliente é uma emoção relacionada
ao consumo hedonista (MA et al., 2013) podendo ser enten-
dido como uma avaliação pós-consumo (KUMAR, 1996).
A literatura da emoção sugere que encantamento é uma emoção
positiva (KWONG; YAU, 2002). Pode ser definida como a
reação que o cliente tem quando experimenta um produto ou
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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O bom atendimento: como encantar os clientes
Atividades
1. Uma das atividades do setor comercial é determinar o que será ofer-
tado no mercado. Conhecer a demanda por produtos é um ponto
fundamental para que as empresas cresçam de maneira competitiva e
lucrativa. Nesse sentido, defina o que é lote econômico.
– 191 –
Gabarito
Gabarito
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
2.
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Gabarito
22 Saber ouvir – saber ouvir é uma das mais difíceis habilidades do ser
humano e deve ser desenvolvida continuamente. É comum a para-
lisia de paradigma (pensar apenas em padrões conhecidos) provocar
o fechamento do ouvir. Caso isso aconteça, a consequência será
não atender às necessidades demandadas. É preciso ouvir de acordo
com a lógica e necessidade dos clientes.
22 Saber diagnosticar as necessidades dos clientes – em qualquer
atividade – especialmente em um mundo em que os clientes estão
cada dia mais exigentes e capazes de atuar ativamente em suas
escolhas – atuar em parceria com os clientes é fundamental para
o diagnóstico preciso de necessidades e quadros da realidade. Um
simples exame médico será mais preciso se, além da competência,
conhecimentos e equipamentos disponíveis, o profissional ouvir
dados particularizados do paciente que está a sua frente. Isso não é
diferente na relação fornecedor-empresa. Busque interagir com seu
cliente. Isso contribuirá para uma relação mais próxima e te ajudará
a obter maior conhecimento sobre como ele age e pensa.
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
2.
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Gabarito
3.
22 Aprofunde seu conhecimento da cultura e características gerais
dos clientes – saiba como pensam os clientes, como decidem e o que
gostam e não gostam. Tenha intimidade com eles.
22 Tenha consciência do que pensam de sua empresa e produtos –
em caso de uma posição negativa, entenda-a bem para revertê-la e
seja ágil. Lembre-se sempre de que um cliente insatisfeito tem mais
motivação para denegrir do que tem um cliente satisfeito para enal-
tecer suas qualidades. Para levantar informações, além de visitas
comerciais e operacionais (após a venda), são bem-vindas pesquisas
de opinião formais. Prepare bem o material, com base em conhe-
cimentos que possua de cada cliente. Em caso de perguntas, dê
retorno e, melhor ainda, atenda expectativas e opiniões.
22 Evite que apenas parte de sua empresa tenha o conhecimento
sobre os clientes – é comum que somente os profissionais que lidam
diretamente com clientes – aqueles dos departamentos comercial e
operacional – conheçam os consumidores. E, muitas vezes, não é
por economia, mas sim por conceito. Essas empresas não investem
no conhecimento para todos que interferem na cadeia produtiva
dos produtos e o resultado é um número considerável de problemas
de relacionamento. Veja que isso ainda é um resquício do modelo
de divisão das tarefas, em que cada colaborador precisa entender
apenas a sua. Devido a esses fatores, muitas vezes essas empresas
acabam comprometendo a continuidade do atendimento, mesmo
que as pessoas ligadas diretamente aos clientes sejam excelentes.
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Gabarito
2.
3.
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
6. Teleatendimento
1.
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Gabarito
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
2.
3.
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Gabarito
3.
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Gabarito
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Referências
Referências
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Gestão de Relacionamento com o Cliente
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Referências
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Otavio Bentes
GESTÃO DE RELACIONAMENTO
COM O CLIENTE
No cenário atual, o atendimento está fortemente influenciado por clientes cada GESTÃO DE RELACIONAMENTO
vez mais exigentes em relação à qualidade do que compram e que fazem
questão de receber um atendimento diferenciado. Portanto, este livro procura COM O CLIENTE
orientar estudantes, profissionais liberais e contratados por empresas a realizar
um atendimento com excelência, garantindo, dessa forma, um bom relaciona-
Otavio Bentes
mento com seus clientes, fundamental para o crescimento das organizações.
Gestão