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Epifisiólise Femoral Proximal
Epifisiólise Femoral Proximal
FEMORAL
PROXIMAL
Helder Tavares
Ortopedia
Abril 2021
CONCEITO
Deslizamento/escorregamento da epífise/cabeça
femoral sobre o colo femoral, de forma
progressiva ou aguda, em regra para trás, para
dentro e para baixo, descrevendo-se também um
deslizamento para cima e para trás
Pode haver uma perda parcial ou total do contacto
da cabeça com o colo femoral.
EPIDEMIOLOGIA
Mais frequente em idade entre 10 a 15 anos
Mais frequente em sexo masculino (5/1)
- Meninos de 13 a 15 anos
- Meninas de 11 a 13 anos
Prevalência, dependendo da região e da etnia, varia em média de 2 a 10 para cada
100.000 indivíduos suscetíveis
Maior dominância do lado esquerdo
Maior incidência na raça negra
50-60% há envolvimento bilateral
CARATERÍSTICAS
qOcorre predominantemente na puberdade
qDurante a fase de crescimento
q Acarreta alteração mecânica sob a articulação, posteriormente pode causar
osteoartrose degenerativa do quadril.
ETIOLOGIA Distúrbio intrínseca
na placa de
crescimento
Desconhecida
MAS Maior
vulnerabilidade as
Fatores biomecânicos forças de torção
Fatores endócrino
Traumas frequentes
ETIOLOGIA
Fatores endócrino
Fatores biomecânicos
• Excesso das hormonas de
• Excesso de retroversão crescimento
femoral • Hormonas sexuais( hipogonadismo)
• Alteração no crescimento da • Hipotiroidismo
fise • Insuficiência renal
• Alteração do anel pericondral • Influencia da hormona paratiroide
CLASSIFICAÇÕES
Classificação de Lober
• Estável
• Instável
Classificação temporal
• Agudos
• Crónicas agudizado
• Crónicas
CLASSIFICAÇÃO DE LOBER
Estável (90%)
Instável (10%)
• Raras
• Despreendimento epifisário mais impotência funcional
• Necrose avascular é uma complicação frequente
Crónicas agudizadas
Historia Exames
Diagnóstico
clinica imagiológico
CLINICA
Epifisiólise crónica e estável
• Adolescente obeso
• Claudicação
• Dor inguinal e musculo do joelho
• MI com rotação externa
• Ao flexionar a coxa, faz um rotação
externa (Sinal de Drehman)
• Pode haver encurtamento da
extremidade comprometida
CLINICA
Epifisiólise instável
Ecografia
Ressonância magnética
Tomografia computorizada
DIAGNÓSTICO
IMAGIOLÓGICO
q Projeção ântero-posterior (AP) e perfil
q Projeção da pelve em posição perna de
Radiografia simples
rã ou dupla abdução (Lowenstein)-
Ecografia Demonstram o deslizamento
póstero-inferior da epífise
Ressonância magnética relativamente à metáfise
Tomografia computarizada
SINAIS RADIOLÓGICOS
Linha Klein- normalmente corta uma área da epífise femoral
SINAIS RADIOLÓGICO
Ângulo de deslizamento radiológico (posição de rã)
- Normalmente o eixo do colo do fémur faz um ângulo de 90º com a linha que une
os extremos da cartilagem de crescimento.
- Na epifisiólise esse ângulo está aumentado (ângulo medido menos 90º igual ao
ângulo de deslizamento da epífise).
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO
GRAU DE DESLIZAMENTO
CLASSIFICAÇÃO RADIOLÓGICA DE
SOUTHWICK
Os pontos extremos da epífise são unidos por uma linha e, em seguida, é traçada
uma linha perpendicular a ela, que formará um certo ângulo com uma terceira linha
paralela ao longo eixo da diáfise
Normal
Desvio até 10 °
Leve
Desvio até 30 °
Moderado
Desvio de 30 ° a 60 °
Grave
Desvio > que 60 °
DIAGNÓSTICO
IMAGIOLÓGICO
Radiografia simples
Na identificação de situações agudas:
Ecografia • Derrame intra-articular (é um sinal de
instabilidade)
Ressonância magnética
Tomografia computarizada
DIAGNÓSTICO
IMAGIOLÓGICO
Radiografia simples
Ecografia • Casos duvidosos ( formas bilaterais)
• Permite o diagnóstico no estádio de pré-
Ressonância magnética deslizamento
Tomografia computarizada
DIAGNÓSTICO
IMAGIOLÓGICO
Radiografia simples
Ecografia
Ressonância magnética • Útil para avaliar a deformação nos casos de epifisiólise
femoral crónica
Tomografia computorizada • Reconstrução tridimensional
• Avaliar presença de complicações como a necrose avascular
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Fraturas
Tendinites de adutores
Fraturas por estresse
TRATAMENTO
Objetivo
Medidas de Depende do
Analgesia grau de
suporte gerais
deslocamento
Urgência ortopédica
• Epifisiódese com enxerto ósseo ilíaco. Ângulo de deslizamento até 30º/40º. Alguns
autores recomendam esta técnica mesmo até aos 60º.
• Usada quando a fixação in situ com parafuso é difícil de conseguir.
TRATAMENTO
Crónicas
Crónicas agudizadas
• Redução para a posição de deslizamento pré-agudo e a colocação
de dois parafusos canulados centrados e depois evitar a carga
durante vários meses até à consolidação.
COMPLICAÇÃO
Necrose avascular
Condrólise
Coxartrose
Progressão do deslizamento
Penetração intrarticular do parafuso
Rigidez da anca
BIBLIOGRAFIA
q[PDF] Patologia Cirúrgica da Anca - Free Download PDF. (n.d.). Retrieved
April 30, 2021, from https://silo.tips/download/patologia-cirurgica-da-anca
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EPIFISIÓLISE 2 PROXIMAL DO FÊMUR DESLIZAMENTO OU
ESCORREGAMENTO EPIFISÁRIO PROXIMAL DO FÊMUR-EPF. (n.d.).
qGomes, S. (n.d.). O r t o p e d i a t r a u m at o l o g i a.