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Espaço pleural
Ex.: se “sentar” em cima do alvéolo, a pressão sobre a pleura vai aumentar, então o alvéolo vai
fechar, a pressão pleural vai se tornar maior que a pressão intra-alveolar, fazendo com que ele feche.
Então, quando se tosse, a pressão pleural aumenta, tendendo a colapsar alvéolos e aí, após uma
quantidade grande de tosse, começa a dar falta de ar, porque cansa, porque os alvéolos foram
comprimidos. Se a pessoa for muito obesa e deitar, a obesidade vai comprimir o pulmão, a pressão
pleural vai aumentar e o alvéolo vai fechar. Numa UTI, o paciente que está edemasiado, aquele
líquido vai comprimir os alvéolos, fazendo com que ele feche.
- Se pedir para um paciente inspirar
profundamente, o diafragma dele terá - Quem mantem os alvéolos mais abertos é
contraído mais, terá descido, o tórax dele terá alguém que está em pé, porque a quantidade
expandido mais, o espaço pleural aumenta e de pulmão sob efeito da gravidade é maior
quando se aumenta a área, a pressão diminui e deitado do que em pé. Quando se está em pé, a
se já é negativa, vai ficar mais negativa ainda. tendência é a compressão iniciar no ápice, mas
Quando a pressão é positiva ela fecha o ela é maior na base (quanto mais distante de
alvéolo, quando é negativa, abre, é como um cima se estiver, maior será a compressão).
vácuo puxando o pulmão para fora; então, Então, posicionar adequadamente o paciente
toda vez que respirar fundo o pulmão está também é terapia de expansão; se entrar na
sendo expandido, por causa do aumento do UTI e encontrar um paciente totalmente
gradiente de pressão transpulmonar, porque a deitado, está dificultando a expansão.
pressão pleural tá se tornando mais negativa,
mais baixa (menos com menos vira mais, se - O paciente precisa ficar a 60º de elevação;
somar, aumenta)
Se alguém coloca a cabeça para fora da - A região pulmonar que estiver para cima
janela de um carro em movimento, a sempre é mais aerada do que a região de
quantidade do ar dentro do pulmão baixo:
inevitavelmente, porque aumenta a pressão
fora do pulmão de fora para dentro, aí o ar
entra abrindo a via aérea, aumentando a
pressão dentro do alvéolo, tornando ela
positiva, aumentando o gradiente de pressão
transpulmonar. Então, só tem duas formas de
expandir o pulmão: ou tornando a PRESSÃO
PLEURAL mais NEGATIVA (para isso tem
que estimular o paciente a respirar
profundamente), ou AUMENTANDO a
pressão dentro do ALVÉOLO (geralmente se
faz isso com o ventilador mecânico).
- Disfunções mais simples tendem a ser Quanto mais superior for a região, maior é o
resolvidas apenas com o aumento da alvéolo, mais aerado é o alvéolo; quanto mais
NEGATIVIDADE da pressão pleural, porque inferior for o alvéolo, mais colapsado ele é
isso depende do esforço do doente; disfunções naquela mesma posição, porque quando se
mais complexas não têm como serem está em pé a compressão da gravidade é menor
resolvidas apenas com o esforço natural do na região de cima, então a pressão pleural é
paciente, é preciso aumentar a pressão mais negativa; se ela é mais negativa, o
alveolar. Se o doente tem uma atelectasia e já gradiente de pressão transpulmonar é maior, e
está dispneico, não vai adiantar entregar um se ele for maior, o volume pulmonar dentro do
RESPIRON para ele, porque ele não vai alvéolo vai ser maior;
conseguir puxar e segurar as bolinhas, tem que
pegar uma máscara de ventilação não - A CRF é o volume de ar que contribui para
invasiva, coloca no rosto dele e programa o manter o alvéolo aberto no final da expiração,
equipamento, quando ele respirar o pulmão é o VRE + VR, ela é muito maior quando o
dele será aberto, porque esse cansaço é por paciente está em pé. Caso o paciente não
falta de troca gasosa; vai abrir o alvéolo, possa ficar em pé, a melhor posição para ele
corrigir a troca gasosa e vai diminuir o acamado é sentado sem estar encostado na
trabalho respiratório; porcaria da cama, porque quando ele encosta
tem compressão, então ele deve estar sentado negatividade da pressão pleural devem ser
na borda da cama ou numa cadeira. Caso isso usadas como profilaxia; ou, caso o paciente já
também não seja possível, a melhor posição é tinha alguma doença prévia, como a
em 60º. Caso essa posição também não seja atelectasia, por exemplo, ele reexpandiu, e eu
viável, o mínimo que se pode fazer é 30º. Se não quero que ele volte a ter, ele continua
ainda assim não for possível, ele fica em usando esses recursos por um tempo para
horizontal. prevenir o ressurgimento da doença, mas essas
técnicas NÃO revertem a atelectasia;
- Em lateral, a região pulmonar que expande
mais é a que fica para cima. Então, se a - Terapia de expansão por padrão ventilatório:
patologia (ex.: atelectasia) for unilateral, na
região dependente – a região de baixo – deve
ser sempre colocada para cima. Se as duas
regiões basais estiverem comprometidas do
mesmo jeito, existe uma cama que muda o
decúbito de acordo com a necessidade do - Inspiração profunda com pausa inspiratória:
paciente. Caso não seja possível mudar o
decúbito manualmente, o melhor que se pode
fazer é elevação da cabeceira, mas quando é
unilateral, a região dependente fica para
CIMA.
O RESPIRON pode até auxiliar, mas
conciliar o uso do equipamento com o
INS EX
posicionamento adequado do decúbito traz
resultados melhores.
Puxa o ar, prende por uns 3 segundos e solta
- A posição prona é muito usada em paciente devagar e repete isso n vezes;
com SDRA (síndrome do desconforto
respiratório agudo). O pulmão é triangular, ele - Inspiração fracionada ou em tempos:
tem muito mais alvéolos embaixo do que em Paciente puxa o ar e segura, puxa mais
cima, quando o indivíduo está em decúbito e segura, puxa mais e segura, puxa mais,
dorsal ele está assim , quando coloca ele em segura e solta lentamente. Alguns fazem em 3,
deúbito prono ele inverte e fica assim , ou 4 ou 5 tempos, quanto mais tempos forem
seja, fica muito mais alvéolo liberado para tolerados, maior é a capacidade pulmonar;
expandir do que antes, então melhora a troca
gasosa (isso é uma conduta para abrir pulmão, - Soluços inspiratórios:
melhorar a oxigenação do doente); Não faz mais a pausa, é como se
estivesse cheirando constantemente uma flor;
- Recursos: ou aumentam a negatividade da chegou no máximo aí pode deixar soltar. É
pressão pleural, ou aumentam a pressão para puxar progressivamente, sem soltar entre
alveolar. O posicionamento mexe com a uma e outra, sem a preocupação de pausa;
pressão PLEURAL, ela se torna mais
negativa, o ar está entrando por diferença de - Expiração abreviada/curta entre as
pressão, não está sendo jogado para dentro do inspirações: :
pulmão dele; Puxa o ar, solta um pouquinho, puxa de
novo, solta um pouquinho, puxa de novo, solta
- Inspirometro de incentivo: RESPIRON; mais um pouquinho, puxa de novo e aí solta
- Padrão ventilatório; tudo.
- Essas técnicas são chamadas de técnicas
PROFILÁTICAS (preventivas). Essas São 4 padrões ventilatórios, os 4 são
técnicas menos complexas que aumentam a reexpansíveis, os 4 exigem contração do
diafragma, os 4 negativam a pressão pleural, - PEEP: mantem o alvéolo mais aberto depois
os 4 são técnicas profiláticas. No entanto, não que se termina de “esvaziar” (ninguém esvazia
se deve escolher uma ou outra de forma completamente) o pulmão:
aleatória, porque cada uma leva o ar para uma
região mais do que para outra, então tem que
ver qual é a região do pulmão que está com
problema para saber qual padrão será
utilizado.
Se a região que estiver para cima for a
região que se quer expandir, usa a
INSPIRAÇÃO FRACIONADA OU
EXPIRAÇÃO ABREVIADA, caso a região
que se quer expandir seja a região de baixo
(ele está numa posição em que o alvéolo ruim
está embaixo, na base do pulmão, por
exemplo), usa a INSPIRAÇÃO PROFUNDA
OU SOLUÇOS INPIRATÓRIOS. Caso o
doente não seja proibido de ficar por cima do
decúbito não dependente, o pulmão ruim deve Na região A tem uma secreção obstruindo a
ficar PARA CIMA, e aí usa a INSPIRAÇÃO passagem do ar. Existe um primeiro canal que
FRACIONADA OU EXPIRAÇÃO está ligando a região A à região B logo abaixo
ABREVIADA. Caso ele não possa ficar com a da obstrução; logo em seguida, tem outro
região ruim para cima, faz com ele a canal que liga B a esse grupo de alvéolos de
INSPIRAÇÃO PROFUNDA OU SOLUÇOS A. Ainda mais embaixo tem uma comunicação
INSPIRATÓRIOS: permitindo a passagem de ar de A para B e
vice-versa. Caso essas comunicações não
existissem, e houvesse a secreção lá em cima,
quando fosse respirar, o ar iria apenas para a
região B, os alvéolos de A seriam
prejudicados. Para que isso não ocorra,
existem as intercomunicações alveolares,
chamadas de VENTILAÇÃO COLATERAL,
então o ar que não consegue passar
diretamente por A vem pela região B e parte
dele passa para a região A por meio da
ventilação colateral, e o alvéolo que tenderia
ao colapso se mantem aberto.
Em respiração espontânea (que é a
Inspirometria de incentivo: divide-se em nossa), os canais normalmente estão muito
expirometros de incentivo orientados a fechados, mas quando se aumenta a pressão
FLUXO e expirometros de incentivo dentro do alvéolo com o PEEP, é como uma
orientados a VOLUME; bomba em que se está jogando água para
dentro, e aí os canais dilatam e o ar expande o
- Técnica para aumento da negatividade da pulmão. A PEEP melhora a ventilação
pressão pleural: respiração empilhada colateral.
- Técnica do AMBU em paciente Nesse caso da figura, quando se usa o
neuromuscular: para aumento da pressão PEEP, o volume de ar vai aumentar muito.
alveolar Como tem um corpo estranho que precisa ser
eliminado, ele tem um reflexo de proteção
(TOSSE), só que antes não tinha ar dentro do
alvéolo, então a tosse era fraca e a secreção
não descolava. Usando o PEEP, o volume de
ar dentro do alvéolo aumenta, vem o reflexo
ativado de tosse que vai estar mais forte e a
secreção se descola e sai; e aí se faz terapia de
expansão e terapia de remoção de secreção
quando usa o PEEP.
Para utilizar a PEEP, pode-se usar
equipamentos de ventilação mecânica não
invasiva, pode-se usar o EPAP. Pode-se usar o
EPAP na traqueostomia, EPAP por máscara,
EPAP por bocal; só não se usa EPAP no
TUBO TRAQUEAL, mas no traqueóstomo
pode usar.
- Dispneia
- Uso de musculatura acessória (o paciente já
está fazendo muito esforço)
- Sinais de desconforto respiratório (ex.:
tiragem, sudorese, batimento de asa de nariz,
taquicardia);
- FR > 25 IPM;
- CI < 1/3 (33%) do valor predito;
- VC < 5 ml/kg predito;
- CV < 20 ml/kg