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☆ A fosforilação oxidativa provê energia utilizada pelas células, com participação do O2, que é difundido do ar ambiente para as
mitocôndrias, seguindo um gradiente de pressão.
☆ Essa difusão depende:
-Pulmões estarem expandidos, ventilados e perfundidos
-Pressão parcial de O2 ser maior no ar do que no sangue
-Fluxo adequado aos tecidos, difusão adequada para as cálulas e para as mitocôndrias.
☆ Quando esse sistema falha, ocorre a glicólise anaeróbea, que gera acidose lática, sendo esta um marcador de prejuízo a
entrega tecidual.
☆ Controle:
→ Segue a equação do movimento - P(t) = EV(t) + Rv(t), onde P = pressão, V = Volume corrente e
v = fluxo. A variável controlada é aquela que é pré-determinada
→ Controle a volume: VT e fluxo (variáveis a direita da equaçao) são pre-determinadas.
Sinônimos: volume-targeted, volume-limited, volume preset
→ Controle a pressão: Pressão (variavel a esquerda) é pre-determinada. Na prática, ou a PIP é
pre-determinada (aumenta ate um valor determinado e permanece nele até o fim da inspiração),
ou a pressão de inflação é ajustada pelo ventilador conforme o esforço do paciente (como na
NAVA ou proportional assisted ventilation).. Sinonimos: pressure-limited, pressure preset, etc
☆ Trigger:
→ É o que determina o início da inflação.
→ Pode ser tempo, intervalo de apneia, indicadores de esforço respiratorio (pressão, fluxo,
elétrica).
→ Melhor método de trigger é o sensor de fluxo proximal (próximo a via aérea), porem pode
aumentar espaço morto e auto disparo, o que é evitado por ramo expiratorio semipermeavel e
compensaçao do escape ao redor da canula
☆ Ciclagem:
→ É o que determina o fim da inflação.
→ O mais comum em neo é o Tins, mas pode ser pressão, volume, fluxo, etc.
→ No modo pressure suport, a ciclagem é a fluxo, realizada pelo paciente
☆ Espontânea X Mandatória:
→ Espontânea: trigger e ciclagem são determinadas pelo paciente. Pode ou não ser assistida pelo
ventilador.
→ Mandatória: trigger pelo paciente ou pelo ventilador
☆ Sequência de inflações: 3 possibilidades
1)Continuous Mandatory Ventilation (AC):
¤ Dá suporte a todos os esforços ventilatorios. Tem uma frequencia mínima em caso de
apneia (frequencia de back up)
¤ Pode ser controlado a tempo ou a volume e é ciclado a tempo
¤ O RN controla a FR
2)Syncronized intermittent mandatory ventilations (SIMV):
¤ Número mínimo de ventilaçoes
¤ Usa janela de tempo (se não ocorrer um esforço nessa janela, o respirador entra). existe
um periodo de refratariedade para evitar uma nova ventilaçao durante a expiraçao
¤ Quase sempre é pressão controlado mas pode ser volume controlado e ciclado a tempo.
¤ O máximo de respiraçoes permitidas é setado pelo ventilador
3)Pressure suporte ventilation (PSV):
¤ Ciclado a fluxo(ciclo termina quando fluxo cai a determinado valor, geralmente 15%),
controlado a pressão
¤ Quando muda de AC para PSV, a MAP cai pois o Tins cai (Já que o RN é que determina
o Tins), podendo levar a atelectasia se a PEEP for insuficiente
¤ PSV x Ciclo a tempo: no ciclo a tempo, o RN tem que esperar o fim do platô de Tins para
exalar (durante o platô, o fluxo fica em 0). No ciclo a fluxo isso não ocorre, pois tão logo o
fluxo cai a 15% do peak flow, o RN já pode exalar
¤ No ciclo a fluxo, se houver muito escape, a ciclagem não ocorre.
¤ PSV tambem pode ser usado com SIMV, o que aumenta o volume minuto e reduz
taquipneia, aumenta o VC das espontâneas e facilita o desmame
☆ PSV
→ Deve ser ajustada para alcançar VT 3,5 a 4 ml por kg nas espontaneas
→ PS inicial = 6, devendo ser titulada
→ Sincroniza melhor que AC
→ Evitar em PMT muito pequeno com DMH nos primeiros dias de vida, pois o Tins é muito curto,
reduzindo a MAP
Ventilação não invasiva
=============== CPAP ===============
☆ Efeitos fisiológicos
→ Reduz taquipneia, aumenta CRF, aumenta PaO2, aumenta complacencia, estabiliza
caixa toracica, reduz assincronia toracoabdominal
☆ Métodos
→ Fluxo continuo: ventilador e bubble.
*ventilador x bubble = bubble reduz volume minuto e FR
→ Fluxo variável:
*Usa efeito Bernoulli e efeito coanda(gas tende a seguir superficie curva, por isso a
criança nao expira contra altos fluxos).
*Reduz WOB a 25% e mantem a pressão mais uniforme.
*Se mostrou melhor que CPAP por ventilador e bubble, porem NÃO há evidencias
contundentes de superioridade de qualquer metodo.
*Bubble x infant flow: Bubble tem menos falha e menos tempo de ventilação
☆ Intérface
→ Prongas curtas são melhores pois reduzem WOB. Binasais são melhores, segundo
Cochrane.
☆ Contraindicações
→ Falencia respiratoria progressiva (PCO2 > 60 ou pH < 7.25)
→ Malformacoes: hernia diafragmatica, FTE, atresia coana, fenda palatina, gastrosquise
→ Instabilidade hemodinâmica grave
→ Drive respiratorio ausente ou insuficiente
☆ Parâmetros
→ Início 5 - 6 cmH2O, titulando até 8 - 10 ou até maior, lembrar de reduzir a medida em
que for melhorando a complacência.
→ Fazer GSA 30 - 60min apos mudança
☆ Desmame
→ Reduzir PEEP ate 5 CmH2O e O2 ate <25%
→ retirar CPAP qd nao tiver maus apneia, bradicardia ou queda de saturação
→ Se RN bem, FI 21%, tentar ar ambiente. Se taquipneia, retraçoes ou FI>21%, colocar
cateter nasal
→ Alguns deixam até 32 a 34 semanas
☆ Hipoplasia pulmonar
Na HDC, a VAF pode ser uma ponte para ECMO
O único RCT comparando CMV e HFV na HDC foi abandonado pois não conseguiu
recrutar número suficiente de pacientes. Uma análise preliminar não mostrou benefícios
=============== GUIDELINE ===============
☆ Limitando exposição à pressão
→ HFOV
**Frequencia inicial 10 - 15. Amplitude é o principal determinante da lavagem de
CO2. Iniciar com amplitude 2x a MAP ou o suficiente para vibração do torax e
abdome
**DCO2 é o valor calculado para remoção de CO2
**Alguns aparelhos tem VG e para isso ajustam automaticamente a amplitude (com
isso mudanças da frequencia não mudam o vmin)
**Quando usar TIns 33% (I:E 1:2), a MAP deve exceder a da CMV em 2-3cmH2O
**Começar a desmamar MAP quando paciente estiver mais estável e FI<30% e
PaCO2 normal.
**Quando FI<30%, Rx ok e MAP 7 - 9cmH2O, extubar direto da VAF