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A INFLUÊNCIA DO POLO DE APOIO PRESENCIAL NA CONSTRUÇÃO

DO CONHECIMENTO DO ALUNO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD)

MARINGÁ/PR MAIO/2020

KACIARA FERNANDA BIAZUS - UNINTER - kaciara_biazus@hotmail.com


DIENE EIRE DOS SANTOS CARNEIRO - Uninter - diene.eire81@gmail.com
JONAS DE MELO CARNEIRO - Uninter - jdemellocarneiro@gmail.com

Tipo: Relato de Experiência Inovadora (EI)

Categoria: Métodos e Tecnologias

Setor Educacional: EDUCAÇÃO SUPERIOR

RESUMO

A EAD É UMA MODALIDADE DE ENSINO QUE ESTÁ EM PLENA ASCENSÃO. OS MOTIVOS


QUE LEVAM A ESSE CRESCIMENTO SÃO VÁRIOS, DESDE A FLEXIBILIDADE DE TEMPO QUE O
ALUNO PODE TER PARA ORGANIZAR SEUS ESTUDOS, ATÉ SER UMA MODALIDADE QUE
INCENTIVA ALUNOS QUE TENHAM PERFIL DE ESTUDANTE AUTÔNOMO. PARA ISSO,
ALGUMAS VARIÁVEIS SÃO NECESSÁRIAS PARA QUE A APRENDIZAGEM OCORRA. UM
MODELO PEDAGÓGICO CONSISTENTE, UM MATERIAL DIDÁTICO DE QUALIDADE, EQUIPE
DOCENTE QUALIFICADA E UM POLO DE APOIO PRESENCIAL BEM ESTRUTURADO QUE DÊ O
APOIO NECESSÁRIO AO ALUNO DESTA MODALIDADE. NESTE SENTIDO, ESTE ARTIGO TRATA
DA IMPORTÂNCIA DO POLO DE APOIO PRESENCIAL NOS PROCESSOS DE ENSINO E
APRENDIZAGEM.

Palavras-chave: PALAVRAS-CHAVE: EAD; POLO DE APOIO PRESENCIAL; ENSINO E


APRENDIZAGEM EM EAD.
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1. INTRODUÇÃO

A EAD é uma modalidade de ensino em que os professores e alunos estão separados no


espaço e tempo, sendo que o avanço da tecnologia pode propiciar uma aprendizagem instigante
e de qualidade. No entanto, a EAD não funciona apenas através das tecnologias que estão a
sua disposição, mas também a partir da estrutura física e dos recursos humanos.

Assim, a EAD precisa ser compreendida como processo educativo e não apenas uma
complementação, ou seja, nesta modalidade a educação pode de fato acontecer, e a tecnologia
faz parte deste processo.

Mas a EAD nem sempre foi vista como uma modalidade de ensino, antes era considerada
apenas mais uma ferramenta na busca pelo conhecimento. Revendo sua história, e buscando
alguns autores, pode-se notar que não existe uma definição quanto ao início da modalidade,
mas observa-se que ela não é recente como se imagina.

Segundo Alves (2009), em 1728 na Gazette de Boston, já haviam anúncios oferecendo aulas
por correspondência. Em 1840, Grã Bretanha, Isaac Pitman ofereceu um curso de taquigrafia,
também por correspondência. Já Maia e Mattar (2007), em seu livro O ABC da EAD, afirmam
que alguns autores consideram as cartas de Platão e as Epístolas de São Paulo como exemplos
do início da EAD. Outros dizem que isso só foi possível com a invenção da imprensa no séc. XV,
pois não se fazia mais necessário ir as escolas para ouvir o mestre ler livros.

No Brasil, os primeiros indícios de Educação a Distância, colocam os correios como percursor


desta modalidade, pois pouco antes de 1900 já existiam anúncios no Rio de Janeiro oferendo
cursos profissionalizantes por correio, como estava exposto no “Jornal do Brasil, que iniciou
suas atividades em 1891, registra, na primeira edição da seção de classificados, anúncio que
oferece profissionalização por correspondência para datilógrafo.” (MAIA e MATTAR, 2007 p.24).

Estes são alguns exemplos de que as pessoas não precisavam estar no mesmo espaço e tempo
para aprender algo. Claro que depois tudo foi se aperfeiçoando e com a ajuda dos correios,
rádio, televisão, cinema e agora internet, a EAD ganhou seu espaço e respeito. Mais
recentemente as universidades passaram a tirar proveito de toda a tecnologia existente e
começaram a oferecer cursos de nível superior a distância.

Após a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (lei 9.394 de 20 de dezembro de


1996), na qual em seu artigo 80, é afirmado que “O Poder Público incentivará o
desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e
modalidades de ensino, e de educação continuada”, a EAD ganhou e vem ganhando ainda mais
destaque.

Com o passar do tempo, muitos decretos e normas foram sendo criados, como o Decreto n.º
5.622 de 2005, Decreto 5.773/2006, os Referenciais de Qualidade para EAD, Portaria normativa
n° 2/2007, Instrumento de Credenciamento de Polo de Apoio Presencial para EAD, entre outros,
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e mais recentemente o Decreto 9.057/2017 e a Portaria normativa n° 11/2017.

Toda esta legislação e documentos, que darão o Norte para mostrar o que um polo deve ter e
como deve agir para manter e/ou conseguir a qualidade exigida pelo MEC na educação a
distância.

Neste contexto, compreende-se a importância das tecnologias no processo de ensino e


aprendizagem a distância, mas conforme determinação das Diretrizes Nacionais Curriculares,
esta modalidade prevê encontros presenciais, e é neste momento que entra o Polo de Apoio
Presencial. Este por sua vez, deve ser bem estruturado em seu contexto físico e humano, pois
os alunos da EAD precisam sentir-se parte de um meio universitário e para que isso aconteça, o
polo exerce um papel fundamental dando todo o apoio necessário. Porém, além deste apoio o
mesmo deve desempenhar uma função ainda mais importante que é o de incentivar nos
processos de ensino e aprendizagem.

2. OBJETIVOS:

O objetivo geral deste trabalho é mostrar o papel do polo como facilitador e incentivador do
processo de construção do conhecimento, demonstrando e discutindo meios eficazes com base
nas exigências do Ministério da Educação (MEC).

Os objetivos específicos são: Analisar a legislação acerca da EAD, principalmente do que


trata sobre polos de apoio presencial; e Apontar quais as funções e responsabilidades do
polo de apoio presencial.

3. RECURSOS PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA EAD DE QUALIDADE

A legislação atual, define princípios e critérios para que haja qualidade na EAD. E para que esta
qualidade seja de fato construída levam-se em consideração vários pontos como: material
didático, corpo docente (professores, tutores a distância e presenciais), corpo técnico -
administrativo, avaliações, infraestrutura, etc.

Com todos estes itens, pode-se observar que, o trabalho da EAD para oferecer uma educação
de qualidade não é simples, porém, se tratando da infraestrutura, especificamente dos polos de
apoio presencial, eles precisam ser preparados para as avaliações presenciais, devem contar
com tutores capacitados e com bibliotecas e laboratórios de qualidade, a fim de desempenhar
seu papel nos processos de ensino e aprendizagem em EAD.

No Decreto 5.622/2005, assim como no Decreto 5.773/2006, Decreto 6.303/2007, os


Referenciais de Qualidade para EAD, Portaria normativa n° 2/2007, Instrumento de
Credenciamento de Polo de Apoio Presencial para EAD, Decreto 9.057/2017 e Portaria
normativa n° 11/2017, fica claro que existirão avaliações, defesas, estágios presenciais,
atividades práticas, etc. E estes devem ocorrer em um local que proporcione ao aluno a
construção de seu conhecimento.
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Art. 4º As atividades presenciais, como tutorias, avaliações, estágios, práticas profissionais e de laboratório e
defesa de trabalhos, previstas nos projetos pedagógicos ou de desenvolvimento da instituição de ensino e do
curso, serão realizadas na sede da instituição de ensino, nos polos de educação a distância ou em ambiente
profissional, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais. (BRASIL, 2017)

Porém, a EAD, não é constituída apenas de avaliações presenciais, mas de vários outros
recursos pedagógicos e tecnológicos que ajudam na construção do conhecimento. Portanto, faz-
se necessário que estes recursos caminhem juntos, e que nos polos haja planejamento e
organização adequada para o bom funcionamento e busca pelo conhecimento.

Mas o MEC deixa a cargo das instituições definirem como irão aplicar estes recursos. Isso não
quer dizer que as instituições podem desenvolver qualquer programa de ensino. Antes de
implantar um método, é preciso pensar na educação e então na forma como ela será aplicada,
no caso, a distância, ou seja, é preciso que haja uma discussão politica e educacional e que
tudo esteja previsto no Projeto Político Pedagógico e o mais importante, observando as
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN).

4. ESTRUTURA DOS POLOS DE APOIO PRESENCIAL

Quando se fala em polo de apoio presencial, a referência não deve ser apenas da estrutura
física, que é de grande importância, mas para que ocorra a busca pelo conhecimento, deve-se
levar também em consideração o corpo de funcionários, a biblioteca, os laboratórios, salas
(secretaria, tutoria e salas para avaliações/aulas) e toda tecnologia necessária para a pesquisa e
interação dos alunos.

Então para entender um polo de apoio presencial, é preciso entender cada um destes aspectos.
Mas o que é um polo de apoio presencial? De acordo com o Decreto Nº 9.057/2017, “Art. 5º O
polo de educação a distância é a unidade descentralizada da instituição de educação superior,
no País ou no exterior, para o desenvolvimento de atividades presenciais relativas aos cursos
ofertados na modalidade a distância. ” (BRASIL, 2017)

No mesmo decreto ainda é citado que: “§ 1º Os polos de educação a distância manterão


infraestrutura física, tecnológica e de pessoal adequada aos projetos pedagógicos dos cursos ou
de desenvolvimento da instituição de ensino”. (BRASIL, 2017)

Ou seja, o polo precisa funcionar de tal maneira que as atividades presenciais sejam bem
elaboradas, mas mais do que isso, o polo é o espaço onde o aluno vai para usar a infraestrutura
de computadores, internet, um lugar para ser acolhido, para tirar dúvidas, para se sentir parte da
instituição, para aproveitar um espaço tranquilo para seus estudos, enfim, para buscar o
conhecimento.

E para garantir que as necessidades dos alunos sejam sanadas, o polo deve ser bem projetado,
oferecendo boa estrutura física que garanta a qualidade do ensino, com recursos adequados
para pesquisas e aulas práticas, laboratório de informática, biblioteca, internet, salas para
atendimentos, etc.
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Segundo a Portaria normativa n° 11/2017:

Art.11. O polo EaD deverá apresentar identificação inequívoca da IES responsável pela oferta dos cursos,
manter infraestrutura física, tecnológica e de pessoal adequada ao projeto pedagógico dos cursos a ele
vinculados, ao quantitativo de estudantes matriculados e à legislação específica, para a realização das
atividades presenciais, especialmente:

I - salas de aula ou auditório;

II - laboratório de informática;

III - laboratórios específicos presenciais ou virtuais;

IV - sala de tutoria;

V - ambiente para apoio técnico-administrativo;

VI - acervo físico ou digital de bibliografias básica e complementar;

VII - recursos de Tecnologias de Informação e Comunicação -TIC; e

VIII - organização dos conteúdos digitais. (BRASIL, 2017b)

Neste sentido, o Instrumento de Avaliação do SINAES, traz alguns pontos que devem ser
respeitados e que na hora da avaliação são levados em consideração, como por exemplo o
Indicador 5.13 que trata da Estrutura dos polos EAD, apresenta como nota máxima em seus
critérios de avaliação, que no polo:

A estrutura física, tecnológica e de pessoal nos polos permite a execução das atividades previstas no PDI,
viabiliza a realização das atividades presenciais, apresenta acessibilidade, é adequada ao projeto
pedagógico dos cursos vinculados, propicia interação entre docentes, tutores e discentes e possui modelos
tecnológicos e digitais aplicados aos processos de ensino e aprendizagem e diferenciais inovadores
comprovadamente exitosos. (BRASIL, 2017c)

Assim, os avaliadores levarão em consideração se as salas estão equipadas para atender as


atividades propostas, se existe acessibilidade em todo o polo, se há espaço para atendimento
de alunos em grupo e em particular, se a biblioteca, tem um acervo que atenda a demanda, se
os laboratórios de informática possuem maquinas adequadas com acesso à Internet, etc.

Todos estes espaços devem, assim como os outros, atender as necessidades dos alunos e
manter um funcionamento e manutenção adequados para o uso contínuo dos mesmos.

Com isso, pode-se perceber que um polo não pode estar estabelecido em qualquer local e nem
atender de qualquer maneira. Assim, percebe-se a importância do mesmo e a necessidade de
investimento nestes espaços de convívio e aprendizagem.

Além de uma boa estrutura física, um polo deve possuir recursos humanos qualificados. O MEC exige que
um polo tenha um coordenador e tutores presenciais, que auxiliarão os alunos na busca por seu
conhecimento.
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Como foi citado anteriormente, a instituição pode escolher seu modelo pedagógico, sendo
assim, algumas instituições contam com tutores presenciais que farão a intervenção pedagógica
(conteúdo) no polo e existem também instituições na qual a intervenção pedagógica é feita
online, porém, nestas existem tutores nos polos para auxiliar os alunos nas questões
operacionais.

Este profissional acompanhará o acadêmico durante toda sua vivência na educação a distância,
por isso faz-se necessário entender quem é esta pessoa. Segundo Arredondo, Gonzalez e
Gonzalez (2011, p. 28-29), a tutoria é:

O conceito de tutoria circunscreve-se aos modelos de educação personalizada como resposta à necessidade
de apoiar os processos educacionais, não somente com atividades do tipo didático-convencional, mas
também abordando o conjunto da pessoa, do indivíduo, em suas diversas facetas. A tutoria visa acompanhar
os sujeitos nos processos de tomada de decisões desde a esfera puramente acadêmica até a profissional.
Por outro lado, denomina-se tutoria o espaço e o encontro, ou reunião, entre um docente e um ou vários
estudantes, com a finalidade de trocar, analisar, orientar ou avaliar um problema ou projeto, debater um tema
ou discutir um assunto útil para o desenvolvimento pessoal, acadêmico e profissional de um aluno ou
aprendiz. (…) consiste em um processo de ajuda e acompanhamento durante a formação dos estudantes (ou
de aprendizes profissionais, quando for o caso), que se concretiza mediante a atenção personalizada a um
indivíduo, ou um grupo reduzido, por parte de professores ou mestres competentes formados para a função
tutorial.

Entendido quem é o tutor, é necessário entender como se dá seu trabalho nos diferentes
modelos de EAD. Assim, no primeiro caso, em que a intervenção pedagógica pode ser realizada
presencialmente por tutores que estão no polo de apoio em horários pré-determinados, o tutor
irá acompanhar as aulas e contribuir com o conteúdo, debatendo, instigando e orientando os
alunos quanto as suas dúvidas. Este profissional tem o papel de mediador do conhecimento e
precisa ter formação especifica na área de atuação, e claro, sempre buscar qualificação
continuada.

No segundo caso, em que os tutores fazem a intervenção online, há assim mesmo, tutores
presenciais no polo para auxiliar os alunos. Estes tutores presenciais atuam de forma
“operacional”, mas na realidade são eles que incentivam os alunos fazendo o acompanhamento
nas aulas, controlando a presença ou acessos, aplicam e organizam as provas, fazem a
explicação da metodologia e ambiente virtual de aprendizagem, enfim, efetuam todo o
atendimento acadêmico.

Assim, o sistema tutorial compreende o conjunto de ações educativas que contibuem para desenvolver e
potencializar as capacidades básicas dos alunos, orientando-os a obter crescimento intelectual e autonomia
para ajuda-los a tomar decisões, tendo em vista o desempenho e as circunstâncias de sua participação
como aluno (CARDOSO; PEREIRA, 2014)

Independente da forma de atuação do tutor há algumas características que são indispensáveis


aos mesmos, como: diagnosticar falhas, ser um bom ouvinte, verificar o andamento das tarefas,
solicitar informações sobre questões administrativas e de suporte técnico e motivar
aprendizagem dos alunos.
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5. IMPORTÂNCIA DO POLO DE APOIO PRESENCIAL NA CONSTRUÇÃO DO


CONHECIMENTO

Com tudo que foi relatado, percebe-se que o papel do polo não é fácil, pois ele precisa estar
muito bem organizado para poder receber os alunos. E que o seu papel não é apenas de
receber os alunos, mas sim de influenciar, visto que este espaço é o lugar onde o mesmo deve
se sentir parte do grupo/instituição.

Pensando em quando o candidato entra pela primeira vez no polo para fazer sua matrícula, ele
já espera por um lugar organizado e acolhedor. Espera ser bem atendido e que suas dúvidas
sejam sanadas.

Após a entrada na instituição, começam as dúvidas sobre conteúdo, metodologia, plataforma,


etc. Neste momento todos os funcionários do polo, independente da função, devem estar
preparados e dispostos a conversar e se fazer entender quanto as questões levantadas.

Existem algumas táticas e/ou práticas que podem ser utilizadas para acolher o aluno, evitar a
evasão e principalmente que esse aluno se sinta parte da instituição e que consiga construir seu
conhecimento.

Cada polo deve pensar na sua realidade, sua regionalidade, perfil de alunos, etc., mas sempre
há algo a mais que o polo pode fazer por seus alunos, como:

Aulas inaugurais: Antes de iniciar as aulas, o aluno pode ser convidado a ir ao polo para
conhecer toda a equipe, principalmente o tutor que irá acompanha-lo durante o curso e
ser familiarizado com a plataforma de ensino e o sistema de avaliação da instituição.
Além disso, o polo pode elaborar um manual simplificado contendo os horários,
telefones, quais atividades cada curso, como funcionam as provas, procedimentos, etc.
Acompanhar de perto a situação e desenvolvimento dos alunos: É importante que os
tutores tenham em “mãos”, informações sobre a vida acadêmica dos discentes, assim,
poderão se antecipar e ajuda-los dependendo da situação. Os tutores precisam saber
quem são os alunos ingressantes, formados, trancados, cancelados, qual curso, turma,
etc. Desta maneira, é possível manter um contato direto, eficaz e personalizado para
cada um.
Comunicação: A comunicação é extremamente importante nesta modalidade, visto que o
aluno não precisa comparecer sempre ao polo, então, a equipe precisa preocupar-se em
não deixar o aluno se sentir esquecido pela instituição. Hoje há várias formas de manter
uma comunicação eficaz, como aplicativos de conversas, e-mail, redes sociais, além das
ligações. Através dessas ferramentas, vários comunicados e explicações podem ser
disseminados, mas é muito importante que o tutor sempre faça um contato direto com os
alunos, para saber se estão com dúvidas e se precisam de algum auxílio, especialmente
aqueles que estão há algum tempo sem acessar suas plataformas de estudo ou que
demoram para ir até o polo.
Palestras, oficinas, workshops, etc: O polo também pode se adiantar e convidar pessoas
para desenvolverem atividades como palestras oficinas, workshops, entre outros e
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convidar não apenas os alunos, mas toda a comunidade. É importante o polo demonstrar
que está preocupado com a construção do conhecimento de seus alunos e da
comunidade de maneira extracurricular.
Projetos Sociais: Da mesma maneira que ocorre com as palestras e oficinas, o polo pode
e deve ajudar sua comunidade desenvolvendo projetos sociais. É importante lembrar que
em muitas cidades do Brasil, o polo acaba se tornando uma referência, então, usando de
sua estrutura, tecnologia e influência, é importante ajudar toda a comunidade a sua volta.
Reuniões com os alunos: Muitos cursos exigem que hajam atividades práticas e essas
podem ser desenvolvidas no polo, mas mais do que isso, os tutores podem convidar os
alunos para irem ao polo, se reunir e realizar grupos de estudo, debater atividades e
conteúdos, estudar, trocar experiências, enfim, se conhecer e saber que não estão sós
no caminho do conhecimento.
Equipe sintonizada: O principal ponto para que o polo consiga desenvolver seus alunos,
é fazer com que a equipe também se desenvolva e para isso, é importante que todos que
trabalham no polo, independente do cargo, consigam ter diálogo, compreendam toda a
estrutura e metodologia, sempre estejam se capacitando e treinando, afinal, fazem parte
de uma instituição de ensino superior.

Visto isso, a dedicação do polo para com o aluno deve ser total e ele pode ajudar influenciando
para que os alunos se dediquem aos estudos. Enfim, o polo não pode apenas recepcionar seus
alunos, mas sim fazer com que se sintam parte da instituição, que criem o hábito de estudar e
pesquisar, que tenha “calor humano” e principalmente que os envolvidos acreditem em seus
alunos e na EAD, para que assim ocorra a aprendizagem.

6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O desenvolvimento desse trabalho está pautado em uma pesquisa bibliográfica exploratória. Os


dados são qualitativos, pois relacionam o papel do polo com a capacidade de aprendizagem dos
estudantes.

A coleta de dados será realizada através de pesquisa bibliográfica, levando em consideração


principalmente os documentos elaborados pelo MEC para um bom funcionamento do polo de
apoio presencial.

7. Considerações Finais

Quando o aluno chega ao polo de apoio presencial, na maioria dos casos, ele ainda não sabe
como funciona a EAD e a metodologia daquela instituição. Por isso o polo deve integrar o aluno
ao projeto de EAD da Instituição, instigando-o aos estudos. Isso se dará em um primeiro
momento ou primeira impressão, pela sua estrutura física, que deve ser adequada e depois com
sua estrutura humana capacitada para acolher, incentivar e orientar seus alunos.

Por isso, podemos notar que o polo de apoio presencial é um local se suma importância para a
educação a distância, visto que o mesmo irá fazer o papel de mediador entre aluno e instituição.
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Será no polo de apoio presencial que acontecerão encontros formais e informais entre alunos,
colaboradores, tutores e professores, ou seja, encontro com o curso escolhido, pois
independente do curso ou modalidade, faz-se necessário toda uma projeção e ação em
diferentes níveis para assim chegar ao educando de forma que motive a aprendizagem.

Diante do exposto, nenhum curso está acabado, pois o conhecimento nunca se conclui. Mas
todo e qualquer curso necessita de motivação e mediação e é isto que um polo de apoio
presencial deve fazer por seu aluno: motivar e mediar.

REFERÊNCIAS

ARREDONDO, S. C.; GONZÁLEZ, L.P.; GONZÁLEZ, J.A. Formação de Tutores: Fundamentos


Teóricos e Práticos. Editora IBPEX, 2011.

BRASIL, LDB. Lei 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.Acesso em: 20/03/2020.

_____. Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017. Regulamenta o artigo 80 da Lei no 9.394, de


20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 26 maio.
2017 e retificado em 30.5.2017a. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/d9057.htm Acesso em:
30/03/2020.

_____. Portaria n. 11, de 20 de junho de 2017, DOU 21 de junho de 2017b. Disponível em:
https://abmes.org.br/legislacoes/detalhe/2178/portaria-normativa-n-11 Acesso em: 02/04/2020.

_____. Ministério da Educação. Instrumento de Avaliação Institucional Externa Presencial e


a distância. 2017c. Disponível em: http://inep.gov.br/instrumentos1 Acesso em: 03/04/2020.

CARDOSO, A.L.T.; PEREIRA, J.B. O Tutor e a atividade de tutoria na Educação a Distância.


In: COSTA; Maria Luísa Furlan; ZANATTA, Regina Maria (Orgs.). Educação a Distância no
Brasil: aspectos históricos, legais, políticos e metodológicos. Maringá: EDUEM, 2014.

MAIA, Carmen; MATTAR, João. ABC da EAD: a educação a distância hoje. São Paulo: Pearson
Prendice Hall, 2007.

[1] Especialista em Educação a Distância; Coordenadora Pedagógica de Polo - UNINTER


Maringá; Experiência de 10 anos como Tutora de EAD e Coordenadora Pedagógica EAD.

[2]Mestre em Educação pela UNOESTE; Diretora Educacional de Polo – UNINTER Maringá;


Experiência de 17 anos no Ensino Superior; Avaliadora do INEP/SINAES - MEC.

³ Mestrando em Gestão do Conhecimento Educacional pela UNICESUMAR; Gestor de Polo -


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UNINTER Maringá; Experiência de 20 anos como Docente.

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