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Preparação de Lâminas Histológicas

Prof: Geancarlo Henrique Ribeiro

Fixação

A fixação é a etapa da histotécnica que tem por finalidade assegurar a preservação das
estruturas morfológicas das células e tecidos, como se estivessem no animal "in vivo".
Para tal, utilliza-se de meios fixadores químicos e físicos,dentre os quais as misturas
químicas, têm sido as mais indicadas. Nestas associações, fixadores simples como
formaldeído, ácido acético, etc., podem ser compatíveis e promoverem uma excelência
na fixação dos tecidos em geral. Como exemplos, citamos os líquidos de Bouin
formaldeído, ácido acético, ácido pícrico), Helly ou Zenker-Formol (bicloreto de
mercúrio, dicromato de potássio), etc. Para ME, os mais comuns são glutaraldeído e
tetróxido de ósmio.

Inclusão e Etapas Precedentes

As etapas que se seguem têm por objetivo proceder com a infiltraçãp de substâncias
endurecedoras nos fragmentos dos órgãos, para permititr a obtenção dos cortes
extremamente delgados. São etapas rigorosamente seqüenciais e obrigatórias, na
grande maioria das técnicas, e uma etapa mal executada acarretará em material de má
qualidade para análise.

Desidratação

Objetiva a retirada de água da peça, já que as substâncias inclusoras são insolúveis em


água. Esta etapa é feita com a utilização de álcoois graduados em tempos adequados ao
fixador e ao material. Para ME, utiliza-se ainda acetona ou óxido de propileno.

Clareamento

Objetiva a retirada do álcool da peça (as substâncias inclusoras dissolvem-se mal no


álcool) e torná-la transparente. Utiliza substâncias solúveis em álcool e capazes de
eliminá-lo, por exemplo o toluol, xilol, benzol, etc.

Inclusão

A inclusão é comumente feita em parafina histológica e resinas plásticas, (metacrilato)


para ML, e resina epon para ME. As resinas apresentam resultados mais adequado.

Microtomia

A etapa de microtomia consiste na obtenção de cortes o mais delgado possível, que


possibilite a sua observação aos microscópios de luz ou eletrônico. Utiliza-se o
micrótomo, um aparelho apropriado para este fim, cuja regulagem medida em
micrômetros, permite a obtenção do corte na espessura desejada. Após esta etapa os
cortes serão coletados em lâminas de vidro.
Coloração

Técnicas Histológicas para a Microscopia de Luz

A grande maioria de estruturas celulares e teciduais são transparentes, incolores e com o


índice de refração muito próximo, o que dificulta a sua observação. Daí a necessidade
da utilização de corantes histológicos que evidenciem tais estruturas. As técnicas
procuram basicamente, associar o caráter básico ou ácido do corante a ser utilizado ao
do material a ser evidenciado. Desta maneira cria-se o grupamento químico responsável
pela cor ou grupamento cromóforo. Portanto, as moléculas ácidas como o DNA e o
RNA, por exemplo, são estruturas basófilas. As estruturas ricas em grupamentos
básicos, proteínas por exemplo, são acidófilas, por terem afinidade por corantes ácidos.

Técnicas Histoquímicas

São processos de coloração que conferem especificidade pois expõem os grupamentos e


radicais químicos que compõem as estruturas, para que as mesmos sejam
especificamente evidenciadas pelos corantes histoquímicos. Ex: carboidratos, ácidos
nucléicos, aminoácidos, íons, lípides, etc.

- Localização de ácidos nucléicos: método de Feulgen.


- Localização de carboidratos: técnica do PAS (Periodic Acid-Schiff).

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