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paixão pelo movimento

Guia Completo
sobre Diastases
Ola,souJanainaCintas
Criadora dos cursos de Biomecânica do Pilates, Atualizações
Científicas do Power House 2021, Avaliação Postural, Cadeias
Musculares, ABC da Fáscia, Liberações Viscerais e criadora dos
métodos ROD - Reestruturação e Organização de Diástase e
MH - Metodologia Hipopressiva.

Sou Fisioterapeuta graduada há 27 anos pela Universidade da


Cidade de São Paulo e tenho formação em Cadeias Fisiológicas
do Método Busquet, Reeducação Postural Global (RPG) de
Philippe Souchard, Método Pilates e Pilates Aéreo na Escola
Internacional de Madrid, na Espanha.

Fui premiada no Prêmio Contrology por 2 anos


consecutivos, nas categorias Influenciador Digital (2018)
e Profissional do Ano (2019).

Espero que este material sirva como um guia para você


entender um pouco mais sobre Avaliação, Prevenção e
Tratamento de Diástasese como ele pode ajudar (muito!)
a melhorar a qualidade das suas aulas.

Gostaria de te parabenizar por ter chego


até aqui e te desejo uma excelente leitura!
v
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Janaína Cintas

E-book: Guia Completo sobre


Diástases
Tratar diástases abdominais disfuncionais parece fácil para muitos
profissionais. Alguns imaginam que por se tratar de uma frouxidão
excessiva na linha alba, com instabilidade dela, basta fortalecer
as musculaturas abdominais. O que esquecemos quando temos
esse tipo de visão estamos tendenciosos a fazermos abdominais
clássicos e esse pode ser um dos motivos que levam à formação
da diástase abdominal. Vários conceitos vêm mudando na aérea
do movimento e este e mais um deles.
Sabemos que podem existir diversas causas, e neste e-book
discutiremos as quatro principais delas. Através desse
conhecimento conseguimos trabalhar de maneira completa com
o aluno e proporcionar maiores resultados, vamos entender isso
melhor?

Diástase
Segundo Torstein Lien, a diástase e um afastamento inteligente
das paredes do musculo reto abdominal para acomodar as
alterações víscerais e pressóricas dentro da fáscia transversallis
(antigo peritônio vísceral), sendo considerada uma disfunção
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importante quando esse afastamento e mantido, acima de 3 cm.


Lembrando que a literatura atual fala também da alteração e
da disfunção fascial da linha alba, que acaba por ter alteração
e substituição do colágeno nele depositado, o esperado seria
o colágeno do tipo I, mas nos casos de diástase disfuncional

encontramos um colágeno mais denso na linha alba, do tipo III.

Causas
1. Alterações da gravidez
Durante a gravidez o corpo da mulher aproveita o crédito de
frouxidão da linha alba para garantir espaço para as vísceras e para
o crescimento do embrião. Durante esse período será necessário
utilizar as cadeias musculares cruzadas de extensão para manter a
postura ereta, equilibrada, funcional e sem dores, pois as cadeias
flexoras estarão em relaxamento para acomodar o aumento
pressórico.

Por conta de tais adaptações na estática da gestante ela terá


seu ponto de apoio localizado na região torácica. Diástases que
não diminuem gradativamente na puérpera podem acontecem
porque o corpo ainda não eliminou essas necessidades mecânicas
gestacionais, ou por diversas outras causas, como por exemplo:
disfunções hormonais.

Lembrando que a Diástase durante a gestação e normal e


esperada, e dentre os fatores que podem influenciar ao aumento da
diástase fisiologicamente estão: o número de gestações (mulheres
multíparas), tamanho do embrião, diabetes gestacional, gestações
gemelares (gestação múltipla).
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2. Conforto das vísceras


Todas as adaptações do corpo têm como foco garantir o conforto
das vísceras. Caso exista necessidade o corpo aproveita da maior
frouxidão da linha alba para acomodar as vísceras de maneira mais
confortável. Para realizar o tratamento desses casos precisaremos
descobrir o que ocasionou o problema e corrigi-lo. Uma disfunção
no sistema estomatognático causado por maus hábitos alimentares
pode ser uma das causas, dentro tantos outros.

Qualquer víscera pode ter o aumento do seu volume gerando um


aumento pressórico local para garantir seu conforto, lembrando
que prioritariamente na hierarquia funcional estão o Sistema
nervoso Central e as vísceras, órgãos e glândulas, logo o sistema
musculoesquelético altera sua mecânica para garantir a manutenção
da hierarquia corporal, preservando prioritariamente a sobrevivência.

3. Contração excessiva dos músculos do


abdômen
A musculatura abdominal possui diversas funções, dentre elas:
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estabilidade corporal, fala, micção, choro, flexão do tronco,


gerenciamento da pressão intra-abdominal (PIA), dentre outras.
Muitas vezes a pessoa realiza uma contração excessiva para
ganho de forca dessa musculatura, levando a um aumento da PIA e
comprimindo as vísceras.

Como falei antes, o corpo sempre buscará o conforto das vísceras,


fazendo com que ocorra a distensão da linha alba, portanto
alguns abdominais que diminuam a área interna podem gerar
essa disfunção também, lembrando aqui que quando falamos em
músculos devemos obrigatoriamente discutir: tônus de base, tônus
de carga, tipo de fibra, função muscular, dentre diversas questões,
e na minha opinião ai se forma o grande equivoco quando falamos
em diástases disfuncionais, muitos preocupam-se somente em uma
característica do musculo que e a de produzir contração, ou seja
forca.

4. Aumento da pressão intra-abdominal

Boa parte dos pacientes que encontramos com diástases abdominais


apresentam uma pressão intra-abdominal aumentada cronicamente.

Tipos de diástases

1. Diástases Funcionais ou Fisiológicas


As diástases na gravidez promovem um crédito de largura ou
frouxidão supra umbilical com a função de amortecer as importantes
e constantes variações pressóricas intra-abdominais para: coluna.
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• Fenômenos hemodinâmicos;
• Fenômenos digestórios;
• Permitir o aumento de pressão gerado na gravidez.

Isso explica por que o Transverso do abdômen passa a frente


na linha infra umbilical e atrás na linha supra umbilical. Ele deve
proteger sua principal ação que é a fonação. Se passasse à frente da
linha alba da região supra umbilical, o transverso perderia sua função
de fonação com o processo fisiológico da gravidez.

Na gravidez é através dessa folga que o embrião será gerado


recrutando as cadeias musculares cruzadas posteriores ou de
extensão para manter sua postura. O diafragma diminui sua excursão
durante a respiração na gravidez gradativamente ate o parto.

O motivo é o aumento do útero durante o crescimento do bebê, para


evitar que a pressão intra-abdominal aumente ainda mais.

Quanto mais o útero aumenta, menos o diafragma desce, porem as


cadeias cruzadas de extensão ou de abertura são recrutadas. Assim
a diástase abdominal fisiológica é aumentada. A linha alba junto das
fáscias dos músculos retos abdominais são os grandes mastros de
condução que permitem a distribuição de forças pressóricas durante
o processo gestacional entre os hemicorpos.

A gestante encontrará então para sua estática um importante ponto


de apoio na região torácica. Os músculos abdominais têm papel
significativo na atividade respiratória, principalmente durante a fase
expiratória (fásica).

Isso pôde ser observado por meio da eletroneuromiografia. No teste


se obtém o aumento da atividade elétrica destes músculos durante
a expiração e declínio durante a inspiração, além disso gerenciam a
estabilidade corporal da gestante perante as alterações mecânicas
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geradas durante a gravidez, e não podemos nos esquecer que estes


músculos durante a gestação estão sobre a influência de muitos
hormônios, dentre eles: a progesterona e a relaxina (hormônios
estes que geram lascidez ligamentar ao corpo e diminuição da forca
muscular)

2. AS DIÁSTASES NÃO FISIOLÓGICAS


Diante dos resultados obtidos sobre a resposta sinérgica abdômino-
pélvica, observa-se que tanto a atividade perineal quanto a
abdominal são influenciáveis pelo padrão respiratório imposto.
Assim sendo, a manobra que demonstrou melhor estimular tal ação
sinérgica foi a execução da expiração.

Já aquela que mostrou praticamente nenhuma resposta sinérgica


entre os grupos musculares estudados foi a inspiração.

Segundo o artigo The myth of core stability1 (O mito da estabilização


do tronco), o autor relata que o transverso do abdômen tem várias
funções na postura ereta. A estabilidade é uma delas, mas está em
sinergia com os outros músculos da parede abdominal. Ele atua
no controle da pressão da cavidade abdominal para as funções
de fonação, respiração, defecação, vômito etc. Ele também forma
a parede posterior do canal inguinal atuando como válvula e
impedindo a herniação das vísceras por este canal.

Em alguns casos encontramos músculos abdominais fracos, com


seu funcionamento inibido. Mas, isto não ocorre simplesmente pela
falta de uso destes músculos. Na verdade, isso é uma estratégia
inteligente de proteção do corpo frente a um aumento da pressão
intra-abdominal. Um indivíduo que possui hábitos alimentares
errôneos, por exemplo, pode gerar um excesso de gases.
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Os motivos podem ser o excesso de fermentação dos alimentos, ou


ainda pelo fato da fermentação estar sendo feita no local errado.

Tal indivíduo gerará um abdômen globoso (distendido) que


prejudicará o sistema musculoesquelético perante o movimento.
Os músculos estarão distendidos, fora de sua curva normal de
comprimento e tensão, se hiperativando (não conseguem relaxar
após uma contração muscular).

Lembrando aqui que as vísceras têm prioridade. Logo, o transverso


do abdômen vai encontrar-se distendido pois, o corpo precisa abrir
espaço nesta cavidade tracionando a linha alba (ela quem faz a
distribuição das pressões da demanda gerenciada pela fáscia para
os músculos do abdômen), podendo afastar os músculos retos do
abdômen.

Qualquer pressão exercida nesta região seria antifisiológica,


aumentaria a dor, algumas vísceras não suportam pressão. Se os
músculos não sacrificarem seu funcionamento a favor das vísceras
vão contra o mecanismo de conforto do corpo. Como vimos, ainda
existem muitos questionamentos a serem feitos sobre as propostas
de estabilização do tronco.

Um fator extremamente importante que não é considerado por tais


propostas é a avaliação da pressão abdominal. Solicitar contrações
mantidas à pacientes que já possuam pressão intracavitária elevada,
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pode ser muito perigoso. Esta elevação acentuada da pressão intra-


abdominal, pode:
• Gerar um efeito compressivo sobre os feixes vasculho-nervosos;
• Prejudicar o funcionamento de todo sistema visceral

Para tratarmos a diástase temos que voltar nossos olhares para a


funcionalidade da complexidade de um corpo, e buscar soluções
dentro de toda essa complexidade. Onde temos uma ligação
anatômica importante entre os diversos sistemas, que funcionam
microscopicamente num nível celular e macroscopicamente através
da nossa anatomia, lembrando que todos esses sistemas juntos
para nos, profissionais do movimento tem que gerar função. Para a
dermato-funcional, função também, sei que principalmente o publico
feminino busca por resultados estéticos, em sua maioria, porem
nos profissionais não podemos perder o foco da função, e, de fato,
entregar para os indivíduos o resultado que esperam de nos com
funcionalidade.

• Sistema Respiratório
• Músculos do abdômen
• Músculos do assoalho pélvico
• Quadril
• Sistema Fascial
• Sistema Visceral

SISTEMA RESPIRATÓRIO
A mecânica respiratória compreende as várias etapas que vão
desde o condicionamento do ar, os movimentos da caixa torácica,
a contração do diafragma até a ação da prensa abdominal. A
ventilação pulmonar, ou respiração, é realizada atrás da mudança de
volume da caixa torácica. Ela consiste em duas fases: a inspiração
e a expiração. Na inspiração, há a inalação do ar devido à expansão
da cavidade torácica e, consequentemente, pela pressão do ar no
interior dos pulmões ser mais baixa do que a pressão atmosférica.
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Já na expiração, a expulsão do ar ocorre de forma passiva.

O DIAFRAGMA

O diafragma é o principal músculo da respiração e é quem separa o


abdômen do tórax. Seu formato é de cúpula, sendo composto por um
centro tendíneo e uma parte periférica, que se prendem às seis
últimas costelas, ao osso esterno e à coluna vertebral. (pilares
diafragmáticos). Os pilares diafragmáticos estão firmemente inseridos
nas últimas vértebras torácicas (T11 e T12) e nas primeiras lombares
(L1-L3). Também se inserem nas últimas costelas. São responsáveis
por fazer o movimento de aberturas das costelas (alça de balde),
facilitando a entrada de ar.

O centro tendíneo localiza-se na parte ântero-central do diafragma e


é apenas ele quem se move nas excursões respiratórias. Assemelha-
se a um trevo de 3 folhas e nele há o forame da veia cava inferior por
onde passa a veia de mesmo nome (além do nervo frênico, discutido
mais adiante) que desemboca no coração e é responsável por drenar
todo o sangue da porção inferior do corpo. Além dessa abertura, há
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outras passagens no diafragma conhecidas como hiatos esofágico


e aórtico. O diafragma ainda tem um importante papel na função
das vísceras pois grande parte delas está conectada por meio de
fáscias.

Citando alguns exemplos: O fígado se fixa ao diafragma através


de alguns ligamentos chamados: triangulares direito e esquerdo,
coronários direito e esquerdo e falciforme. O baço se conecta ao
diafragma através do ligamento freno-esplênico e o coração pelo
forte ligamento frênico-pericárdico.

Qualquer alteração do tônus diafragmático pode repercutir nestas e


em outras vísceras. Os músculos mais importantes nessa fase são o
diafragma, os músculos intercostais externos e a porção intercondral
(literalmente, que se localiza entre as cartilagens) dos músculos
intercostais externos.

A contração das cúpulas do diafragma causa seu achatamento e


aumento a cavidade torácica verticalmente, enquanto uma contração
dos músculos intercostais envolvidos aumentando assim, o diâmetro
do tórax. Quando a inspiração é profunda ou forçada, a contração
dos músculos escalenos e esternocleidomastóideos elevam as
costelas. Já na expiração, o ar é exalado, devido à pressão do ar no
interior dos pulmões ser maior do que a pressão atmosférica.

Quando os estímulos nervosos para os músculos do sistema


respiratório cessam e os músculos relaxam, a caixa torácica e os
pulmões retornam à sua posição inicial.

Os músculos abdominais também podem ajudar na expiração, uma


vez que, quando contraídos, forçam os órgãos abdominais contra o
diafragma e diminuem o volume do tórax.
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A FAIXA ABDOMINAL
Todos os músculos do abdômen compõem a chamada faixa
abdominal que na inspiração é tônica para aumento da PIA e
garantindo assim uma alavanca flexora no tronco, que será pré
compensada por uma alavanca de extensão. Extensão esta realizada
pelos músculos profundos, também no tronco, gerando assim, a
estabilidade da coluna lombar, porém na expiração forcada esse
grupo muscular age de forma fásica para garantir a estabilidade do
tronco. (Reflexo antecipatório postural).

MÚSCULOS DO ABDÔMEN
RETO ABDOMINAL

O reto abdominal são músculos que caem à frente do tronco e


compõem a camada muscular que costurara numa ligação fascial
todos os outros três músculos da faixa abdominal.

Suas fibras por composição são 69 por cento do tipo I e 31 por cento
de fibras do tipo II, entrecortados por áreas não contráteis fasciais,
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resquício de mioseptos dos Cordatas: 3 para os brancos e 4 para os


negros. Tendo função essencialmente tônica! Esses músculos estão
recobertos pela bainha do reto do abdome chegando até a linha
alba, cuja função é manter toda a faixa abdominal em sua posição.
Ela é formada pelas fáscias epimisais dos músculos:

• Oblíquo externo;
• Oblíquo interno;
• Transverso do abdômen.

PRESSÃO INTRA-ABDOMINAL
Aqui devo lembrar que o aumento da pressão intra-abdominal se faz
importante para a estabilização da coluna vertebral (Teoria descrita

por Paul Hodges). Porém se esse aumento for mantido, o indivíduo


perderá a eficácia da contração dos músculos extensores profundos
do tronco.

Gerando uma estratégia de compensação para manter a


estabilidade, que neste caso específico será realizado pelos
músculos superficiais. O pesquisador egípcio Shafik em suas
pesquisas observou que a pressão intra-abdominal também
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possui estreita relação com a pressão do fechamento do esfíncter


gastresofágico (Reflexo de Esforço Gastresofágico).

Nessa mesma pesquisa observou também que o aumento da


pressão intra-abdominal transitória aumenta a eficácia e competência
deste reflexo. Porém se esse aumento da pressão intra-abdominal
for crônico o diafragma crural entende esse estímulo de forma
excessiva. Ele o interpretara de forma paradoxal, ou seja, o
diafragma crural se relaxa em consequência do esforço. Isso nos
traduz que um aumento da pressão intra-abdominal transitório não é
maléfico.

A pressão intra-abdominal pode ser aumentada em até 30 mmhg


durante alguns segundos de esforço sem nenhum dano ao indivíduo,
com exceção aos hipertensos. Porém se esse aumento da pressão
intra-abdominal se tornar crônico o diafragma crural perde sua
função, passando a se relaxar.

Conforme já citamos, o diafragma crural tem ritmo respiratório.


Ou seja, age em sincronia respiratória, porém não é um músculo
respiratório, mas o diafragma crural possui uma atividade
eletromiográfica de repouso.

Ou seja, o músculo diafragma crural tem uma atividade tônica de


base, contribuindo na barreira gastresofágica, tendo sua maior
atividade elétrica na fase expiratória. Durante uma atividade física
ocorre o aumento da atividade elétrica do diafragma crural somada
ao aumento da pressão manométrica da barreira gastresofágica em
sincronia.

Portanto, a função do diafragma crural é realizar o fechamento da


barreira gastresofágica. Seu objetivo é evitar o refluxo durante a
atividade física. Contudo, o esforço prolongado leva a ineficácia do
Reflexo de Esforço Gastresofágico.
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Também ocorre o declínio da ativação do diafragma crural, pois


o diafragma crural é um músculo esquelético de fibras estriadas.
Portanto, ele se fadiga perante o esforço mantido por longo
período. O diafragma crural tem função de aproximadamente 44%
de atuação na barreira gastresofágica. Esse dado é de extrema
importância, pois existem publicações comprovando que indivíduos
que fazem Yoga, Pilates, ou exercícios respiratórios melhoram a
funcionalidade do músculo diafragma. Também se observa uma
melhora da barreira gastresofágica em aproximadamente 45%,
desde que os exercícios respiratórios não exijam a estabilização
segmentar.

QUADRIL
A cintura pélvica é um complexo no qual se anulam forças
importantes, a força peso normal.
Os dois ossos ilíacos e o sacro estão entre as estruturas
responsáveis por anular e transferir essas forças. A partir dessa
articulação as forças chegam na parte superior do corpo e na sínfise
púbica, inserção dos músculos retos abdominais.
O púbis se junta ao ísquio na parte medial do forame obturado. É
nessa região que ele tem a inserção de diversos músculos mediais
da coxa. Na face póstero inferior do ísquio temos fortes inserções
ligamentares e musculares.
Também existe nessa região o acetábulo. Essa é a parte óssea
côncava que é formada pela fusão dos ossos:

• Ilíaco
• Ísquio
• Púbis

O acetábulo é aprofundado pelo lábio do acetábulo, um anel de


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fibrocartilagem com importante papel de estabilização.

MOBILIDADE ILÍACA

Apesar do quadril ser uma articulação de muita estabilidade, existe


sim uma mobilidade ilíaca responsável por diversos desequilíbrios no
corpo. Ela é discreta, quase imperceptível, mas tem grande potencial
para gerar desequilíbrios musculares, problemas posturais e dor.

É essa mobilidade que condiciona a estática e dinâmica dos MMII


(membros inferiores).
Uma parte de seu grande potencial para desequilíbrios vem das asas
ilíacas. Essas estruturas possuem braços de alavanca que existem
na região e atuam nas cadeias musculares do tronco e do membro
inferior. As asas ilíacas possuem algumas mobilidades, que são:

• Anterioridade e Posterioridade
• Abertura e Fechamento

ANTERIORIDADE DO ILÍACO
A anterioridade acontece quando existe uma rotação anterior do
ilíaco sobre a cabeça do fêmur. Quando a anterioridade do ilíaco
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acontece dos dois lados também observamos uma anteversão da pelve e


aumento da lordose lombar.

Esse desequilíbrio tensiona o quadrado lombar, que leva a parte posterior da


asa ilíaca para o alto. Também teremos um reto femoral tensionado, trazendo
a parte anterior do ilíaco para baixo.
Observe os seguintes sinais durante sua avaliação:

• Espinha Ilíaca Antero-Superior (EIAS) Baixa


• Crista Ilíaca Alta
• Espinha Ilíaca Postero-Superior (EIPS) Alta
• Descida do Púbis (Anterior)
• Subida do Ísquio (Posterior)
• Sacro se horizontaliza e fica mais alto
A anterioridade do ilíaco também gera tensão no quadríceps femoral, o que
pode levar a alterações patelo-femorais e um recurvato do joelho.

O membro inferior também fica em alongamento compensatório, fazendo com


que a perna da lesão pareça aumentada

POSTERIORIDADE DO ILÍACO
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Acontece quando existe uma rotação posterior do ilíaco sobre a cabeça


femoral.

Se a posterioridade estiver presente nos dois ilíacos acontece a


retroversão da pelve e uma consequente retificação da coluna lombar. O
reto abdominal fica tensionado, o que leva a parte anterior da asa ilíaca
para cima.

Os isquiotibiais em tensão tracionam a parte posterior da asa ilíaca para


baixo. Os sinais importantes para a avaliação são:

• Espinha Ilíaca Antero Superior Alta


• Crista Ilíaca Baixa
• Espinha Ilíaca Póstero Superior baixa
• Subida do Púbis
• Descida do Ísquio
• Sacro verticaliza-se e fica mais baixo

Como o isquiotibial fica tensionado é possível existir um flexo do joelho.


A tensão que acontece com a posterioridade do ilíaco aumenta em até 30
vezes a compressão nos discos intervertebrais.

Ela também gera um encurtamento compensatório do membro inferior e


deixa a perna da lesão encurtada.

ABERTURA DO ILÍACO
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Na abertura do ilíaco encontramos glúteos medios tensionados, levando a parte


superior da asa ilíaca para fora.

O períneo também fica em tensão e traciona a parte inferior da asa ilíaca para
dentro.

Como resultado, os ísquios se aproximam. Encontraremos, portanto 3 (três)


pontos anatômicos altos no exame clínico

• Espinha Ilíaca Antero Superior Alta


• Crista Ilíaca Alta
• Espinha Ilíaca Póstero Superior Alta
• Aumento da Distância entre o Umbigo e a Espinha Ilíaca Antero Superior
• Sacro se inclinara numa Verticalização

Quando existe a abertura do ilíaco o membro inferior afetado fica em varo do


joelho com um aumento de projeção do membro (alongamento compensatório).

ABERTURA DO ILÍACO

O transverso do abdômen, além dos oblíquos ficam tensionados durante o


fechamento do ilíaco sendo responsáveis por tracionar sua asa superior em
direção à linha média. Os adutores do quadril tracionam a asa ilíaca inferior
ínfero lateralmente.

Encontraremos portanto 3 (três) pontos anatômicos baixos no exame clínico. Os


principais sinais de fechamento ilíaco são:

• Espinha Ilíaca Antero Superior Baixa


• Crista Ilíaca Baixa
• Espinha Ilíaca Póstero Superior Baixa
• Diminuição da Distância entre o Umbigo e a Espinha Ilíaca Antero Superior
• Sacro se inclinara numa horizontalização
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SACRO ILÍACA
A sacro ilíaca é uma estrutura que divide o nosso corpo da parte superior
à parte inferior. Juntas, permitem a transferência de carga do tronco para o
chão, vice versa, e transmissão da força igual e contrária que o solo devolve
para nós quando apoiamos o pé no chão.

Portanto, existem vetores de forças que são paralelos, mas não são na
mesma direção e mesmo eixo, descendo o peso do tronco e da cabeça que
são jogados verticalmente até o sacro. E a resposta igual contrária do chão
que vai ao longo do membro inferior.

Isto gera uma força descendente e uma força ascendente que produz um
cisalhamento na articulação sacro ilíaca.

Se pegarmos a articulação sacro ilíaca, virarmos o sacro num corte


transversal, podemos comparar o sacro à uma ponte suspensa. O sacro
representaria o cobertor (que é a parte suspensa da ponte) e os cabos de aço
que a sustentam, seriam os ligamentos sacro ilíacos posteriores.

Mas, relativos à articulação sacro ilíaca, teríamos virtualmente cabos embaixo


também e estes seriam os ligamentos sacros ilíacos anteriores. Portanto,
o sacro seria o elemento suspenso, que deve ser estabilizado por estas
estruturas.

Além dos ligamentos sacro ilíacos anteriores e posteriores, temos os


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ligamentos sacro ilíacos também chamados de interósseos. São considerados


um ligamento interno que na verdade é o mais profundo dos ligamentos
posteriores, não deixando de ser externo da articulação.

O ligamento interósseo não é um elemento tão determinante para a


estabilidade da articulação sacro ilíaca.

Então, principalmente por esses fatores, uma danificação do ligamento


interósseo não compromete a integridade da articulação sacro ilíaca.

Assim, se não esse ligamento, quais são as forças e os elementos que


contribuem para a estabilidade da articulação sacro ilíaca? Quando ela está
submetida ao estresse, o que além dos ligamentos interveem para garantir
esta estabilidade?

Bom, tudo indica que a habilidade dos músculos transversais que comprimem
esta articulação contribui muito na estabilidade sacro ilíaca. Portanto, o
transverso abdominal e o assoalho pélvico com direção e transmissão oblíqua
de suas fibras ajudam a intervir.

SACRO ILÍACA
O assoalho pélvico é formado por algumas estruturas que encerram a pelve
inferiormente como:

• Músculos;
• Ligamentos;
• Fáscias.
Os músculos do assoalho pélvico (MAP), são organizados anatomicamente
em duas camadas:

•Superficial: Essa camada é chamada de períneo sendo constituída pelos


órgãos genitais externos e o ânus. No homem inicia-se na bolsa escrotal
(testículos) seguindo até o ânus. Na mulher segue da vulva até o ânus. A
camada superficial é formada pelos seguintes músculos:

• Bulboesponjoso;
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• Isquicavernoso;
• Transverso superficial;
• Profundo períneo;
• Esfíncter uretral externo;
• Esfíncter anal externo.

Esses têm como função manter o fluxo urinário. Também tornam possível
o ato sexual (promovem a ereção do pênis e do clitóris, a ejaculação e as
contrações da vulva durante o orgasmo), além do parto.

• A camada profunda é composta pelos músculos:


• Isquioscoccígeos;
• Levantadores do ânus (puborretal, pubococcígeo);
• Levantador da próstata e pubovaginal;
• Iliococcígeo.

O conjunto desses músculos formam o diafragma pélvico. Eles são de


fundamental importância para a sustentação dos órgãos internos. Sabemos
que esses músculos permanecem contraídos constantemente. Além disso,
quando num aumento da pressão abdominal repentina, como tossir ou
espirrar, gera uma contração rápida e aumenta a tensão nesses músculos.
Isso acontece para manter os órgãos em sua posição normal. Além disso,
esses músculos possuem esfíncteres que permanecem fechados. Porém,
quando urinamos ou defecamos a musculatura deverá se relaxar e os
esfíncteres se abrem para permitir a defecação e micção.

DISCUSSÃO BIOMECÂNICA DOS MÚSCULOS DO


ASSOALHO PÉLVICO
Hoyte & al. em 2001, descreveu o músculo levantador do ânus com uma
forma de cúpula dupla. Isso é semelhante ao que Singh & al em 2002-03 e
Aukee & al em 2004 encontraram em seus estudos. Eles alegaram que o
fascículo iliococcígeo tinha uma forma de cúpula de convexidade superior.
Os resultados do nosso estudo estão inteiramente alinhados com o que
recentemente foi publicado em relação a este tópico.
Janaína Cintas

Para que possamos afirmar que a maioria da população apresenta no nível


da musculatura do assoalho pélvico uma morfologia de dupla cúpula de
concavidade inferior, com o que podemos considerar que esta é a morfologia
normal que deve apresentar um piso pélvico saudável. Além disso, a presença
dessas duas cúpulas horizontais permitirá distribuir as forças da cavidade
torácica do abdômen equitativamente entre cada um dos seus quatro pilares:

1 - Arco tendíneo da aponeurose obturante;


2 - Núcleo fibroso central;
3 - Anococcígeo raphia;
4 - Cóccix.

Acreditamos que é importante manter essa morfologia normal das cúpulas


pélvicas levando em consideração a função insubstituível do assoalho pélvico,
e especialmente o fascículo iliococcígeo.

Ele tem por um lado, o papel de detentor dos órgãos pélvicos (juntamente
com a aponeurose pélvica) e, por outro lado, de amortecedor da pressão
exercida pelas vísceras abdominais durante os esforços de hiper pressão
abdômino torácica. Deve-se lembrar que, durante este tipo de esforço, as
vísceras da pelve são deslocadas para baixo e para trás seguindo um arco
de círculo onde o raio corresponde aos ligamentos sacro uterinos. Portanto,
é o resultado dessas forças oblíquas para baixo e para trás. Isto é, em uma
direção perpendicular às cúpulas pélvicas, o que explicaria que o elevador do
ânus também é côncavo para baixo e para trás; uma vez que nessa posição a
divisão de forças
Janaína Cintas

em seus pilares torna-se igual. Esta função de amortecimento permitiria a


proteção dos plexos do nervo pudendo e hipogástrico.

Nos casos em que há um problema no nível dos pilares do assoalho pélvico


para qualquer causa, será quando as cúpulas sejam lesionadas. Mais de
90% das mulheres nulíparas apresentaram no estudo uma cúpula esquerda
maior do que a direita, enquanto em 2/3 das mulheres multíparas acontece
em sentido inverso.

Além disso, as mulheres nulíparas têm em geral cúpulas significativamente


mais côncavas e anteriores do que multíparas. De Lancey & al em 2003, e
Tunn & al em 2003 já mostraram que havia mulheres multíparas com piso
pélvico muito assimétrico: com fascículos pubococcígeo muito finos ou com
um volume muscular do ânus muito menos importante de um lado do que o
outro.

Segundo eles, essas descobertas podem estar relacionadas a uma remessa


traumática no assoalho pélvico. Outra explicação desta assimetria poderia
ser encontrada por analogia com as cúpulas diafragmáticas. Assim podemos
imaginar que os órgãos pélvicos também podem modicar a morfologia do
assoalho pélvico.

Os órgãos pélvicos ocupam um lugar proporcionalmente importante em


relação ao tamanho pélvico: o útero descansando na bexiga e o cólon
sigmóide que é, de fato, o "reservatório permanente" de fezes. A função do
períneo é a de amortecimento dos aumentos da pressão intra-abdominal,
é o solo para a sustentação das vísceras, além de possuir função sexual
para o mecanismo de ereção masculina e orgasmo. É inervado pelo nervo
pudendo (S2-S4) no plexo sacral, que possui ligação com o nervo frênico,
e com todos nervos da faixa abdominal, todos tendo como origem centros
respiratórios supra espinhais (centro pneumotáxico), esses nervos se
ligam também ao nervo vago (as emoções afetam diretamente o diafragma
torácico).
Janaína Cintas

A musculatura do Assoalho Pélvico e a forma do Assoalho Pélvico, vem da


interação de músculos, nervos e ligamentos que exercem sua ação nos
órgãos pélvicos. Na mulher, a vagina e os ligamentos se distendem para
alcançar a força necessária para suportar os aumentos de pressão intra-
abdominal.

VÍSCERAS
Anatomia do peritônio

Hoje chamado de fáscia transversallis é um grande saco que reveste todos


os órgãos abdominais. Esse revestimento é um saco hermeticamente
fechado. Tem como função a defesa das vísceras e lacrar a cavidade
abdominal. Isto, porém não acontece no corpo da mulher. As trompas
permitem a ligação da cavidade abdominal com o exterior, através do útero e
vagina.

O peritônio, portanto, impede as infecções de um modo geral. Ele também


segrega um “lubrificante” especial que facilita o deslizamento dos órgãos, uns
sobre outros, durante suas movimentações normais.

O líquido produzido por essa membrana deve-se manter sempre no mesmo


volume, pois é continuamente produzido e absorvido. Caso algum problema
aconteça temos o risco de aumentar a pressão intra-abdominal (PIA).

A porção anterior do abdômen da fáscia transversallis está diretamente ligado


à camada dos músculos da faixa do abdômen que estão imediatamente
acima do estômago e descem até a parte superior da pelve. Ficam mais
na parte posterior do tronco os chamados órgãos retroperitoneais: rins e
pâncreas. O fígado, o baço e o útero, são quase integralmente envolvidos,
portanto, chamados de intraperitoneais. A vesícula, o jejuno e o íleo
também são intraperitoneais, porém, completamente envolvidos pela fáscia
transversallis.
Janaína Cintas

O abdômen é dividido por quadrantes de 1 a 9, conforme ilustra a figura


abaixo.

E em cada quadrante ficam dispostas as vísceras:

• Num primeiro plano de uma vista anterior


• Segundo plano da mesma vista anterior, os órgãos retroperitoneais.

FÍGADO
O fígado é considerado uma glândula acessória do sistema digestório e
pode executar mais de 500 funções. Encontra-se na região abdominal,
do lado direito, logo abaixo da hemi cúpula diafragmática, e logo acima
do mesoncólon transverso. Ele pode ter uma massa de até 1,5 kg. É um
órgão extremamente sensível.

Quando estamos diante de um aumento do fígado (hepatomegalia), o


sistema músculo esquelético se adapta. A intenção é aliviar a tensão sobre
a glândula. O sistema visceral sempre será prioridade e, nesse caso,
alterações pressóricas importantes ocorrerão no tronco.
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A hemi cúpula diafragmática direita se levanta para ceder mais espaço para
o fígado, que não aceita pressão. Assim, gera-se uma interferência direta
no padrão respiratório a ser adotado. Além, do relaxamento dos músculos:
reto do abdômen do lado direito, oblíquos internos e externos e transverso
do abdômen. Esta medida levará à elevação do hemi tórax direito que será
realizada na região torácica baixa, gerando uma lordose nesse segmento
vertebral.

Além, de uma inspiração diminuída, pois a hemi cúpula diafragmática direita


bloqueada em inspiração (diafragma em posição baixa), aumentando a PIA,
o que gera uma diminuição importante da capacidade inspiratória, pois o
diafragma não possui condições de contrair-se para a entrada do ar, sendo
determinante para redução do volume pulmonar, atelectasias e alterações
da mecânica respiratória.

OUTRAS COMPENSAÇÕES
A lordose estará associada a uma inclinação à esquerda pelo relaxamento
dos músculos abdominais a direita. A concavidade gerada à esquerda,
elevará mais ainda o hemitórax direito e o afastará para a direita levando-o
para longe das costelas inferiores. Também acontecerá um giro do tórax
para a direita criando uma gibosidade posteriormente à esquerda.

Os pontos fixos para este esquema adaptativo serão: a escápula que é um


dos pontos fixos através do processo coracóide que colocará em ação o
peitoral menor para ajudar a elevar o hemitórax direito. Pode ser afetado
nesse esquema o ombro, pois a musculatura suspensória do ombro direito
estará em sofrimento para toda essa adaptação. Além disso o serrátil
anterior que perdeu sua continuidade de força dos abdominais à direita
poderá gerar nas escápulas a asa de Sigaud, uma vez que a escápula
perdeu sua fixação anterior;

O outro ponto de fixação para todo esse esquema adaptativo será a base do
occipto direito, gerando o aumento da tensão do trapézio direito até a base
do occipto. Uma hepatomegalia gera uma lordose diafragmática levando o
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tronco em extensão com uma inclinação à esquerda e uma rotação de tronco


à direita.

Pode gerar curvas adaptativas inferiores a fim de reequilibrar o corpo.


Após resolvido o problema hepático, as adaptações musculares continuam
presentes sendo necessária a intervenção de um profissional do movimento,
para reativar todos esses músculos citados.

RINS
Os rins (normalmente dois) estão localizados na porção posterior do abdômen
e suas extremidades superiores estão localizadas na altura dos arcos
costais mais inferiores (10ª a 12ª costelas torácicas). O rim direito quase
sempre é menor e está situado um pouco abaixo do rim esquerdo. Os rins
se movimentam (para baixo e para cima) de acordo como ato da respiração.
Cada rim tem a forma de um grande grão de feijão, medindo em um adulto
de 10 a 13 cm, com peso aproximado de 120 a 180g. Anomalias renais
não reconhecidas podem estar presentes entre 25% e 33% dos doentes e
incluem:

Rim em ferradura;
• Agenesia renal;
• Duplicação renal ou dos ureteres;
• Hipospádias.

Os rins estão localizados imediatamente abaixo dos músculos quadrados


lombares, quando não temos um órgão, seja porque nascemos sem ele ou
porque tivemos que o retirar, nosso organismo gerará um tecido cicatricial
para suprir esse espaço vago. Esse tecido cicatricial terá uma formatação
confusa gerando fibrose, que transmitirão essa tensão aos músculos
quadrados lombares. Essa tensão renal poderá ser também gerada por pouca
ingestão de água, uso frequente de anabolizantes, cálculos renais dentre
outros.

As medidas compensatórias músculo esqueléticas descritas a seguir


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são adotadas para uma tensão renal do lado direito. Nas compensações
relacionadas aos rins, primeiro criaremos uma lordose na altura do rim direito
com aumento da tensão dos paravertebrais à direita.

Percebam que aqui o esquema adaptativo se faz diante de uma força


centrípeta cicatricial, e não para o conforto do órgão. A partir daí nosso tronco
inclinar-se-á também à direita, gerando a concavidade à direita pela tensão
dos para vertebrais direitos. Toda a força está sendo direcionada para o
quadril esquerdo, que será o ponto fixo nesse esquema adaptativo. O músculo
quadrado lombar do lado esquerdo encontrar-se-á em máxima tensão
podendo trazer a asa ilíaca esquerda para cima, acionando dessa maneira o

reto femoral que também se tensionará.

É possível que a patela seja direcionada para o alto e ser a causa de várias
patologias musculoesqueléticas no joelho esquerdo. A tensão excessiva do
quadrado lombar também atraíra as últimas costelas do hemicorpo esquerdo
para baixo, aumentando inúmeras vezes a força de cisalhamento nessa
região. A hemi cúpula do diafragma direito estará em posição baixa, ou em
inspiração, gerando uma tensão excessiva em seus músculos acessórios.

Com esse aumento de tensão e aumento de força inspiratória no hemicorpo


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