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TRANSCRIÇÃO DE EUCARIOTOS

Iniciação
O cerne da RNApol II também não consegue reconheceras sequencias promotoras por si só, os
eucariotos demandam GTFs para se ligarem às regiões no promotor antes da ligação do cerne da
enzima. O GFT reconhece as sequencias no promotor e ligam-se a elas ou a outros GFT, e servem
para atrair o cerne da RNA polimerase II e posiciona-la no sítio correto para começar a transcrição.
O GTF e o cerne da RNApol II constituem o complexo de pré-iniciação (PIC). Como os promotores
procarióticos, os eucariotos estão situados do lado 5’ (antecedente) do ponto de início da
transcrição. Os fatores de transcrição que permitem o acoplamento do RNA pol II ao promotor são
representados por TFIIx.
Quando as regiões promotoras eucarióticas de espécies diferentes estão alinhadas, a sequencia
TATA geralmente pode ser vista situada cerca de 30 pares de bases (-30pb) do ponto de inicio da
transcrição. Esssa sequência, chamada de TATA boxe, é o sítio do primeiro evento na transcrição: a
ligação de proteína de ligação a TATA (TBP), quando ligada a TATA boxe atrai outros GFT e o cerne
da RNA pol II para o promotor, formando assim o complexo de pré-iniciação.
Após a transcrição ter sido iniciada, a RNA pol II dissocia-se da maioria dos GTF para alongar o
transcrito primário de RNA. Desse modo, varias RNA pol II podem sintetizar simultaneamente os
transcritos de um único gene.
O cerne da RNA pol II é capaz de separar dos GTF e começar a transcrição devido a uma
subunidade beta da RNApol II que contém uma cauda de proteína, chamada de CTD (domínio
carboxila terminal). O CTD está estrategicamente situado perto do sitio do qual irá emergir o RNA
nascente da polimerase. A fase de iniciação termina e, então, começa a fase de alongamento, após
o CTD ter sido fosforilado por um dos GTF. Acredita-se que de algum modo isso enfraquece a
ligação da RNA pol II com outras proteínas no complexo de pré-iniciação, o que permite o
alongamento.

Alongamento, termino e processamento


O alongamento ocorre dentro da bolha de transcrição, porem nos eucariotos precisa ser
processado antes que possa ser traduzido, o que inclui o acréscimo de um revestimento cap na
ponta 5’, recomposição (splicing) para eliminar os íntrons e o acrécismo de uma cauda 3’ de
nucleotídeos adenina (poliadenilação).
O estado de fosforilação do CTD determina que proteínas de processamento podem se ligar. Desse
modo, o CTD determina a tarefa a ser desempenhada no RNA à medida que ele emerge da
polimerase. Quando o RNA nascente emerge de uma RNA polimerase II, uma estrutura especial,
chamada cap, é adicionada à ponta 5’, por varias proteínas que interagem com o CTD, suas funções
são proteger no RNA da degradação da nucleasse e auxiliam no reconhecimento por fatores
proteicos que iniciam a tradução.
O alongamento do RNA continua até que seja reconhecido a sequência AAUAAA ou AUUAAA perto
da ponta 3’, por uma enzima que corta a ponta do RNA aproximadamente 20 bases depois. É
adicionado a essa ponta um trecho de 150 a 200 nucleotideos adenina chamados cauda poliA.

Recomposição do RNA, remoção de introns


Os introns são removidos do transcrito primário enquanto o RNA ainda está sendo transcrito e
após o cap ter sido adicionado, mas antes de o ser transcrito ser transportado para o citoplasma. A
remoção dos introns e a união dos exons é chamada de recomposição (splicing). Um modo pelo
qual um gene pode codificar várias proteínas ocorre pela recomposição alternativa ( splicing
alternativo)

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