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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A HISTÓRIA E A POLÍTICA: O LUGAR DA HISTÓRIA FACE AO PODER


POLÍTICO E A IDEOLOGIA

Nome do Estudante: Frederico Emílio Chavava


Código do Estudante: 708210879

Curso: Licenciatura em Ensino de História

Disciplina: Introdução ao Estudo de


História

Ano de frequência: Primeiro (1º) Ano

O Tutor: Edgar Jaime Quimice

Gurué, Dezembro de 2021


Critérios de avaliação (disciplinas teóricas).
Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuaçã
do Subtotal
o máxima
tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução Descrição dos
1.0
objectivos
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.0
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.5
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação parágrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA
Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor.

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Índice
1. Introdução..........................................................................................................................4

1.1. Objectivos.......................................................................................................................4

1.1.1. Objectivo Geral:...........................................................................................................4

1.1.2. Objectivo Específico:...................................................................................................4

1.2. Metodologias...................................................................................................................4

2. A História e a Política: O Lugar da História Face ao Poder Político e a Ideologia...........5

2.1. O Poder Político..............................................................................................................5

2.1.1. Conceito de Política.....................................................................................................7

2.1.2. O poder político na concepção de Hannah Arendt......................................................8

2.1.3. Características do Poder Político.................................................................................9

2.1.3.1. A Exclusividade........................................................................................................9

2.1.3.2. A Universalidade.......................................................................................................9

2.1.3.3. A Inclusividade.........................................................................................................9

2.2. Ideologia........................................................................................................................10

2.2.1. Características da Ideologia.......................................................................................10

2.2.1.1. Conteúdo normativo................................................................................................10

2.2.1.2. Sistematicidade global............................................................................................10

2.2.1.3. Efectividade e influxo histórico-social...................................................................11


2.2.1.4. A Esquerda e a Direita na Ideologia.......................................................................11

2.2.1.5. A busca teórica de um critério distintivo................................................................11

3. Conclusão.........................................................................................................................12

4. Referência Bibliográfica..................................................................................................13
1. Introdução
A História e a Política têm uma relação de interdependência pois são um bem em si, e essa é
a melhor forma delas serem buscadas por quem as deseja. Como a ginástica é boa para o
corpo, a História é boa para a mente. Portanto, o conceito de poder político está relacionado
com as disputas políticas inseridas nas instituições e na convivência diária dos indivíduos de
uma sociedade.

Partindo deste pressuposto, o presente trabalho versará sobre o tema: a história e a política: o
lugar da história face ao poder político e a ideologia. Assim sendo, ao longo do
desenvolvimento são abordados os seguintes conteúdos: o poder político; conceito de
política; o poder político na concepção de Hannah Arendt; características do poder político;
ideologia e, características da ideologia.

1.1. Objectivos
O trabalho apresenta os seguintes objectivos: geral e específico.

1.1.1. Objectivo Geral:


 Conhecer o lugar da história face ao poder político e a ideologia;
 Compreender a diferença entre a História e a Política.

1.1.2. Objectivo Específico:


 Identificar a distinção entre a História e a Política;
 Reconhecer a relevância da História e da Política;
 Descrever o lugar da história face ao poder político e a ideologia.

1.2. Metodologias
Para a produção deste trabalho, o estudante obedeceu a seguinte metodologia: leitura de
manuais e obras que também destacam o tema emabordagem e pesquisa em sítios de internet.
O estudante guiou-se também com o manual das normas APA’s 6ª edição da U.C.M
recomendado pela instituição.

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2. A História e a Política: O Lugar da História Face ao Poder Político e a Ideologia
O Segundo MARTINS (S/D), a História com H maiúsculo não pode ser
exercitada como apoio a um projecto político ou a outra finalidade
qualquer. Muitos bons historiadores falharam por esse motivo. Ela é um bem
em si, e essa é a melhor forma dela ser buscada por quem a deseja. Como a
ginástica é boa para o corpo, a História é boa para a mente.

Com estas palavras, entendo que a História na sua essência não pode ser confundida ou misturada
com a política nem com o poder pois trata-se de duas ciências bem diferentes mas com uma relação
estreitamente unilateral.

De nada adianta todo o procedimento hermenêutico e arqueológico, de nada serve o amoroso


preparo consciente de retorno no tempo se não apreendemos a História por seu valor
intrínseco.

Como bem disse o filósofo Simon Blackburn (1944), “comemos pão e a


reflexão não coze o pão. Mesmo assim sempre reflectimos, porque desejamos
compreender-nos. Isso é um bem em si, e esse bem é um momento em que
nos libertamos das questões práticas da vida (BLACKBURN, 2000). E o
estudo da História é um momento em que nos libertamos da vida presente
para nos projectarmos no tempo”.

2.1. O Poder Político


A palavra Poder indica a capacidade de acção ou de produzir efeito. Nessa
perspectiva, o poder pode ser entendido tanto no sentido social, isto é, nas
relações dos seres humanos em sociedade, em que passa a ter um sentido
muito mais específico, quanto sob uma perspectiva instrumental, que diz
respeito à capacidade do ser humano de controlar a natureza e seus
recursos. RODRIGUES (S/D)

Em seu sentido social, a ideia de poder está conectada à possibilidade ou à capacidade geral
de agir, à habilidade de um indivíduo de determinar o comportamento de outro indivíduo.
Nesse sentido, o ser humano não é apenas o sujeito capaz de exercer poder, mas é também
objecto sobre o qual o poder é exercido.

Assim sendo, por meio de uma perspectiva de fenómeno social, o poder é uma relação entre
seres humanos em que o aspecto determinante é a capacidade de agir ou influenciar a acção
do outro.

Partindo deste conceito, entendo que é nessa perspectiva que a ideia de política aproxima-se
e, às vezes, confunde-se com a de poder. As distinções são bastante finas, mas as formas
possíveis de manifestação de poder, em algumas instâncias, afastam-se bastante da ideia de
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política. O exercício do poder por meio da violência física, por exemplo, não pode ser visto
como manifestação política. Cabe a nós, portanto, definir o que é, então, política.

De acordo com SILVA (2016), a análise da história política actualmente produzida mostra ainda um
dilema presente há muito tempo: em política, lidamos com sujeitos individuais ou transindividuais.
Hoje, como no passado, as respostas são variáveis.

Para Foucault citado por Rocha e Seren (s/d), são as praticas sociais que
determinam o aparecimento de formas de subjectividade que se definem
como estruturas epocais do saber; praticas essas que, a certa altura, são
assumidas e proporcionadas pelo poder politico que empunha a "verdade do
saber"oficialmente institucionalizado; ou seja, sendo sabido que é no
desenvolvimento da acção das sociedades que se verifica a evolução dos
modos de pensar e do próprio aparelho conceptual, tornando-se sensível,
pouco a pouco, uma evolução da mentalidade, é neste momento que o Estado
intervém, identificando-se com esta mudança e desenvolvendo os novos
saberes como modelos institucionais, como e o caso do modelo cientifico.
Isto envolve uma apertada articulação entre a prática política e outras
práticas de natureza discursiva - teorias, códigos, proibições, ideologias,
ciência – que Ihe são exteriores.

Assim, o estudante entende que o poder político cria condições políticas, económicas e
sociais de existência que permitem a formação de sujeitos do conhecimento. Os novos
modelos de verdade são definidos e passam a circular pela comunidade, tornando possível
que a sua evolução venha influenciar o domínio político e, naturalmente, o cientifico.

Política é a actividade humana estreitamente vinculada ao poder.

Segundo Aristóteles, o ser humano é por natureza um “animal social”. “O


zoon politikon grego – homem como “animal político” – era a imagem de
um ser iminentemente social, que só pode viver em grupo, comunicando-se,
dialogando e estabelecendo relações significativas e se organizando”
NOGUEIRA (2008, p. 48).

O poder político busca o consenso, isto é, a adesão do conjunto da sociedade. O consenso é


construído no âmbito da sociedade civil, e objectiva a conquista da hegemonia. É assim que
uma classe economicamente dominante torna-se classe dirigente e hegemónica.

A actividade política, portanto, pressupõe a coerção e a hegemonia. A esfera da coerção é,


para Gramsci, a sociedade política; a outra corresponde à sociedade civil:

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Dessa forma, a própria sociedade adquire um duplo caráter, conforme sua vinculação com a
superestrutura.

Na sociedade política estão:

 A administração pública;
 O Judiciário e; conjunto de suas leis;
 A censura;
 Polícia e;
 As forças armadas, bem como sua presença no cotidiano, etc.

Na sociedade civil, estão:

 Os partidos;  Os sindicatos_ patronais


 As instituições de propaganda;  As associações;
 As escolas;  Os movimentos sociais e populares;
 As empresas;  Igreja.
MENO (2010) sublinha que o poder político não pode dispensar o consenso, não se mantém apenas
pela força coercitiva. Sem o consenso instaura-se a crise política e social, crise de legitimidade do
governo e exigem-se transformações que estejam em consonância com os interesses dominantes na
sociedade, constituindo-se, assim, um novo consenso.

A coerção não se restringe ao mero uso da força física bruta, ela abrange não apenas a
polícia, mas também as leis, normas administrativas, impostos, obrigações, censura. Os
instrumentos de violência do Estado são as armas e todo o aparato repressivo, mas também
sua administração burocrática, racional e legal.

2.1.1. Conceito de Política


Segundo RODRIGUES, o conceito de política é bastante abrangente quando
associado ao campo das acções dos sujeitos de uma sociedade. Alguns
autores consideram que toda acção de mediação de conflito realizada no
meio social que não lance mão de violência física é um acto político. Por
outro lado, outras perspectivas definem política como acções ou actividades
que são realizadas dentro da esfera de acção do Estado, isto é, do conjunto
de instituições ordenadoras de um governo.

Derivado do grego politikós (de polis), política se refere à cidade (urbano,


citadino, civil, público, sociável e social); é a ciência de governar as coisas

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da cidade (uma associação de homens livres); diz respeito ao exercício da
soberania num determinado território (a cidade, Estado); ao acto de legislar
e à gerência dos recursos comuns. “Pertence à esfera da política ações
como conquistar, manter, defender, ampliar, reforçar, abater, derrubar o
poder estatal etc.” (BOBBIO: 1998, p. 954).

Outra das mais discutidas e debatidas interpretações do termo política é a do jurista alemão
Carl Shmitt, que enxerga a política como uma relação amigo-inimigo entre aqueles que
estão envolvidos. Com base nessa concepção da relação amigo-inimigo, a esfera política
estaria constituída pelo constante antagonismo entre as partes em conflito, diante do qual a
actividade principal dos envolvidos seria a associação entre os que possuem semelhanças em
relação aos seus objectivos, a defesa dos “amigos” e o combate aos “inimigos”, colocados do
lado oposto do “campo de batalha”.

Na minha perspectiva, política refere ao onjunto de objectivos que enformam determinado


programa de acção governamental e condicionam a sua execução. Portanto, poder pode
significar deter os meios para obter qualquer tipo de vantagem. Assim, em todas essas
perspectivas, entretanto, a mediação de conflitos é o tema recorrente como definidor do que
seria a política.

Ou ainda no sentido mais lacto, que é o que usamos todos os dias, poder significa capacidade
para agir de determinado modo ainda que algo/alguém se oponha (sismo: o poder da
natureza). Significa isto que o poder é uma relação entre dois objectos (pessoas ou não), em
que um deles tem a faculdade de gerar consequências sobre o outro. Mesmo que este outro
não deseje essas consequências.

2.1.2. O poder político na concepção de Hannah Arendt


Para Hannah Arendt, a política é o espaço da palavra, lócus da diversidade, pluralidade de
opiniões e, portanto, tem uma natureza essencialmente dialógica.

Dessa forma, a política pressupõe, como diria Kant, “mentalidade alargada”, ou seja, o
esforço de “pensar no lugar e na posição dos outros em vez de estar de acordo consigo
mesmo”. Nesta perspectiva, a política implica a persuasão e rompe com a estrutura
monológica e singular da verdade moral e filosófica, isto é, “com a necessidade do
pensamento racional estar de acordo consigo mesmo”, um princípio já descoberto por

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Sócrates: “Se sou um, é melhor estar em desacordo com o mundo do que em desacordo
comigo mesmo”.

2.1.3. Características do Poder Político


Segundo BOBBIO, o poder político tem as seguintes características:

 Exclusividade;
 Universalidade e;
 Inclusividade.

2.1.3.1. A Exclusividade
A exclusividade indica a necessidade da soberania absoluta, isto é, não permite concorrência
quanto ao uso legítimo da força, exige o monopólio da violência pelo Estado.

Como acentua Bobbio (, p. 956):

“Embora a possibilidade de recorrer à força seja o elemento que distingue o


poder político das outras formas de poder, isso não significa que ele se
resolva no uso da força; tal uso é uma condição necessária, mas não
suficiente para a existência do poder político. Não é qualquer grupo social,
em condições de usar a força, mesmo com certa continuidade (uma
associação de delinquência, uma chusma de piratas, um grupo subversivo,
etc.), que exerce um poder político. O que caracteriza o poder político é a
exclusividade do uso da força em relação à totalidade dos grupos que
actuam num determinado contexto social, exclusividade que é o resultado de
um processo que se desenvolve em toda a sociedade organizada, no sentido
da monopolização da posse e uso dos meios com que se pode exercer a
coação física. Este processo de monopolização acompanha pari passu o
processo de incriminação e punição de todos os actos de violência que não
sejam executados por pessoas autorizadas pelos detentores e beneficiários
de tal monopólio.”

2.1.3.2. A Universalidade
A universalidade consiste na capacidade do poder político tomar decisões, consideradas
legítimas, quanto à distribuição dos recursos (não apenas económicos); decisões que só
podem ser tomadas pelo Estado e que são válidas para todos os membros da colectividade.

2.1.3.3. A Inclusividade
A inclusividade diz respeito à possibilidade de interferir, de modo imperativo, nas esferas de
actuação dos indivíduos e de condicionar sua acção através do ordenamento jurídico, de

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normas primárias e secundárias ditadas pelo aparato administrativo. Ou seja, o poder político
inviabiliza tentativas dos membros do Estado subtraírem-se ao seu domínio.

Esta caracterização do poder político é compartilhada por autores de diferentes ideologias: do


liberalismo ao marxismo. A possibilidade, pretensamente legítima, de recorrer à força física,
à violência, distingue o poder político das outras formas de poder. A coação é intrínseca ao
Estado, uma condição necessária à sua existência.

2.2. Ideologia
Para SILVA, “Ideologias são sistemas de ideias conexas com a acção, que
compreendem tipicamente um programa e uma estratégia de actuação,
destinados a mudar ou a defender a ordem política existente". Ou por outra,
são sistemas de crenças explícitas, integradas e coerentes, que justificam o
exercício do poder, explicam e julgam os acontecimentos históricos,
identificam o que é bom e o que é mau em política, definem as relações entre
política e outros campos de actividade, e fornecem uma orientação para a
acção".

É uma representação colectiva do que deve ser a vida em sociedade, em especial quanto ao
exercício concreto do poder político.

2.2.1. Características da Ideologia

2.2.1.1. Conteúdo normativo


 É um ‘dever ser’: é a projecção de uma organização política ideal e partilhada por
mais pessoas.
 Implica sempre uma avaliação valorativa: eu identifico-me com uma ideologia porque
ela expressa a minha ordem política ideal.

2.2.1.2. Sistematicidade global


 Ideias versus Ideologia: a distinção é o carácter sistemático da Ideologia. Na
Ideologia as ideias estão organizadas num sistema complexo e coerente de princípios,
regras, interpretação da história, do futuro. A Ideologia não podem ser ideias avulsas.
 Essa sistematicidade é global: Não é apenas uma posição ou uma ideia sobre uma
situação concreta; é uma visão do mundo, da vida, da sociedade. E a transposição
dessas visões para a arena política.

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2.2.1.3. Efectividade e influxo histórico-social
 As Ideologias visam a actuação concreta (seja acção ou inacção) sobre a realidade
(mudando-a ou conservando-a).
 As ideologias orientam o comportamento político, dão-lhe sentido e previsibilidade.
 Têm de ter tido impacto na história. Uma ideologia tem necessariamente um “peso
objectivamente verificável na vida social”, têm de ter estado presente nas grandes
lutas políticas da Humanidade.

2.2.1.4. A Esquerda e a Direita na Ideologia


Esquerda e direita não são ideologias. São conceitos espaciais, uma simplificação útil para
organizar mentalmente a relação entre diferentes concepções políticas.

2.2.1.5. A busca teórica de um critério distintivo


 Dimensão política_ esquerda: igualitária; direita: hierárquica;
 Dimensão económica_ esquerda: defesa classes baixas; direita: defesa classes altas;
 Dimensão religiosa_ esquerda: livre pensamento; direita: religião.

Segundo Bobbio, a esquerda é mais igualitária que a direita. O que não quer dizer
que a direita não possa defender a igualdade e que a esquerda não defenda algumas
limitações à igualdade. Logo, o que interessa é o grau de Igualdade defendido. Os
indivíduos considerados iguais podem ser todos, muitos ou poucos, ou um só; os
bens a distribuir igualmente podem ser direitos, vantagens económicas, posições de
poder; os critérios de igualdade podem ser a necessidade, o mérito, a capacidade, a
classe social o esforço e em última hipótese a ausência de qualquer critério”.

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3. Conclusão
Através deste tema: a história e a política: o lugar da história face ao poder político e a
ideologia, o estudante aprendeu que; a História na sua essência não pode ser confundida ou
misturada com a política nem com o poder pois trata-se de duas ciências bem diferentes mas
com uma relação estreitamente unilateral.

Ademais, o poder pode ser entendido tanto no sentido social, isto é, nas relações dos seres
humanos em sociedade, em que passa a ter um sentido muito mais específico, quanto sob
uma perspectiva instrumental, que diz respeito à capacidade do ser humano de controlar a
natureza e seus recursos.

Assim, o poder político cria condições políticas, económicas e sociais de existência que
permitem a formação de sujeitos do conhecimento. Os novos modelos de verdade são
definidos e passam a circular pela comunidade, tornando possível que a sua evolução venha
influenciar o domínio político e, naturalmente, o cientifico.

Indo para o conceito de política, entende-se que é bastante abrangente quando associado ao
campo das acções dos sujeitos de uma sociedade. Alguns autores consideram que toda acção
de mediação de conflito realizada no meio social que não lance mão de violência física é um
acto político.

Contudo, política se refere à cidade, é a ciência de governar as coisas da cidade e diz respeito
ao exercício da soberania num determinado território ao acto de legislar e à gerência dos
recursos comuns.

Por último, o estudante percebeu que as ideologias são sistemas de ideias conexas com a
acção, que compreendem tipicamente um programa e uma estratégia de actuação, destinados
a mudar ou a defender a ordem política existente.

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4. Referência Bibliográfica
BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de
Política. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1998, p. 318-319 (vol. 1).

MAAR, Wolfang Leo. O que é política. São Paulo: Brasiliense, 1994.

MARTINS, Estêvão de Rezende. História Cultura, Ciência, Teoria E Filosofia.


Universidade de Brasília, Se,(S/d)

MENO, Luís. (2010) Introdução aos Estudos Históricos-Ho210. Universidade Católica de


Moçambique Centro de Ensino à Distância_ CED

RODRIGUES, Lucas de Oliveira (s/d) Poder político, extraído a partir de


www.mundoeducacao.uol.com.br/poder-politico/ aos 12 de Janeiro de 2022

SILVA, Antonio Ozaí Da et all (2016), O que é Poder Político? Escolar Editora_ Lisboa

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