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O presente estudo tem como objetivo abordar o feminismo marxista, sua história e
principais pensadoras. O referido movimento social é uma das diversas vertentes
do feminismo, que se diferencia por entrelaçar-se aos ideais marxistas, defendendo
que a emancipação feminina e a plena igualdade de gênero só será alcançada
através da luta anticapitalista, considerando esta um pilar mantenedor do
patriarcado.
1 O PENSAMENTO MARXISTA
O poder soviético tenta criar uma condição na qual a mulher não precise se
prender a um homem a quem despreza apenas por não ter para onde ir com
seus filhos, na qual a mulher não precise temer pela sua vida e pela vida de
seu filho. Na república operária, não são os filantropos, com sua caridade
humilhante, mas os operários e camponeses, companheiros na criação de
uma nova sociedade, que se esforçam para ajudar a mãe trabalhadora e se
empenham para amenizar o fardo da maternidade. A mulher que suporta a
provação de reconstruir a economia em pé de igualdade com o homem, a
mulher que lutou na guerra civil, tem o direito de exigir, nesse momento tão
importante de sua vida, no momento em que ela presenteia a sociedade com
um novo membro, que a república operária, o coletivo, assuma a
responsabilidade de prover ao futuro do novo cidadão.
Saindo do espectro socialista e da realidade vivida pelo gênero feminino
durante a URSS, é importante frisar que a desigualdade sofrida pela mulher no
capitalismo piora ao longo dos anos.
Realizando um salto histórico e focando na atual condição da mulher na
sociedade ocidental, percebe-se que os homens não estão submetidos a tensão
estrutural entre o trabalho doméstico e o trabalho remunerado, diferentemente das
mulheres, que mantêm uma dedicação parcial tanto no trabalho remunerado como
no doméstico. De acordo com Toledo, 2005, a desigualdade entre os gêneros como
criação cultural só pode ser formulada enquanto tal em uma sociedade onde
existem dominados e dominantes, e a mulher cumpre uma função social e
econômica enquanto ser dominado. Restringir o problema a uma questão somente
de gênero pode mascarar os determinantes econômicos que separam homens e
mulheres das diferentes classes, além de diluir as diferenças que existem entre as
mulheres burguesas e proletárias. A questão de gênero se manifesta de forma
distinta em cada classe social e tratar de forma global essa questão mascara esse
fato, transmitindo a ideia que todas as mulheres estão unidas por igual
problemática. Apesar de todas sofrerem com a problemática de gênero, sofrem de
forma diferente e as saídas para elas são diferentes, de acordo com a classe social
a que pertencem.
CONCLUSÃO
Percebe-se um consenso entre as autoras citadas sobre a subordinação da
mulher ao homem estar associada à criação do conceito de família como um núcleo
composto por homem, mulher e filhos.
O marxismo e o feminismo marxista são exaustivamente estudados na
academia e a produção literária sobre os mesmos é considerável, sendo importante
citar também o advento da internet, que facilitou o acesso à informação e acendeu a
chama de debates de cunho político na última década. Por fim, O feminismo
marxista entende que não pode haver socialismo, comunismo ou mesmo
democracia verdadeira caso as mulheres continuem sendo consideradas
propriedades, meras máquinas de gerar filhos, e não seres humanos.
REFERÊNCIAS