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Guião Apresentação Oral de História – da I República à Ditadura Militar

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Pilar: Olá, turma! Hoje iremos-vos apresentar o nosso trabalho sobre o período desde a Implantação da I
República à Ditadura Militar.
Frederica: Tal como vocês sabem, a Grã-Bretanha enviou, em 1890, um Ultimato a Portugal, este que se
opunha ao Mapa Cor-de-Rosa. A Grã-Bretanha pretendia construir uma linha férrea que ligasse o Cairo ao
Cabo e exigia que Portugal retirasse as forças militares portuguesas que se encontravam nos territórios entre
Angola e Moçambique e, caso Portugal não obedecesse, Grã-Bretanha poderia vir a recorrer à força.
Pilar: O facto de Portugal ter cedido a esta chantagem feita pela Grã-Bretanha fez com que os portugueses
tivessem um sentimento de revolta e de humilhação. Ainda na década de 1890, Portugal foi atingido por
uma grave crise económica, que levou à falência de empresas e bancos e ao consequente agravamento do
descontentamento social, principalmente, por parte das classes médias e do operariado.

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Frederica: O Partido Republicano foi fundado a 1876 e tinha como objetivo o derrube da monarquia,
aproveitando o crescente descontentamento social para aumentar o seu número de apoiantes. O agravamento
do descontentamento social levou à 1ª tentativa da Implantação da República a 31 de janeiro de 1891,
embora falhada.
Pilar: Apesar disso, não desapareceu o desejo de se derrubar a monarquia e o Partido Republicano cresceu.
Depois desta revolta, D. Carlos dissolveu o Parlamento e entregou a chefia do Governo a João Franco, que
passou a governar em ditadura em 1907, o que agravou o descontentamento social e precipitou o regicídio e
a queda da monarquia.

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Frederica: Pouco tempo mais tarde, o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro D. Luís Filipe foram assassinados,
o regicídio, subindo ao trono o filho mais novo de D. Carlos, D. Manuel II, que demitiu João Franco e fez de
tudo para recuperar a credibilidade do regime monárquico. Apesar de tudo, nada foi suficiente para impedir
e travar a crescente oposição à Monarquia.
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Frederica: Na noite de 4 de outubro de 1910 iniciou-se a Revolução Republicana e, na manhã seguinte, foi
proclamada a República. Após se ser implementada a I República, foi formado um Governo Provisório
presidido por Teófilo de Braga.
Pilar: Em 1911, foi aprovada a Constituição Republicana, onde foi adotado o sistema liberal da divisão
tripartida dos poderes: legislativo, que é o poder do Parlamento de fazer e de aprovar as leis; poder
executivo, que é o poder do Presidente da República de pôr as leis em prática e o poder judicial, que é o
poder dos tribunais de julgarem quem não cumpre as leis. Apesar de tudo, era o poder legislativo que
detinha mais poder, fazendo com que houvesse instabilidade política, visto que um Governo apenas se
mantinha se tivesse o apoio de uma maioria absoluta de deputados do Congresso.
Frederica: E podemos comprovar a instabilidade política com os 45 Governos e os 8 Presidentes da
República entre 1910 e 1926. O sufrágio passou a ser direto e, ainda em 1911, Manuel d’Arriaga é eleito o
1º Presidente da República.

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Pilar: Os governos republicanos tomaram diversas medidas, nomeadamente na área financeira, o que fez
com que houvesse um equilíbrio das contas do Estado; na área social, o que levou à melhoria das condições
de vida da população; na área educativa, que foi bastante importante por ter conseguido reduzir a taxa de
analfabetismo em Portugal através da escolaridade obrigatória e gratuita dos 7 aos 10 anos. Para além disso,
construíram-se as Universidades de Lisboa e do Porto e a Escola do Magistério Primário, para formação de
professores.
Frederica: Também foram tomadas medidas para a laicização do Estado, que é a separação do Estado e da
Igreja, o que levou ao descontentamento social devido ao facto de terem sido tomadas medidas anticlericais,
tais como a abolição do ensino religioso nas escolas pública e abolição dos feriados religiosos, visto que
maioria da população portuguesa era católica. Isto fez com que o Partido Republicano perdesse uma grande
parte do apoio que tinha.
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Pilar: E o descontentamento social agravou-se bastante com a entrada de Portugal na I Guerra Mundial em
1916, com o objetivo de garantir a posse das suas colónias, estas que eram disputadas pelos alemães, e ainda
afirmar o Partido Republicano.
Frederica: O descontentamento social por parte dos trabalhadores também foi grande, porque devido à crise
financeira, os impostos aumentaram e os salários dos trabalhadores não conseguiam acompanhar a subida
dos preços e dos impostos. Para além disso, Sidónio Paes, Presidente da República na época, implantou uma
ditadura militar em 1917 e foi assassinado no ano seguinte, trazendo de volta a agitação social.
Pilar: E anos mais tarde, a 28 de maio de 1926, o general Gomes da Costa dirigiu um golpe militar, que
derrubou a I República, dando-se então início a uma Ditadura Militar, o que fez com que o controlo político
passasse a ser controlado por militares. Obrigada!

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