Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 2
Prezado aluno!
Bons estudos!
2 DEFINIÇÃO DE LIXO E RESÍDUOS SÓLIDOS
Fonte: ecycle.com.br
De acordo com o Dicionário de Aurélio Buarque de Holanda, "lixo é tudo aquilo que
não se quer mais e se joga fora; coisas inúteis, velhas e sem valor."
Já a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT – define o lixo como os
"restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis
ou descartáveis, podendo-se apresentar no estado sólido, semi-sólido1 ou líquido2, desde
que não seja passível de tratamento convencional."
Normalmente os autores de publicações sobre resíduos sólidos se utilizam
indistintamente dos termos "lixo" e "resíduos sólidos". Neste Manual, resíduo sólido ou
simplesmente "lixo" é todo material sólido ou semi-sólido indesejável e que necessita ser
removido por ter sido considerado inútil por quem o descarta, em qualquer recipiente
destinado a este ato.
Há de se destacar, no entanto, a relatividade da característica inservível do lixo,
pois aquilo que já não apresenta nenhuma serventia para quem o descarta, para outro
pode se tornar matéria-prima para um novo produto ou processo. Nesse sentido, a ideia
do reaproveitamento do lixo é um convite à reflexão do próprio conceito clássico de
resíduos sólidos. É como se o lixo pudesse ser conceituado como tal somente quando da
inexistência de mais alguém para reivindicar uma nova utilização dos elementos então
descartados.
3 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
Resíduos orgânicos: são aqueles que possuem origem animal ou vegetal. A maioria pode
ser utilizada na compostagem sendo transformados em fertilizantes ou corretivos do solo,
contribuindo para o aumento da taxa de nutrientes e melhorando a qualidade da produção
agrícola.
Exemplos de resíduos orgânicos:
- Restos de alimentos.
- Cascas de frutas e de ovos.
- Folhagens, plantas mortas.
- Pó de café.
- Madeiras.
Resíduos inorgânicos: todo material que não possui origem biológica ou que foi
transformado pelo homem. Geralmente estes resíduos, quando lançados diretamente no
meio ambiente, levam mais tempo para serem degradados.
Exemplos:
- Vidros.
- Plásticos.
- Metais.
- Borrachas.
- Fibras sintéticas.
- Cinzas.
Resíduos domiciliares: gerados a partir das atividades diárias nas residências com 50% a
60% de composição orgânica e o restante formado por embalagens em geral e rejeitos.
Podemos exemplificar alguns tipos de resíduos domiciliares como:
- Restos de alimentos.
- Cascas de frutas e verduras.
- Jornais e revistas.
- Garrafas.
- Latas.
- Vidros.
- Embalagens em geral.
- Papel higiênico e fraldas descartáveis.
Resíduos de limpeza urbana: resíduos provenientes dos serviços de varrição de vias
públicas, limpeza de praias, galerias, córregos e terrenos, restos de podas de árvores e
limpeza de feiras livres.
Obs.: Os resíduos comerciais podem ser divididos em dois grupos dependendo da sua
quantidade gerada por dia. O pequeno gerador pode ser considerado como o
estabelecimento que gera até 120 litros por dia e o grande gerador é o estabelecimento
que gera um volume superior a esse limite.
Resíduos industriais: resíduos gerados pelas atividades industriais, tais como metalúrgica,
química, petroquímica, papelaria, alimentícia, entre outras. São resíduos muito variados
que apresentam características diversificadas.
São exemplos de resíduos industriais: cinzas; lodos; óleos; fibras; borracha e metal.
Fonte: www.copel.com
A coleta seletiva permite que os materiais que podem ser reciclados sejam
separados dos demais, ou seja, os materiais recicláveis são separados em papéis,
plásticos, metais, vidros, sendo que o lixo orgânico (restos de alimentos, podas de árvores,
folhas secas e outras partes das árvores) são utilizados para a fabricação de adubos
orgânicos por meio da compostagem10 ou são (deveriam) encaminhados para o aterro
sanitário. (ANDREOLI et al., 2014)
Cabe destacar que as pilhas e baterias também devem ser separadas, pois, se
descartadas inadequadamente no meio ambiente, podem causar contaminação do solo
em virtude da presença de metais pesados em sua composição. Ainda nesse grupo
enquadram-se os resíduos hospitalares em virtude da contaminação biológica que podem
apresentar, sendo que eles devem ser segregados dos demais resíduos e destinados à
incineração.
Para ANDREOLI et al. (2014) esta etapa tem por objetivo reduzir a quantidade ou
o potencial poluidor dos resíduos sólidos, impedindo o descarte inadequado deles no meio
ambiente, transformando-os em material inerte ou biologicamente estável. Podemos
destacar: a compostagem e a incineração.
- Compostagem
Fonte: ciclovivo.com.br
Fonte: rcrambiental.com.br
Fonte: brasilcoleta.com.br
- Lixão
Fonte: www.oeco.org.br
Esta é uma forma inadequada de disposição de resíduos, pois o local não possui
nenhum tipo de tratamento. O resíduo é disposto diretamente no solo, o que pode causar
diversos tipos de contaminação, além da atração de vetores e odores, não possuindo
nenhuma técnica de tratamento, bem como podendo se encontrar em locais inadequados.
(ANDREOLI et al., 2014)
Essa disposição ainda tem como agravante a presença de pessoas, as quais se
utilizam da garimpagem do lixo como forma de sobrevivência e até mesmo para
alimentação, podendo ainda adquirir várias doenças, tornando-se, dessa maneira, um
grave problema social.
- Aterro Controlado
Fonte: obraprimaarquitetura.com.br
- Aterro Sanitário
Fonte: vinaec.com.br
Fonte: treslagoas.ms.gov.br
ATENÇÃO!!
Nos contratos de fornecimento desses produtos, devem ser estipuladas cláusulas
relativas à logística reversa.
De acordo com a COPEL (2015) alguns resíduos sólidos, devido ao risco a saúde
pública e ao meio-ambiente, exigem orientações específicas com relação ao manuseio,
acondicionamento, armazenamento e transporte.
Bateria Chumbo-Ácido
Fonte: senado.leg.br
Fonte: inovarambiental.com.br
São lâmpadas de alta eficiência que possuem no seu interior mercúrio, sódio ou
outros vapores metálicos. Podem ser tubulares, circulares ou compactas.
O manuseio deve ser realizado com extremo cuidado e atenção evitando a quebra
da lâmpada fluorescente. Caso sejam substituídas, as lâmpadas inservíveis devem ser
acondicionadas em embalagem original (ou em embalagem com maior similaridade
possível) e recomendam-se às gerências providenciar a instalação de grades protetoras
nas calhas de lâmpadas fluorescentes e de descarga gasosa, de modo a evitar sua queda
e a ocorrência de acidentes.
Para o transporte haver a proteção de choques para evitar que as lâmpadas se
quebrem.
Resíduos de equipamentos eletrônicos
Fonte: ambigroup.com
Fonte: tratamentodeagua.com.br
Madeiras Tratadas
Madeiras não tratadas são todas as que não passaram por processos de
impregnação com substâncias químicas de ação fungicida e inseticida. Madeiras com
verniz e pintura se enquadram na categoria de madeiras não tratadas.
O reuso deve ser feito sempre que possível, porém madeiras com tintas ou com
verniz não devem ser utilizadas em situações onde tenha contato direto com alimentos e
bebidas, podendo ser colocadas em composteiras, de preferência em pequenos pedaços,
para agilizar o processo de decomposição.
Essas madeiras podem ser doadas, não há necessidade para termos de
compromisso com a instituição que irá receber o material.
Pilhas e Baterias portáteis
Fonte: negociosemmovimento.com.br
Fonte: inovarambiental.com.br
Fonte: medium.com
Fonte: osresiduosolidos.wordpress.com
Nos resíduos sólidos municipais pode ser encontrada uma variedade muito grande
de resíduos químicos, dentre os quais merecem destaque pela presença mais constante:
pilhas e baterias; óleos e graxas; pesticidas/herbicidas; solventes; tintas; produtos de
limpeza; cosméticos; remédios; aerossóis.
Uma significativa parcela destes resíduos é classificada como perigosa e pode ter
efeitos deletérios à saúde humana e ao meio ambiente. Metais pesados como chumbo,
cádmio e mercúrio, incorporam-se à cadeia biológica, têm efeito acumulativo e podem
provocar diversas doenças como saturnismo e distúrbios no sistema nervoso, entre
outras. Pesticidas e herbicidas têm elevada solubilidade em gorduras que, combinada com
a solubilidade química em meio aquoso, pode levar à magnificação biológica e provocar
intoxicações agudas no ser humano (são neurotóxicos), assim como efeitos crônicos
(Kupchella & Hyland, 1993).
Agentes biológicos
Fonte: valorcrucial.com.br
Os agentes biológicos presentes nos resíduos sólidos podem ser responsáveis pela
transmissão direta e indireta de doenças.
Microorganismos patogênicos ocorrem nos resíduos sólidos municipais mediante a
presença de lenços de papel, curativos, fraldas descartáveis, papel higiênico,
absorventes, agulhas e seringas descartáveis e camisinhas, originados da população; dos
resíduos de pequenas clínicas, farmácias e laboratórios e, na maioria dos casos, dos
resíduos hospitalares, misturados aos resíduos domiciliares (Collins & Kenedy, 1992;
Ferreira, 1997).
Alguns agentes que podem ser ressaltados são: os agentes responsáveis por
doenças do trato intestinal (Ascaris lumbricoides; Entamoeba coli; Schistosoma mansoni);
o vírus causador da hepatite (principalmente do tipo B), pela sua capacidade de resistir
em meio adverso; e o vírus causador da AIDS, mais pela comoção social que desperta do
que pelo risco associado aos resíduos, já que apresenta baixíssima resistência em
condições adversas. Além desses, devem também ser referidos os microorganismos
responsáveis por dermatites.
A transmissão indireta se dá pelos vetores que encontram nos resíduos condições
adequadas de sobrevivência e proliferação.
Entre os resíduos com presença de microorganismos, merecem ainda ser
mencionados os resíduos infecciosos dos serviços de saúde que, pela falta de uma melhor
compreensão dos modos de transmissão dos agentes associados a doenças infeciosas,
têm sido alvo de receios exagerados da população em geral (Ferreira, 1997; Reinhardt et
al., 1996; Rutala & Mayhall, 1992). Contudo, isto não deve servir de justificativa para que
as instituições de saúde não estabeleçam procedimentos gerenciais que reduzam os
riscos associados a tais resíduos (principalmente dos perfurocortantes) com a sua
desinfecção ou esterilização.
Fonte: gtechsolucoes.com.br
Poluição ambiental
Poluição visual
Um simples papel jogado em vias públicas pode entupir galerias de águas pluviais,
que servem para escoar a água da chuva até córregos e riachos. Uma vez obstruídas por
acúmulo de lixo descartado nas ruas, elas impedem a passagem da água que retorna e
provoca alagamentos e inundações.
Quanto mais lixo geramos, mais lixo chega ao aterro sanitário, que encurta a sua
vida útil.
Proliferação de endemias
Uma cidade com o aspecto sujo não atrai turistas. Quem visita a nossa cidade quer
encontrar um lugar limpo e digno das belezas naturais que temos a oferecer.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 10004. Resíduos Sólidos
– Classificação, 2004.
JACOBI, Pedro Roberto; BESEN, Gina Rizpah. Gestão de resíduos sólidos em São
Paulo: desafios da sustentabilidade. Estudos Avançados, São Paulo, v. 25, n. 71, ed.
25, p. 135-158, 2011.
Mesquita Júnior, José Maria de. Coordenação de Karin Segala. Gestão integrada de
resíduos sólidos – Rio de Janeiro: IBAM, 2007.