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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 2

2 DEFINIÇÃO DE LIXO E RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................ 3

3 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................ 4

3.1 Quanto à estrutura e composição química ................................................. 4

3.2 Quanto ao aproveitamento para transformação ......................................... 4

3.3 Quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente ........................................ 5

3.4 Quanto à origem ......................................................................................... 6

4 CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ........................................... 8

4.1 Características físicas ................................................................................. 8

4.2 Características químicas ............................................................................ 9

4.3 Características biológicas ......................................................................... 10

5 ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO DE RESÍDUOS SOLIDOS .. 10

6 Destinação Final de Resíduos......................................................................... 13

6.1 Tratamento para Resíduos Sólidos .......................................................... 14

6.2 Reciclagem ............................................................................................... 16

6.3 Destinação Final ....................................................................................... 16

7 POLITICA NACIONAL DE RESIDUOS SOLIDOS .......................................... 20

8 Orientações Específicas a Produtos Perigosos .............................................. 23

9 RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL................................................................. 29

11 Problemas causados pela disposição e descarte inadequado de resíduos . 36

12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ............................................................. 40


1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da


sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se
levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta , para
que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça
a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual,
é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao
protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe
convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e
prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!
2 DEFINIÇÃO DE LIXO E RESÍDUOS SÓLIDOS

Fonte: ecycle.com.br

De acordo com o Dicionário de Aurélio Buarque de Holanda, "lixo é tudo aquilo que
não se quer mais e se joga fora; coisas inúteis, velhas e sem valor."
Já a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT – define o lixo como os
"restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis
ou descartáveis, podendo-se apresentar no estado sólido, semi-sólido1 ou líquido2, desde
que não seja passível de tratamento convencional."
Normalmente os autores de publicações sobre resíduos sólidos se utilizam
indistintamente dos termos "lixo" e "resíduos sólidos". Neste Manual, resíduo sólido ou
simplesmente "lixo" é todo material sólido ou semi-sólido indesejável e que necessita ser
removido por ter sido considerado inútil por quem o descarta, em qualquer recipiente
destinado a este ato.
Há de se destacar, no entanto, a relatividade da característica inservível do lixo,
pois aquilo que já não apresenta nenhuma serventia para quem o descarta, para outro
pode se tornar matéria-prima para um novo produto ou processo. Nesse sentido, a ideia
do reaproveitamento do lixo é um convite à reflexão do próprio conceito clássico de
resíduos sólidos. É como se o lixo pudesse ser conceituado como tal somente quando da
inexistência de mais alguém para reivindicar uma nova utilização dos elementos então
descartados.
3 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Os resíduos sólidos podem ser classificados quanto à estrutura e composição


química, ao seu aproveitamento para transformação, aos riscos potenciais ao meio
ambiente e, ainda, quanto à origem. (COPEL,2015)

3.1 Quanto à estrutura e composição química

Resíduos orgânicos: são aqueles que possuem origem animal ou vegetal. A maioria pode
ser utilizada na compostagem sendo transformados em fertilizantes ou corretivos do solo,
contribuindo para o aumento da taxa de nutrientes e melhorando a qualidade da produção
agrícola.
Exemplos de resíduos orgânicos:
- Restos de alimentos.
- Cascas de frutas e de ovos.
- Folhagens, plantas mortas.
- Pó de café.
- Madeiras.

Resíduos inorgânicos: todo material que não possui origem biológica ou que foi
transformado pelo homem. Geralmente estes resíduos, quando lançados diretamente no
meio ambiente, levam mais tempo para serem degradados.
Exemplos:
- Vidros.
- Plásticos.
- Metais.
- Borrachas.
- Fibras sintéticas.
- Cinzas.

3.2 Quanto ao aproveitamento para transformação

Resíduos recicláveis: aqueles resíduos que constituem interesse de transformação, que


tem mercado ou operação que viabilize sua transformação industrial.
Exemplos:
- Papel/papelão.
- Plástico.
- Alumínio.
- Vidro.

Resíduos não recicláveis: resíduos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de


tratamento e recuperação por processos tecnológicos acessíveis e disponíveis, não
apresentem outra possibilidade além de aterros industriais ou sanitários.
Exemplos:
- Adesivos.
- Etiquetas.
- Fita crepe.
- Papel carbono.
- Fotografias.
- Papel metalizado.
- Papel carbono.

3.3 Quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente

De acordo com a NBR 10.004 da ABNT, os resíduos sólidos podem ser


classificados em:

- CLASSE I OU PERIGOSOS: são aqueles cujas propriedades físicas, químicas ou


infectocontagiosas podem acarretar em riscos à saúde pública e/ou riscos ao meio
ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada.
Para que um resíduo seja apontado como classe I, ele deve estar contido nos
anexos A ou B da NBR 10004 ou apresentar uma ou mais das seguintes
características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e
patogenicidade.
Os métodos de avaliação dos resíduos, quanto às características acima listadas,
estão descritos em detalhes na NBR 10004 ou em normas técnicas
complementares e são amplamente aceitos e conhecidos no Brasil.
- CLASSE II-A OU NÃO INERTES: São os resíduos que podem apresentar
características de combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade, com
possibilidade de acarretar riscos à saúde ou ao meio ambiente, não se
enquadrando nas classificações de resíduos Classe I – Perigosos – ou Classe II-B
– Inertes.

- CLASSE II-B OU INTERTES: São aqueles que, por suas características


intrínsecas, não oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente, e que, quando
amostrados de forma representativa, segundo a norma NBR 10.007, e submetidos
a um contato estático ou dinâmico com água destilada ou deionizada, a
temperatura ambiente, conforme teste de solubilização segundo a norma NBR
10.006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações
superiores aos padrões de potabilidade da água, conforme listagem nº 8 (Anexo H
da NBR 10.004), excetuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor.

3.4 Quanto à origem

Resíduos domiciliares: gerados a partir das atividades diárias nas residências com 50% a
60% de composição orgânica e o restante formado por embalagens em geral e rejeitos.
Podemos exemplificar alguns tipos de resíduos domiciliares como:
- Restos de alimentos.
- Cascas de frutas e verduras.
- Jornais e revistas.
- Garrafas.
- Latas.
- Vidros.
- Embalagens em geral.
- Papel higiênico e fraldas descartáveis.
Resíduos de limpeza urbana: resíduos provenientes dos serviços de varrição de vias
públicas, limpeza de praias, galerias, córregos e terrenos, restos de podas de árvores e
limpeza de feiras livres.

Resíduos de estabelecimentos comerciais e de serviços: variam de acordo com a


atividade dos estabelecimentos. No caso de restaurantes, bares e hotéis predominam os
resíduos orgânicos; já em escritórios, bancos e lojas predominam os resíduos de papel e
plástico.
Cascas de frutas e verduras, papel, plástico e descartáveis são exemplos de
resíduos de estabelecimentos comerciais e de serviços.

Obs.: Os resíduos comerciais podem ser divididos em dois grupos dependendo da sua
quantidade gerada por dia. O pequeno gerador pode ser considerado como o
estabelecimento que gera até 120 litros por dia e o grande gerador é o estabelecimento
que gera um volume superior a esse limite.

Resíduos industriais: resíduos gerados pelas atividades industriais, tais como metalúrgica,
química, petroquímica, papelaria, alimentícia, entre outras. São resíduos muito variados
que apresentam características diversificadas.
São exemplos de resíduos industriais: cinzas; lodos; óleos; fibras; borracha e metal.

Resíduos de saúde: resíduos gerados por qualquer atividade de natureza médico


assistencial humana ou animal – clínicas odontológicas, veterinárias, farmácias, centros
de pesquisa, necrotérios, funerárias, medicina legal e barreiras sanitárias.
Os resíduos de saúde são subdivididos em:
- Grupo A: possível presença de agentes biológicos (placas e lâminas de laboratório,
carcaças, peças anatômicas, etc.).
- Grupo B: contêm substâncias químicas (medicamento vencido, reagentes de
laboratório, etc.).
- Grupo C: que contenham radionuclídeos (serviços de medicina nuclear, etc).
- Grupo D: não apresentam risco, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares
(restos de alimentos, resíduos das áreas administrativas, etc.).
- Grupo E: materiais perfuro-cortantes (agulhas, ampolas de vidro, etc.).
Resíduos de construção civil: gerados a partir das atividades de construção, reformas,
reparos, demolições, preparação e escavação de terrenos.
Os resíduos de construção civil são subdivididos em:
- Classe A: reutilizáveis e recicláveis (solos, tijolos, telhas, etc.).
- Classe B: recicláveis (plásticos, papel/papelão, gesso, metais, etc.).
- Classe C: não recicláveis (lã de vidro, etc.).
- Classe D: perigosos (amianto, tintas, solventes, etc.)

4 CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

As características do lixo podem variar em função de aspectos sociais, econômicos,


culturais, geográficos e climáticos, ou seja, os mesmos fatores que também diferenciam
as comunidades entre si e as próprias cidades. (MONTEIRO et al., 2001)

4.1 Características físicas

Geração Per Capita - A "geração per capita" relaciona a quantidade de resíduos


urbanos gerada diariamente e o número de habitantes de determinada região. Muitos
técnicos consideram de 0,5 a 0,8kg/hab./dia como a faixa de variação média para o Brasil.
(MONTEIRO et al., 2001)

Composição Gravimétrica - A composição gravimétrica traduz o percentual de cada


componente em relação ao peso total da amostra de lixo analisada. Os componentes mais
utilizados na determinação da composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos
encontram-se na abaixo. Entretanto, muitos técnicos tendem a simplificar, considerando
apenas alguns componentes, tais como papel/papelão; plásticos; vidros; metais; matéria
orgânica e outros. Esse tipo de composição simplificada, embora possa ser usado no
dimensionamento de uma usina de compostagem e de outras unidades de um sistema de
limpeza urbana, não se presta, por exemplo, a um estudo preciso de reciclagem ou de
coleta seletiva, já que o mercado de plásticos rígidos é bem diferente do mercado de
plásticos maleáveis, assim como os mercados de ferrosos e não-ferrosos.
Fonte: MONTEIRO et al., 2001.

PESO ESPECÍFICO APARENTE - Peso específico aparente é o peso do lixo solto


em função do volume ocupado livremente, sem qualquer compactação, expresso em
kg/m3. Sua determinação é fundamental para o dimensionamento de equipamentos e
instalações. Na ausência de dados mais precisos, podem-se utilizar os valores de
230kg/m3 para o peso específico do lixo domiciliar, de 280kg/m3 para o peso específico
dos resíduos de serviços de saúde e de 1.300kg/m3 para o peso específico de entulho de
obras. (MONTEIRO et al., 2001)

TEOR DE UMIDADE - Teor de umidade representa a quantidade de água presente


no lixo, medida em percentual do seu peso. Este parâmetro se altera em função das
estações do ano e da incidência de chuvas, podendo-se estimar um teor de umidade
variando em torno de 40 a 60%.

COMPRESSIVIDADE - A compressividade é o grau de compactação ou a redução


do volume que uma massa de lixo pode sofrer quando compactada. Submetido a uma
pressão de 4kg/cm², o volume do lixo pode ser reduzido de um terço (1/3) a um quarto
(1/4) do seu volume original.

4.2 Características químicas

Poder Calorífico: Esta característica química indica a capacidade potencial de um


material desprender determinada quantidade de calor quando submetido à queima. O
poder calorífico médio do lixo domiciliar se situa na faixa de 5.000kcal/kg. (MONTEIRO et
al., 2001)
Potencial Hidrogeniônico (pH): indica o teor de acidez ou alcalinidade dos resíduos.
Em geral, situa-se na faixa de 5 a 7.

Composição Química: consiste na determinação dos teores de cinzas, matéria


orgânica, carbono, nitrogênio, potássio, cálcio, fósforo, resíduo mineral total, resíduo
mineral solúvel e gorduras.

Relação Carbono/Nitrogênio (C: N): indica o grau de decomposição da matéria


orgânica do lixo nos processos de tratamento/disposição final. Em geral, essa relação
encontra-se na ordem de 35/1 a 20/1. (MONTEIRO et al., 2001)

4.3 Características biológicas

As características biológicas do lixo são aquelas determinadas pela população


microbiana e dos agentes patogênicos presentes no lixo que, ao lado das suas
características químicas, permitem que sejam selecionados os métodos de tratamento e
disposição final mais adequados. (MONTEIRO et al., 2001)
O conhecimento das características biológicas dos resíduos tem sido muito
utilizado no desenvolvimento de inibidores de cheiro e de retardadores/aceleradores da
decomposição da matéria orgânica, normalmente aplicados no interior de veículos de
coleta para evitar ou minimizar problemas com a população ao longo do percurso dos
veículos.
Da mesma forma, estão em desenvolvimento processos de destinação final e de
recuperação de áreas degradadas com base nas características biológicas dos resíduos.

5 ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO DE RESÍDUOS SOLIDOS

O processo de acondicionamento de resíduos sólidos é o ato de depositar os


resíduos nos recipientes designados e apropriados para cada um, de acordo com suas
características e possibilidade de reaproveitamento, tratamento ou destino para
reciclagem. (COPEL,2015)
São exemplos de recipientes de acondicionamento: lixeiras, tambor, bombona,
isotanque, big bag, sacos de ráfia, caçambas, entre outros.

Fonte: www.copel.com

Após seu acondicionamento, os resíduos são recolhidos e transportados com


equipamentos adequados ou manualmente pelas áreas internas da empresa até a área
de armazenamento temporário de resíduos. (COPEL,2015)
Os resíduos são armazenados em área com uso específico para tal fim, constituída
de cobertura e piso impermeável, devidamente identificada, à espera de
reciclagem/reutilização, tratamento ou disposição final adequada, desde que atenda às
condições básicas de segurança. O armazenamento de resíduos Classe I deve seguir as
orientações da NBR 12.235:1992 e o armazenamento de resíduos Classe II deve seguir
as orientações da NBR 11.174:1990. (COPEL,2015)
No anexo I há a tabela de orientação para acondicionamento e armazenamento de
resíduos sólidos, listando as possibilidades em linhas gerais. Para resíduos perigosos
deve-se ficar atento para atender outras orientações junto às áreas de meio ambiente e
segurança.
Os resíduos depositados no armazenamento temporário são recolhidos e
transportados, utilizando equipamentos adequados, por serviços terceirizados, até os
locais de tratamento ou disposição final. O transporte de resíduos perigosos deve atender
ao estabelecido na legislação ambiental e da legislação da Agência Nacional de
Transportes Terrestres – ANTT (manual de transportes). (COPEL,2015)
Cabe destacar que é fundamental a identificação dos recipientes onde os resíduos
serão acondicionados, identificando com figuras (cores) e dizeres qual é o tipo de resíduos
que corresponde àquele recipiente, visando facilitar o correto descarte de resíduos. De
acordo com a Resolução CONAMA 275/2001, foram estabelecidos padrões de cores para
os diferentes tipos de resíduos para identificação de coletores, conforme abaixo: (Apud
ANDREOLI et al., 2014)

• Azul: papel / papelão;


• Vermelho: plástico;
• Verde: vidro;
• Amarelo: metal;
• Preto: madeira;
• Laranja: resíduos perigosos;
• Branco: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde;
• Roxo: resíduos radioativos;
• Marrom: resíduos orgânicos;
• Cinza: resíduos geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível
de separação.
Fonte: certificacaoiso.com.br

A coleta seletiva permite que os materiais que podem ser reciclados sejam
separados dos demais, ou seja, os materiais recicláveis são separados em papéis,
plásticos, metais, vidros, sendo que o lixo orgânico (restos de alimentos, podas de árvores,
folhas secas e outras partes das árvores) são utilizados para a fabricação de adubos
orgânicos por meio da compostagem10 ou são (deveriam) encaminhados para o aterro
sanitário. (ANDREOLI et al., 2014)
Cabe destacar que as pilhas e baterias também devem ser separadas, pois, se
descartadas inadequadamente no meio ambiente, podem causar contaminação do solo
em virtude da presença de metais pesados em sua composição. Ainda nesse grupo
enquadram-se os resíduos hospitalares em virtude da contaminação biológica que podem
apresentar, sendo que eles devem ser segregados dos demais resíduos e destinados à
incineração.

6 DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS

As técnicas de destinação final são conhecidas como: tratamento, reciclagem e


disposição. (COPEL,2015)
6.1 Tratamento para Resíduos Sólidos

Para ANDREOLI et al. (2014) esta etapa tem por objetivo reduzir a quantidade ou
o potencial poluidor dos resíduos sólidos, impedindo o descarte inadequado deles no meio
ambiente, transformando-os em material inerte ou biologicamente estável. Podemos
destacar: a compostagem e a incineração.

- Compostagem

Fonte: ciclovivo.com.br

A compostagem é o processo biológico de decomposição da matéria orgânica


contida em restos de origem vegetal e animal. Basicamente estes materiais são
submetidos à decomposição biológica com ou sem oxigênio, e se transformam em um
material chamado de composto, o composto pode ser utilizado como adubo orgânico em
uma infinidade de espécies vegetais como em fruticultura, jardins, paisagismo, gramados,
reflorestamento, produção de mudas, grãos etc. (ANDREOLI et al., 2014)
Pode ser considerada também como um método de reciclagem pois os resíduos
são reaproveitados para confecção de um novo produto.

Curiosidade: O composto leva em torno de 90 dias para ficar pronto.


- Incineração

Fonte: rcrambiental.com.br

A incineração é a técnica de queima de resíduos, a qual é altamente utilizada nos


países desenvolvidos e que possuam indisponibilidade de área e capacidade de altos
investimentos. Esta técnica visa à diminuição da quantidade e volume de resíduos, bem
como a sua toxicidade. No entanto, gera o problema da geração da cinza após a queima,
a qual ainda necessita de um destino final adequado. (ANDREOLI et al., 2014)
Esta técnica consiste na combustão controlada de resíduos com temperaturas
acima de 900ºC a 1.200ºC, transformando o resíduo em dióxido de carbono, vapor de
água e cinza, podendo gerar a eliminação de gases tóxicos, necessitando, dessa forma,
de filtros especiais, para evitar a poluição do ar. Uma das vantagens desta técnica é que
a combustão pode ser transformada em energia térmica.
6.2 Reciclagem

Fonte: brasilcoleta.com.br

Segundo ANDREOLI et al. (2014) a reciclagem é o processo onde os resíduos


sofrem transformações para virarem insumos, os quais podem retornar à cadeia produtiva,
sendo utilizados como matéria-prima na fabricação de outros produtos. Além da
reciclagem tradicional de papeis, metais, vidros e plásticos, também são considerados
métodos de reciclagem o coprocessamento, a compostagem e o rerrefino.
O coprocessamento é considerado como um método de reciclagem, que consiste
no reaproveitamento de resíduos industriais ou misturas de resíduos como substitutos
parciais do combustível e/ou da matéria-prima, necessários ao processo de produção de
cimento.
Já o rerrefino é um processo industrial de remoção de contaminantes, produtos de
degradação e aditivos dos óleos lubrificantes usados ou contaminados, conferindo-lhes
características de óleos básicos, conforme legislação específica. O processo inicia-se na
coleta do óleo lubrificante usado nas fontes geradoras, passa pela etapa industrial de
rerrefino, onde é produzido óleo em sua forma básica, é vendido como matéria-prima para
a indústria petroquímica e, por fim, retorna ao mercado como óleo lubrificante.

6.3 Destinação Final

A última etapa do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos refere-se à


destinação final dos resíduos, configurando-se como um grande desafio para as cidades
em virtude da grande quantidade de resíduos gerada. (ANDREOLI et al., 2014)
Como alternativas de disposição final podem ser citadas:

- Lixão

Fonte: www.oeco.org.br

Esta é uma forma inadequada de disposição de resíduos, pois o local não possui
nenhum tipo de tratamento. O resíduo é disposto diretamente no solo, o que pode causar
diversos tipos de contaminação, além da atração de vetores e odores, não possuindo
nenhuma técnica de tratamento, bem como podendo se encontrar em locais inadequados.
(ANDREOLI et al., 2014)
Essa disposição ainda tem como agravante a presença de pessoas, as quais se
utilizam da garimpagem do lixo como forma de sobrevivência e até mesmo para
alimentação, podendo ainda adquirir várias doenças, tornando-se, dessa maneira, um
grave problema social.

- Aterro Controlado
Fonte: obraprimaarquitetura.com.br

Os aterros controlados, ao contrário do aterro sanitário, visam apenas à cobertura


dos resíduos com uma camada de terra, evitando a proliferação de vetores e o seu
carreamento pelas águas pluviais, não dispondo de área impermeabilizada, nem
tratamento do chorume ou coleta e queima de biogás. (ANDREOLI et al., 2014)
Essa forma de disposição é preferível ao lixão, mas ainda não é considerada a
melhor forma, pois ela apenas minimiza os impactos ambientais e não previne a poluição
ambiental. (CETESB, 2012, Apud ANDREOLI et al., 2014)
Um aterro controlado é utilizado para cidades de pequeno porte, com uma coleta
de até 50 toneladas/dia de resíduos urbanos, sendo desaconselhável para cidades
maiores.

- Aterro Sanitário
Fonte: vinaec.com.br

O aterro sanitário é uma alternativa de disposição final que consiste na


compactação dos resíduos sólidos em camadas. O solo é impermeabilizado, o chorume
coletado e posteriormente tratado, evitando a contaminação das águas subterrâneas. O
gás metano gerado em virtude da decomposição anaeróbia da matéria orgânica no interior
do aterro, muitas vezes, é queimado, podendo também ser realizado o aproveitamento
energético para geração de energia elétrica. (ANDREOLI et al., 2014)
Atualmente, os aterros sanitários vêm sendo severamente criticados porque não
têm como objetivo o tratamento ou a reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano.
De fato, os aterros sanitários são uma forma de armazenamento de lixo no solo, alternativa
que não pode ser considerada a mais indicada, uma vez que os espaços úteis a essa
técnica se tornam cada vez mais escassos.
Além disso, o aterro sanitário é um passivo ambiental, já que esta área nunca
poderá ser novamente utilizada em virtude do grande armazenamento de resíduos e
produção contínua de gás metano.
De acordo com ANDREOLI et al. (2014) as principais características do aterro
sanitário são:

- Impermeabilização da base do aterro, evitando o contato do chorume com as


águas subterrâneas, podendo ser com geomenbranas sintéticas;
- Instalação de drenos de gás, constituindo-se como um canal de saída do gás
metano do interior do aterro para a atmosfera. Esse gás pode ser apenas queimado e
transformado em gás carbônico ou pode ser recolhido para o aproveitamento energético.
- Sistema de coleta de chorume, por meio de drenos que coletam o líquido
decorrente da decomposição da matéria orgânica. Este líquido coletado é enviado para
sistema de tratamento de efluentes.
- Sistema de tratamento de chorume, onde o mesmo é coletado e encaminhado
para um sistema de tratamento para posterior descarte em um curso hídrico. O tratamento
pode ser feito no próprio local ou o chorume coletado pode ser transportado para um local
apropriado (geralmente uma Estação de Tratamento de Esgotos). O tipo de tratamento
varia, podendo ser utilizados tratamentos mais convencionais por meio da utilização de
lagoas anaeróbias, aeróbias e lagoas de estabilização ou também mediante a adição de
substâncias químicas ao chorume.
- Sistema de drenagem de águas pluviais, evitando que as águas se juntem ao
chorume. Esse sistema de captação e drenagem de águas de chuva tem por objetivo
drenar a água por locais apropriados para evitar a infiltração e contato com o chorume,
minimizando o volume a ser tratado.

7 POLITICA NACIONAL DE RESIDUOS SOLIDOS

Entre os dispositivos legais podemos destacar a Lei nº 12.305/2010, que institui a


Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), regulamentada pelo Decreto nº
7.404/2010 que estabelece princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes para a gestão
integrada e gerenciamento dos resíduos sólidos, indicando as responsabilidades dos
geradores, do poder público e dos consumidores.
A Política define, ainda, princípios importantes como o da prevenção e precaução,
do poluidorpagador, da ecoeficiência, da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de
vida dos produtos, do reconhecimento do resíduo como bem econômico e de valor social,
do direito à informação e ao controle social, entre outros.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos recomenda que na gestão e no
gerenciamento de resíduos sólidos, incluindo os resíduos perigosos, deve ser observada
a seguinte ordem de prioridade:
- Não geração,
- Redução,
- Reutilização,
- Reciclagem,
- Tratamento dos resíduos sólidos
- Disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos

Fonte: treslagoas.ms.gov.br

A Lei nº 12.305/2010 estabelece a diferenciação entre “resíduo” e “rejeito” que


estimula o reaproveitamento e reciclagem dos materiais, admitindo a disposição final
apenas dos rejeitos.
Entre os instrumentos definidos pela PNRS estão: a coleta seletiva; os sistemas de
logística reversa; o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas e outras
formas de associação dos catadores de materiais recicláveis, e o Sistema Nacional de
Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR).
São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante
retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço
público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes de:
• Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja
embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso
• Pilhas e baterias
• Pneus
• Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens
• Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista
• Produtos eletroeletrônicos e seus componentes

ATENÇÃO!!
Nos contratos de fornecimento desses produtos, devem ser estipuladas cláusulas
relativas à logística reversa.

Com relação especificamente aos resíduos perigosos, a PNRS determina que “a


instalação e o funcionamento de empreendimento ou atividade que gere ou opere com
resíduos perigosos somente podem ser autorizados ou licenciados pelas autoridades
competentes se o responsável comprovar, no mínimo, capacidade técnica e econômica,
além de condições para prover os cuidados necessários ao gerenciamento desses
resíduos”
E, ainda, que “as pessoas jurídicas que operam com resíduos perigosos, em
qualquer fase do seu gerenciamento, são obrigadas a se cadastrar no Cadastro Nacional
de Operadores de Resíduos Perigosos”, que deverá ser coordenado por órgão federal
competente do SISNAMA.
Ainda de acordo com a PNRS o gerador do resíduo será responsável pelo seu
adequado gerenciamento em todo o ciclo de vida. Esse princípio é essencial para a
atribuição dos custos associados às ações de prevenção, aproveitamento, tratamento e
disposição final de resíduos perigosos.
Esse Plano de Gerenciamento deve atender ao disposto no Plano Municipal de
Gestão Integrada de Resíduos do respectivo município, sem prejuízo das normas
estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA e da SNVS, e deve ser aprovado pelo órgão
competente. A inexistência de Plano Municipal não obsta a elaboração, a implementação
ou a operacionalização do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (Art. 21 da Lei
nº 12.305/2010 §1º e 2º).
8 ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS A PRODUTOS PERIGOSOS

De acordo com a COPEL (2015) alguns resíduos sólidos, devido ao risco a saúde
pública e ao meio-ambiente, exigem orientações específicas com relação ao manuseio,
acondicionamento, armazenamento e transporte.

Bateria Chumbo-Ácido

Fonte: senado.leg.br

As baterias de chumbo-ácido possuem no seu interior chumbo metálico, peróxido


de chumbo e ácido sulfúrico. As três substâncias têm significativo impacto à saúde
humana. Por conta disso deve-se seguir algumas orientações especificas.
Para o manuseio dessas substancias deve evitar inclinar as baterias para não
ocorrer vazamento do ácido; não abrir ou expor ao calor a bateria; não movimentar as
baterias pelos polos e não remover ou quebrar a tampa da bateria, pois poderá causar
vazamento de ácido.
Quanto ao acondicionamento deve:
- Sempre que possível acondicionar na embalagem original. Se não possuir a
embalagem original, embalar os elementos com engradado de madeira que o monobloco
fique na posição vertical para o transporte. Este engradado deve ser identificado e deverá
ter braços com alças resistentes para facilitar o manuseio.
- Condicionar as baterias que apresentarem vazamento, rachaduras ou ausência
de tampa em recipientes fechados, à prova d’água e resistentes a ácido. Podem ser
usadas embalagens de polietileno, polipropileno, ebonite, resina em fibra de vidro e vidro.
Não utilizar recipientes metálicos, pois estes reagem com o ácido.

Ao realizar o transporte de baterias usadas, isolar os terminais utilizando fita


isolante.

Lâmpadas Fluorescentes e de Descarga Gasosa

Fonte: inovarambiental.com.br

São lâmpadas de alta eficiência que possuem no seu interior mercúrio, sódio ou
outros vapores metálicos. Podem ser tubulares, circulares ou compactas.
O manuseio deve ser realizado com extremo cuidado e atenção evitando a quebra
da lâmpada fluorescente. Caso sejam substituídas, as lâmpadas inservíveis devem ser
acondicionadas em embalagem original (ou em embalagem com maior similaridade
possível) e recomendam-se às gerências providenciar a instalação de grades protetoras
nas calhas de lâmpadas fluorescentes e de descarga gasosa, de modo a evitar sua queda
e a ocorrência de acidentes.
Para o transporte haver a proteção de choques para evitar que as lâmpadas se
quebrem.
Resíduos de equipamentos eletrônicos

Fonte: ambigroup.com

Resíduos eletrônicos são equipamentos eletroeletrônicos (e.g. computadores,


monitores, TVs, impressoras, micro-ondas, liquidificadores, lâmpadas de LED e etc) ou
partes internas desses equipamentos (e.g. placas, circuitos integrados, processadores)
que foram descartados ou estão obsoletos.
Deve-se dar atenção especial a destinação desses resíduos, pois seus
componentes internos podem possuir materiais de caráter tóxico ao ser humano, logo, se
lançados de maneira indevida no meio ambiente, podem ter esses elementos liberado em
solos e cursos da água.
Para o manuseio não deve quebrar, picotar, amassar ou desmontar resíduos de
equipamentos eletrônicos. Caso esteja visível, remover baterias e pilhas dos
equipamentos eletrônicos e os descartar conforme orientação específica.
Jamais armazene resíduos eletrônicos a céu aberto ou em contato com água ou
outros líquidos.
Materiais com Amianto

Fonte: tratamentodeagua.com.br

O amianto é uma fibra natural derivada do mineral asbesto, é utilizado


principalmente em produtos usados na construção civil. Ele apresenta risco à saúde, em
especial, quando inalado com frequência.
Antes de efetuar reformas e modificações internas ou externas nos prédios, se
houver manuseio de materiais contendo amianto, a área deve elaborar plano de remoção.
Para o manuseio de materiais com Amianto deve-se:

- Providenciar a retirada de todas as pessoas que estejam próximas do local da


operação. - Recomenda-se que o serviço seja executado em um dia ou horário em que
exista pouco fluxo de pessoas.
- Evitar a operação em dias de ventos fortes, em que o pó do amianto possa atingir
local além da região isolada.
- Evitar a dispersão de pó de amianto molhando o material que contenha amianto;
deve-se usar um esguicho (ou pulverizador) de água no local da operação.
- Utilizar ferramentas de baixa velocidade (ferramentas manuais) nos casos em que
seja extremamente necessário processar o material (cortar, serrar, furar, lixar, etc).
- Estender, sempre que seja possível, um plástico por baixo da zona de trabalho
para que a poeira e as peças partidas sejam apanhadas.
- Providenciar a eliminação dos resíduos do local; todas as partes removidas e a
poeira devem ser recolhidas em recipiente bem fechado e impermeável (saco plástico
forte). É indicado o uso de aspirador de pó para limpeza do local, devendo-se descartar o
saco de pó do aparelho, juntamente com os demais resíduos contendo amianto.
- Limpar com pano molhado, ao final do trabalho, todas as superfícies próximas ao
local da operação, inclusive as ferramentas.
- Ventilar o local. Caso a operação disperse a poeira do amianto em local fechado
(sala, escritório, entre outros), este deve ser aberto e arejado antes que seja ocupado por
pessoas.
- Todas as pessoas que permanecerem próximas à operação devem utilizar
máscaras de proteção contra poeiras.
- Não comer, beber ou fumar no local.
- No ato da lavagem de roupas, panos e demais materiais laváveis que foram
utilizados nos trabalhos com o amianto, evitar que os mesmos dispersem pó de asbestos
no ar.
- As pessoas envolvidas na operação devem tomar banho logo após terminarem o
serviço.
- O empregado ou contratado envolvido diretamente no manuseio de materiais
contendo amianto deve utilizar obrigatoriamente os EPIs.

O local onde os materiais são armazenados deve permitir acesso à empilhadeira


possibilitando o carregamento para disposição final e os materiais não devem ser
empilhados ou apoiados diretamente sobre o piso ou solo, mas sim dispostos sobre pallets
de altura mínima de 8 cm, com seu peso distribuído igualmente.

Madeiras Tratadas

Madeiras tratadas são aquelas que passaram por processos industriais de


impregnação de compostos de ação fungicida e inseticida.
Dentre esses compostos destaca-se o CCA (arseniato de cobre cromatado), o CCB
(borato de cobre cromatado), o pentaclorofenol e o creosoto. Todos esses compostos
químicos são tóxicos para o ser humano. Madeiras com verniz ou tintas não são
consideradas madeiras tratadas.
Madeiras tratadas podem e devem, sempre que possível, ser reutilizadas, porém
seu uso não deve ser em situações onde há contato direto com alimentos e bebidas. Com
isso jamais reutilize madeiras tratadas como cochos de animais ou sua serragem como
forragem.
Na entrega dessas madeiras, deve ser feito um termo de compromisso que garanta
que essa madeira terá a destinação ambientalmente adequada. Jamais coloque madeira
tratada, ou serragem das mesmas, nas composteiras.

Observação: Madeiras tratadas NÃO devem ser incineradas.

Madeiras NÃO Tratadas

Madeiras não tratadas são todas as que não passaram por processos de
impregnação com substâncias químicas de ação fungicida e inseticida. Madeiras com
verniz e pintura se enquadram na categoria de madeiras não tratadas.
O reuso deve ser feito sempre que possível, porém madeiras com tintas ou com
verniz não devem ser utilizadas em situações onde tenha contato direto com alimentos e
bebidas, podendo ser colocadas em composteiras, de preferência em pequenos pedaços,
para agilizar o processo de decomposição.
Essas madeiras podem ser doadas, não há necessidade para termos de
compromisso com a instituição que irá receber o material.
Pilhas e Baterias portáteis

Fonte: negociosemmovimento.com.br

Pilhas e baterias, quando descartadas de maneira indevida, são um risco para o


meio-ambiente e a saúde pública, pois podem possuir metais pesados no seu interior.
Obs: Essas instruções não se aplicam a baterias de chumbo-ácido.
Durante o manuseio de grandes quantidades de pilhas e baterias inservíveis é
obrigatório o uso de EPI’s, que devem ser recomendados pelo técnico de segurança do
trabalho do local.

9 RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL

Fonte: inovarambiental.com.br

No Brasil, a prestação dos serviços de manejo de resíduos urbanos se encontra


distante de ser equacionada, no entanto verifica-se uma melhoria de alguns indicadores.
O atendimento da população pelos serviços de coleta de resíduos domiciliares na
zona urbana está próximo da universalização. Observa-se a expansão de 79%, no ano
2000, para 97,8% em 2008 (IBGE, 2010). A coleta dos resíduos sólidos urbanos está cada
vez mais privatizada, e o número de empresas filiadas à Associação Brasileira de
Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) passou de 45, em 2000,
para 92, em 2009, que coletaram cerca de 183 mil toneladas de lixo diariamente em 2009.
(Apud JACOBI e BESEN, 2011)
A média de geração de resíduos sólidos urbanos no país, segundo projeções do
SNIS (2010) da Abrelpe (2009), varia de 1 a 1,15 kg por hab./dia, padrão próximo aos dos
países da União Europeia, cuja média é de 1,2 kg por dia por habitante. Para a Abrelpe,
enquanto o crescimento populacional foi de apenas 1% entre os anos de 2008 e 2009, a
geração per capita apresentou um aumento real de 6,6% na quantidade de resíduos
domiciliares gerados, o que demonstra a ausência de ações com o objetivo de minimizar
a geração de resíduos (Abrelpe, 2009). (Apud JACOBI e BESEN, 2011)
O país gerou mais de 57 milhões toneladas de resíduos sólidos em 2009,
crescimento de 7,7% em relação ao volume do ano anterior. As capitais e as cidades com
mais de 500 mil habitantes foram responsáveis por quase 23 milhões de toneladas de
RSU dia (Abrelpe, 2009). (Apud JACOBI e BESEN, 2011)
A matéria orgânica gerada nas residências representa mais de 50% da massa do
lixo coletado e disposto em aterros sanitários, e apenas 3% são aproveitados em
processos de compostagem (Cempre, 2010, Apud JACOBI e BESEN, 2011)).
Proveniente, em geral, do desperdício de alimentos, a matéria orgânica, quando disposta
em aterros sanitários, ao se decompor, emite gases de efeito estufa e contribui para o
aquecimento global e as mudanças climáticas.
A disposição final dos resíduos sólidos urbanos em aterros sanitários tem
aumentado ao longo dos últimos anos no país (IBGE, 2010). Enquanto no ano 2000,
17,3% dos municípios utilizavam aterros sanitários para a destinação final, em 2008,
passaram para 27,7%. No entanto, cerca de metade dos 5.564 municípios brasileiros
ainda dispõem em lixões, e o percentual de cidades que dispõem em aterros controlados
permaneceu praticamente estagnado nos oito anos, 22,3% (2000) e 22,5% (2008). A
crescente redução da disposição em lixões, verificada entre os anos 2000 e 2008, deve-
se ao fato de as 13 maiores cidades, com população acima de um milhão de habitantes,
coletarem mais de 35% de todo o lixo urbano do país e terem seus locais de disposição
final adequados. (Apud JACOBI e BESEN, 2011)
Os projetos de recuperação de energia a partir do aproveitamento dos resíduos
sólidos domiciliares em aterros sanitários passaram, a partir da Conferência de
Johanesburgo, em 2002, a se constituir também numa oportunidade de negócios, como
Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL). Dessa forma, os países desenvolvidos
financiam projetos de diminuição da poluição para atingir suas metas de redução das
emissões de carbono (Goldenberg, 2003, Apud JACOBI e BESEN, 2011).
No Brasil, amplia-se o número de aterros que implantam esses projetos,
destacando-se os dois aterros públicos da cidade de São Paulo, Bandeirantes e São João.
No país, até 31 de janeiro de 2011, de 496 atividades de projetos de MDL realizados em
diversos setores, 36 consistiam em aterros sanitários (Brasil, 2011, Apud JACOBI e
BESEN, 2011).
Os resíduos da construção civil também representam um grande problema
ambiental, especialmente pela disposição inadequada em córregos, terrenos baldios e
beira de estradas. Nas cidades de médio e grande portes no Brasil, esses constituem mais
de 50% da massa dos resíduos urbanos. Estudos realizados em alguns municípios
apontam que os resíduos da construção formal têm uma participação entre 15% e 30%
na massa dos resíduos da construção e demolição, e 75% provêm de eventos informais,
obras de construção, reformas e demolições, realizadas, em geral, pelos próprios usuários
dos imóveis (Sinduscon, 2005, Apud JACOBI e BESEN, 2011).
Cabe aos municípios a elaboração de planos integrados de gerenciamento que
incorporem:
a) Programa Municipal de Gerenciamento (para geradores de pequenos volumes);
b) Projetos de Gerenciamento em obra (para aprovação dos empreendimentos dos
geradores de grandes volumes). Esses projetos devem caracterizar os resíduos e indicar
procedimentos para triagem, acondicionamento, transporte e destinação (Resolução
Conama n. 307, de julho de 2002, Apud JACOBI e BESEN, 2011).
A prestação do serviço de coleta seletiva pelos municípios brasileiros tem
avançado. No entanto, ainda se encontra muito aquém dos patamares necessários para
efetivamente reduzir a quantidade de resíduos potencialmente recicláveis que ainda são
dispostos em aterros ou lixões e os impactos decorrentes. Cabe destacar que as primeiras
iniciativas no Brasil datam de 1989 e que a ausência durante mais de vinte anos de uma
política nacional de resíduos sólidos e de vontade política dos administradores municipais
gerou um passivo ambiental de lixões e aterros sanitários controlados. E ainda, a
necessidade de construção de novos aterros em razão do esgotamento da vida útil da
maioria dos existentes.
A coleta seletiva de resíduos sólidos tem aumentado, de 58 municípios que a
praticavam em 1989, para 451 em 2000, e foram identificados 994 em 2008. Em 653
municípios, a coleta seletiva é operada pelo município em conjunto com catadores
organizados em cooperativas e associações, e em 279 municípios, por catadores atuando
de forma isolada (IBGE, 2010). Esse crescimento resulta especialmente da política na
esfera federal, na qual o modelo de coleta seletiva prevalecente é baseado na viabilização
da prestação do serviço de coleta seletiva formal dos municípios por meio da contratação
de organizações de catadores (Besen, 2011; Dias, 2009). No entanto, foram identificados
8.533 catadores, entre os quais 152 menores de 14 anos, trabalhando rotineiramente em
cerca de 70 lixões e/ou aterros (SNIS, 2010). (Apud JACOBI e BESEN, 2011)
Não existem dados oficiais sobre a quantidade de Resíduos de Serviços de Saúde
(RSS), gerados no Brasil e sua destinação final. A coleta executada por grande parte dos
municípios é parcial, o que contribui significativamente para esse desconhecimento. No
entanto, um indicador importante é que, na amostra de municípios, o SNIS (2010)
identificou, em mais de 90% deles, uma coleta diferenciada de RSS, o que é fundamental
quando se trata de RSS que provocam um grande impacto ao ambiente e à saúde. (Apud
JACOBI e BESEN, 2011)
Quanto à destinação final dos RSS no país, tem-se que: 35,1% são incinerados,
5,8%, autoclave;5 11,5%, vala séptica; 26%, aterros; 13,2, lixões; e 5,8%, micro-ondas
(Abrelpe, 2009, Apud JACOBI e BESEN, 2011). Embora as normas federais estabeleçam
a necessidade de tratamento de determinadas classes de resíduos de serviços de saúde,
prévios à sua disposição final, muitos municípios ainda dispõem de aterros sanitários,
aterros controlados e lixões sem realizar prévio tratamento, o que representa risco à saúde
pública e dos trabalhadores envolvidos nas atividades afins.

10 EFEITOS NA SAÚDE HUMANA E NO MEIO AMBIENTE

Os mais frequentes agentes físicos, químicos e biológicos presentes nos resíduos


sólidos municipais e nos processos dos sistemas de seu gerenciamento, capazes de
interferir na saúde humana e no meio ambiente são (Colombi et al., 1995; Ferreira, 1997;
Velloso, 1995):
Agentes físicos

Fonte: medium.com

O odor emanado dos resíduos pode causar mal-estar, cefaleias e náuseas em


trabalhadores e pessoas que se encontrem proximamente a equipamentos de coleta ou
de sistemas de manuseio, transporte e destinação final. Ruídos em excesso, durante as
operações de gerenciamento dos resíduos, podem promover a perda parcial ou
permanente da audição, cefaleia, tensão nervosa, estresse, hipertensão arterial. Um
agente comum nas atividades com resíduos é a poeira, que pode ser responsável por
desconforto e perda momentânea da visão, e por problemas respiratórios e pulmonares.
Em algumas circunstâncias, a vibração de equipamentos (na coleta, por exemplo) pode
provocar lombalgias e dores no corpo, além de estresse. Responsáveis por ferimentos e
cortes nos trabalhadores da limpeza urbana, os objetos perfurantes e cortantes são
sempre apontados entre os principais agentes de riscos nos resíduos sólidos.
Nem sempre lembrada, a questão estética é bastante importante, uma vez que a
visão desagradável dos resíduos pode causar desconforto e náusea.
Agentes químicos

Fonte: osresiduosolidos.wordpress.com

Nos resíduos sólidos municipais pode ser encontrada uma variedade muito grande
de resíduos químicos, dentre os quais merecem destaque pela presença mais constante:
pilhas e baterias; óleos e graxas; pesticidas/herbicidas; solventes; tintas; produtos de
limpeza; cosméticos; remédios; aerossóis.
Uma significativa parcela destes resíduos é classificada como perigosa e pode ter
efeitos deletérios à saúde humana e ao meio ambiente. Metais pesados como chumbo,
cádmio e mercúrio, incorporam-se à cadeia biológica, têm efeito acumulativo e podem
provocar diversas doenças como saturnismo e distúrbios no sistema nervoso, entre
outras. Pesticidas e herbicidas têm elevada solubilidade em gorduras que, combinada com
a solubilidade química em meio aquoso, pode levar à magnificação biológica e provocar
intoxicações agudas no ser humano (são neurotóxicos), assim como efeitos crônicos
(Kupchella & Hyland, 1993).
Agentes biológicos

Fonte: valorcrucial.com.br

Os agentes biológicos presentes nos resíduos sólidos podem ser responsáveis pela
transmissão direta e indireta de doenças.
Microorganismos patogênicos ocorrem nos resíduos sólidos municipais mediante a
presença de lenços de papel, curativos, fraldas descartáveis, papel higiênico,
absorventes, agulhas e seringas descartáveis e camisinhas, originados da população; dos
resíduos de pequenas clínicas, farmácias e laboratórios e, na maioria dos casos, dos
resíduos hospitalares, misturados aos resíduos domiciliares (Collins & Kenedy, 1992;
Ferreira, 1997).
Alguns agentes que podem ser ressaltados são: os agentes responsáveis por
doenças do trato intestinal (Ascaris lumbricoides; Entamoeba coli; Schistosoma mansoni);
o vírus causador da hepatite (principalmente do tipo B), pela sua capacidade de resistir
em meio adverso; e o vírus causador da AIDS, mais pela comoção social que desperta do
que pelo risco associado aos resíduos, já que apresenta baixíssima resistência em
condições adversas. Além desses, devem também ser referidos os microorganismos
responsáveis por dermatites.
A transmissão indireta se dá pelos vetores que encontram nos resíduos condições
adequadas de sobrevivência e proliferação.
Entre os resíduos com presença de microorganismos, merecem ainda ser
mencionados os resíduos infecciosos dos serviços de saúde que, pela falta de uma melhor
compreensão dos modos de transmissão dos agentes associados a doenças infeciosas,
têm sido alvo de receios exagerados da população em geral (Ferreira, 1997; Reinhardt et
al., 1996; Rutala & Mayhall, 1992). Contudo, isto não deve servir de justificativa para que
as instituições de saúde não estabeleçam procedimentos gerenciais que reduzam os
riscos associados a tais resíduos (principalmente dos perfurocortantes) com a sua
desinfecção ou esterilização.

11 PROBLEMAS CAUSADOS PELA DISPOSIÇÃO E DESCARTE INADEQUADO DE


RESÍDUOS

Fonte: gtechsolucoes.com.br

Os problemas gerados pelo descarte inadequado de lixo são muitos e, geralmente,


visíveis. Na maioria dos casos, eles se configuram como agressões ambientais e até como
uma questão sanitária que coloca em risco à saúde pública. (COELHO, 2013)
O fato mais surpreendente é que, justamente quem mais sofre e reclama com a
sujeira, também é responsável por provocá-la.
Por isso, a Superintendência de Limpeza Urbana apresenta uma série de situações
provocadas pelo descarte inadequado e também pela disposição incorreta de resíduos
para que todos possam visualizar os problemas gerados por nós mesmos.
Quem sabe assim, o cidadão pensa duas vezes antes de jogar papel em vias
públicas, de dispor os sacos de lixo fora do horário da coleta e até mesmo de lançá-los
em terrenos, praças, esquinas e áreas verdes. Lembre-se, quando o assunto é limpeza
urbana, a responsabilidade é de todos. (COELHO, 2013)

Sujeira nas ruas

O papel do picolé, a latinha do refrigerante e o embrulho do presente quando


descartados em vias públicas, praças e terrenos afetam a higiene do ambiente e tornam
tudo mais sujo. Portanto, caso você gere algum lixo de pequeno volume, carregue consigo
até a lixeira mais próxima e faça o descarte de modo correto.

Poluição ambiental

A natureza é uma das principais vítimas do descarte inadequado de resíduos. Rios,


riachos, córregos, canais e lagoas e todos os seus ecossistemas sofrem com a poluição
causada pelo acúmulo e descarte inadequado de lixo.

Obstrução do passeio público

Restos de reforma e sobras da construção civil dispostos em calçadas e vias


atrapalham a circulação e dificultam a mobilidade urbana.

Poluição visual

Sacos de lixo dispostos fora da lixeira, resíduos de construção civil depositados


inadequadamente e o material descartado em vias públicas acumulam sujeira e formam
um cenário que ninguém gosta de ver e conviver.
Contaminação do solo e dos lençóis freáticos

Quando descartados de modo inadequado, determinados tipos de resíduos


provenientes de estabelecimentos comerciais, industriais e unidades de saúde infiltram
pelo solo e podem contaminar a terra e os lençóis freáticos que abastecem as bacias
hidrográficas, poluindo o meio-ambiente e água que consumimos no dia-a-dia.

Alagamentos e inundações em períodos de chuva

Um simples papel jogado em vias públicas pode entupir galerias de águas pluviais,
que servem para escoar a água da chuva até córregos e riachos. Uma vez obstruídas por
acúmulo de lixo descartado nas ruas, elas impedem a passagem da água que retorna e
provoca alagamentos e inundações.

Diminuição da vida útil do aterro sanitário

Quanto mais lixo geramos, mais lixo chega ao aterro sanitário, que encurta a sua
vida útil.

Proliferação de endemias

O acúmulo de resíduo em terrenos ou armazenados de modo inapropriado podem


gerar a proliferação de pragas e vetores de endemias e colocar em risco a saúde pública

Prejuízos ao turismo local

Uma cidade com o aspecto sujo não atrai turistas. Quem visita a nossa cidade quer
encontrar um lugar limpo e digno das belezas naturais que temos a oferecer.

Aumento dos gastos públicos com limpeza urbana


Quanto mais o cidadão promove o descarte inadequado, mais aumentam os custos
com a limpeza. Um recurso que poderia ser utilizado para educação, saúde, cultura e
outras áreas da gestão pública.
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 10004. Resíduos Sólidos
– Classificação, 2004.

ANDREOLI, Cleverson V. et al. RESÍDUOS SÓLIDOS: ORIGEM, CLASSIFICAÇÃO E


SOLUÇÕES PARA DESTINAÇÃO FINAL ADEQUADA. In: ANDREOLI, Cleverson V.;
TORRES, Patricia Lupion; organizadores. Complexidade: redes e conexões do ser
sustentável. Curitiba: SENAR - PR, 2014. p. 531-552. ISBN 987-85-7565-110-0.

BRASIL. (2010). Lei n. 12.305 de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de


Resíduos Sólidos; altera a lei n.9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras
providencias. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília
DF.

Brasil. Fundação Nacional de Saúde - FUNASA. Manual de orientações técnicas para


elaboração de propostas para o programa de resíduos sólidos - Funasa / Ministério
da Saúde, Fundação Nacional de Saúde. – Brasília: Funasa, 2014

Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de


gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
182 p. ISBN 85-334-1176-6.

COELHO, Fernando. Os problemas causados pela disposição e descarte inadequado de


resíduos. Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável - SLUM,

Maceió/AL, 12 out. 2013.


COPEL et al, (org.). Manual de Gerenciamento Integrado de resíduos sólidos. ed.
Curitiba – Paraná: COPEL, 2015.

JACOBI, Pedro Roberto; BESEN, Gina Rizpah. Gestão de resíduos sólidos em São
Paulo: desafios da sustentabilidade. Estudos Avançados, São Paulo, v. 25, n. 71, ed.
25, p. 135-158, 2011.

Mesquita Júnior, José Maria de. Coordenação de Karin Segala. Gestão integrada de
resíduos sólidos – Rio de Janeiro: IBAM, 2007.

MONTEIRO, José Henrique Penido et al; coordenação técnica Victor Zular


Zveibil. Manual de Gerenciamento Integrado de resíduos sólidos. 15. ed. Rio de
Janeiro: IBAM, 2001. 200 p.

Sistema FIRJAN. Manual de Gerenciamento de Resíduos: Guia de procedimento


passo a passo. Rio de Janeiro: GMA, 2006.

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