Resumo do texto de Ana Feijó - A escuta e a fala em psicoterapia fenomenológica existencial versus análise de artigo sobre estudo de caso de um adolescente, análise por Luciane Cordeiro dos Santos
Título original
A escuta e a fala em psicoterapia fenomenológica existencial versus análise de artigo sobre estudo de caso de um adolescente
Resumo do texto de Ana Feijó - A escuta e a fala em psicoterapia fenomenológica existencial versus análise de artigo sobre estudo de caso de um adolescente, análise por Luciane Cordeiro dos Santos
Resumo do texto de Ana Feijó - A escuta e a fala em psicoterapia fenomenológica existencial versus análise de artigo sobre estudo de caso de um adolescente, análise por Luciane Cordeiro dos Santos
EXISTENCIAL VERSUS ANÁLISE DE ARTIGO SOBRE ESTUDO DE CASO
DE UM ADOLESCENTE DADOS DE CASO: CLIENTE: Adolescente V – 17 anos QUEIXA: Revolta, destrutividade – relacionado ao mundo externo e ao relacionamento com os pais SESSÕES: 9 sessões – cliente faltou a 8ª (período considerado como de elaboração DURAÇÃO DAS SEÇÕES: 50 minutos cada FOCO DO TRABALHO CLÍNICO: pontos ligados à construção de identidade e à autoimagem do cliente. Resumo da correlação do que foi estudado no texto de Ana Feijó, segue abaixo. 4.1 - O método fenomenológico Neste artigo a gente observar o conflito existencial desse adolescente frente a sua vivência passada, pelo que ele tem sido no presente, e pelo que ele virá a ser no futuro, podemos ver que o método fenomenológico propiciou a investigação do sentido das experiências vividas por V.. “A investigação fenomenológica propõe-se a identificar estruturas significativas, a partir da observação das imagens. elaboradas pela vivência cotidiana." (pg31) Na discussão do caso e a investigação em si, há uma apresentação da análise do período de desenvolvimento que este estava passando. Algo característico ao perfil de todo ser humano que rompe essa barreira da infância, se lança para um período reflexivo e ao mesmo questionável de sua existência, que é a transição para a idade adulta. “Através das reduções fenomenológicas, puderam-se destacar as unidades de significados implicadas no processo psicoterapêutico, uma vez que a redução consiste na busca do sentido, partindo do significado. (pg 31)” Podemos identificar nas fases e nas sessões que se seguem na terapêutica de V. semelhanças com a estrutura apresentada no caso estudado a partir da página 33 do livro, inclusive quanto a análise da identificação da fase em que V vivencia sentimentos conflitivos relativos a perda da infância e transição para a idade adulta, relativa ao adolescer do sujeito. “1 ª) dedução de unidades significativas, através do sentido da totalidade e da complexidade que aparecem nos discursos psicoterapêuticos; 2ª) delineamento dos aspectos centrais expressos nas unidades de significado; 3') descrição das temáticas principais do processo psicoterapêutico; 4') descrição estrutural situada do processo de escuta e de fala, bem como dos elementos constitutivos deste processo; 5') caracterização estrutural geral.” (pg 33) Todos os aspectos centrais, bem como aquilo em que era omitido, ou evitado ser tocado por V. foram delineados pela terapeuta, que se posicionava na direção das descobertas destas questões, mas se retirava para dar espaço de fala adequado a V. sem que parecesse invasiva ou numa relação de autoritarismo, constituindo um espaço flexível onde o sujeito pudesse surfar e se perceber autor do relato de suas experiencias, e se reconhecer nelas. E como vimos no livro de Ana Feijó, é nesta aceitação da intersecção entre as experiências vividas no geral, e na necessidade de distinção e singularidade, é que se encontra um caminho para a confrontação da própria angustia e ansiedade de existir, Aqui identificar frente ao conteúdo de sua fala, uma forma desse adolescente se reconhecer em suas escolhas, principalmente no que tange aos assuntos em que evitava falar, estes que consistiam de certa forma a percepção que tinha de seu eu futuro que pra ele aparecia como um reflexo na figura de seu pai, o que lhe despertava um certo negativismo quanto a própria personalidade, ao se reconhecer parecido com o pai e assumir que não gostava de como o pai era, assume também que não gosta do seu autoconceito ou seja de sua autoimagem. O artigo traz a trajetória de vida de um indivíduo que teve a infância marcada pela dissolução da sociedade familiar entre o pai e a mãe, e retrata um indivíduo que entra em um confronto entre seu eu pressente, frente os acontecimentos vivenciados na infância e diante da possibilidade da construção de um eu futuro que o assombrava, já que não conseguia se perceber na sua essência, assim a terapeuta vai o ajudando com sua fala, e sutilmente vai quebrando a resistência desse adolescente ao questioná-lo sem parecer estar fazendo um relatório policial, e ela mesma traz experiências vivenciada por ela nesta etapa de desenvolvimento, e que são comuns a todos os adolescentes, fazendo que este adolescente se perceba em um fluxo normal, como todos os outros adolescentes, e o mais importante é que ela ajuda esse adolescente a tomar suas próprias escolhas, não só no que tange a se desvencilhar de um tratamento psiquiátrico que não vê mais sentido em contiguar, mas também em resolver não prosseguir com as sessões psicoterápico pois já se sente melhor, e não vê mais que haja algo errado com ele. É possível também perceber o paradoxo liberdade-não liberdade, frente ao desejo de morar sozinho e o reconhecimento de si como alcançando a maioridade, porém percebendo que é um movimento comum no seu desenvolvimento. No artigo observa se a valorização da fala do cliente; percebemos a questão da culpa existencial quando ele fala de seu acidente de bicicleta, de fazer bombas, e das decisões erradas que tomou anteriormente (característica de prisão aos acontecimentos do passado); percebemos um o medo existencial que se apresenta na perspectiva de ficar parecido com o pai; aparenta um perda referencial também quando ele relata sobre a vontade se desvencilhar daquilo que é da mãe, e daquilo que é do pai, buscando se diferenciar, porém sem perceber que suas vivências fazem parte de quem ele é, e de quem ele virá a ser. A terapeuta manteve não se intimidou quando ele falou que brigou com os outros terapeutas e não deixou que ele fugisse do pessoal, mantendo as questões angustiantes, para que ele se sentisse seguro em falar delas. Questionando e se retirando sempre nos momentos propícios. Percebemos as falas da terapeuta provocativas, num sentido exemplificadora, exploradora do cotidiano do adolescente, falas inquisitivas; teve uma postura clarificadora, e ao mesmo tempo refletora do conteúdo verbal quando trouxe pro adolescente que o não gostar do pai, era não gostar de si, que o pai era uma figura presente, senão física, mas como um referencial estava sempre ali, permeando suas falas. Ela traz o rapaz para o foco central do aqui e agora, quando fala de seu estágio de desenvolvimento. É um reposicionamento do sujeito frente as suas construções, através do auto escolha, e reconhecimento de si nas suas vivências. Psicoterapeuta e psiquiatria trabalhando em conjunto. A terapeuta percebe e conduz o paciente à sua ansiedade como