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REDES SOCIAIS E SEUS MALES OCULTOS

Francisco Franciano Rodrigues Bezerra1


Luiz Gomes da Silva Neto2

É inegável que o advento das redes sociais causou enorme transformações no


comportamento humano. O uso dessas ferramentas e a aceitação do público evoluiu de
maneira rápida mundo a fora. Como em toda descoberta ou invenção, não é diferente com
essas, e trazem consigo os prós e contra. Agregou valor e agilidade ao mercado de
trabalho e também criam oportunidades em novos ramos no mesmo; comunicação em
larga escala e diversão para os aficionados pelas redes, com variadas ofertas e
possibilidades de escolhas, enfim, ferramenta indispensável na vida de muitos. Porém, o
uso indiscriminado por adultos, jovens e crianças, vem suscitando comportamentos
estranhos. A exposição prolongada e por vezes desacompanhada sobretudo e
principalmente de crianças a esses dispositivos pode gerar consequências graves. A China
país mais populoso do mundo - segundo matéria veiculada no site da BBC News Brasil
do dia 30 de agosto de 2021 - já adotou medidas que limitam a três horas por semana ao
uso de telas para menores de 18 anos, sob o risco de estarem se viciando em jogos online.
O elevado poder de aprisionar a pessoa e reduzi-la a um mundo que passa por uma tela
de um dispositivo que ela segura na mão, sem lhe dar a menor chance de se desvencilhar,
tirando seu convívio social da própria casa onde vive, é preocupante e sem dúvidas o
estágio mais alto de posse da pessoa pelas redes, e que pode em casos não raro culminar
com a morte da mesma. Não à toa o Psicólogo espanhol Marc Masip disse em entrevista
a BBC News Mundo em 18 de outubro de 2021: “Não há muita diferença entre o vício
em drogas e no celular”. Nas palavras dele, quando não dispomos da tecnologia, como
acontece quando o WhatsApp ou o Facebook caem, todos nós sentimos um mal-estar,
uma síndrome de abstinência. Ele faz essa comparação com a heroína e diz que é uma
boa comparação, justamente porque ainda não temos consciência de todos os danos que
pode chegar a causar: “quando a heroína começou a ser consumida, não se sabia o quão
ruim era, e no final morreu muita gente. Espero que não seja assim agora, mas tem gente
que morre porque usa o celular até quando está dirigindo”. As redes sociais são uma
realidade que faz estarmos cada vez mais conectados e assim o smart phone se tornou
parte integrante, quase um membro por assim dizer, do nosso corpo fora dele. Devemos
a estar atentos quanto uso dessas redes sociais via celular ou computador para não nos
tornarmos escravos delas nem vítimas fatais.

PALAVRAS -CHAVE: Redes Sociais. Uso abusivo. Vício. Comportamento.


REFERÊNCIAS: CUETO, José Carlos. 'Não há muita diferença entre o vício em drogas
e no celular’, diz psicólogo. BBC News Mundo, São Paulo, 18 de out. de 2021.
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-58388021. Acesso em: 27 de out.
de 2021; China limita jogos online a 3h por semana para menores. BBC News Brasil,

1
Graduando do curso de Psicologia na Faculdade Ieducare – FIED. E-mail: efe.rodrigues@gmail.com
2
Mestrado em Saúde da Família pela Universidade Federal do Ceará/Campus de Sobral, Brasil (2020).
Professor da Faculdade Ieducare / Uninta.
São Paulo, 30 de ago. de 2021. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-
58388021. Acesso em 27 de out. de 2021.

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