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Curso de DIREITO
GRUPO Nº: 01
SALA: UT 4
PERÍODO: TARDE
____________________________________
1. Makiesse Miguel
2. Mendes de Sousa
3. Altino André
4. Cabedi Léo
5. Gasparito M. André
6. Isabel João Paulo Feita
7. Eugenia Elisa Vemba João
8. Ilídio Mecoxe
9. Isabel P. Panzo
10. Suzana Alberto Lemos
11. Domingos Kalala
AGRADECIMENTO
Agradeço, primeiramente a Deus, por sempre colocar tudo no seu devido lugar.
Aos nossos pais, que nos auxiliaram em cada momento difícil durante toda a
nossa vida académica e não só.
I
DEDICATÓRIA
À minha família, pelo incentivo e aos nossos amigos pela compreensão nas
horas de ausência.
II
EPÍGRAFE
“Quem sabe concentrar-se numa coisa e insistir nela como único objectivo,
obtém, ao fim e ao cabo, a capacidade de fazer qualquer coisa”.
Mohandas Gandhi
III
SIGLAS E ABREVIATURAS
CRA: Constituição da República de Angola
IV
RESUMO
O presente trabalho espelha a reflexão de um tema bastante exaustivo no
campo jurídico. A questão do registo sempre foi um tema bastante discutida em
sede do direito, partindo do 3º ano, na cadeira de Direitos Reais bem como no
4º ano na cadeira de Direito dos Registos e Notariado.
É um tema que aparentemente mostra-se ser tão simples de ser abordado mas
na verdade é um tema completo, que requer paciência, dedicação, força de
vontade e capacidade interpretativa acima de tudo afim de melhor tirar as
ilações,
Daí que, o registo civil comporta duas modalidades ou forma de ser lavrado,
que são por meio de assento ou de averbamento.
V
ABSTRACT
The present work reflects the reflection of a very exhaustive theme in the legal
field. The issue of registration has always been a widely discussed topic in the
field of law, starting from the 3rd year, in the subject of Real Rights as well as in
the 4th year in the subject of Registry and Notary Law.
Hence, the civil registry comprises two modalities or forms of being registered,
which are by means of registration or registration.
However, we will observe that the civil registration acts are divided into two
parts: the registration acts in general (articles 50 to 106 of the CRC) and the
registration acts in particular (articles 119.º to 106 of the CRC)
VI
ÍNDICE
AGRADECIMENTO ........................................................................................................ I
DEDICATÓRIA ............................................................................................................... II
EPÍGRAFE ..................................................................................................................... III
SIGLAS E ABREVIATURAS ....................................................................................... IV
RESUMO......................................................................................................................... V
ABSTRACT .................................................................................................................... VI
INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 4
0.1 Apresentação do trabalho ...................................................................................... 4
0.2 Problemática ............................................................................................................ 4
0.3 Hipótese .................................................................................................................... 4
0.4 Objectivos do Trabalho .......................................................................................... 4
0.5 Objecto de estudo ................................................................................................... 5
0.6 Campo de acção ..................................................................................................... 5
0.7 Metodologia do trabalho......................................................................................... 5
CAPÍTULO I: O REGISTO CIVIL E OS SEUS ACTOS ....................................... 6
1.1. O Registo ............................................................................................................. 6
1.2. Registo Civil e seu objecto ................................................................................ 6
1.3. Objecto do registo civil; factos sujeitos a registo. .......................................... 6
1.4. Efeitos do registo; acções de estado e acções de registo ........................... 7
1.5. Função e interesse do registo civil ................................................................... 7
1.6. Actos de registo .................................................................................................. 8
1.6.1. Actos do registo em geral. ............................................................................. 8
1.6.2. Identificação do declarante; referências honoríficas ou nobiliárquicas .. 8
1.6.3. Intervenção de pessoas surdas, mudas ou surdas-mudas...................... 9
1.6.4. Nomeação de intérprete aos que não conhecerem a língua portuguesa
9
1.6.5. Testemunhas abonatórias ............................................................................. 9
1.6.6. Documentos para actos de registo e o seu destino ................................ 10
1.6.7. Documentos passados no estrangeiro ...................................................... 10
1.6.8. Documentos escritos em língua estrangeira ............................................ 10
1.7. Modalidades do registo civil ............................................................................ 11
1.7.1. Assentos e sua forma de lavrar .................................................................. 11
1.7.2. Requisitos gerais ........................................................................................... 13
1.7.3. Menções especiais dos assentos por transcrição ................................... 13
1.7.4. Lugar em que podem ser lavrados os assentos ...................................... 14
1.7.5. Regras a observar na escrita dos assentos ............................................. 14
1.7.6. Ordem de prioridade e numeração ............................................................ 14
1.7.7. Feitura ............................................................................................................. 15
1.7.8. Actos do registo em especial. ..................................................................... 15
1.7.9. Acto de nascimento. ..................................................................................... 15
1.8. Procedimentos burocráticos e custos............................................................ 17
1.9. Documentos emitidos com erros .................................................................... 18
1.10. Alguns serviços ............................................................................................. 25
1.10.1. Certidão ....................................................................................................... 25
1.10.2. Assentos lavrados por inscrição ............................................................. 25
1.10.3. Assentos lavrados por transcrição.......................................................... 25
1.10.4. Inscrição tardia de nascimento................................................................ 25
1.10.5. Cédula Pessoal ou Boletim de Nascimento .......................................... 26
1.10.6. Cédula Pessoal ou Boletim de Nascimento .......................................... 26
1.10.7. Inscrição tardia de nascimento................................................................ 26
1.10.8. Processo de Alteração de Nome próprio ou de família ....................... 27
1.10.9. Processo de Divórcio ................................................................................ 27
CAPÍTULO II: ORGANIZAÇÃO DO REGISTO CIVIL E VÍCIOS NO
ORDENAMENTO JURÍDICO ANGOLANO, AVERBAMENTOS. ..................... 28
2.1. Organização do Registo Civil ............................................................................. 28
2.2. Vícios do registo................................................................................................ 28
2.2.1. Inexistência jurídica do registo .................................................................... 28
2.2.2. Nulidade do registo ....................................................................................... 29
2.2.3. Irregularidade do registo .............................................................................. 30
2.2.4. Omissão e perda do registo ........................................................................ 31
2.2.5. Averbamentos ................................................................................................ 32
2.2.6. Averbamento de actos registados na própria conservatória.................. 32
2.2.7. Averbamentos aos assentos de nascimento ............................................ 33
2.2.8. Averbamentos ao assento de casamento ................................................. 33
2.2.9. Forma .............................................................................................................. 34
2.2.10. Averbamento em conservatória distinta da que lavrou o registo ....... 35
2.2.11. Formalidades posteriores ......................................................................... 35
2.2.12. Dúvidas sobre o assento .......................................................................... 35
2.2.13. Averbamento da sentença ....................................................................... 36
2.2.14. Averbamentos omissos ............................................................................ 36
2.2.15. Conservatórias a que devem ser remetidas as certidões ................... 37
2.2.16. Retificação do conteúdo do assento de registo civil ............................ 38
CONCLUSÃO ............................................................................................................... 39
RECOMENDAÇÕES ................................................................................................... 40
SUGESTÃO .................................................................................................................. 41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 42
INTRODUÇÃO
Entretanto, o trabalho possui uma introdução, dois capítulos e uma parte final,
onde vem as considerações finais, as sugestões e as recomendações.
0.2 Problemática
Levanta-se uma série de questões sobre o registo e estas questões serão o
cerne da nossa problemática.
0.3 Hipótese
Tendo em conta o problema formulado, estabelecemos a seguinte hipótese:
b) Objectivos específicos
4
a interacção, na sua vida profissional, com as conservatórias dos
registos e com os cartórios notariais.
Descrever a situação actual do registo civil no país;
Analisar as informações disponíveis para propor sugestões e
recomendações.
1º Investigativo
2º Pesquisa de campo
5
CAPÍTULO I: O REGISTO CIVIL E OS SEUS ACTOS
1.1. O Registo
Não é conveniente debruçarmos sobre o registo civil e os seus actos, sem
antes no entanto fazermos um enquadramento doutrinal e legal do registo.
1
Vide art.º 30.º, 31.º, 32.º da CRA.
6
O nascimento;
A filiação;
A adopção;
O casamento;
As convenções antenupciais;
O óbito;
A emancipação (já não existe em virtude da maior idade atingir-se aos
18 anos);
A inibição ou suspensão do poder paternal;
A interdição e inabilitação definitivas, tutela de menores ou interditos, a
administração de bens de menores e a curatela de inabilitados;
A curadoria provisória ou definitiva de ausentes e a morte presumida-
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Às conservatórias do registo civil compete também o registo de casamentos ou
de óbitos ocorridos no estrangeiro quando tenham no seu arquivo o assento de
nascimento de algum dos nubentes ou do falecido.
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títulos nobiliárquicos angolanos só será permitida quando os interessados
provem que estavam na posse e uso do título anteriormente a 5 de Outubro de
1910 e que as taxas devidas foram pagas.
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Se ao funcionário do registo civil se suscitarem dúvidas acerca da veracidade
das declarações ou identidade das partes intervenientes em assento de
qualquer outra espécie, poderá exigir a intervenção de duas testemunhas. Vide
art.º 58.º do CRC.
Além das pessoas autorizadas pela lei geral, podem intervir como testemunhas
nos actos de registo os parentes ou afins das partes e dos próprios
funcionários.
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1.7. Modalidades do registo civil
Forma de lavrar o registo civil dos factos a ele sujeitos é lavrado nos termos
código de registo civil, por meio de duas modalidades a saber:
Assento;
Averbamento.
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c) Os assentos de casamento católico ou civil, celebrado no estrangeiro,
perante as autoridades locais competentes, por cidadãos portugueses ou por
estrangeiros que adquiram a nacionalidade angolana;
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1.7.2. Requisitos gerais
Além dos requisitos privativos de cada espécie, os assentos devem conter os
seguintes elementos, vide artigo 68.º do CRC:
a) Número de ordem, a hora, o dia, mês e ano em que são lavrados, bem como
a designação da repartição;
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1.7.4. Lugar em que podem ser lavrados os assentos
Os assentos são lavrados na repartição competente, podendo sê-lo também
em qualquer outra casa, a requerimento dos interessados, desde que a entrada
esteja franqueada ao público, salvo se o acto for secreto, por sua natureza.
14
1.7.7. Feitura
Os assentos podem ser escritos pelo conservador, ou por outrem sob sua
responsabilidade, mas são sempre assinados pelo conservador, ou pelo
substituto legal, no impedimento dele.
Assinatura
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O registo civil configura-se numa garantia formal da concretização do Direito ao
Nome (art.º 72º do Código Civil) e o Direito à Nacionalidade (Constituição da
República de Angola art.os 9º, 15º n.º 1 da Declaração Universal dos Direitos
Humanos e Lei da Nacionalidade - Lei nº 2/16, de 15 de Abril).
O registo civil é tido como o acto público que consiste no assento efectuado por
um oficial público e constantes de livros públicos, do livre conhecimento, directo
ou indirecto, por todos os interessados, no qual se atestam factos jurídicos
conformes com a lei e referentes a uma pessoa ou uma coisa, factos entre si
conectados pela referência a um assento considerado principal, de modo a
assegurar o conhecimento por terceiros da respectiva situação jurídica, e da
qual a lei faz derivar, como efeitos mínimos, a presunção do seu conhecimento
e a capacidade probatória.
Como acto público, o Estado, através dos seus órgãos, procura garantir e
materializar o Registo de Nascimento através de Leis que vêm afirmar um
conjunto de princípios, valores e normas que orientem todos os actos
praticados pelos agentes públicos e privados.
- O Código do Registo Civil, que foi aprovado pelo Decreto – Lei n.º 47 678, de
5 de Maio de 1967, estando ainda parcialmente em vigor em Angola por força
do artigo 239.º da CRA;
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- A Lei n.º 6/15 de 8 de Maio – Lei da Simplificação do Registo de Nascimento;
O presente estudo não se compromete olhar para estas leis nem mesmo para
a sua dogmática jurídica, mas para as experiências vividas pelos
cidadãos/utentes, enquanto procuram proceder e aceder ao registo de
nascimento.
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- Crianças dos 0 aos 13 anos: Aqui o procedimento é iniciado com a presença
dos pais. Em caso destes serem solteiros necessita-se do Bilhete de Identidade
dos mesmos, além da presença. Se forem pais casados, basta a presença de
um dos cônjuges fazendo-se acompanhar do seu Bilhete de Identidade e duas
testemunhas.
i) Despacho do conservador.
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imputada ao utente este deve pagar 1.600,00 Akz (mil e seiscentos kwanzas)
para a correcção.
a) Ao pai;
b) À mãe;
Decorrido o prazo legal sem que a declaração de nascimento tenha sido feita,
tanto os funcionários do registo civil como as autoridades administrativas
devem participar o facto ao Ministério Público, que promoverá, não só o
procedimento criminal contra a pessoa obrigada a prestar a declaração, mas
também a verificação, no mesmo processo, dos elementos necessários para se
lavrar o registo à custa do responsável.
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Igual participação pode ser feita por qualquer pessoa, ainda que sem interesse
especial na realização do registo.
Na decisão que puser termo ao processo, o juiz fixará os elementos que hão-
de constar do assento, observando o disposto no artigo 108.º do CRC.
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2. Se o nascimento tiver ocorrido há mais de catorze anos, o registo só pode
ser efectuado mediante a organização do processo de autorização para
inscrição tardia de nascimento.
3. A prova de que o declarante tem o registando a seu cargo pode ser feita
através das testemunhas que intervierem no assento.
c) O sexo do registando;
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e) A qualidade de filho legítimo ou ilegítimo;
O nome do registando será o indicado pelo declarante ou, quando este o não
queira fazer, pelo funcionário perante quem foi prestada a declaração.
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Se os pais do registando forem desconhecidos, a escolha do apelido
obedecerá ao disposto no artigo 137.º.
Exceptuam-se:
Assento de gémeos
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Registo de abandonados
b) Idade aparente;
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Compete ao funcionário que lavrar o assento atribuir ao registando um nome
completo, constituído no máximo por três vocábulos, devendo escolhê-los de
preferência entre os nomes de uso mais vulgar, ou derivá-los de alguma
característica particular do registando ou do lugar em que foi encontrado, mas
sempre de modo a evitar denominações equívocas ou capazes de recordarem
a sua condição de abandonado.
1.10.1. Certidão
Meio de prova solicitado pelo interessado ao balcão da Conservatória,
comprovativo do assento de nascimento, de casamento ou de óbito existente
nos livros da Conservatória.
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26
- Apresentar 2 testemunhas idóneas, com Bilhete de identidade, para serem
ouvidas em declaração.
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- Certidão de Casamento;
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CAPÍTULO II: ORGANIZAÇÃO DO REGISTO CIVIL E VÍCIOS NO
ORDENAMENTO JURÍDICO ANGOLANO, AVERBAMENTOS.
b) Quando tiver sido assinado por quem não tenha competência funcional para
o fazer, se tal resultar do próprio contexto;
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Quando, tratando-se de assento de casamento, não contiver a expressa
menção de os nubentes haverem manifestado a vontade de contrair
matrimónio.
A inexistência do registo pode ser invocada a todo o tempo por quem nela tiver
interesse, independentemente de declaração judicial, mas esta deve ser
promovida pelo funcionário logo que tiver conhecimento da inexistência.
c) Quando tiver sido assinado por quem não tenha competência funcional para
o fazer, se tal não resultar directamente do próprio contexto, sem prejuízo do
disposto no n.º 2 do artigo 369.º do Código Civil;
b) Em ter sido viciado por forma a induzir em erro acerca do facto registado ou
da identidade das partes;
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d) Em se apresentar como transcrição de um título inexistente.
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2.2.4. Omissão e perda do registo
Sempre que, no caso de, por qualquer circunstância, não haver sido lavrado
um registo e não ser possível o suprimento da omissão nos termos
especialmente previstos no código de registo civil, observar-se-á o seguinte:
a) Tratando-se de registo que deva ser lavrado por inscrição, o registo omitido
só será efectuado mediante decisão judicial passada em julgado;
A indicação dos elementos que hão-de ser levados ao registo não pode ser
feita por simples remissão genérica para os que constem de qualquer
documento ou peça do processo. Do registo omitido apenas se farão constar
os elementos xados na sentença, sem necessidade de reproduzir os seus
fundamentos, cfr. Art.º 107.º a 109.º do CRC.
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2.2.5. Averbamentos
Averbação é o acto de constar à margem de um assento (registro) um fato ou
referência que o altere ou o cancele. No plano do Registro Público, é utilizado
com frequência por profissionais que trabalham como registradores e notários.
Esses profissionais que prestam um serviço privado através de delegação do
poder público, irão averbar sentenças judiciais nos livros de registro que ficam
guardados sob os cuidados dos titulares em seus cartórios.
Se um assento de registo civil não contiver todos os dados que deviam nele
figurar, poderá ser averbado.
Não é possível averbar um assento de registo civil com base em, por exemplo,
dados que figurem em documentos de identidade.
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2.2.7. Averbamentos aos assentos de nascimento
1. Ao assento de nascimento são especialmente averbados:
g) A mudança de nome;
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b) A dissolução, inexistência, declaração de nulidade ou anulação do
casamento;
2.2.9. Forma
Os averbamentos são lavrados segundo os modelos anexos a este código,
com referência aos assentos ou documentos que lhes serviram de base.
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2.2.10. Averbamento em conservatória distinta da que lavrou o
registo
Quando o livro de assentos em que deva realizar-se o averbamento se não
encontre em poder da conservatória em que foi lavrado o registo do facto a
averbar, esta enviará à conservatória ou entidade competente, dentro do prazo
de cinco dias, o boletim do modelo anexo a este diploma com as indicações
necessárias à realização do averbamento.
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Se houver omissão do assento ou erro na feitura do registo, que obste à
realização do averbamento, deve o facto ser comunicado à Conservatória dos
Registos Centrais, para o efeito do disposto no n.º 2 do artigo 313.º.
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promova a realização do averbamento. 3. A realização dos averbamentos
devidos pode, a todo o tempo, ser requerida verbalmente por qualquer
interessado, mediante a apresentação do documento comprovativo do facto
que há-de ser averbado. Artigo 106.º Falta ou total preenchimento da coluna
destinada aos averbamentos Artigo 106.º Falta ou total preenchimento da
coluna destinada aos averbamentos.
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2.2.16. Retificação do conteúdo do assento de registo civil
Se um assento de registo civil contiver dados inconsistentes com os dados que
figuram na documentação arquivada no registo civil ou com outros assentos de
registo civil (desde que estes constatem uma ocorrência anterior e digam
respeito à mesma pessoa ou aos seus ascendentes), ou com documentos de
registo civil estrangeiro, estes serão suscetíveis de retificação.
Não é possível averbar um assento de registo civil com base em, por exemplo,
dados que figurem em documentos de identidade.
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CONCLUSÃO
Assim sendo, depois de analisado a questão do registo civil e seus actos bem
como a sua organização e vícios no ordenamento jurídico angolano,
concluímos que o registo civil é tido como o acto público que consiste no
assento efectuado por um oficial público e constantes de livros públicos, do
livre conhecimento, directo ou indirecto, por todos os interessados, no qual se
atestam factos jurídicos como: nascimento; filiação; adopção; casamento;
convenções antenupciais; óbito; e emancipação (já não existe em virtude da
maior idade atingir-se aos 18 anos) etc.
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RECOMENDAÇÕES
Da pesquisa feita, observamos que a ausência do pai ou da mãe biológicos é
um dos factores que condiciona a obtenção de assento de nascimento e cédula
pessoal, não podendo no nosso ordenamento jurídico um padrasto registar um
filho que não seja seu progenitor.
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SUGESTÃO
Observamos uma certa morosidade naquilo que é a tramitação processual dos
actos de registo no país em particular na província do Uíge, tanto faz na
emissão de cédula pessoal, assento de nascimento, bem como na emissão do
Bilhete de Identidade bem como para a sua renovação, tudo porque alguns
desses serviços a título em causa a emissão do Bilhete de Identidade o
emissão tem sido local mais a sua produção está na dependência da base de
sistema, em Luanda, centralizando os serviços e causados graves prejuízos
aos cidadãos, visto que, o cidadão pode esperar até 5 meses para levantar o
seu registo (B.I).
Sugerimos o seguinte:
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Legislação:
Constituição da República de Angola;
Código Civil Angolano;
Código do Registo Civil;
Código de Processo Civil;
Código da Família – Lei nº 1/88, de 20 de Fevereiro.
Doutrina:
Joaquim De Seabra Lopes, Direitos dos Registos e do Notariado, 3.ª
Edição, Almedina, 2005.
Isabel Pereira Mendes, Estudos sobre Registo Predial, Almedina.
A. Borges de Araújo, Prática Notarial, Almedina.
Fernando Ferreirinha e Zulmira Neto da Silva, Direito Notarial, Almedina.
Outras fontes:
http://www.servicos.minjusdh.gov.ao/outros-servicos-ao-
cidadao/37/registo-civil.
"averbamento", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha],
2008-2021, https://¬dicionario.priberam.o¬rg/averbamento [consultado
em 05-12-2021].
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