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Manual de Matemática para o 12º ano

Matemática A

NIUaleph 12
LIVRO DE EXERCÍCIOS

VOLUME 1
Jaime Carvalho e Silva
Joaquim Pinto
Vladimiro Machado

2012
Título
NiuAleph 12 - Livro de Exercícios para o 12.º ano de Matemática A

Autores
Jaime Carvalho e Silva (Editor)
Joaquim Pinto
Vladimiro Machado

Capa e Design
Elisa Silva

Conceção Técnica
Vítor Teodoro
João Fernandes

Colaboração
António Marques do Amaral, Raul Gonçalves e Sofia Marques

Imagens e fontes
As imagens utilizadas neste manual pertencem ao domínio público ou, nas situações indicadas, aos
respetivos autores, sob as Licenças Creative Commons Attribution-ShareAlike 3.0 http://creativecom-
mons.org/licenses/by-sa/3.0/) ou Creative Commons Attribution 3.0 http://creativecommons.org/li-
censes/by/3.0/

As fontes utilizadas neste manual pertencem às famílias Latin Modern e Latin Modern Math, desenvol-
vidas pela GUST http://www.gust.org.pl/projects/e-foundry/lm-math/index_html

ISBN
978-989-97839-1-1

Edição
1.ª edição/versão 1

Data
2012
© Este ficheiro é de distribuição livre mas os direitos permanecem com os respetivos autores. Não é
permitida a impressão deste ficheiro.
Índice geral

Volume 1

(Capítulos 1 a 8)
Exercícios globais de 2.ª oportunidade
Recomendações do GAVE
Testes de tempo limitado
Soluções
Síntese

Volume 2

(Capítulos 9 a 17)
Exercícios globais de 2.ª oportunidade
Recomendações do GAVE
Testes de tempo limitado
Soluções
Síntese
Índice

Introdução 6

Exercícios globais de 2.ª oportunidade 9

Capítulo 1 - É possível? É provável? 9


Capítulo 2 - Probabilidades 13
Capítulo 3 - Probabilidade condicionada 17
Capítulo 4 - Distribuição de probabilidades 21
Capítulo 5 – Análise Combinatória 24
Capítulo 6 - Triângulo de Pascal e Binómio de Newton 27
Capítulo 7 – Função exponencial 29
Capítulo 8 – Função logarítmica 33

Recomendações do GAVE 37

Capítulo 1 - Resolução de problemas da vida real 39


Tarefas resolvidas 39
Tarefas propostas 47
Questões de escolha múltipla 53
Capítulo 2 - Problemas que envolvem cálculos mais elaborados no conjunto dos números reais 56
Tarefas resolvidas 56
Tarefas propostas 60
Questões de escolha múltipla 61
Capítulo 4 - Exercícios que pressupõem raciocínios demonstrativos 63
Tarefas resolvidas 63
Tarefas propostas 65
Capítulo 5 - Utilizar a calculadora gráfica para resolver problemas 66
Tarefas resolvidas 66
Tarefas propostas 70

Testes de tempo limitado 73

Teste 1 – Probabilidades – Escolha múltipla 73


Teste 2 – Probabilidades – Escolha múltipla 77
Teste 3 – Probabilidades – Itens de resposta aberta 80
Teste 4 – Probabilidades – Itens de resposta aberta 81
Teste 5 – Probabilidades 85

Soluções 89

Síntese 108
0. Introdução
Para quê fazer exercícios?

Como bem chamou a atenção o matemático Ian Stewart, grande investigador matemático da Uni-
versidade de Warwick (Inglaterra) e divulgador da matemática, com mais de 80 livros publicados,
“Os problemas são a força motriz da Matemática”
Então espera-se que os alunos resolvam problemas. Estudar matemática implica resolver problemas.
Uns mais simples poderão ser chamados exercícios, outros mais extensos ou complexos poderão ser
chamados tarefas. Não se preocupem com estas designações que existem mais para organizar as
coisas do que verdadeiramente para classificar os problemas.

Quantos exercícios devo fazer?

Saber quantos exercícios resolver ou que tipo de exercícios resolver é um dos dilemas mais comuns
dos estudantes. São frequentes perguntas como:
“Como faço isso professor? Qual é a fórmula que se usa? Que conta temos que
fazer? O senhor não ensinou isso!“
Não há milagres e na página interior da contracapa deste livro aparecem os conselhos de um gran-
de matemático húngaro George Polya (1888–1985), que se dedicou à reflexão sobre os métodos de
resolução de problemas em todos os níveis de ensino.
Um outro matemático, o australiano Terence Tao, que em 2006 ganhou a medalha Fields (também
chamado o Prémio Nobel da Matemática) descreve assim o seu método de resolver problemas:
“Hoje, comigo, é sempre assim: ‘Vamos tentar esta ideia. Isso leva-me a algum
progresso, ou então não funciona. Agora tentemos aquilo. Oh, há aqui um peque-
no atalho.’ Trabalhamos durante tempo suficiente e, a certa altura, conseguimos
progredir num problema difícil entrando pela porta das traseiras. No final, o que
normalmente acontece é: ‘Olha, resolvi o problema.’ ”
O matemático espanhol Miguel de Guzmán (1936–2004), autor de livros de divulgação como “Aven-
turas Matemáticas” e “Contos com contas”, dava como primeiro conselho o seguinte:
“Antes de fazer tenta entender”
É efetivamente fundamental que se leia com atenção o enunciado do problema e se tente entender
bem o que é dado e o que é pedido. Um minuto perdido na leitura do enunciado pode salvar 30
minutos de resolução inútil porque não se responde realmente ao que é pedido.
O grande matemático português Sebastião e Silva (1914–1972) preocupava-se com a resolução de
problemas sem cuidados na sua escolha. Escreveu:
“É preciso combater o excesso de exercícios que, como um cancro, acaba por des-

6 Introdução
truir o que pode haver de nobre e vital no ensino. É preciso evitar certos exercí-
cios artificiosos ou complicados, especialmente em assuntos simples.(...) É mais
importante refletir sobre o mesmo exercício que tenha interesse, do que resolver
vários exercícios diferentes, que não tenham interesse nenhum.(...) Entre os exer-
cícios que podem ter mais interesse figuram aqueles que se aplicam a situações
reais, concretas.”
Neste livro de exercícios os autores tiveram a preocupação de selecionar cuidadosamente os exercí-
cios pelo seu interesse e não apenas para fazerem número de páginas.
Primeiro aparecem o que chamamos “exercícios de 2ª oportunidade”, ou seja, exercícios que
devem ser feitos apenas depois de resolvidos os exercícios do manual escolar e apenas em caso de
necessidade. Se não conseguiste dominar alguma parte da matéria, se queres refrescar a tua mente
com uma matéria que tens medo de já ter esquecido, se queres testar o teu próprio conhecimento,
pega nestes exercícios, respeitando o grau de dificuldade (se dominas bem os exercícios simples de
determinado capítulo não precisas de fazer mais exercícios fáceis).
Depois aparecem os exercícios de matérias que o GAVE descobriu que são aquelas onde os alunos
têm mais dificuldades e a que chamamos “Recomendações do GAVE”. Esta parte contém algu-
mas tarefas resolvidas que deves tentar resolver por ti; só depois de tentares resolver cada tarefa é
que deves olhar para a respetiva resolução e tentar compreendê-la. Não te esqueças que cada pro-
blema pode ter vários processos igualmente válidos de resolução, como se pode ver bem no caso da
Tarefa 5.
Na terceira parte preparámos “testes de tempo limitado”, de 45m e 90m, com uso de calculadora
e sem uso de calculadora, para conseguires testar a tua capacidade de resolver um certo número de
exercícios dentro de um intervalo temporal fixado previamente. Este é um aspeto que também os
relatórios do GAVE identificam como os alunos tendo dificuldade.

Como detetar alguns erros mais comuns

Na pressa da resolução de um problema é comum cometerem-se erros que podem estragar comple-
tamente um problema.
Por exemplo: é preciso usar muitas fórmulas e por vezes trocam-se uns sinais na fórmula ou usa-se
a fórmula ao contrário. Como ter a certeza que a fórmula está correta? Quais os principais cuidados
a ter?
Havendo dúvidas quanto à validade de determinada fórmula, o melhor é testar a fórmula com ca-
sos particulares. Por exemplo, a expressão não pode ser igual à expressão
porque se fizermos , a primeira expressão vale e a segunda vale zero e não podem
assim ser iguais para todos os valores de x e y se nem sequer o são para valores particulares de x e
de y.
Outra estratégia útil é usar a calculadora gráfica ou o computador para traçar um gráfico,
mesmo quando não conseguimos obter valores exatos. Por exemplo, se tivermos dúvidas se o ponto
(1,–1) satisfaz simultaneamente as desigualdades

Introdução 7
poderemos recorrer à calculadora gráfica para obter o gráfico seguinte

e concluir que tal ponto, não estando na região sombreada, não satisfaz simultaneamente as duas
desigualdades dadas. Podemos ter de provar isso analiticamente mas já ficamos a “saber” a resposta
o que ajuda na resolução e permite controlar eventuais erros de cálculo.
Um modo de controlar se duas funções são realmente inversas é usar uma calculadora ou
computador e procurar o gráfico da respetiva composta. Por exemplo, para as funções

se tentarmos traçar o gráfico de

obteremos a função identidade. Não “prova” nada, mas permite verificar a nossa ideia (ou detetar
um erro se não obtivermos a função identidade).

Outros conselhos poderiam ser avançados, mas ficarão para o segundo volume.
Ao longo do ano escolar os autores irão disponibilizando na internet, na página
http://niualeph.eu

mais tarefas e desafios e provas globais para tu poderes ir encontrando desafios sempre novos.

Bom trabalho!

8 Introdução
1. Exercícios globais de 2.ª oportunidade

C1
Capítulo 1 – É possível? É provável?

Pratica ↑

1. Quando se fazem previsões sobre um acontecimento, utilizam-se com frequência frases como:
“é quase certo”, “é bastante provável”, “é pouco provável”, “é quase impossível”. Associa
uma destas frases às seguintes previsões sobre o clima na cidade de Faro no dia 15 de Agosto:
1.1 Nevará.
1.2 Choverá.
1.3 A temperatura máxima será superior a 20.
1.4 O céu estará limpo.
1.5 O Sol brilhará mais de 3 horas.
2. Observa a roda da sorte da figura. Considera a experiência: “rodar o ponteiro e anotar o
número que sai”.
2.1 Indica o espaço de resultados.
12 1
2.2 Indica o subconjunto do espaço de resulta- 11 2
dos associado a cada um dos seguintes acon-
tecimentos. 10 3

2.2.1 Sair número ímpar. 9 4


2.2.2 Sair número fatorizável. 8 5
7 6
2.2.3 Sair múltiplo de 3.
2.2.4 Sair 2 ou 3.
2.2.5 Sair 9.
2.2.6 Não sair 9.
2.2.7 Sair 11, 13 ou 15.
2.2.8 Não sair 11, nem 13, nem 15.

Exercícios globais de 2.ª oportunidade 9


2.3 Considera os acontecimentos:

A: Sair número par.

B: Sair número maior ou igual a 3.

Utilizando apenas estes dois acontecimentos e as operações de interseção, reunião e comple-


mentação, caracteriza os seguintes acontecimentos:
2.3.1 Sair número ímpar.
2.3.2 Sair número 1.
2.3.3 Sair 2 ou sair um número ímpar.
2.3.4 Sair número par menor do que 3.
3. Considera a experiência que consiste na extração de uma carta de um baralho de 52 cartas
e os acontecimentos:

A: Sair copas

B: Sair valete

C: Sair 10 de capas ou de ouros


3.1 Indica qual o espaço de resultados associado a esta experiência.

3.2 Traduz por palavras o significado dos seguintes acontecimentos: , ,


, , , .
4. Considera a experiência aleatória que consiste em verificar o sexo dos filhos das famílias de
três filhos.
4.1 Indica qual o espaço de resultados associado a esta experiência.
4.2 Considera o acontecimento “pelo menos um dos filhos é do sexo masculino”. Quantas
ocorrências pode ter este acontecimento (número de elementos do acontecimento)?
4.3 Representa por um diagrama de Venn o acontecimento da alínea anterior.
5. Lançamos dois dados não cúbicos de cores diferentes numerados de 1 a 9 e tomamos nota dos
resultados das faces superiores. Determina:
5.1 O espaço de resultados.
5.2 O acontecimento “obter pelo menos um 5”.
5.3 O acontecimento “obter pelo menos um resultado superior a 7”.
6. Uma equipa de basquetebol de Lamego e outra de Viseu estão na final de uma competição
nacional em que o vencedor é a primeira equipa que ganhar 3 jogos. A equipa de Lamego
ganhou o primeiro jogo. Qual o espaço de resultados?

10 Exercícios globais de 2.ª oportunidade


7. Lançamos dois dados não cúbicos de cores diferentes numerados de 1 a 9 e tomamos nota
dos resultados das faces superiores. Determina o acontecimento contrário do acontecimento
“Sair face par”.

Pensa e resolve ↑ ↑

8. Lançamos dois dados não cúbicos de cores diferentes numerados de 1 a 9 e tomamos nota dos
resultados das faces superiores. Dá um exemplo de:

8.1 Um acontecimento elementar.


8.2 Um acontecimento certo.
8.3 Um acontecimento impossível.
9. No lançamento de um dado cúbico comum, consideremos
os acontecimentos:

A: “sair face par”

B: “sair face menor que 3”


9.1 Define em extensão o acontecimento contrário de:

9.1.1 B
9.1.2 A
9.1.3
9.1.4
10. De uma urna que contém duas bolas amarelas e duas bolas roxas, retira-se uma bola ao acaso
e regista-se a cor.
10.1 Qual o espaço de resultados?
10.2 Quais os acontecimentos elementares?
10.3 Considera os seguintes acontecimentos:

A: Sair bola amarela

B: Sair bola vermelha

C: Não sair bola roxa

D: Não sair bola amarela nem roxa

10.3.1 Representa os acontecimentos por conjuntos.


10.3.2 Indica um acontecimento certo e um acontecimento impossível.

Exercícios globais de 2.ª oportunidade 11


11. No lançamento de um dado, consideremos os acontecimentos: A: «sair face par» e B: «sair
face menor que 3». Define em extensão o acontecimento contrário de B \ A .

Reflete ↑ ↑ ↑

12. Para cada uma das seguintes afirmações, indica quais são verdadeiras e quais são falsas:
12.1 Numa experiência aleatória pode não haver acontecimento certo.
12.2 Numa experiência aleatória pode não haver acontecimento impossível.
12.3 O acontecimento contrário de um acontecimento certo é sempre impossível.
12.4 O acontecimento contrário de um acontecimento elementar é sempre impossível.
12.5 O acontecimento contrário do acontecimento contrário de um acontecimento elementar
é sempre impossível.
12.6 O acontecimento contrário do acontecimento contrário de um acontecimento impossí-
vel é sempre impossível.
13. Num espaço S, considera dois acontecimentos A e B diferentes, e supõe que nenhum deles é
impossível ou certo. Explica quando se poderá ter que é impossível.

12 Exercícios globais de 2.ª oportunidade


one Euro coins por Images Money, http://www.flickr.com/photos/59937401@N07/5929570123/
C2
Capítulo 2 – Probabilidades

Pratica ↑

1. Lançou-se uma moeda de euro ao ar duas vezes seguidas. Uma moeda de euro tem uma face
europeia e uma face nacional. Calcula a probabilidade de obter
duas faces europeias no lançamento.
2. Lançou-se uma moeda de euro ao ar três vezes seguidas. Calcu-
la a probabilidade de obter três faces europeias no lançamento.
3. Lançou-se uma moeda de euro ao ar quatro vezes seguidas.
3.1 Calcula a probabilidade de obter: três faces europeias e uma
nacional no lançamento.
3.2 Pelo menos duas faces europeias.
4. Num saco há 5 bolas vermelhas, 3 azuis e 2 verdes. Retiram-se sucessivamente do saco três
bolas, sem repor nenhuma. Determina:
4.1 A probabilidade de saírem as 3 azuis.
4.2 A probabilidade de saírem 3 bolas da mesma cor.
4.3 A probabilidade de saírem 3 bolas de 3 cores diferentes.
5. Seja S o conjunto de resultados associados a uma certa experiência aleatória. Se A e B são
os acontecimentos apresentados a seguir, determina em cada caso e :
5.1 , ,
5.2 , ,
5.3 , ,
6. Lançou-se ao ar um dado tetraédrico não equilibrado com as faces numeradas de 1 a 4. De-
pois de 1000 lançamentos, obtiveram-se os seguintes valores para as probabilidades de 3 das
faces: P({1}) = 0,6, P({2}) = 0,18 e P({3}) = 0,21. Qual a probabilidade de sair a face com
o número 4?
7. Enuncia uma axiomática para as probabilidades. Prova que quaisquer que sejam os acontec-
imentos A e B, .

Exercícios globais de 2.ª oportunidade 13


8. Seja S o conjunto de resultados (com um número finito de elementos) associado a uma certa
experiência aleatória. Sejam A e B dois acontecimentos, contidos em S, nenhum deles im-
possível, nem certo. Para cada alínea procura exemplos concretos para S, A e B de tal modo
que se verifique que

8.1

8.2

8.3

8.4
9. Lança-se um dado equilibrado de 8 faces com as faces numeradas de 1 a 8. Considera os
acontecimentos:

A: “sair face ímpar”

B: “sair face de número maior ou igual a 4”

Determina o acontecimento contrário de . Qual a probabilidade da união de


com o seu acontecimento contrário?
10. Lançam-se dois dados não viciados, um octaédrico com as faces numeradas de 1 a 8 e outro
dodecaédrico com as faces numeradas de 1 a 12. Determina a probabilidade de:
10.1 Sair um número diferente em ambos os dados.
10.2 Sair um número igual em ambos os dados.

Pensa e resolve ↑ ↑

11. Por vezes, é mais fácil determinar a probabilidade do acontecimento contrário ao que é
pedido por envolver uma contagem mais fácil. Aplica este princípio à seguinte situação:
“Lançam-se dois dados cúbicos equilibrados, tendo ambos as faces numeradas de 1 a 6. Qual
a probabilidade de a soma das pintas obtidas ser inferior ou igual a 10”.
12. Seja S o conjunto de resultados (com um número finito de elementos) associado a uma certa
experiência aleatória. Sejam A e B dois acontecimentos, contidos em S, nenhum deles impos-
sível, nem certo. Para cada alínea procura exemplos concretos para S, A e B, se existirem,
de tal modo que não se verifique que:

12.1

12.2

12.3

12.4

14 Exercícios globais de 2.ª oportunidade


13. Seja S o conjunto de resultados associado a uma certa experiência aleatória. Sejam A e B
dois acontecimentos tais que , e . Calcula ,
e .
14. Um jogador utiliza um dado cúbico não equilibrado, com as faces numeradas de 1 a 6. A
probabilidade de sair cada uma das 5 primeiras faces é dada pela tabela seguinte:

Número 1 2 3 4 5 6
Probabilidade 0,1 0,2 0,1 0,15 0,15 ?

14.1 Determina o valor em falta.


14.2 Determina a probabilidade de:
14.2.1 Sair número par.
14.2.2 Sair um número inferior ou igual a 3.
14.2.3 Sair o número 6.
15. Dois acontecimentos dizem-se incompatíveis se a realização de um deles implica a não reali-
zação do outro. Exprime este conceito usando conjuntos.
16. Mostra que se A e B são dois acontecimentos se tem .

Reflete ↑ ↑ ↑

17. O João e a Maria vão jogar aos dados com as seguintes regras:

Um dado cúbico equilibrado com as faces numeradas de


1 a 6 é lançado ao ar duas vezes.

O João ganha se sair pelo menos um 1 ou um 6.

A Maria ganha se saírem dois números pares.

A questão que se coloca é: este jogo é equitativo, isto


é, tanto o João como a Maria têm igual probabilidade
de ganhar?
18. Num jogo de dados são lançados dois dados comuns e se a soma das pintas dos dados for es-
tritamente superior a 7 então tu ganhas o jogo. Caso contrário é o teu adversário que ganha.
Quem é favorecido neste jogo?

Exercícios globais de 2.ª oportunidade 15


19. Diz se as afirmações seguintes são verdadeiras ou falsas:
19.1 Se A e B são acontecimentos em S, o conjunto de resultados associado a uma certa
experiência aleatória, então é sempre superior a .

19.2 é sempre superior a .

19.3 É possível ter , ,e .

19.4 É possível ter , ,e .


19.5 Dois acontecimentos incompatíveis são contrários.
20. Em 2011, em Portugal, estavam matriculados no Ensino Superior 396 268 indivíduos e desses
28 657 estudavam Ciências, Matemática e Informática-CMA (fonte: Pordata). Destes estu-
dantes, 46,6% eram do sexo feminino.
20.1 Reproduz no teu caderno e completa a tabela seguinte:

Não CMA CMA total

Feminino

Masculino

28 657 396 268

20.2 Escolhemos, ao acaso, um estudante matriculado no Ensino Superior em 2011. Consi-


dera os seguintes acontecimentos:

A: “É um estudante de Ciências, Matemática e Informática-CMA”

B: “É do sexo feminino”

C: “Estuda Ciências, Matemática e Informática-CMA e é do sexo feminino”

D: “É do sexo masculino e não estuda Ciências, Matemática e Informática-CMA”

Calcula a probabilidade de cada um destes acontecimentos. Arredonda o resultado às


centésimas.

20.3 Os acontecimentos A e D são incompatíveis?


20.4 Considera o acontecimento . Define por meio de uma só frase este aconteci-
mento e calcula a sua probabilidade. Arredonda o resultado às centésimas.

(adaptado do exame do 12.º ano, França, 1997)

16 Exercícios globais de 2.ª oportunidade


C3
Capítulo 3 – Probabilidade condicionada

Pratica ↑

1. Uma urna contém cinco bolas brancas e doze pretas, equiprováveis. Ao extrair duas bolas
qual é a probabilidade de que eles sejam da mesma cor?
2. Calcula a probabilidade de a soma das faces de dois dados ser maior que 10 sabendo que no
primeiro dado saiu um seis.
3. Seja S o espaço de resultados associado a uma certa experiência aleatória. Sejam A e B dois
acontecimentos tais que P(A) = 43% , P(B) = 77% e P(A ∪ B) = 82% . Usando um diagra-
ma de Venn determina o valor das probabilidades condicionadas:
3.1 P(A | B)
3.2 P(B | A)
4. Seja S o espaço de resultados associado a uma certa experiência aleatória. Sejam A e B dois
1 1 1
acontecimentos tais que P(A) = , P(B) = e P(A | B) = . Usando um diagrama de
4 3 9
Venn determina o valor das probabilidades:
4.1 P(A ∪ B)
4.2 P(B | A)
5. Numa turma de 12.º ano sabe-se que a probabilidade de um aluno ter dúvidas a matemática
é de 55%, de ter dúvidas a português é de 30% e de ter simultaneamente dúvidas a ambas
a disciplinas é de 20%.

Calcula, apresentando o resultado na forma de fração irredutível, a probabilidade de um


aluno:
5.1 Ter dúvidas a matemática sabendo que tem dúvidas a português.
5.2 Ter dúvidas a português sabendo que tem dúvidas a matemática.
5.3 Ter dúvidas a matemática sabendo eu não tem dúvidas a português.
5.4 Ter duvidas a português sabendo que não tem dúvidas a matemática.
5.5 Não ter dúvidas a matemática sabendo que tem dúvidas a português.
5.6 Não ter dúvidas a português sabendo que não tem dúvidas a matemática.

Exercícios globais de 2.ª oportunidade 17


6. Na Escola Secundária Anastácio da Cunha, foi feito um inquérito sobre a leitura de 3 re-
vistas de desportos motorizados: AutoRápido, BoaCorrida e CorreRápido. Dos 100 alunos
interrogados, 57 lêem AutoRápido, 42 lêem BoaCorrida, 38 lêem CorreRápido, 22 lêem
AutoRápido e BoaCorrida, 14 lêem BoaCorrida e CorreRápido, 16 lêem AutoRápido e Cor-
reRápido, 8 lêem AutoRápido, BoaCorrida e CorreRápido. Usando um diagrama de Venn,
calcula o número de alunos que:
6.1 Lêm apenas AutoRápido e BoaCorrida.
6.2 Lêm apenas BoaCorrida e CorreRápido.
6.3 Lêm apenas BoaCorrida.
6.4 Lêm apenas CorreRápido.
6.5 Não lêm nenhuma das três revistas.
7. Suponhamos que na Escola Secundária Luís de Albuquerque foram inquiridos 300 alunos dos
dois sexos sobre as suas preferências de leitura de jornais diários entre o “NoticiasFrescas” e
o “TodaAVerdade”. Obtiveram-se os seguintes resultados:

Lê “NoticiasFrescas” Lê “TodaAVerdade”
Rapazes 120 80
Raparigas 20 80
7.1 Suponhamos que se selecionou um aluno ao acaso. Qual a probabilidade de ler “Noti-
ciasFrescas” sabendo que é Rapariga?
7.2 Suponhamos que se selecionou um aluno ao acaso. Qual a probabilidade de ser Rapa-
riga sabendo que lê “TodaAVerdade”?
8. Suponhamos que num saco há 3 bolas vermelhas e 2 bolas azuis. Das bolas vermelhas 2 são
redondas e uma triangular. Das bolas azuis 1 é redonda e 1 é triangular. Retira-se ao acaso
uma peça do saco. Qual a probabilidade de ser redonda sabendo que é azul?
9. Lança-se um dado equilibrado, com as faces numeradas de 1 a 6, duas vezes consecutivas.
Determina a probabilidade de no primeiro lançamento ter saído a face com o número 1, sa-
bendo que a soma dos números saídos é 4.
10. Lançam-se dois dados.
10.1 Qual a probabilidade de obter uma soma igual a 7?
10.2 Sabendo que a soma é 7, qual é a probabilidade de que em algum dos dados tenha
saído um 3?
11. Numa experiência aleatória os acontecimentos A e B são tais que P(A) = 0,12 e P(B) = 0,90.
Os acontecimentos são independentes?
12. Numa experiência aleatória os acontecimentos A, B e C são tais que P(A) = 1/2 , P(B) = 1/3
e P(C) = 1/4. Os acontecimentos são independentes?

18 Exercícios globais de 2.ª oportunidade


Pensa e Resolve ↑ ↑

13. O daltonismo está associado a uma alteração genética que é mais frequente nos homens
que nas mulheres. Um estudo feito em larga escala revela que:

Daltónico Não daltónico total


Homens 8,1% 45% 53,1%
Mulheres 0,5% 46,4% 46,9%
total 8,6% 91,4% 100%

Determina a probabilidade de:


13.1 Sabendo que é homem ser daltónico.
13.2 Sabendo que é mulher ser daltónica.
13.3 Sabendo que é daltónico sabendo que é homem.
13.4 Sabendo que é daltónico sabendo que é mulher.

14. Numa companhia área a probabilidade de um voo partir dentro do horário previsto é de 83%,
a probabilidade de chegar no horário previsto é de 82% e a probabilidade de que o voo parta
e chegue no horário previsto é de 78%. Calcula:
14.1 A probabilidade do voo chegar no horário previsto tendo saído no horário previsto.
14.2 A probabilidade do voo ter saído no horário sabendo que chegou no horário previsto.
14.3 A probabilidade de não chegar no horário previsto sabendo que não saiu no horário
previsto.
15. Se a probabilidade de nascer um rapaz é de 0,51 e de nascer uma rapariga é de 0,49, deter-
mina a probabilidade de que dois gémeos sejam do mesmo sexo.
16. Na sequência da descoberta na Artilândia de um primeiro caso de uma doença contagiosa
não mortal, o Governo desse país promoveu uma importante campanha de vacinação. Em
consequência 70% dos habitantes foram vacinados. Um estudo feito mais tarde revelou que
5% dos vacinados foram atingidos em diversos graus pela doença, percentagem que se elevou
a 60% nos não vacinados.
16.1 Determina a probabilidade de um indivíduo escolhido ao acaso na população da Arti-
lândia ter sido atingido pela doença.
16.2 Calcula a probabilidade de um indivíduo ter sido vacinado, sabendo que foi atingido
pela doença.
17. Mostra que se dois acontecimentos são independentes então os seus contrários também são
independentes.

Exercícios globais de 2.ª oportunidade 19


18. Seja S o conjunto de resultados associado a uma experiência aleatória. Sejam X e Y dois

acontecimentos possíveis e incompatíveis. Prova que

Reflete ↑ ↑ ↑

19. O facto de ser surdo é independente de ser do sexo masculino ou feminino, tendo em consi-
deração isso calcula as quatro probabilidades que faltam na tabela seguinte:

Surdo Não surdo total


Masculino 0,531
Feminino 0,469
total 0,004 0,996 1,000

20. Se dois acontecimentos A e B são independentes pode acontecer que e


?

21. De dois acontecimentos A e B sabemos que e . Determina e

para que os acontecimento A e B sejam independentes.


22. Seja S o conjunto de resultados associado a uma experiência aleatória. Sejam A, B dois
acontecimentos possíveis. Sabe-se que: P(A  B) = P(B).

Será que se pode afirmar que ?


23. Mostra que o acontecimento impossível é independente de qualquer outro acontecimento.

20 Exercícios globais de 2.ª oportunidade


C4
Capítulo 4 – Distribuição de probabilidades

Pratica ↑

1. A distribuição de probabilidade de uma dada variável aleatória é

1 2 3 4 5

0,1 0,1 0,6 0,05 0,15

Determina
1.1
1.2
1.3
2. Lança-se duas vezes um dado equilibrado, com as faces numeradas de 1 a 6. Seja X o número
de vezes que sai a face 6 nos dois lançamentos. Qual é a distribuição de probabilidades da
variável aleatória X?
3. O gráfico representado é de uma distribuição normal.

y
1,0
μ= 0

0,8 σ=1

0,6

0,4

0,2

x
–4 –2 0 2 4

Esboça no teu caderno e usando as mesmas escalas, uma outra distribuição normal com um
desvio padrão inferior e com uma média superior.

Exercícios globais de 2.ª oportunidade 21


4. A distribuição de probabilidade de uma dada variável aleatória X é

1 2 3 4 5 6

a 0,2 0,2 b 0,2 c

Sabendo que e que , determina a média e o desvio padrão


dessa variável aleatória.
5. Considera que o consumo de água na Escola Secundária Daniel da Silva segue uma distri-
buição normal em que o valor médio é 400 litros e o desvio padrão de 30 litros. Usando uma
calculadora determina a probabilidade de o consumo de água, em certo dia,
5.1 variar entre 100 e 450 litros;
5.2 não ultrapassar 500 litros;
5.3 ser superior a 400 litros.

Pinhão train station por Feliciano Guimarães, http://www.flickr.com/photos/jsome1/1183813060/


Pensa e Resolve ↑ ↑

6. Na estação da CP do Paraimo 16 passageiros compraram cada um o seu bilhete de comboio.


7 para Aveiro (preço do bilhete 3€); 5 para Coimbra (preço do bilhete 4€); e 4 para o Porto
(preço do bilhete 5€). Escolheu-se ao acaso um destes passageiros. Seja Y a variável aleatória
que associa a cada passageiro o preço do seu bilhete. A distribuição de probabilidade asso-
ciada a esta variável é dada pela tabela:

3 4 5

Determina o valor esperado E(Y) da variável aleatória Y.

22 Exercícios globais de 2.ª oportunidade


7. Uma variável aleatória X segue uma distribuição normal, de média 5. Indica o valor de ver-
dade da seguinte proposição: P(X > 3) > P(X < 6) . Justifica a tua resposta.
8. Um dardo é lançado para um alvo dividido em três zonas: A, B e C. Se o dardo for cravado
na zona A, obtemos 10 pontos. Se for cravado na zona B, 2 pontos. Se for cravado na zona
C, 0 pontos. O João lançou 100 dardos, que se repartiram da seguinte forma: 20 dardos em
A, 50 em B e 30 em C.

Faz uma distribuição de frequências e calcula a média dos pontos obtidos (analiticamente) e
o desvio-padrão (com a calculadora).
9. O João convidou dois amigos para jogar com ele, o Álvaro e a Marisa. Combinaram que cada

Basketball hoop por Acid Pix, http://www.flickr.com/photos/acidpix/6065174738/


um lançaria 12 vezes o dardo, somados os pontos obtidos em cada lançamento, definiriam
as suas classificações. A Marisa foi a primeira a fazer os lançamentos e obteve 24 pontos. De
seguida, o Álvaro fez 18 pontos. Vai agora lançar o João. Será que vai ganhar o concurso ?
10. Num jogo de basquetebol há exatamente dois resultados possíveis: vitória ou derrota (se o
jogo terminar empatado no tempo regulamen-
tar são jogados prolongamentos até desempa-
tar o jogo). Em cada jogo a probabilidade de
o Estrelas da Avenida ganhar é de 40%. Se o
Estrelas da Avenida disputar 4 jogos num tor-
neio de basquetebol, qual é a probabilidade de
ganhar exatamente 2 jogos?

Reflete ↑ ↑ ↑

11. A tabela seguinte é a distribuição de probabi-


lidade de uma variável aleatória X:

7 9 11 13

p q p q

Calcula o valor esperado de X:


11.1 Em função de p e de q.
11.2 Em função apenas de p.
12. Uma Prova de avaliação é constituída apenas por questões de escolha múltipla. A prova tem
4 questões e cada questão tem 5 hipóteses de resposta das quais só uma é certa. Se cada res-
posta errada desconta 3 pontos, quanto deve valer cada resposta certa para que a pontuação
esperada para um aluno, que responda ao acaso a todas as questões, seja zero?

Exercícios globais de 2.ª oportunidade 23


C5
Capítulo 5 – Análise Combinatória

Pratica ↑

Teenagers playing soccer in the rain por Marlon dias, http://www.flickr.com/photos/marlondias/4019108057/


1. Quantas matrículas de automóveis diferentes podem existir no sistema atual português, con-
siderando que o alfabeto tem 26 letras?
2. Se o alfabeto português tivesse 23 letras como sucedia antes do Acordo Ortográfico, quantas
matrículas de automóveis possíveis teríamos a menos do que hoje?
3. Quantas matrículas de automóveis são capicuas, ou seja, os dois primeiros algarismos são
iguais aos dois últimos mas por ordem inversa e as duas letras são iguais?
4. Pretende-se organizar um campeonato de futebol com 7 equipas. Se cada equipa encontra
cada uma das outras equipas uma só vez,
quantos jogos será preciso organizar? E se
cada equipa tiver de jogar com cada uma das
outras equipas tanto em sua casa como fora?
5. De quantas maneiras podes ordenar vertical-
mente 5 dos teus livros, de disciplinas diferen-
tes, numa tua estante?
6. De quantas maneiras se podem ordenar as le-
tras da palavra LIVRO?
7. De quantas maneiras se podem ordenar as letras da palavra LIVRO de modo que as duas
vogais se mantenham nas suas posições?
8. Quantas fotografias diferentes pode tirar uma família em que todos os 6 elementos da família
ficam uns ao lado dos outros?
9. Num computador digital, um “bit” é um dos algarismos 0 ou 1 e uma palavra é uma sequên-
cia de “bits”. Determina o número de palavras distintas de 32 “bits” que é possível formar.
10. Foram oferecidos dez bilhetes para uma peça de teatro a uma turma com doze raparigas e
oito rapazes. Ficou decidido que o grupo que vai ao teatro é formado por cinco rapazes e
cinco raparigas.
10.1 De quantas maneiras diferentes se pode formar este grupo?
10.2 O João é aluno da turma. Qual a probabilidade de o João pertencer ao grupo que vai
ao teatro?

Pensa e Resolve ↑ ↑

11. Qual seria o modo mais eficaz de aumentar o número de matrículas de automóveis em Por-
tugal: acrescentar um número ou uma letra?

24 Exercícios globais de 2.ª oportunidade


12. Um professor de Matemática deu aos alunos uma lista de exercícios, numerados de 1 a 50, e
escolheu, para um teste, dois desses exercícios ao acaso.
12.1 Qual a probabilidade um aluno que fez 3/4 dos exercícios da lista ter feito os dois
exercícios escolhidos pelo professor?
12.2 Qual a probabilidade um aluno que fez 1/4 dos exercícios da lista ter feito um dos dois
exercícios escolhidos pelo professor?
13. De quantas maneiras se podem ordenar as letras da palavra BIBLIOTECA?
14. De quantas maneiras se podem ordenar as letras da palavra BIBLIOTECA de modo que se
mantenham a primeira e a última letra nas suas posições?
15. De quantas maneiras se podem ordenar as letras da palavra PACIFICA?
16. De quantas maneiras se podem ordenar as letras da palavra PACIFICA de modo que as
consoantes se mantenham nas suas posições?
17. Quantas fotografias diferentes pode tirar uma família em que um elemento da família vai
tirando a foto aos outros 5 elementos da família, ficando sempre uns ao lado dos outros?
18. Num grupo de cinco amigas, só uma está habilitada para conduzir. De quantas formas se
podem sentar num automóvel de 5 lugares, para fazer uma viagem?

Reflete ↑ ↑ ↑

19. O jogo das sete famílias é constituído por 42 cartas. Neste jogo há 7 conjuntos de cartas cons-
tituídos pelo avô, avó, pai, mãe, filho e filha; cada conjunto constitui uma família. Tiram-se
do baralho de cartas, simultaneamente, 4 cartas. Determina o número da casos em que:
19.1 As 4 cartas tiradas são da mesma família.
19.2 Entre as 4 cartas não há nenhuma carta de uma família dada.
19.3 Entre as 4 cartas há uma carta “avó” de uma família dada.
19.4 Entre as 4 cartas há uma e uma só carta de uma família dada.
19.5 Entre as 4 cartas haja apenas uma carta “pai”.
20. Uma determinada marca de CDs garante que a probabilidade de um deles estar estragado é
de 0,001%. Um cliente compra 50 CDs. Determina a
probabilidade de:
20.1 Um deles estar estragado.
20.2 No máximo um deles estar estragado.
20.3 Pelo menos dois deles estarem estragados.

Exercícios globais de 2.ª oportunidade 25


21. Quantas retas podem ser traçadas usando as letras assinaladas no cubo da figura ao lado?
22. Qual a probabilidade de, escolhidos 3 pon-
F C
tos ao acaso no cubo da figura ao lado, eles
definirem um plano?
E D
23. Seja dada uma população de n elementos.
Indica qual o número de amostras ordena- J
das distintas, de dimensão r, que se podem
selecionar desses n elementos se:
K
23.1 A seleção for feita com reposição.
23.2 A seleção for feita sem reposição.
G B
24. Qual a probabilidade p de que, num con-
junto de r pessoas, não haja duas a fazer
H A
anos no mesmo dia?

25. Considera os pontos A, B, C e D represen-


tados no cubo da figura ao lado. Determina C
a probabilidade de, escolhidos 3 pontos ao B
acaso, eles definirem um plano. A

26. Considera os pontos A, B, C, D, E e F


representados no cubo da figura ao lado.
Determina a probabilidade de, escolhidos 3
pontos ao acaso, eles definirem um plano.
27. Considera os pontos A, B, C, D, E e F
representados no cubo da figura ao lado.
Determina a probabilidade de, escolhidos 2
pontos ao acaso, eles definirem uma reta.
D E F

26 Exercícios globais de 2.ª oportunidade


C6
Capítulo 6 – Triângulo de Pascal e Binómio de Newton

Pratica ↑

1. Considera a seguinte parte inicial do triângulo de Pascal:

Acrescenta-lhe as duas linhas seguintes.


2. Determina os números em falta no triângulo de Pascal seguinte:
1
1 1
1 2 1
1 3 3 1
1 1 4 6 4 1
1 1 5 ? 10 5 1
1 6 15 ? 15 6 1
7 1
1 7 21 35 35 21 7 1
8 1
1 ? 28 56 70 ? 28 8 1
6 9 1 1 9 36 84 126 ? 84 ? 9 1
45 10 1 1 10 45 120 210 252 210 ? ? 10 1

3. Recorrendo à fórmula do binómio de Newton calcula:

3.1

3.2

4. Determina o termo em no desenvolvimento de .

Pensa e Resolve ↑ ↑

5. a b c d e f g representa uma linha completa do Triângulo de Pascal, onde todos os elementos


estão substituídos por letras. Determina essas letras.

Exercícios globais de 2.ª oportunidade 27


Blaise Pascal por Janmad, http://fr.wikipedia.org/wiki/Fichier:Blaise_Pascal_Versailles.JPG
Blaise Pascal (1623-1662)

6. Determina o valor de n que verifica a seguinte condição .

7. Determina os valores dos coeficientes numéricos dos termos do 7.º e 8.º grau no desenvolvi-
mento de .

8. Reduz a uma forma mais simples a equação .

9. Determina o termo independente de x no desenvolvimento de .

Reflete ↑ ↑ ↑

10. Determina o desenvolvimento de:

10.1

10.2

11. A partir da fórmula do binómio de Newton determina um valor para a soma:

12. Mostra, por indução matemática, que se n é um número natural, então .

28 Exercícios globais de 2.ª oportunidade


C7
Capítulo 7 – Função exponencial

Pratica ↑
1. Esboça o gráfico da função definida na reta real por . A partir do gráfico desta
função esboça os gráficos das seguintes funções, indicando para cada caso o domínio, contra-
domínio e zeros:

1.1

1.2

1.3

1.4

1.5

2. Considera as funções definidas na reta real por:

e
2.1 Representa-as graficamente.

2.2 Determina, com aproximação até às centésimas, o conjunto solução de .

3. Considera a função f definida por . Supondo que , determina o valor exato


de a.
4. Resolve as equações:

4.1

4.2

4.3
5. Escreve cada uma das expressões sob a forma de um produto:

5.1

5.2

5.3

Exercícios globais de 2.ª oportunidade 29


Pensa e Resolve ↑ ↑
6. Quando nos entregam uma bica, o café vem muito quente e quem não põe açúcar precisa de
esperar algum tempo para o beber. A

Saturday Morning Café (Cappuccino) por Frank Weber, http://www.flickr.com/photos/frawemedia/4863864661


evolução da temperatura T (em °C) em
função do tempo t (em minutos) é definida
pela expressão .
6.1 Representa graficamente a função T.
6.2 A que temperatura nos é entregue
o café?
6.3 Quem gosta de o beber a 60° quanto
tempo tem de esperar?
6.4 O arrefecimento do café é mais acentuado nos primeiros dois minutos ou nos dois mi-
nutos seguintes?
6.5 Em que instante é que o arrefecimento é mais acentuado?
6.6 Que acontece se deixarmos o café arrefecer muito tempo? Relaciona a conclusão a que
chegaste com a expressão de T.

(adaptado da brochura de Funções, 12.º ano, ME, 1999)

7. Recorrendo à calculadora resolve a equação .


8. Calcula os limites seguintes:

8.1

8.2

8.3

9. Resolve as seguintes equações:

9.1

9.2

9.3

30 Exercícios globais de 2.ª oportunidade


Reflete ↑ ↑ ↑
10. Há pessoas que por razões de natureza física ou psíquica têm dificuldade em adormecer.
Os médicos dispõem duma vasta gama de medicamentos que podem receitar nestes casos.
Uma propriedade importante que se requer a estes medicamentos é que o seu efeito desa-
pareça antes da manhã seguinte de forma que quem o toma possa retomar a sua atividade
normal sem estar sonolento. Imagina que o médico receitou a uma tua amiga um destes
medicamentos. Depois de tomar algumas pastilhas, o medicamento atingiu um nível de
4 mg/L no sangue. Com que rapidez desaparecerá o efeito do medicamento? Para estuda-
res a situação considera os dados da tabela, referentes a 4 medicamentos:

Nome Fórmula

Triazolam

Nitrazepam

Pentobombitone

Methohexitone

A - dose inicial (mg/L);


y - quantidade de medicamento no sangue (mg/L)
x - tempo em horas desde que o medicamento chegou ao sangue.
10.1 Qual a quantidade de Triazolam no sangue ao fim de 3 horas? E ao fim de 10 horas?
Regista numa tabela a quantidade de Triazolam nas primeiras 10 horas.
10.2 Desenha um gráfico que possa descrever o comportamento do Triazolam.
10.3 Só três destes medicamentos poderão ser reais. Qual deles não é? O que aconteceria se
por engano tomasses esse produto?
10.4 Faz os gráficos que te permitem analisar como evolui uma dose que provocou a concen-
tração de 4 mg/L de cada um dos medicamentos.
10.5 Qual dos medicamentos te parece preferível? Porquê?
10.6 Analisa agora com algum pormenor o efeito do Triazolam.
10.7 Ao fim de quanto tempo se reduz a metade a quantidade de medicamento no sangue?
A redução para metade depende do tamanho da dose inicial? Como?
10.8 Qual será o efeito de tomar, hora a hora, uma dose de 4mg de Pentobombitone? Faz
uma representação gráfica que descreva as tuas conclusões.

(adaptado da brochura de Funções, 12.º ano, ME, 1999)

Exercícios globais de 2.ª oportunidade 31


11. O Público noticiou em 1995 a descoberta de uma necrópole*, na Granja dos Serrões - Sintra,
e o achado de seis sepulturas cujas datas, ainda desconhecidas, se podem situar desde o séc. I
A.C. até ao séc. VII D.C. (* Uma necrópole é um lugar onde existe uma ou mais sepulturas
de tempos antigos.)

A datação da necrópole só será materiais em análise, uma vez que


esclarecida com análises aos os- o seu tempo de desintegraçao é
sos por carbono 14 - método de conhecido (...)
datação a partir de um isótopo
radioactivo de carbono que torna jornal PÚBLICO, de 8 de Outubro
possível determinar a idade dos de 1995

Tal como este artigo também refere, uma técnica utilizada para descobrir a antiguidade de
um achado histórico consiste na análise de um objecto (osso, madeira, ...), medindo a quan-
tidade do elemento radioativo carbono 14 que contém. Quando vivos, os animais e plantas
têm uma quantidade constante de carbono 14, que vai diminuindo com o tempo, após a
morte, por efeito da desintegração radioativa. Por quantidade de carbono 14 entende-se a
velocidade de desintegração de átomos de carbono 14 medida em desintegrações por minuto
por grama de carbono (dmg). A quantidade q(t) de carbono 14 encontrada num objecto é

dada pela fórmula , em que t representa o tempo em milhares de anos.

11.1 Admitindo que os corpos encontrados nos túmulos são do séc. I a.C., que quantidade
de carbono 14 deveria ser encontrada em 1995?
11.2 Se o Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial tivesse divulgado que a
quantidade de carbono 14 encontrada era de 11,3 dmg, qual seria a idade das sepul-
turas?
11.3 Imagina que és um investigador do INETI e te pediram um artigo em que fundamen-
tes teoricamente os resultados que divulgaste. Escreve o artigo, com o máximo de 3
páginas A4.

(adaptado da brochura de Funções, 12.º ano, ME, 1999)

12. Na cidade mongol de Ulam Bator (a capital e a maior cidade da Mongólia) surgiu uma epi-
demia de gripe asiática. A evolução da doença foi dada pela fórmula onde P
representa a percentagem de pessoas doentes e t o tempo em dias.
12.1 Qual era a percentagem da população doente quando se começou o estudo da epide-
mia?
12.2 Quando foi o pior momento da epidemia? Qual era a percentagem de doentes?
12.3 A epidemia considera-se erradicada quando a percentagem de doentes for inferior a
1%. Quando aconteceu isso?
12.4 No 15.º dia, qual é a probabilidade do presidente da câmara estar doente?

(adaptado da brochura de Funções, 12.º ano, ME, 1999)

32 Exercícios globais de 2.ª oportunidade


C8
Capítulo 8 – Função logarítmica

Pratica ↑
1. Simplifica o mais possível:

1.1 log 2 223

1.2 log 2 323

1.3 log 2 3 0
2. Sabendo que log 7 = 0,85 calcula:

2.1 log 7 5

2.2 log 7005

3. As calculadoras científicas e gráficas só têm nas suas teclas o logaritmo natural ou o logarit-
mo decimal. Para calcular logaritmos noutras bases é preciso usar a fórmula de mudança de
base. Usando essa fórmula e uma calculadora calcula:

3.1 log 3 47

3.2 log 23 274


4. Resolve as equações logarítmicas seguintes:
4.1 log x + log 40 = 2

4.2 log 5 7 = + log(2x + 1)


5. O custo total do fabrico de x unidades dum produto é, em euros c(x) = 2x ln x + 200 .
5.1 Calcula c(6) e c(60).
5.2 Quantas unidades se produziram com um custo total de 1010 euros?

Exercícios globais de 2.ª oportunidade 33


Pensa e Resolve ↑ ↑
6. Considera a função g definida por g(x) = 3x . Determina a abcissa do gráfico de g cuja orde-
nada é igual a 2.
7. Considera que a função f é a função logaritmo natural. Determina o módulo da diferença
entre as abcissas dos pontos do gráfico de f cujas ordenadas são 1 e –1.

8. Considera as funções f e g definidas, respectivamente por f (x) = log 2 x e g(x) = log 5 (x 2 + x)


Determina, recorrendo à calculadora quando necessário:
8.1 o domínio de cada uma das funções.
8.2 os pontos do gráfico de g que estão por baixo dos do gráfico de f.

9. Considera que a quantidade Q(t) de uma substância radioativa se desintegra de acordo com
a fórmula Q(t) = Q e −kt , onde t está expresso em minutos. Suponhamos que a meia vida, isto
0
é o tempo que a substância leva a ficar reduzida a metade, é de 11 minutos. Mostra que,
ln 2
nestas condições, k = .
11

10. Simplifica as seguintes expressões:

log 2(x 10 2y z 3 )
10.1

x 3 105
10.2 log 2
y

10.3 ln(x + y) − ln(x −1 + y −1 )

11. Supõe que x = log p e que y = logq . Escreve as expressões seguintes em termos de x e y:

11.1 log(p 4 3 q )

p
11.2 log
q4

11.3 pq

34 Exercícios globais de 2.ª oportunidade


Sailing across Mediterranean por Mircea, http://www.flickr.com/photos/60265885@N03/7753745150/
12. Os logaritmos são úteis para medir quantidades que variam entre valores muito pequenos e
valores muito grandes. Tal é o caso da acidez (pH) de um líquido, estudada na Química. A
acidez depende da concentração dos iões de hidrogénio no líquido (expressa em moles por
litro), que se designa por [H+]. O pH é definido pela expressão .

12.1 A concentração de iões de hidrogénio na água do mar é de .

Faz uma estimativa, sem usar calculadora, do pH da água do mar. Usando uma calcu-
ladora calcula um valor aproximado do pH da água do mar.

12.2 Uma solução de vinagre tem pH igual a 3. Determina a concentração de iões de hidro-
génio nessa solução.
13. Determina os domínios das funções definidas pelas expressões seguintes:

13.1 ln(1 − x + 1)

13.2 ln x

x +3
13.3 log 2
x −4

Exercícios globais de 2.ª oportunidade 35


Reflete ↑ ↑ ↑

14. É verdade que , para todo o x real positivo? Sim ou Não? Imagina que

alguém não tem a tua opinião. Elabora um texto com argumentação de modo a convencê-lo.
15. Para cada uma das seguintes igualdades, indica se é verdadeira para todos os valores de a e
b reais positivos ou se não é. Justifica devidamente cada afirmação:

15.1

15.2

15.3

15.4

16. Seja x um inteiro natural positivo e seja n o número de algarismos da escrita decimal de x.
16.1 Justifica que .

16.2 Deduz da alínea anterior qual o número de casas decimais de um número como .
17. Resolve as seguintes inequações:
17.1

17.2
17.3
17.4

36 Exercícios globais de 2.ª oportunidade


2. Recomendações do GAVE
No Relatório de setembro de 2010 publicado pelo GAVE com o título “Um olhar sobre os re-
sultados dos exames nacionais” podem-se encontrar informações muito interessantes sobre os
aspetos em que os alunos revelam melhor e pior desempenho nos exames nacionais, assim como re-
comendações para a lecionação feitas a partir dessa análise. Documentos como estes são muito úteis
para os alunos e os professores, embora em cada ano os alunos e as turmas possam exibir caracterís-
ticas muito variadas. Mesmo assim, as dificuldades mais comuns são reveladas por tais documentos.
Entre os aspetos onde os alunos do ensino secundário têm melhor desempenho na disciplina de Ma-
temática, segundo este relatório, estão os seguintes:
“No ensino secundário, os itens com melhor desempenho, independentemente da
tipologia, convocam quase sempre operações mentais como transferir e, mais
esporadicamente, argumentar, relacionar, interpretar. Os alunos também revelam
facilidade nos itens de cálculo direto ou que apelem à leitura e seleção de
informação.”
Entre os aspetos que os alunos do ensino secundário revelam mais dificuldades encontram-se:
“No ensino secundário, as maiores dificuldades prendem‐se com a resposta aos
itens que mobilizam operações mentais como argumentar/justificar, analisar,
relacionar, em geral, e, muito pontualmente, transferir e classificar. Também é
fraco o desempenho nos itens em que se solicita a concretização de raciocínio
dedutivo e a interpretação em contexto.”
O GAVE conclui ainda que, tanto no Ensino Básico como no Ensino Secundário os alunos revelam
algumas dificuldades comuns:
“os examinandos revelam fragilidades no domínio da compreensão da língua, na
comunicação escrita, no recurso ao cálculo, na interpretação de novas situa-
ções e dificuldades em utilizar as capacidades gráficas da calculadora.”
Em função destas conclusões, o relatório do GAVE recomenda
“No ensino secundário, considera‐se muito importante a lecionação dos proble-
mas a partir de contextos reais e com a execução de cálculos mais complexos.”
Na conclusão deste relatório é afirmado que
“O documento que agora se conclui pretende, através da identificação de níveis
de desempenho dos alunos, em sede de avaliação externa, contribuir para uma
melhoria sustentada dos resultados, em consequência de um progressivo upgrade
da qualidade dos saberes, das competências e do saber‐fazer dos nossos alunos.”
Nesta ordem de ideias foram selecionados para esta segunda parte algumas tarefas que permitem
desenvolver as capacidades identificadas neste relatório do GAVE como sendo as que colocam mais
dificuldades aos estudantes. As tarefas são de índole muito variada, podendo ser itens de exames
ou tarefas para a sala de aula, para trabalho em pequenos grupos ou para trabalho de auto-estudo.

Recomendações do GAVE 37
Assim, a segunda parte deste Livro de exercícios terá os seguintes capítulos (o capítulo 3 aparece
apenas no segundo volume):
Capítulo 1 – Resolução de problemas da vida real

Capítulo 2 – Problemas que envolvem cálculos mais elaborados no conjunto dos


números reais

Capítulo 3 – Problemas que envolvem cálculos mais elaborados no conjunto dos


números complexos

Capítulo 4 – Exercícios que pressupõem raciocínios demonstrativos

Capítulo 5 – Utilizar a calculadora gráfica para resolver problemas

38 Recomendações do GAVE
C1
Capítulo 1 - Resolução de problemas da vida real

Tr
Tarefas resolvidas

1. O Problema dos aniversários (1.ª parte)

birthday cake ‘08 por normanack, http://www.flickr.com/photos/29278394@N00/2789584920


Suponhamos que estamos numa sala com 20 pessoas. Qual é a probabilidade de não haver
duas pessoas a fazer anos no mesmo dia?

Resolução

Para resolver este problema temos de partir do princípio que o ano tem 365 dias e que a taxa
de nascimentos é constante ao longo do ano, de modo a poder admitir que qualquer dia do
ano é igualmente provável para ser o aniversário de uma pessoa. O que pretendemos é então
calcular a probabilidade de não haver repetições numa amostra de dimensão n obtida por
amostragem com reposição de uma população de dimensão N. Assim no nosso caso n = 20
e N = 365 e o número de casos favoráveis ao acontecimento desejado é dado por eo
número de casos possíveis é . A probabilidade pedida é então, utilizando a regra de
Laplace, igual a

365
A20 A20
365

= = 0,589
A'20
365
36520

Note-se que este problema tem uma solução bastante simples se se raciocinar em termos de
probabilidades condicionadas. Com efeito, a 1.ª pessoa pode fazer anos em qualquer dia e a

Recomendações do GAVE 39
probabilidade é . Dado que a 1.ª pessoa faz anos num determinado dia, a 2.ª pessoa
365
365

tem probabilidade de fazer anos num dia qualquer que não o da 1.ª pessoa. Continuan-
364
365
do até terminar a 20.ª pessoa, temos que a probabilidade pretendida é o produto das proba-
bilidades calculadas.

A probabilidade de numa sala com 20 pessoas haver pelo menos duas pessoas a fazer anos
no mesmo dia é portanto 1 – 0,589 = 0,411.

Stack of envelopes por stackorama, http://www.flickr.com/photos/slackorama/326182675


(adaptado da brochura “Probabilidades 12”, ME, 1999)

2. Cartas e envelopes

Uma secretária muito desarrumada tinha 3 cartas para meter em 3 envelopes, mas caiu tudo
ao chão e ela meteu as cartas nos envelopes sem tomar atenção aos nomes. Uma das cartas
era para o Senhor Silva.
2.1 Qual a probabilidade de ele receber a carta que lhe era dirigida?
2.2 Qual é a probabilidade de pelo menos uma pessoa receber a carta que lhe era destina-
da?

Resolução

2.1 Para resolver esta questão é preciso admitir que se as cartas foram colocadas aleatoria-
mente nos envelopes, então a carta para o Senhor Silva tem igual probabilidade de aparecer
num qualquer dos envelopes. Assim a probabilidade de a secretária meter a carta no envelo-
pe certo é precisamente .

2.2 Para sabermos se pelo menos uma pessoa recebeu a carta que lhe era destinada, temos
de considerar os casos em que “uma pessoa recebeu a carta que lhe era destinada” e os casos
em que “duas pessoas receberam a carta que lhes era destinada” e os casos em que “as três
pessoas receberam a carta que lhes era destinada”. Teremos de ter cuidado em subtrair os

40 Recomendações do GAVE
casos em que se verificam simultaneamente duas dessas situações atendendo à propriedade 5
do Manual (volume 1, capítulo 2)

P(A ∪ B) = P(A) + P(B) − P(A ∩ B)

e que é generalizado na tarefa 45 deste volume. Designemos as cartas por C1, C2 e C3 e os


destinatários corretos destas cartas por S1, S2 e S3.

i) casos em que “uma pessoa recebeu a carta que lhe era destinada”:

Considerando por exemplo a carta C1, os casos em que vai parar a S1 são 2! (permutações
dos destinatários C2 e C3). Os casos possíveis são permutações de 3 destinatários, ou seja 3!.
Logo a probabilidade neste caso é

2!
3!

Como para a carta C2 e a carta C3 a situação é idêntica, a soma das probabilidades de “uma
pessoa receber a carta que lhe era destinada” é dada por

2!
3× =1
3!

ii) casos em que que “duas pessoas receberam a carta que lhes era destinada”:

Considerando por exemplo as cartas C1 e C2, os casos em que vão parar a S1 e S2


são as possibilidades que sobram para a terceira carta que é só uma. Os casos possíveis são
novamente permutações de 3 destinatários, ou seja 3! Logo a probabilidade neste caso é

1
3!

Temos

⎛ 3 ⎞
⎜⎝ ⎟
2 ⎠

possibilidades para tomarmos duas das cartas de cada vez. Logo a soma das probabilidades
de “duas pessoas receberem a carta que lhes era destinada” é dada por

⎛ 3 ⎞ 1
⎜⎝ ⎟
2 ⎠ 3!

iii) casos em que que “as três pessoas receberam a carta que lhes era destinada”:

Há apenas uma possibilidade de as três cartas chegarem ao seu destinatário correto que é a
de C1, C2 e C3 chegarem exatamente a S1, S2 e S3 respetivamente. A probabilidade de isso

Recomendações do GAVE 41
acontecer é então

1
3!

iv) conclusão:

A probabilidade pedida será então a soma das probabilidades de “uma pessoa receber a
carta que lhe era destinada” a que temos de subtrair a soma das probabilidades de “duas
pessoas receberam a carta que lhes era destinada” pois estes casos já foram necessariamente
contabilizados antes a que temos de adicionar os casos em que “as três pessoas receberam a
carta que lhes era destinada” pois estes foram subtraídos uma vez a mais.

Assim a probabilidade pedida é igual a

⎛ ⎞ 1 1 1 1 1
1−⎜ 3 ⎟ + =1− + =
⎝ 2 ⎠ 3! 3! 2 6 3

(adaptado da brochura “Probabilidades 12”, ME, 1999)

3. A raspadinha

Numa raspadinha estão em jogo 100 bilhetes, repartidos da seguinte maneira: uma raspadi-
nha tem um prémio de 100 euros, nove raspadinhas têm um prémio de 10 euros e nenhuma
outra raspadinha tem prémio. Cada raspadinha custa 3 euros e os prémios estão distribuídos
ao acaso nas raspadinhas. Seja X a variável aleatória que mede o ganho de cada jogador
(diferença entre o que ganha no prémio e o que gastou a comprar a raspadinha).
3.1 Determina a distribuição de probabilidades da variável aleatória X.
3.2 O jogo é justo para os jogadores ou favorece os organizadores da raspadinha? Justifica
a resposta.

Resolução

3.1 A variável aleatória X só toma três valores diferentes: 97 se o jogador ganhar o prémio de
100 euros, 7 se o jogador ganhar o prémio de 10 euros e –3 se o jogador não ganhar qualquer
prémio. Como os prémios estão distribuídos ao acaso pelas raspadinhas as probabilidades
respetivas são as seguintes:

97 7 –3

42 Recomendações do GAVE
3.2 Para determinar se o jogo é justo ou não temos de calcular o valor esperado ou valor
médio da variável aleatória X só. Temos

Podemos assim concluir que o jogo favorece os organizadores visto que o ganho esperado
de um jogador é negativo. Ou seja, se o jogador jogar muitas vezes ganhará em média ­–1,1
euros, ou seja, perderá dinheiro.
4. Baile de Finalistas

Numa turma do 12.º ano da Escola Secundária Luís de Albuquerque, a distribuição dos alu-
nos por idade e sexo é a seguinte:

12.º X 16 anos 17 anos

rapazes 6 8

raparigas 5 7

Para formar uma comissão que vai preparar um baile de finalistas, vão ser sorteadas três
rapazes e duas raparigas desta turma.
4.1 Qual é a probabilidade de a comissão ficar constituída apenas por jovens de 16 anos?
Apresenta o resultado na forma de dízima, com quatro casas decimais.
4.2 Admite agora que já estão sorteados quatro dos cinco jovens que vão constituir a co-

romeojuliet-spr12-7 por KCBalletMedia, http://www.flickr.com/photos/67555847@N06/6893010197/


missão: os três rapazes e uma rapariga, a qual tem 16 anos de idade. Para a comissão
ficar completa, falta, portanto, escolher aleatoriamente uma rapariga. Seja X a variável
aleatória: número de raparigas de 17 anos que a comissão vai incluir. Constrói a tabela
de distribuição de probabilidades da variável X. Apresenta as probabilidades na forma
de fração.

Recomendações do GAVE 43
Resolução

4.1 A comissão é constituída por 3 rapazes e 2 raparigas. Ora, temos 12 raparigas. À primei-
ra vista poderá parecer-nos que existem 12 × 11 = 132 maneiras diferentes de escolher, ao
acaso, duas dessas 12 raparigas. Mas, essa suposição está errada.

Admitamos que queremos escolher duas raparigas de entre as seguintes três: {Ana, Beatriz,
Celina}. É fácil concluir que existem apenas três possibilidades: {Ana, Beatriz}, {Ana, Ce-
lina} e {Beatriz, Celina}. Não seis: (Ana, Beatriz), (Beatriz, Ana), (Ana, Celina), (Celina,
Ana), (Beatriz, Celina) e (Celina, Beatriz).

Isto é, como não interessa a ordem dos dois elementos considerados, o valor procurado é

, que traduz o número de subconjuntos de dois elementos que se podem obter de um

conjunto de três elementos.

Admitamos agora que pretendemos escolher três rapazes de entre quatro: {Abel, Belmiro,

Carlos, Daniel}. É imediato concluir que existem apenas maneiras, não

4 × 3 × 2 = 24: {Abel, Belmiro, Carlos}, {Abel, Belmiro, Daniel}, {Abel, Carlos, Daniel} e
{Belmiro, Carlos, Daniel}. Porque é que divide por 3 × 2?

Basta reparar que cada um desses subconjuntos de três elementos dá origem a 3 × 2 = 6


ternos ordenados com esses três elementos.

Portanto, regressando ao problema, concluímos existirem maneiras de se-


lecionar duas das doze raparigas e maneiras de selecionar três dos catorze
rapazes.

Logo, o número de casos possíveis é 364 × 66 = 24024.

De forma análoga, conclui-se que o número de casos favoráveis é

isto é, o número de maneiras de escolher 3 rapazes de 16 anos, de entre 6, e de escolher 2


raparigas de 16 anos, de entre 5.

Logo, a probabilidade pedida é

4.2 Para terminar a constituição da comissão falta apenas escolher uma rapariga, de entre
11 disponíveis: 4 delas com 16 anos e 7 delas com 17 anos. Portanto, a variável aleatória X
pode assumir os valores: 0 e 1.

44 Recomendações do GAVE
Assim:

P(X = 0) = P(escolher uma rapariga de 16 anos) =

P(X = 0) = P(escolher uma rapariga de 17 anos) =

Logo, a tabela de distribuição de probabilidades da variável X é:

0 1

4 7
11 11

5. Três Bilhetes de Cinema

Resolve por quatro processos o seguinte problema:

A professora de História resolveu levar os seus 15 alunos a ver um filme. Como o cinema tem
filas de precisamente 15 cadeiras, comprou uma fila inteira
e distribuiu os bilhetes ao acaso pelos alunos. A Ana, a
Bela e a Carla são muito amigas e gostavam de ficar as três
juntas e numa das pontas da fila. Qual é a probabilidade
de isso acontecer?

Resolução

1.º Processo

Vamos pensar apenas nos três bilhetes destinados às três


amigas, não nos interessando a ordem como elas ocuparão depois esses três lugares.

O espaço de resultados é o conjunto dos ternos não ordenados. Por exemplo, um dos seus
elementos é o terno {5,7,15}, que corresponde às três amigas receberem os bilhetes 5, 7 e 15
embora não saibamos o lugar exato em que cada uma delas se vai sentar.

Os casos possíveis são as diferentes maneiras de elas receberem os 3 bilhetes de um conjunto


de 15, ou seja, todos os ternos não ordenados formados a partir do conjunto de 15 bilhetes.

Casos possíveis:

Casos favoráveis: apenas 2, ou recebem os bilhetes 1–2–3 ou os bilhetes 13–14–15.

Logo a probabilidade pedida é .


2
455

Recomendações do GAVE 45
2.º Processo

Vamos pensar nos três bilhetes destinados às três amigas, mas interessando-nos agora a
ordem como elas ocuparão depois esses três lugares. Continuamos a ignorar os outros 12
bilhetes.

O espaço de resultados é o conjunto dos ternos ordenados. Por exemplo, um dos seus elemen-
tos é o terno , ou seja, a Ana fica no lugar 5, a Bela no 7 e a Carla no 15.

Os casos possíveis são portanto as diferentes maneiras de elas receberem 3 bilhetes de um


conjunto de 15, mas em que a ordem por que recebem os bilhetes é importante.

Casos possíveis: A3 = 2730


15

Casos favoráveis: Se os bilhetes que elas receberem forem 1, 2 e 3, como a ordem interessa,
há seis maneiras de elas os ocuparem (são as permutações de 3). O mesmo se passa para os
bilhetes 13, 14 e 15. Logo, os casos favoráveis são 2 × P3 = 12 .

Logo a probabilidade pedida é .


12 2
=
2730 455

3.º Processo

Desta vez vamos considerar todas as maneiras como os 15 alunos se podem sentar nos 15
lugares.

O espaço de resultados é constituído por todas as permutações dos 15 alunos pelas cadeiras.

Os casos possíveis são portanto as permutações de 15.

Casos possíveis: P = 15!


15

Casos favoráveis: Se as três amigas ficarem nos lugares 1, 2 e 3, podem permutar entre si, e
os outros 12 alunos também. O mesmo se passa se ficarem nos três últimos lugares. Então os
casos favoráveis são 2 × P3 × P12 .

Logo a probabilidade pedida é .


2 × 3!× 12! 12 2
= =
15! 15 × 14 × 13 455

4.º Processo

Vamos calcular a probabilidade pedida admitindo que os bilhetes vão ser entregues um a um
às três amigas.

A primeira vai receber o seu bilhete. Dos 15 lugares, há 6 que lhe servem (os três primeiros
e os três últimos).

Chegou a vez da segunda. Há 14 bilhetes e a ela só servem os dois lugares que restam na
ponta onde a primeira ficou.

46 Recomendações do GAVE
Finalmente, a terceira, dos 13 bilhetes restantes, tem de receber o único que sobra na ponta
onde estão as amigas.

Logo a probabilidade pedida é .


6×2×1 6 2 1 2
= × × =
15 × 14 × 13 15 14 13 455

A não esquecer

Uma questão que se coloca muitas vezes perante os problemas de Probabilidades


é o facto de existirem vários processos de os resolver. Normalmente isso sucede
por, perante a situação descrita no problema, se poderem considerar diferentes
espaços de resultados conforme a abordagem que se faça. Para calcular a probabi-
lidade aplicando a regra de Laplace, devemos dividir o número de casos favoráveis
pelo número de casos possíveis. Ora, a cada espaço de resultados irá corresponder
um diferente número de casos possíveis e, claro, um diferente número de casos
favoráveis.
O principal cuidado a ter é usar exatamente o mesmo método na contagem dos
casos favoráveis e na contagem dos casos possíveis, ou seja, não mudar de espaço
de resultados a meio da resolução.

(adaptado de José Paulo Viana, Escola Secundária Vergílio Ferreira, Lisboa)

Tp
Tarefas Propostas
6. O TOTOLOTO 6/49

O Totoloto surgiu em 1985. Criado pelo Decreto-Lei n.º 382/82 de 15 de Setembro só mais
tarde, através do Decreto-Lei n.º 84/85, de 28 de Março, o Estado concedeu à SCML o direi-
to à sua organização e exploração. O primeiro concurso realizou-se a 30 de Março desse ano.

O jogo consiste na escolha de seis números, entre 49 possibilidades. Assim, os prognósticos


são efectuados traçando as cruzes nos quadradinhos e estabelecendo conjuntos de seis núme-
ros. Os prémios são atribuídos a partir do acerto em três dos números escolhidos. As apostas
simples têm de ser em número par (2, 4, 6, 8 e 10 apostas), começando pelos dois primeiros
conjuntos da esquerda e continuando sem intervalo. Em cada conjunto, marcam-se com cru-
zes (X), os seis números escolhidos.

As apostas múltiplas fazem-se sempre no conjunto 1 dos bilhetes. Podem ser preenchidos 7 a
12 números, assinalando o quadradinho correspondente. No início de 1988 surgiu uma nova
modalidade de aposta múltipla, o 5/44. O apostador escolhe 5 números fixos que combinam
uma vez, com cada um dos restantes.

O bilhete de cinco semanas permite participar em cinco concursos seguidos, com os mesmos
conjuntos de números.

Recomendações do GAVE 47
6.1 A quantas apostas simples corresponde a aposta múltipla de 11 cruzes?
6.2 A quantas apostas simples corresponde a aposta múltipla de 5/44?
6.3 Supõe que fizeste uma aposta múltipla, assinalaste 12 cruzes e acertaste em 3 delas.
Quantos quintos prémios (aposta com 3 números certos) ganhaste?
7. Há N pessoas e cada uma põe o respectivo chapéu numa caixa. Qual a probabilidade de uma
determinada pessoa retirar o próprio chapéu? Qual a probabilidade de que pelo menos uma
pessoa escolha o chapéu correto?

(adaptado da brochura “Probabilidades 12”, ME, 1999)

8. Numa raspadinha estão em jogo 200 bilhetes, repartidos da seguinte maneira: duas raspadi-
nhas têm um prémio de 200 euros, 18 raspadinhas têm um prémio de 20 euros e nenhuma
outra raspadinha tem prémio. Cada raspadinha custa 3 euros e os prémios estão distribuídos
ao acaso nas raspadinhas. Seja X a variável aleatória que mede o ganho de cada jogador
(diferença entre o que ganha no prémio e o que gastou a comprar a raspadinha).
8.1 Determina a distribuição de probabilidades da variável aleatória X.
8.2 Sem efetuares qualquer cálculo e olhando para a tarefa 3, parece-te que este jogo é
justo para os jogadores ou favorece os organizadores da raspadinha? Efetua os cálculos
e conclui.
8.3 Que alterações podes efetuar nas regas da raspadinha de modo que o jogo nem favoreça
os jogadores nem os organizadores?

9. Um concurso televisivo utiliza um dispositivo chamado aparelho ou caixa de Galton, para


determinar os prémios que os concorrentes ganham.

Um disco é largado do topo do aparelho e vai batendo sucessivamente nos pinos do aparelho
até atingir as posições A, B, C, D, E ou F.

48 Recomendações do GAVE
A B C D E F

9.1 Quantos caminhos existem para o disco chegar à posição A?


9.2 E à posição B?
9.3 Mostra que o número de caminhos que há até chegar a cada pino é exatamente igual
aos números em posição semelhante do triângulo de Pascal:

1
1 1
1 2 1
1 3 3 1
1 4 6 4 1
1 5 10 10 5 1

A B C D E F

(adaptado da brochura “Probabilidades 12”, ME, 1999)

10. O Nuno inventou o seguinte jogo de apostas, para se entreter com os seus colegas do 12.º
ano: cada aposta consiste em marcar n números de um total formado pela lista: 1, 2, 3, 4, 5,
6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, e quer saber quanto deve valer n para assegurar que cada um dos 120
alunos possa fazer uma aposta distinta.
11. Um grupo de 10 amigos quer fazer um campeonato de “Poker”, pelo que decidem organizar
partidas (de quatro) de todas as formas possíveis.
11.1 Quantas partidas são possíveis?
11.2 Se jogarem 10 partidas por semana:
11.2.1 Quanto tempo demorariam a terminar o campeonato?
11.2.2 Quantas partidas jogará cada um ?
12. Cinco pessoas, A, B, C, D e E, devem pronunciar-se num discurso. De quantas maneiras se
podem ordenar as intervenções de cada um, se D não puder falar antes de A?

Recomendações do GAVE 49
13. Determina o número de rectas distintas que podem passar por oito pontos do plano,
13.1 se estão dispostos de maneira que três quaisquer deles não estão alinhados;
13.2 se quatro deles estão alinhados e os outros quatro também;
13.3 se os oito pontos são vértices de um quadrado e os pontos médios dos seus lados.
14. Considera os oito pontos que são vértices de um cubo.
14.1 Quantas rectas distintas determinam?
14.2 E quantos triângulos? Destes, quantos são rectângulos e quantos são equiláteros?
14.3 E quantos quadrados?
14.4 E quantos rectângulos?
14.5 E quantos planos?
15. Pintam-se as quatro faces de um tetraedro regular com duas cores distintas. Quantos tetra-
edros diferentes podemos obter? E se pintarmos com três cores diferentes? E se pintarmos
com quatro?
16. O João tem, no bolso, seis moedas: duas moedas de 1 euro e quatro de 50 cêntimos. O João
retira, simultaneamente e ao acaso, duas moedas do bolso.
16.1 Seja X a quantia, em euros, correspondente às moedas retiradas pelo João. Constrói a
tabela de distribuição de probabilidades da variável X, apresentando as probabilidades
na forma de fração irredutível.
16.2 Depois de ter retirado as duas moedas do bolso, o João informou a sua irmã Inês de
que elas eram iguais. Ela apostou, então, que a quantia retirada era de 2 euros. Qual
é a probabilidade de a Inês ganhar a aposta? Apresenta o resultado sob a forma de
fração irredutível.
−x
⎛ 4⎞
17. A função P(x) = 22500 ⎜ ⎟ definida para x ≥ 0, é usada para determinar o valor de um
⎝ 3⎠

carro (em euros) x anos depois da sua compra.


17.1 Qual é o custo inicial do carro?
17.2 Determina o custo de um carro um ano e meio depois da compra.
17.3 Quanto desvaloriza o carro ao ano?
18. Um arquiteto resolveu usar a função logarítmica para fazer o arco de uma porta, como mos-
tra a figura seguinte.

50 Recomendações do GAVE
y

2 B

x
A D C
0 5 10

O arco AB é parte da função definida por y = ln x .

O arco BC é simétrico do arco AB relativamente à recta BD.


18.1 Define uma função por ramos de modo que represente o arco AB e o arco BC.
18.2 Determina a altura máxima da porta (isto é, a do arco medido sobre a reta BD).
19. Financiamento para a viagem de finalistas

Podes observar na figura da tarefa 9 o aparelho de Galton, que pode ser utilizado em
concursos.

Os alunos de uma turma do 12.º ano da Escola Secundária de Cima pensam utilizar um
aparelho análogo, mas com 9 linhas, para promover um concurso destinado a angariar finan-
ciamento para ajudar a pagar a viagem de finalistas.

Pensam pedir um pagamento de 3,5 euros por cada aposta, ou seja, por cada disco lançado.
Os jogadores poderão obter um dos prémios cujo valor consta no fundo do aparelho, como
podes observar no esquema imediatamente abaixo:

A B C D E F G H I J
100€ 20€ 10€ 3€ 1€ 1€ 3€ 10€ 20€ 100€

Noutra escola, a Secundária de Baixo, os alunos de outra turma do 12.º ano resolveram pro-
mover outro tipo de concurso para fim análogo ao que se destina o concurso dos seus colegas
de Cima.

Criaram uma espécie de Euromilhões, o Baixocentenas, a ser realizado semanalmente que,


ao contrário do euromilhões, não dá lugar à divisão do prémio pelos apostadores premiados.
Quem acertar recebe integralmente o valor referente ao prémio.

Podes observar na figura seguinte um boletim desse concurso.

Recomendações do GAVE 51
A seguir podes observar uma tabela de distribuição de probabilidades da variável Y: “valor
ganho pelo jogador numa aposta”, relativa ao concurso Baixocentenas.

Y = yi 200 50 0

(
pi = P Y = yi ) 1
1320
1
330
263
264

Responde às seguintes questões, considerando que os custos para além dos resultantes dos
pagamentos dos prémios (aparelho, bilhetes do Baixocentenas, impostos, etc…) são suporta-
dos por patrocinadores externos em troco de publicidade.
19.1 Constrói uma tabela de distribuição de probabilidade relativa ao concurso a realizar na
E. S. de Cima, considerando a variável aleatória X: “valor ganho pelo apostador numa
jogada”.
19.2 Calcula o lucro ou prejuízo esperado pelo apostador em cada aposta no concurso da E.
S. de Cima.
19.3 Explica os valores de probabilidade que constam da tabela de distribuição de probabi-
lidades relativa ao concurso Baixocentenas.
19.4 Se criassem, no Baixocentenas, um 3.º prémio para os apostadores que acertarem os
números mas falharem as letras (3 números + 0 letras), o que seria mais provável a um
apostador: acertar no 1.º prémio ou no 3.º prémio?
19.5 Considerando o concurso Baixocentenas tal como está previsto, com os dois prémios,
calcula o lucro/prejuízo esperado pelo jogador em cada aposta.
19.6 Tendo em consideração os dois concursos, elabora uma redacção em que refiras os se-
guintes aspectos:

- opinião acerca do melhor concurso, tendo em consideração a rentabilidade por apos-


ta;

- cumprimento do objectivo a que se destinam os concursos e riscos associados, utili-


zando argumentos relativos a lei dos grandes números e à viabilidade prática da imple-
mentação de cada concurso;

- sugestões de eventuais alterações a introduzir em cada projeto de modo a aumentar

52 Recomendações do GAVE
o lucro esperado pelos alunos e o interesse de potenciais jogadores.

Na redação serão valorizados os argumentos matemáticos utilizados, cujos cálculos não


precisas de repetir se já estiverem nas respostas às questões anteriores (basta invocá-
-los), mas também a apresentação, o encadeamento lógico, a clareza, a correção e a
criatividade.

(Nota: Se este trabalho te der alguma ideia para aplicares, deves ter muita
atenção ao contexto legal.)

Em
Questões de escolha múltipla

20. A Patrícia tem uma caixa com cinco bombons de igual aspeto exterior, mas só um é que tem
licor. A Patrícia tira, ao acaso, um bombom da caixa, come-o e, se não for o que tem licor,
experimenta outro. Vai procedendo desta forma até encontrar e comer o bombom com licor.
Seja X a variável aleatória «número de bombons sem licor que a Patrícia come». Qual é a
distribuição de probabilidades da variável X?

(A)

0 1 2 3 4

0,2 0,2 0,2 0,2 0,2

(B)

0 1 2 3 4

0,1 0,1 0,2 0,2 0,4

(C)

1 2 3 4 5

0,2 0,2 0,2 0,2 0,2

Recomendações do GAVE 53
(D)

1 2 3 4 5

0,1 0,1 0,2 0,2 0,4

21. Numa caixa estão três cartões, numerados de 1 a 3. Extraem-se ao acaso, e em simultâneo,
dois cartões da caixa. Seja X : “o maior dos números saídos”. Qual é a distribuição de pro-
babilidades da variável X?

(A)

2 3

(B)

2 3

(C)

1 2 3

(D)

1 2 3

54 Recomendações do GAVE
22. Numa caixa estão bolas brancas e bolas pretas. Extraem-se ao acaso, e em simultâneo, três
bolas da caixa. Seja X o número de bolas brancas extraídas. Sabe-se que a distribuição de
probabilidades da variável aleatória X é:

1 2 3

a a

Qual é a probabilidade de se extraírem menos de três bolas brancas?

(A)

(B)

(C)

(D)

23. O João vai lançar seis mil vezes um dado equilibrado, com as faces numeradas de 1 a 6, e vai
adicionar os números saídos. De qual dos seguintes valores é de esperar que a soma obtida
pelo João esteja mais próxima?

(A) 20000

(B) 21000

(C) 22000

(D) 23000

Recomendações do GAVE 55
C2
Capítulo 2 - Problemas que envolvem cálculos mais elaborados no
conjunto dos números reais

Tr
Tarefas resolvidas

24. Demonstra que o número

é um número inteiro.

Resolução

Temos que

Mas as combinações de 100 elementos de 25 a 25 dão o número de arranjos diferentes de 25


elementos sem interessar a ordenação, que se podem obter quando temos à nossa disposição
uma centena de elementos. Esse número é necessariamente um número inteiro, logo fica pro-
vado o que pretendíamos (sem ter necessidade de efetuar todos os cálculos!).
Trail por Dennnis Vu, http://www.flickr.com/photos/dennis_vu/4229923760/

56 Recomendações do GAVE
25. Consideremos que temos dois baralhos de 32 cartas. Vamos chamar-lhes baralhos 1 e 2.
25.1 Tira-se ao acaso uma carta em cada um dos baralhos 1 e 2. Consideremos os aconte-
cimentos

A: “Obter 2 cartas de Ás”

B: “Obter pelo menos um Ás”

Calcula P(A) e P(B).


25.2 Misturam-se as cartas dos dois jogos e tiram-se sucessivamente e sem reposição duas
cartas ao acaso. Calcula P(A) e P(B).

Resolução

25.1 Há 32 cartas do baralho 1 e 32 do baralho 2. Como se tira ao acaso uma carta em cada
um dos baralhos 1 e 2, pelo princípio básico da Análise Combinatória, há 32 × 32 = 1024
possibilidades. Há 4 possibilidades de tirar um Ás do primeiro baralho e quatro de tirar um
no segundo baralho. Ou seja, há 4 × 4 = 16 possibilidades de tirar 2 cartas de Ás. A proba-
bilidade do acontecimento A é então

Consideremos agora o acontecimento B “Obter pelo menos um Ás”. Teremos de ver como
obter um Ás, dois Ases, 3 Ases e 4 Ases. Neste caso será mais fácil estudar o acontecimento
contrário de B:

: “Não obter qualquer carta de Ás”


Como há 28 cartas que não são Ás no primeiro baralho e outras tantas no segundo baralho,
pelo princípio básico da Análise Combinatória, concluímos que há 28 × 28 = 784 possibili-
dades. A probabilidade do acontecimento é

Então

Recomendações do GAVE 57
25.2 Como se misturam as 32 cartas de cada um dos dois baralhos e se tiram sucessivamente
e sem reposição duas cartas ao acaso, há 64 possibilidades diferentes para a primeira carta e
63 possibilidades para a segunda carta. O número de casos possíveis é então 64 × 63 = 4032.
Para o acontecimento A há 8 possibilidades de obter um Ás na primeira carta e 7 possibi-
lidades de obter um Ás na segunda carta; ou seja, há no total 8 × 7 = 56 casos favoráveis
pelo que

Para o acontecimento B podemos mais uma vez recorrer ao acontecimento , o aconteci-


mento contrário de B. Temos que então haverá 56 possibilidades de não sair Ás na primeira
carta; e então haverá 55 possibilidades de não sair Ás na segunda carta. Assim,

Logo

26. Usando a fórmula do binómio de Newton calcula

Resolução

A fórmula do Binómio de Newton diz que

No caso n = 6, a = 2x e b = 4y. Podemos dizer que todas as parcelas têm a forma

( )a
n
k
b
n −k k

com k a variar de 0 a 6. No nosso caso, todas as parcelas terão a forma

58 Recomendações do GAVE
Como k está a variar de 0 a 6 temos então que

Que podemos fazer para termos a certeza de que não nos enganámos nos cálculos? Basta obser-
varmos que a soma dos expoentes de a = 2x e de b = 4y e portanto de x e de y é sempre igual ao
expoente n = 6. Concluindo, vem então

27. Calcula

Resolução

Temos que

100!
C 99 =
100
= 100
99!1!
pois 100! = 100 × 99! Um modo mais simples para calcular este valor é relembrar a proprie-
dade

C k = nC n −k
n

para concluir que

100
C 99 = C 1 = 100
100

Recomendações do GAVE 59
Tp
Tarefas

Horse racing event por Tsutomu Takasu, http://www.flickr.com/photos/gowestphoto/3921760653/


propostas

28. Numa corrida de cavalos, há 18 cavalos a participar. As apostas desportivas normalmente in-
cidem em acertar nos três primeiros lugares à chegada, por ordem ou sem interessar a ordem.

28.1 Qual a probabilidade de acertar nos três primeiros classificados, supondo que a aposta
é totalmente aleatória?
28.2 Suponhamos que os três cavalos a chegar em primeiro lugar são o 9, o 17 e o 12 por esta
ordem. Qual a probabilidade de acertar nestes três lugares sem interessar a ordem?
29. Usando a fórmula do binómio de Newton calcula o 5.º termo do desenvolvimento de

29.1

29.2

30. Calcula, usando a fórmula do binómio de Newton, .

31. Simplifica a fração .

32. Determina p de modo que seja ao mesmo tempo

60 Recomendações do GAVE
33. Calcula:

33.1

33.2

33.3

33.4

Em
Questões de escolha múltipla

34. é igual a:

(A)

(B)

(C)

(D)
35. A soma dos três primeiros elementos de uma certa linha do Triângulo de Pascal é 121. Qual
é o terceiro elemento da linha seguinte?

(A) 78

(B) 120

(C) 91

(D) 136
36. Uma certa linha do Triângulo de Pascal tem quinze elementos. Qual é o sexto elemento dessa
linha?

(A)

(B)

(C)

(D)

Recomendações do GAVE 61
37. O quarto número de uma certa linha do Triângulo de Pascal é 19600. A soma dos quatro
primeiros números dessa linha é 20876. Qual é o terceiro número da linha seguinte?

(A) 169247

(B) 175324

(C) 184756

(D) 193628
38. Numa certa linha do Triângulo de Pascal, o segundo elemento é 2009. Quantos elementos
dessa linha são maiores do que um milhão?

(A) 2004

(B) 2005

(C) 2006

(D) 2007
39. O penúltimo número de uma certa linha do Triângulo de Pascal é 10. Qual é o terceiro nú-
mero dessa linha?

(A) 11

(B) 19

(C) 45

(D) 144
40. A soma dos dois últimos elementos de uma certa linha do Triângulo de Pascal é 31. Qual é
o quinto elemento da linha anterior?

(A) 23751

(B) 28416

(C) 31465

(D) 36534

62 Recomendações do GAVE
C4
Capítulo 4 - Exercícios que pressupõem raciocínios demonstrativos

Tr
Tarefas resolvidas

41. Demonstra que

41.1
41.2

Resolução

41.1 Temos que e são disjuntos, pelo que, pelo 3.º axioma da Probabilidade,
temos que

Assim, supondo que P(B) > 0 e usando a definição de probabilidade condicionada, temos
que

Logo,

c.q.d.

Recomendações do GAVE 63
41.2 Sabemos que . Pela definição de probabilidade
condicionada podemos escrever

Logo, .

c.q.d.

42. Mostra, por redução ao absurdo, que se então

Resolução

Suponhamos então que, em vez da conclusão pretendida, se teria a conclusão contrária, isto
é, que

Então, como e são disjuntos, pelo 3.º axioma viria

Mas como, por hipótese, então será pelo que virá

Como supusemos que virá que

e isto contradiz o 1.º axioma. Chegámos a um absurdo, pelo que a hipótese feita é falsa e
assim concluímos que .

c.q.d.

64 Recomendações do GAVE
Tp
Tarefas propostas

43. Demonstra que:

P(A ∩ B ∩ C ) = P(A)P(B | A)P[C | (A ∩ B)]

44. Reflete sobre a veracidade da seguinte afirmação:

“O número de diagonais de um polígono regular de n lados calcula-se pela fórmula


n(n – 3), porque aplicando o princípio da multiplicação, de cada um dos n vér-
tices saem n – 3 diagonais.”
45. Usando um contraexemplo mostra a falsidade da afirmação:

46. Prova que, dados os acontecimentos A, B e C, se tem

P(A ∪ B ∪ C ) = P(A) + P(B) + P(C ) − P(A ∩ B) − P(A ∩ C ) − P(B ∩ C ) + P(A ∩ B ∩ C )

47. Prova, por redução ao absurdo, que se então

Recomendações do GAVE 65
C5
Capítulo 5 - Utilizar a calculadora gráfica para resolver problemas

Tr
Tarefas resolvidas

48. O Problema dos aniversários (2.ª parte)

Qual é o número mínimo de pessoas que é preciso ter numa sala para que a probabilidade de
haver pelo menos duas a fazer anos no mesmo dia seja superior a 50%?

Resolução

Intuitivamente parece que terão de existir mais de 150 pessoas na sala para haver 50% de
probabilidades de duas pessoas festejarem o seu aniversário no mesmo dia. Contudo, a Ma-
temática vai mostrar algo de surpreendente.

Para resolver este problema de modo simples temos de partir do princípio que o ano tem 365
dias e que a taxa de nascimentos é constante ao longo do ano, de modo a poder admitir que
qualquer dia do ano é igualmente provável para ser o aniversário de uma pessoa.

Vamos calcular as sucessivas probabilidades de não haver duas pessoas a fazer anos no mes-
mo dia, começando com uma única pessoa na sala e fazendo entrar as outras uma a uma.
Pararemos logo que a probabilidade seja inferior a 0,5.

Se só houver 1 pessoa na sala, ela poderá fazer anos em qualquer um dos 365 dias. A proba-

bilidade de isso acontecer é P(1) = = 1.

Entra a segunda pessoa na sala, que tem de fazer anos num dia diferente da primeira. Ser-

vem 364 dos 365 dias e a probabilidade de isso acontecer é . A probabilidade de não
coincidência de aniversários das duas pessoas é então

P(2) = ≈ 0,9973

Entra a terceira pessoa na sala, que tem de fazer anos num dia diferente das duas anteriores.

Servem 363 dos 365 dias e a probabilidade de isso acontecer é . A probabilidade de não
363
365
coincidência dos três aniversários é então

66 Recomendações do GAVE
P(3) = ≈ 0,9918

Para 4 pessoas:

P(4) = ≈ 0,9836

É fácil agora fazer a generalização para n pessoas:

P(n) =

Agora vamos procurar o menor valor de n que faz com que P(n) seja inferior a 0,5. Con-
vém usar a calculadora ou o computador. Colocamos em Y1 a função P(n), em Y2 a função
1 – P(n), que é a probabilidade de haver pelo menos duas pessoas a fazer anos no mesmo
dia, e fazemos uma tabela para os sucessivos valores de n.

Vemos então que bastam 23 pessoas para que a probabilidade de haver duas pessoas a feste-
jar o aniversário no mesmo dia seja superior a 50%. O resultado é surpreendentemente baixo.

Com 30 pessoas, a probabilidade já é superior a 70%, e com 41 pessoas superior 90%. Com
57 chega-se aos 99% e com 70 ultrapassa-se os 99,9%.

(adaptado da brochura “Probabilidades 12”, ME, 1999)

49. Gripe Asiática

Numa cidade surgiu uma epidemia de gripe asiática. Determinou-se que a evolução da do-
ença era dada pela fórmula

onde P representa a percentagem de pessoas infetadas e t o tempo em dias após a declaração


da epidemia pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).
49.1 Determina, analiticamente, o período de tempo (em horas) em que a percentagem de
pessoas infetadas foi superior ou igual à existente no momento da detecção da epide-
mia.

Recomendações do GAVE 67
49.2 Quando foi declarada a epidemia, o SNS sossegou a população da cidade informando
que situação não era muito grave, pois tinham sido tomadas todas as medidas reco-
mendadas e a epidemia seria erradicada em menos de uma semana. Numa pequena
composição, comenta o teor das declarações do SNS tendo em conta que

a) A epidemia se considera erradicada quando a percentagem de pessoas infetadas for


inferior a 1%.

b) Por questões de saúde pública e de acordo com a Organização Mundial de Saúde,


este tipo de epidemia configura uma situação muito grave quando afeta uma população
em mais de 60% por um período superior a 24 horas.

Na resolução desta questão deves utilizar as capacidades gráficas da tua calculadora e


enriquecer a tua composição com o traçado de um ou mais gráficos.

Não é obrigatória a determinação analítica de valores que consideres indispensáveis,


desde que os apresentes com uma aproximação razoável e indiques o processo que uti-
lizaste recorrendo à calculadora.

Resolução

49.1 Há 32% de pessoas infetadas no momento da declaração da epidemia pois

Para determinar quando a percentagem de pessoas infetadas foi superior ou igual à existente
no momento da detecção da epidemia temos de resolver a inequação

Temos

visto que a função exponencial de base superior a um é estritamente crescente. Logo

P(t) ≥ 32 ⇔ –0,25t 2 + t + 5 ≥ 5
⇔ −t(0,25t − 1) ≥ 0
⇔ t(0,25t − 1) ≤ 0
⇔0≤t ≤4

Assim, entre o momento inicial e o 4.º dia a percentagem de pessoas infetadas foi superior ou
igual à existente no momento da declaração da epidemia. Passaram então 4 × 24 = 96 horas
em que a percentagem de pessoas infetadas foi superior ou igual à existente no momento da
detecção da epidemia.

49.2 Considerando, respetivamente, as janelas de visualização [0,10]×[-1,70] e [0,3]×[50,70]

68 Recomendações do GAVE
representaram-se graficamente as funções

cujos gráficos se indicam a seguir

Considerando agora a janela de visualização [0,10]×[0,2] representaram-se a mesma função


juntamente com a função

cujos gráficos se indicam a seguir. Criou-se ainda uma tabela de valores para a função
como se mostra na mesma figura:

Sabendo-se que

podemos concluir que

Recomendações do GAVE 69
Reunindo toda esta informação podemos elaborar o gráfico seguinte

P(%)

70

60

50

40

30

20

10

0
1,39 2,61 6,89
t(dias)
0 2 4 6 8

Do gráfico conclui-se que a epidemia foi erradicada antes de se atingirem 7 dias, pelo que se
veio a confirmar o prognóstico do SNS quanto ao prazo de erradicação da epidemia.

Já quanto à gravidade da situação não sucedeu o mesmo, pois veio a verificar-se que apro-
ximadamente durante 29 horas (2,61 – 1,39 = 1,22 dias, ou seja, 1,22 × 24 = 29,28 horas)
houve mais de 60% da população afetada, pelo que, tendo sido ultrapassado o limiar referi-
do, de acordo com a classificação da Organização Mundial de Saúde, este tipo de epidemia
configura uma situação muito grave.

Claro que este é um modelo matemático geral pelo que não pode dar por si só todas as
indicações sobre as medidas que deveriam ter sido tomadas no terreno, pelo que não há in-
formação que permita avaliar as medidas tomadas.

Tp
Tarefas propostas

50. Tarefa: Cultura de Amibas

Os biólogos, para os seus estudos, realizam culturas de células. As amibas, seres unicelula-
res, reproduzem-se por bipartição, isto é, cada uma divide-se em duas. Cada uma das novas
amibas desenvolve-se, e quando chega ao momento próprio, divide-se novamente em duas, e
assim sucessivamente. O número de amibas irá pois aumentar segundo a lei:

1 − 2 − 4 − 8 − 16 − 32 − 64 − ...... − 2t

Esta lei, como adaptação à realidade, tem defeitos. Enumera um ou dois.

Nesta situação, se por hipótese as amibas se bipartissem de hora a hora e se não morressem,
quantas amibas haveria ao fim de 15 horas?

Mas, o tempo que decorre para cada partição não é o mesmo para todas as amibas. Por outro
lado, algumas amibas morrem antes de chegar à fase da bipartição. Para descobrir o número

70 Recomendações do GAVE
de amibas na cultura, é necessário fazer recontagens. Um biólogo contou as amibas que há
em cada momento na sua cultura:

tempo
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
(h)
n.º de
4 6 9 13 20 30 46 68 103 154
amibas

Procura encontrar uma fórmula que te permita obter, com o maior rigor possível, o número
de amibas em cada momento (utiliza a calculadora gráfica e as curvas de regressão, procu-
rando a mais adequada).
51. Considera a função real de variável real, assim definida: t(x) = 1 + log (x 2 − 1).
51.1 Determina o domínio e os zeros da função.
51.2 Justifica que a função não admite função inversa.
51.3 Resolve a condição t(x) < 0.
51.4 Considera as funções, reais de variável real, assim definidas:

f (x) = x + 1 g(x) = log x e h(x) = x2 − 1

Tendo em consideração que t(x) = (f o (g o h))(x) e ainda todo o estudo feito sobre as
funções f, g e h, determina o contradomínio da função t. Explica o teu raciocínio.

51.5 Mostra que a expressão algébrica da correspondência (não função) inversa da função t
é x = ± 1 + 10y − 1 e comprova o conjunto indicado na alínea anterior.
51.6 Caracteriza j −1, função inversa da função t restrita a ]1, + ∞[.
51.7 Verifica na tua calculadora gráfica o representado a seguir:

51.8 Como explicas o observado confrontando-o com as respostas às alíneas 51.3 e 51.4?
51.9 Agora, utiliza um software de traçado de gráficos no computador para verificar a reso-
lução deste exercício.

Recomendações do GAVE 71
52. Utilizando uma calculadora gráfica a Ana descobriu que a equação log(x 2 ) = 2 log 3 tinha
duas soluções, que eram 3 e −3 . De seguida, resolveu algebricamente a equação seguindo os
seguintes passos:

Onde está o erro? Justifica.

72 Recomendações do GAVE
3. Testes de tempo limitado

T1
Teste 1 – Probabilidades – Escolha múltipla
45 minutos

Calculadora não autorizada

1. Uma caixa contém 6 bolas azuis e 4 bolas vermelhas. Duas bolas são tiradas da caixa, uma
depois da outra, sem reposição. As ações descritas resultarão em acontecimentos que são

(A) dependentes

(B) independentes

(C) complementares

(D) mutuamente exclusivos

(adaptado de exames do Canadá, estado de Alberta, 2002)

2. De acordo com os resultados obtidos anteriormente, a probabilidade de uma equipa de base-


bol ganhar um jogo é 4/5. A probabilidade de a equipa ganhar os próximos 2 jogos é

(A) 8/5

(B) 16/25

(C) 2/5

(D) 1/25

(adaptado de exames do Canadá, estado de Alberta, 2002)

3. O número de arranjos de 3 rapazes e 4 raparigas numa fila, se as raparigas têm de ficar


juntas, é

(A)

(B)

(C)

(D)

(adaptado de exames do Canadá, estado de Alberta, 2002)

Testes de tempo limitado 73


4. Incluindo o Pedro e a Diana, uma determinada escola tem um Conselho Escolar com 10
membros. As probabilidades de 3 comissões possíveis, cada uma contendo 4 membros desse
Conselho, é apresentada a seguir:

Comissão 1: Pedro e Diana são ambos escolhidos

Comissão 2: Só um de Pedro ou Diana são escolhidos

Comissão 3: Nem Pedro nem Diana são escolhidos

A probabilidade de Pedro ou Diana serem escolhidos é:

(A) (Probabilidade da Comissão 1) × (Probabilidade da Comissão 2)

(B) 1 - (Probabilidade da Comissão 3)

(C) 1 - (Probabilidade da Comissão 1)

(D) (Probabilidade da Comissão 3)

(adaptado de exames do Canadá, estado de Alberta, 2001)

5. Calcula

(A) 1

(B) 4

(C) 15

(D) 16

(adaptado de exames do Canadá, estado de British Columbia, 2005)

74 Testes de tempo limitado


6. No desenvolvimento do binómio , o termo que contém é

(A) 4.º termo

(B) 5.º termo

(C) 6.º termo

(D) 7.º termo

(adaptado de exames do Canadá, estado de Manitoba, 2007)

7. O diagrama mostra um espaço de resultados com 13 acontecimentos igualmente prováveis.


Determina P(B).

B
A

(A)

(B)

(C)

(D)

(adaptado de exames do Canadá, estado de British Columbia, 2006)

Testes de tempo limitado 75


8. O diagrama abaixo mostra os gráficos de duas distribuições normais com médias e e
desvios padrão e , respetivamente.

X1 ~N(μ 1,σ 12)

X2 ~N(μ 2 ,σ 22)

Qual das seguintes afirmações é verdadeira?

(A)

(B)

(C)

(D)

(E)

(adaptado de exames da Austrália, estado de Victoria, 2003)

76 Testes de tempo limitado


T2
Teste 2 – Probabilidades – Escolha múltipla
45 minutos

Calculadora autorizada

1. Na Estância de Férias “Luz do Sol”, a probabilidade de chover em qualquer dos dias do mês
de janeiro é 0,1. A Glória vai passar 3 dias nessa Estância de Férias em janeiro de 2013. Qual
é a probabilidade de que chova pelo menos num desses três dias?

(A) 0,001

(B) 0,271

(C) 0,3

(D) 0,729

(adaptado de exames da Austrália, estado de New South Wales, 2000)

2. Os números 1 a 5 foram escritos em pedaços de papel separados e os papéis colocados numa


caixa. As letras A, B, C e D são cada uma escritas em papéis diferentes e os papéis são
colocados numa caixa diferente. Jodi retira um pedaço de papel de cada uma das caixas. O
número de elementos do espaço de resultados desta experiência aleatória é

(A) 51

(B) 20

(C) 9

(D) 2

(adaptado de exames do Canadá, estado de Alberta, 2002)

3. Os estudantes de um departamento de música prepararam 6 coros contemporâneos e 5 coros


tradicionais. Para o concerto do departamento será escolhido um programa em que apresen-
tam 4 dos coros contemporâneos e 3 dos coros tradicionais. Quantos programas diferentes
podem ser apresentados, se a ordem dos coros não interessar?

(A) 25

(B) 35

(C) 150

(D) 330

(adaptado de exames do Canadá, estado de Alberta, 2002)

Testes de tempo limitado 77


4. Foi efetuado um inquérito em que as pessoas tinham de colocar um X na caixa à frente das
atividades que as interessavam quando estavam de férias. Poderiam colocar tantos X em
quantas atividades quisessem e poderiam deixar todas as caixas em branco.

Ver paisagens 
Ir ao teatro 
Subir a uma montanha a pé 
Praticar ski 
Visitar museus 
Praticar golfe 
Ir às compras 
Antes de serem tabulados os resultados do inquérito foi preciso determinar quantas respostas
diferentes se poderiam obter. Qual o número total de respostas diferentes possíveis?

(A) 28

(B) 128

(C) 5040

(D) 13700

(adaptado de exames do Canadá, estado de Alberta, 2001)

5. Uma festa de 18 pessoas é dividida em 2 grupos diferentes consistindo de 11 pessoas e 7


pessoas. O número de modos diferentes de fazer isto é:

(A)

(B)

(C)

(D)

(adaptado de exames do Canadá, estado de Manitoba, 2007)

78 Testes de tempo limitado


6. No desenvolvimento de , determina o coeficiente do termo contendo .

(A) 9

(B) 10

(C) 36

(D) 45

(adaptado de exames do Canadá, estado de British Columbia, 2006)

7. Um investigador médico mediu a temperatura corporal de 700 pessoas e descobriu que as


temperaturas tinham uma distribuição normal com uma média de 36,8 graus Celsius e um
desvio padrão de 0,35 graus. O número de pessoas que se espera tenha uma temperatura
corporal de 37,5 graus ou inferior é

(A) 16

(B) 68

(C) 490

(D) 684

(adaptado de exames do Canadá, estado de Alberta, 2002)

8. Dada uma curva normal com média 50 e desvio padrão 10, determina o valor de

(A) 0,0415

(B) 0,2333

(C) 0,2707

(D) 0,3075

(adaptado de exames do Canadá, estado de British Columbia, 2006)

Testes de tempo limitado 79


T3
Teste 3 – Probabilidades – Itens de resposta aberta
45 minutos

Calculadora não autorizada

1. Lançam-se dois dados cúbicos equilibrados. Qual é a probabilidade de um e um só dos dois


números obtidos ser um 5?

(adaptado de exames de Itália, 2012)

2. Um saco contém berlindes azuis e berlindes vermelhos na proporção de 2 para 3. Um berlin-


de é selecionado ao acaso. Qual a probabilidade de o berlinde ser azul?

(adaptado de exames da Austrália, estado de New South Wales, 2000)

3. O número de combinações de n objetos 4 a 4 é igual ao número de combinações dos mesmos


objetos 3 a 3. Qual o valor de n?

(adaptado de exames de Itália, 2011)

4. Quantos são os números distintos de 4 algarismos que é possível escrever usando os dígitos
ímpares?

(adaptado de exames de Itália, 2008)

5. A Renata vai vender o seu carro mas antes vai à oficina fazer uma revisão. A probabilidade
de o carro necessitar de uma mudança de óleo é de 0,3 e a probabilidade de o carro necessitar
de um novo filtro de óleo é 0,5. A probabilidade de tanto o óleo como o filtro do óleo preci-
sarem de ser mudados é de 0,225. Se o óleo precisar de ser mudado, qual a probabilidade de
ser preciso novo filtro de óleo?

(adaptado de exames da Nova Zelândia, 2006)

80 Testes de tempo limitado


T4
Teste 4 – Probabilidades – Itens de resposta aberta
90 minutos

Calculadora autorizada

1. Queremos formar uma comissão de cinco pessoas, a ser escolhida entre 10 homens e 3 mulhe-
res. Qual a probabilidade de a comissão ser constituída por 3 homens e 2 mulheres?

(adaptado de exames de Itália, 2010)

2. A Renata e o Estevão fizeram uma sondagem na sua escola sobre as preferências televisivas
dos estudantes.
2.1 A Renata pediu a 150 estudantes escolhidos ao acaso que programas é que tinham
visto no dia anterior na televisão. O programa Shortland Street foi visto por 90 es-
tudantes, 50 tinham visto o Ídolos e 30 tinham visto ambos. Qual a probabilidade de
que um estudante escolhido ao acaso não tenha visto o Shortland Street nem o Ídolos?
2.2 O Estevão fez uma sondagem a um outro grupo de estudantes igualmente escolhidos
ao acaso sobre que tipos de programas tinham visto no fim de semana anterior. Ele
descobriu que 2/3 tinham visto desporto e que 4/9 tinham visto um filme. Se 4/5 deles
tinham visto pelo menos um programa de desporto ou filme, qual a probabilidade de
um estudante escolhido ao acaso ter visto tanto um programa de desporto como um
filme?

(adaptado de exames da Nova Zelândia, 2006)

3. A Renata e o Estevão são ambos membros da direção da Associação de Estudantes que tem
um total de 10 membros. Quando a direção da Associação de Estudantes foi apresentada
à escola durante uma assembleia, sentou-se no palco formando uma única fila. Os lugares
foram atribuídos ao acaso. Qual a probabilidade de a Renata ficar sentada na extremidade
esquerda da fila e o Estevão ficar sentado na extremidade direita da fila?

(adaptado de exames da Nova Zelândia, 2006)

4. Os estudantes de uma Escola Básica foram inquiridos sobre os seus almoços na escola. No dia
do inquérito, 63% dos estudantes levaram para a escola o seu almoço, enquanto que o resto
comprou o seu almoço, seja na escola seja em lojas próximas. Dos estudantes que foram para
a escola com almoço trazido de casa, 84% dos seus almoços incluía fruta; apenas 47% dos
lanches comprados incluía fruta.
4.1 Calcula a probabilidade de um estudante escolhido ao acaso dentre os inquiridos ter
um almoço contendo fruta.
4.2 Suponhamos que um estudante escolhido ao acaso dentre os que responderam ao in-
quérito tinha um almoço contendo fruta. Calcula a probabilidade de esse estudante ter
comprado o almoço.

Testes de tempo limitado 81


4.3 Um inquérito no ano anterior tinha mostrado que 72% dos estudantes inquiridos ti-
nha fruta no seu almoço. Dos estudantes que tinham fruta, descobriu-se que 56%
também tinha sumo. Apenas 12% dos estudantes que não tinha fruta no seu almo-
ço tinha sumo. Também se descobriu no inquérito que 60% dos estudantes que ti-
nham tanto fruta como sumo nos seus almoços tinha comprado o seu almoço.

Suponhamos que um aluno que respondeu ao inquérito do ano anterior foi escolhido ao
acaso. Determina a probabilidade de o estudante ter um almoço comprado contendo
fruta, sabendo que se descobriu que tinha sumo no seu almoço.

(adaptado de exames da Nova Zelândia, 2009)

5. O Henrique às vezes vai para escola de carro e das outras vezes vai de autocarro. O Henrique
às vezes leva o almoço de casa para a escola e outras
vezes compra-o na escola. Num dia qualquer, a pro-
babilidade do Henrique ir de carro para a escola é
0,24 e a probabilidade de comprar o seu almoço é
0,32. A probabilidade do Henrique ir de carro para a
escola e comprar o seu almoço 0,0864.
5.1 Os acontecimentos “Henrique vai de carro para
a escola” e “Henrique compra o seu almoço”
são independentes? Justifica.
5.2 Sempre que ele não tem de pagar o autocarro
ou lhe dão dinheiro para almoçar, o Henrique
coloca algum dinheiro no seu mealheiro.

- Ele coloca 2 euros no seu mealheiro em cada


dia em vai de carro para a escola e compra o
seu almoço.

- Ele coloca 1 euro no seu mealheiro em cada dia em vai de carro para a escola e não
compra o seu almoço.

- Ele coloca 50 cêntimos no seu mealheiro em cada dia em vai de autocarro para a
escola e compra o seu almoço.

- Ele não coloca dinheiro no seu mealheiro em cada dia em vai de autocarro para a
escola e não compra o seu almoço.

Calcula o valor esperado de dinheiro que o Henrique coloca no seu mealheiro numa
semana de aulas de 5 dias. Supõe que o modo como o Henrique vai para a escola num
dia não influencia o transporte noutro dia qualquer, e que o mesmo acontece com o
almoço.

(adaptado de exames da Nova Zelândia, 2009)

82 Testes de tempo limitado


6. No Dia da Diversão Matemática, um dos jogos envolve a escolha aleatória de uma das se-
guintes cartas de uma caixa:

M A T E M A T I C A

Regras do jogo:

- Escolhe uma carta e ganhas o jogo!

- Se não sair uma carta M recoloca essa carta na caixa e recomeça o jogo. Escolhe uma carta
M na segunda tentativa e ganhas o jogo! Se não sair uma carta dessas na segunda tentativa
perdes o jogo!
6.1 Se for escolhida uma carta da caixa, qual a probabilidade de que seja uma carta M?
6.2 Qual a probabilidade de ganhar este jogo?

(adaptado de exames da Austrália, estado de New South Wales, 2000)

7. Um jogo consiste em lançar dois dados regulares. O resultado é a soma dos valores obtidos
nos dois dados. O prémio é dado de acordo com as seguintes regras:

- A soma de 11 ou 12 dá um prémio de 100 euros

- A soma de 9 ou 10 dá um prémio de 50 euros

- A soma de 7 ou 8 dá um prémio de 15 euros

- A soma de 6 ou menos não dá qualquer prémio.

A variável aleatória X representa o prémio num jogo.

7.1 Explica porque .

7.2 Completa o preenchimento da seguinte tabela:

t 0 15 50 100

7.3 Determina a probabilidade de ganhar um prémio.


7.4 Determina o valor médio E(X).

(adaptado de exames da Dinamarca, 2007)

Testes de tempo limitado 83


8. A Alice está a analisar o peso das ovelhas nascidas na sua quinta.
8.1 Ela descobre que o peso médio é 1,5 kg e o desvio padrão é 0,125 kg. Ela parte do
princípio que os pesos têm uma distribuição normal. Qual é a probabilidade de uma
ovelha, escolhida ao acaso, pesar entre 1,5 kg e 1,7 kg?
8.2 O Rafael calcula que a probabilidade de uma ovelha pesar entre 1,3 kg e 1,7 kg é 0,9.
Ele pensa que as ovelhas devem ser mais leves do que a Alice concluiu. Explica porque
é que não é provável que isto seja verdade.
8.3 Qual a probabilidade de uma ovelha escolhida ao acaso da quinta da Alice pesar mais
do que 1,8 kg?
8.4 Uma ovelha é considerada com peso a menos se pesar menos de 1,25 kg. As ovelhas
com peso a menos raramente sobrevivem. Alice espera que lhe nasçam 6400 ovelhas
este ano. Quantas ovelhas deve ela esperar que morram devido a peso insuficiente?

(adaptado de exames da Nova Zelândia, 2011)

84 Testes de tempo limitado


T5
Teste 5 – Probabilidades
90 minutos

Calculadora autorizada

I Parte
1. Uma comissão numa escola consiste inclui 1 subdiretor, 2 professores e 3 estudantes. O nú-
mero de comissões diferentes que podem ser formadas com 2 subdiretores, 5 professores e 9
estudantes é

(A) 20 160

(B) 8 008

(C) 1680

(D) 90

(adaptado de exames do Canadá, estado de Alberta, 2001)

2. Num baralho comum de 52 cartas, quantas mãos diferentes de 4 cartas existem que conte-
nham no máximo uma carta de copas?

(A) 91 403

(B) 118 807

(C) 188 474

(D) 201 058

(adaptado de exames do Canadá, estado de British Columbia, 2006)

3. O David tira uma carta ao acaso de um baralho contendo 12 cartas vermelhas, 10 cartas
amarelas, 5 cartas azuis, e 8 cartas verdes. Qual é a probabilidade de que selecione uma carta
azul ou uma carta vermelha?

(A) 5/35

(B) 12/35

(C) 17/35

(D) 18/35

(adaptado de exames da Austrália, estado de New South Wales, 2000)

Testes de tempo limitado 85


4. O diretor de um colégio leu numa revista que os pés das mulheres estavam a aumentar. Há
alguns anos, a média do tamanho dos calçados das mulheres era de 35,5 e, hoje, é de 37,0.
Embora não fosse uma informação científica, ele ficou curioso e fez uma pesquisa com as
funcionárias do seu colégio, obtendo o quadro a seguir:

Tamanho dos calçados Número de funcionárias


39 1
38 10
37 3
36 5
35 6

Escolhendo uma funcionária ao acaso e sabendo que ela tem calçado maior que 36,0, a pro-
babilidade de ela calçar 38,0 é

(A) 1/3

(B) 1/5

(C) 2/5

(D) 5/7

(E) 5/14

(adaptado de exames do Brasil, 2010)

5. A probabilidade de a Lisa ganhar um jogo é . Nenhum jogo termina num empate. Se ela

jogar dois jogos, qual é a probabilidade de perder ambos?

(A)

(B)

(C)

(D)

(adaptado de exames do Canadá, estado de Manitoba, 2007)

86 Testes de tempo limitado


6. Um código postal no Canadá é constituído por 3 letras e 3 dígitos ordenados de modo que
tem primeiro uma letra, depois um dígito, depois uma letra e um dígito, e mais uma letra e
um dígito. A primeira letra deve ser V, W ou X mas não há restrições sobre as outras letras
ou dígitos. Um exemplo de código postal é V0N 5Y2. Quantos códigos postais diferentes são
possíveis?

(A) 1 259 712

(B) 1 478 412

(C) 1 728 000

(D) 2 028 000

(adaptado de exames do Canadá, estado de British Columbia, 2005)

7. As primeiras 7 linhas do triângulo de Pascal são dadas a seguir:

1 1
1 2 1
1
1 3 3 1
1
1 4 6 4 1
1 3
1 5 10 10 5 1 1 4
1 6 15 20 15 6 1 1 5 ?
1 6 15
O coeficiente de no1desenvolvimento
7 21 35do binómio
35 21 7 1 é igual a
1 7 21 35
1 8 28 56 70 56 28 8 1
(A) 1080 1 ? 28 56
1 9 36 84 126 126 84 36 9 1 1 9 36 84 126
(B) 540
1 10 45 120 210 252 210 120 45 10 1 1 10 45 120 210 2
(C) –10

(D) –540

(E) –1080

(adaptado de exames da Austrália, estado de Victoria, 2003)

Testes de tempo limitado 87


8. O coeficiente do terceiro termo do desenvolvimento de é

(A) 21

(B) 35

(C) 84

(D) 140

(adaptado de exames do Canadá, estado de British Columbia, 2005)

II Parte

9. Suponhamos que um termo do desenvolvimento de , com b positivo, é

Determina o valor de b, arredondado às décimas.

(adaptado de exames do Canadá, estado de Alberta, 2001)

10. O João, a Amélia e o Frederico tentaram resolver o seguinte problema:

“Numa certa cidade, durante toda a vida de cada pessoa a probabilidade de ter diabetes é
0,1 e a probabilidade de ter cancro é 0,05. Qual a probabilidade de uma pessoa ter ou cancro
ou ter diabetes durante toda a sua vida?”

Suponhamos que C é o acontecimento “ter cancro” e D é “ter diabetes”. Cada um dos estu-
dantes propôs uma solução diferente:

Solução do João: P(C e D) = 0,1 × 0,05 = 0,005

Solução da Amélia: P(C ou D) = 0,1 + 0,05 = 0,15

Solução do Frederico: P(C ou D) = 0,1 + 0,05 – 0,005 = 0,145


10.1 Qual dos estudantes tem a resolução correta?
10.2 Explica porque é que as outras duas soluções não estão corretas.

(adaptado de exames do Canadá, estado de Nova Scotia, 2008)

11. Se n > 3 e estão em progressão aritmética qual é o valor de n?

(adaptado de exames de Itália, 2010)

12. É mais provável obter pelo menos um 6 lançando quatro vezes um dado cúbico equilibrado
ou obter pelo menos um 12 lançando vinte e quatro vezes dois dados?

(adaptado de exames de Itália, 2007)

88 Testes de tempo limitado


Soluções 2.3.2

1 – Exercícios globais de 2.ª oportunidade 2.3.3

2.3.4
C1
3.
Capítulo 1 – É possível? É provável?
3.1
Pratica ↑
3.2 : sair o valete de copas
1.
: sair o 10 de copas
1.1 “é quase impossível”
1.2 “é pouco provável” : acontecimento impossível

1.3 “ é bastante provável” : sair valete ou sair copas


1.4 “ é bastante provável”
: sair copas ou o 10 de ouros
1.5 “ é quase certo”
: sair valete, ou
sair o 10 de copas ou de ouros
2.

2.1 4.
4.1 M: ter sexo masculino ; F: ter sexo
2.2 feminino

2.2.1
( )( )(
⎧ M,M,M , M,M,F M,F,M , M,F,F

S =⎨
)( ),⎫⎪⎬
2.2.2 ( )( )(
⎪ F,M,M , F,M,F , F,F,M , F,F,F
⎩ )( ) ⎪

2.2.3 4.2 7 Ocorrências

2.2.4 4.3 Diagrama de Venn:

2.2.5 Seja A o acontecimento: “pelo me-


nos um dos filhos é do sexo mascu-
lino”.
2.2.6

2.2.7

2.2.8
2.3

2.3.1

Soluções 89
⎧(L,L,L);(L,L,V ,L);(L,V ,L,L);(L,V ,V ,V );⎫
⎪ ⎪
A S = ⎨(L,L,V ,V ,L);(L,V ,V ,L,L);(L,V ,L,V ,L); ⎬
(M,M,M) (F,F,F) ⎪(L,L,V ,V ,V );(L,V ,L,V ,V );(L,V ,V ,L,V ) ⎪
⎪⎩ ⎪⎭
(M,M,F)
7. A: “sair face par”.
(M,F,M)

(M,F,F) : “não sair face par”.

(F,M,M)
⎪ { }{ }{ }{ }{ }
⎧ 1,1 , 1, 3 , 1, 5 , 1,7 , 1, 9 , ⎫

(F,M,F) ⎪
{ }{ }{ }{ }{ } ⎪
A = ⎨ 3, 5 , 3,7 , 3, 9 , 5, 5 , 5,7 , ⎬

{ }{ }{ }{ }
⎪ ⎪
(F,F,M) ⎪ 5, 9 , 7,7 , 7, 9 , 9, 9 ⎪
⎩ ⎭

S Pensa e Resolve ↑ ↑

5. 8.

5.1 Utilizando uma tabela de dupla en- 8.1 A: sair a face com o número um
trada: 8.2 B: sair um número natural inferior
a dez

⎪ {1,1}, {1,2}, {1, 3}, {1, 4}, {1, 5}, {1, 6}, ⎫⎪ 8.3 C: sair o número dez


S=⎨
{2,2}, {2, 3}, {2, 4}, {2, 5}, {2, 6}, {3, 3}, ⎪⎪⎬ 9.
⎪ {3, 4}, {3, 5}, {3, 6}, {4, 4}, {4, 5}, {4, 6},⎪⎪
{5, 5}, {5, 6}, {6, 6}

⎪ ⎪ 9.1
⎩ ⎭

5.2 9.2

{ } { } { } { } { },⎫⎪⎬
⎧ 5,1 , 5,2 , 5, 3 , 5, 4 , 5, 5

9.3

{ } { } { } { } ⎪⎭
⎪ 5, 6 , 5,7 , 5, 8 , 5, 9

9.4
10. Considerem-se os acontecimentos,
5.3
X: sai bola amarela
⎪{ }{ }{ }{ }{ }{ }
⎧ 8,1 , 8,2 , 8, 3 , 8, 4 , 8, 5 , 8, 6 ,⎫
⎪ Y: sai bola roxa

{ }{ }{ }{ }{ }{ }
⎨ 8,7 , 8, 8 , 8, 9 , 9,1 , 9,2 , 9, 3

,⎬

{ }{ }{ }{ }{ }
⎪ ⎪ 10.1
⎪ 9, 4 , 9, 5 , 9, 6 , 9,7 , 9, 9 ⎪
⎩ ⎭
10.2
6. L: vence a equipa de Lamego
10.3
V: vence a equipa de Viseu.
10.3.1

90 Soluções
.]

Utilizando a representação em diagramas


de Venn podemos observar

A B A
10.3.2 Acontecimento certo:

Acontecimento impossível:

S S
11. A: sair face par

B: sair face menor


A que 3 B A B

S, , , de S

onde
Na hipótese de , temos
, logo não é um acontecimento
impossível.

Reflete ↑ ↑ ↑ Na hipótese de , temos


, ou seja é um acontecimento
12. impossível.

12.1 Falso. Basta considerar o aconte- Concluímos assim que para que
cimento formado por todos os ele- ser impossível, os conjuntos tem
mentos do espaço amostral. de ser disjuntos, ou seja não tem elemen-
tos em comum, .
12.2 Falso. Basta considerarmos um
acontecimento coincidente com o
conjunto vazio.
C2
12.3 Verdadeira.
Capítulo 2 – Probabilidades
13. Se é impossível então .

Por hipótese, por não se Pratica ↑


tratarem de acontecimentos impossíveis e
de forma análoga, , por não
se tratarem de acontecimentos certos. 1.

Ficamos então com duas hipóteses, ou


ou .
2.
[Sendo que, como são diferentes,

Soluções 91
3. A: sair número par

3.1 B: sair número impar

3.2
8.3 Considerando os acontecimentos da
alínea anterior, verifica-se que
4.
.

4.1
8.4 Considerem-se os acontecimentos

A: sair número divisor de 5


4.2
B: sair número divisor de 6

4.3
{ } { }
A = 1, 5 ; A = 2, 3, 4, 6 ;

B = {1,2, 3, 6} ,B = {4, 5} ;

5. P(A) ≥ P(B)

5.1
9. {
A ∩ B = 1,2, 3, 4, 6, 8 ;}
5.2 P((A ∩ B) ∪ (A ∩ B)) = 1

5.3 10.

6. 0, 01 11
10.1
7. − 12

8. Consideremos, por exemplo, a experiên-


cia aleatória que consiste no lançamento 1
10.2
de um dado equilibrado numerado de 1 12
a 6.
8.1 Considerem-se os acontecimentos Pensa e Resolve ↑ ↑
A: sair um número primo
11. 11
B: sair um número menor que 3 12

12. Consideremos, por exemplo, a experiên-


cia aleatória que consiste no lançamento
de um dado equilibrado numerado de 1
a 6.
8.2 Considerem-se os acontecimentos
12.1 Considerem-se os acontecimentos

92 Soluções
A: sair um número par 14.2

B: sair um número impar


14.2.1

14.2.2
3 1
P(A) = = ; 14.2.3
6 2
3 1 15. Consideremos, por exemplo, os conjuntos
P(B) = = ;
6 3
P(A) = P(B) { } {
A = 1,2, 3 e B = 4, 5, 6 }
12.2 Considerem-se os acontecimentos A e B são acontecimentos incompatíveis

A: sair número primo 16. −

B: sair número impar Reflete ↑ ↑ ↑

17. O jogo não é equitativo pois o João tem


mais probabilidade de ganhar que a Ma-
ria.
18. O “meu” adversário é favorecido neste
jogo.
12.3 Considerando os acontecimentos da
alínea anterior, também temos 19.
. 19.1 Falso.
19.2 Falso.
12.4 Considerem-se os acontecimentos
19.3 Falso.
A: sair número divisor de 6 19.4 Verdadeira.
B: sair número divisor de 5 19.5 Falso.

{ } { }
A = 1,2, 3, 6 ;A = 4, 5 ;
20.

B = {1, 5} ;B = {2, 3, 4, 6} ;
20.1

P(A) < P(B) Não CMA CMA total


Feminino 171307 13354 46,6%
13. Masculino 196304 15303 53,4%
367611 28 657 396 268
20.2 Consideremos os acontecimentos,

A: É um estudante de Ciências,
Matemática e Informática – CMA
14. Considere-se o acontecimento
14.1

Soluções 93
B: É do sexo feminino
3.2

4.

C: Estuda Ciências, Matemática e 4.1


Informática – CMA e é do sexo fe-
minino

4.2

5.
D: É do sexo masculino e não es-
tuda Ciências, Matemática e Infor- 5.1
mática – CMA

5.2

20.3 A e D são incompatíveis pois são


conjuntos disjuntos.
5.3
20.4

E: É estudante CMA, ou do sexo


masculino
5.4

5.5

C3
Capítulo 3 – Probabilidade condicionada 5.6

Pratica ↑ 6.

1. 6.1 14
6.2 6
2.
6.3 14

3. 6.4 16
6.5 7
3.1
7.

94 Soluções
16.1
7.1

16.2

7.2 17. −
18. −

8. Reflete ↑ ↑ ↑

19.
Surdo Não surdo
9. Masculino 0,0021 0,5289
Feminino 0,0019 0,4671
10.
20. Não.

10.1
21.

22. Sim.
10.2
23. −

11. Nada se pode dizer.


12. Nada se pode dizer. C4

Pensa e Resolve ↑ ↑ Capítulo 4 – Distribuição de probabilida-


des

13.
13.1 15,3%
Pratica ↑

13.2 1,1% 1.

13.3 94,2%% 1.1


13.4 5,8% 1.2
14. 1.3
14.1 0,94 2.
14.2 0,95 0 1 2
14.3 0,24
15. 0,5002
16.
3.

Soluções 95
11. O valor obtido para a pontuação de cada
y
resposta certa é 5.856, pelo que arredon-
1,0
dado às unidades, cada resposta certa
0,8
deve valor 6 pontos.
μ= 1
0,6
σ = 0,5
C5
0,4

Capítulo 5 – Análise Combinatória


0,2

x Pratica ↑
–4 –2 0 2 4

1. 6760000
4. Média = 3,45 e Desvio Padrão = 1,69
2. 1470000
5.
3. 2600
5.1 0,95221
4. 21; 42
5.2 0,999571
5. 120
5.3 0,5
6. 120
Pensa e Resolve ↑ ↑
7. 6

6. 8. 720
9. 4294967296
7. é uma proposição 10.
verdadeira, dado que a distribuição nor-
mal é centrada relativamente à média. 10.1 44352
Como o 3 está mais afastado do 5 do que
o 6 e como queremos saber qual a área, 10.2
abaixo da curva, que é maior. Então a
área para é maior do que a área
para . Pensa e Resolve ↑ ↑
8.
11. uma letra
8.1 Média = 3
12.
8.2 Desvio Padrão = 3,6
12.1 8,7 × 10−27
9. P = 0,3456
12.2 0,000009
Reflete ↑ ↑ ↑
13. 907200
10. 14. 20160
10.1 15. 5040
10.2 16. 6

96 Soluções
17. 720
C6
18. 24
Capítulo 6 – Triângulo de Pascal e Binó-
Reflete ↑ ↑ ↑ mio de Newton

19. Pratica ↑
19.1 105
1.
19.2 58905
1 5 10 10 5 1
19.3 10660
1 6 15 20 15 6 1
19.4 42840
2. 10; 20; 8; 56; 126; 36; 120; 45
19.5 45815
3.
20.
20.1 0,0476 3.1
20.2 0,9988 3.2
20.3 0,00119
4.
21.
Pensa e Resolve ↑ ↑

5. a = 1; b = 5; c = 10; d = 10; e = 5;


22. f = 1
6. 3 e 14
23.
7. 7.º termo ; 8.º termo
23.1
23.2 n – r + 1
8.
24.
9.

25.

26.
Reflete ↑ ↑ ↑

27. 10.

10.1

Soluções 97
T
y
h(x) = 1 x 100
3

80 T(t) = 20 + 60e 0,11t

5
1.2 60
10.2
x 40 y
f (x) = 2x
–6 –4 –2 2y 4 = 26x
f (x) 20 8
11. –5 0 t
4 6
12. Não tem solução. 0 10 20 30 40 50 60 70
2 4 h(x) = f (x 1) = 2x 1

g(x) = f ( x) = 2 x

x 2
x –6 –4 –2 C7 2 4 6
–2
x
Capítulo 7 – Função
–4 exponencial –6 –4 –2 2 4 6

Pratica ↑
1.3
1.
y y
f (x) = 2x
y
5 f (x) = 2 10
x

10
4g(x) = y
2 8
x x
100 y
8 8N(t) = A
3 97 6
f (x)y= 2x
6
h(x) = 1 x 3

6
2 4 4
x
00 x
4 100
5
4 1 4 =A
T(t) 2 2 k(x) = |f (x)| = |2x | = 2x = f (x)
P(t) = A2 x
2
84 g(x) = f ( x) = 2 x
0 2 x x x
x
0 5 10 15 20 25 30x – 6 – 6 – 4 – 4 – 2 – 2 –0 2 2 2 4 4 6
x –6 –4 –2 2 4 6
–6 –4 –2 0 2 4 x
6 –4
–6 –4 –2 2 4 6 –5
1.4 A
= 2x 1.1
y
f (x) = 2x y y
8
f (x) = 2x
y 8
f (x) = 2 x 8
6 L(x) = 2f (x) = 2 2 x
f (x) = 2x
4 6 6
1 h(x)1 = f (xx 1) = 2x 1
4 M(x) = =2 y
= y
f (x) 2x 2 4 24 h(x) = f (x 1) = 2x 1
f (x) = 2x g(x) = x

8
g(x) = f ( x) = 2 8
x
2
x 2 2
x –6 –4 y –2 6 2 4 6 6
– 2 x= A(1,15)
M(t) x
x x
4 –6 –4 –2 2 4 6 4 y
8
–4 –6 –6–4 –4–2 –2 2 42 4 4 6 6
5
6 2
2
x
4
100 x 10
4 N(t) = A x =A
N(t)
–6 –4 –2 2 4 976 3 97
–6 –4 –2 2 4 6
2 x 2
x P(t) = A2 x 100 x
T(t) = A 100
1 T(t) = A
30 0 x 84
P(t) = A2 x
84
0 g(x) =
5 10 y 15 20 25 30 0
x) = 2x 2 T
x

y 8 0 5 10 15 20 25
h(x) = 1 x 100 y
3

h(x) = 1 x 3
6 80 T(t) = 20 + 60e 0,11t

98 5 Soluções
4 60 5

y x 40
2
y
f (x) = 2x y
8 1.5 A 4.3
8
6 1 1 5.
L(x) = 2f (x) = 2 2 y (x)
f (x) =f 2x = 2
x x
M(x) = =y 2 y 6
y
x
=
1)==2x 2x f1 (x) = 2 8
x
f (x) h(x)
2x = f (xf (x) g(x) =2 x
4
8 5.1 4 8
4 6
2
6 5.2 2
2
6 = f (x
4 h(x) 1) = 2x 1

x
4 = f ( x) = 2
g(x) x
x

–6 –4 –2 2 4 6 x 2 4
–6 –4 –2 2 4 6
x –6 –4 –2 2 4 6
–2 2 5.3 2 x
–4 –6 –4 –2 2 4 6
x
x
y
–6 –4 2 =2 2 4 6 Pensa e Resolve y
– 6 ↑– ↑
f–(x)
4 –2 2 4 6
x

8
8
2. A 6 6. L(x) = 2f (x) = 2 2 x
f (x) = 2x
6
2.1 4 h(x) = f (x 1) = 2x 1
T
y 4
h(x) = 1 x 100
3
2 y
g(x) = 2 2
x

80 T(t) = 20 + 60e 0,11t

5 8 x
y x
–6 –4 –2 2 4 6 60 h(x) = 1 x3
6
6.1 –6 –4 –2 2 4 6
x 40
4 5
–6 –4 y– 2 2 4 6 20

–5 2 y
5 0 M(t) = A(1,15)x t
x
x 0 10 8 20 30 40 50 60 70
4 x –6 –4 –2 2 4 6
6
–6 –4 –2 2 4 6 6.2 80� –5
3 x 6
100 x
T(t) = A 6.3 Aproximadamente
T 3,7 minutos 100
2 84 4 N(t) = A
y
h(x) = 1 x 3
6.4 Nos primeiros100dois minutos 97
1
2 80 T(t) = 20 + 60e 0,11t

0 5 x 6.5 No
P(t)instante
= A2 x inicial T(t)
60
0 5 10 15 20 25 30 6.6 A 0
temperatura tende a igualar a
x temperatura0 40 5
ambiente, 10 que 15é de 20 25 30
–6 y –4 –2 2 4 6 20�. O gráficoy20dá-nos
f (x)a= informação
2x
5 –5 de que a reta
10 0
de equação
y t
M(t) = A(1,15)x é assíntota do gráfico de T, o que
4
8 8 0afirmámos.
10
y 20 30 40 50 60 70
x
100 confirma o que
N(t) = A
3 97 6 5

0
x
2.2
2 {9, 94, 0, 0,74}
6
x 100
x
7.
4 4
100
4 N(t) = A
100 8. N(t) = A
1 T(t) = A 2 3
4
84
97 k(x) = |f (x)| = |2x | = 2x = f (x) 97
3.
P(t) = A2 x
8.1 x 0
0 2 x 2 x
x 100 x
4. P(t) = A20
x
5 10 15 20 25 30
T(t) =A 8.2 – 6 0 – 4 –2 0
100
12 4 T(t) = A
30 0 x 84
P(t) = A2 x
84
4.1 0 5 10 15 20 25 30 8.3 +∞ 0
0 5 10 15 20 25
4.2 y y
f (x) = 2x
5 10
Soluções 99
x
4 x
8
00 100
N(t) = A
7 3 97 6
–4 –

9. ne. Se fosse tomado


y o doente
f (x) = 2x nunca mais acor-
f (x) = 2x
y
8 daria.
y 9.1
1 = A(1,15)
1
M(t) x
M(x) = 4
= =2 x y 10.4 6 =y 2 y
8 f (x) = 2x g(x) x
f (x) 2 x

8
8h(x) =
2 4 5 f (x 1) = 2x 1

6
9.2 g(x) = 6f ( x) = 2 x
x
x
4 6
x
100 2 100
–6 4– 4 –2 2
N(t) A N(t) = A
44 6
=
–2 97 3 4 97
9.3 x
2 –4 2 –6 –4 –2 2 2 24 6
x

P(t) = A2 x 100 x
T(t) = A 100
Reflete
0
↑↑↑ x x
84 1 T(t) = A
P(t) = A2 x
84 x
0 –56 4
–10 –152 20 2
25 4
30 6
10. –6 – 40 –2 2 4 6 x
0 5 10 15 20 25 30

10.1 ; ;

g(x) = 2 x y 10.5 O Pentobombitone, pois permite


... 8 adormecer com alguma facilidade e
y
desaparece
h(x) = 1 x 3do sangue mais rápido
10.2 6
que os outros.
5
y
4
10.6 4 horas. Não.
y
5 2 M(t) = A(1,15)x
10.7 x
8
4 x –6 –4 –2 2 4 6
–6 –3 4 –2 2 4 x 6 mg/L 6 –5
100 x
T(t) = A 8 100
2 84 4 N(t) = A
97
1 6
2
0 x 100
4 P(t) = A2 x
T(t) = A
0 5 10 15 20 25 30 0 x 84
2 0 5 10 15 20 25 30

10.3 0 t em minutos
0 50 100 150 200 250

y
M(t) = A(1,15)x 1 hora 1 hora 1 hora 1 hora
8 y

5
6 A concentração máxima nunca ul-
trapassará 8mg/l.
4
x x
100 100
4 N(t) = A N(t) = A
97 3 97
Se considerarmos a sucessão das
2 2
( ) ao fim de 1, 2, 3,
x
100
quantidades qn
x
P(t) = A2 x
T(t) = A 100
1 T(t) = A
n horas
P(t) =terão
0 x 84
A2 x q = 4 × 0, 5 84
0 5 10 15 20 25 30 1
0
0 5 10 15 20 25 30

O medicamento que não é real é o Methohexito-

100 Soluções
(
q2 = 4 × 0, 52 + 0, 5 ) 15.1 3,5
15.2 1,79

(
q3 = 4 × 0, 53 + 0, 52 + 0, 5 ) 16.

(
qn = 4 × 0, 5n + 0, 5n − 1 + ... + 0, 5 ) 16.1

Quando n tende para infinito 16.2


tende para 4. 17.
11.
17.1 c(6) = 12 ln(6) + 200 ≈ 221, 501
11.1 1,124 × 10−186 c(60) = 120 ln(60) + 200 ≈ 691, 321

11.2 2,106 anos. 17.2


11.3 – Pensa e Resolve ↑ ↑
12.
12.1 1% 18.

12.2 O pior momento ocorreu no 20.º dia


com uma percentagem de 54,6%
19.
12.3 A partir do 40.º dia.
12.4 42,52% 20.

20.1 ;
C7
Capítulo 8 – Função logarítmica 20.2 x ∈]2, 68, +∞[

21. −
Pratica ↑
22.
13. 23.
13.1 23
23.1
13.2
13.3 0
14. 23.2

14.1 4,25
23.3
14.2 14,25
24.
15.
24.1 Estimativa: 8 ; Valor aproximado:

Soluções 101
7,96
29.3
24.2
25.
29.4
25.1
25.2
25.3
2 – Recomendações do GAVE

Reflete ↑ ↑ ↑
C1
26. Não! Capítulo 1 – Resolução de problemas da

27. vida real

27.1 Falso!
6.
Com e vamos obter 6.1 462
a igualdade numérica falsa:
log(2) 6.2 44
log 2(10) = ⇔ 3, 32 = 0, 30
log(10) 6.3 84

27.2 Falso! 7. 1/3; 1/3

Com e vamos obter 8.


a igualdade numérica falsa: 8.1
ln(2)
log 2(10) = ⇔ 3, 32 = 0, 30
ln(10) 197 17 –3

27.3 Verdadeira! (Veja-se a página 100


1 9 9
do manual)
100 100 10
27.4 Verdadeira! (Veja-se a página 100
do manual) 8.2 Olhando para a tarefa 3 o jogo parece
28. ser do mesmo tipo pois há o dobro de ras-
padinhas e o dobro de prémios. Calculando
28.1 − o valor esperado obtemos E(X) = 0,8 e assim
o jogo é favorável aos jogadores pois sendo
verdade que há o dobro de raspadinhas e o
28.2 606
29. dobro de prémios, os prémios têm também
o dobro do valor pelo que este jogo é muito
diferente do jogo da tarefa 3.
29.1
8.3 Poderia alterar o valor dos prémios, ou
o número de prémios de modo que o valor
29.2 esperado viesse igual a zero.

102 Soluções
9. 16.2
9.1 1

9.2 5 17.
22 500 euros.
Tem de ser pelo menos n = 3 para haver
17.1
10.
pelo menos 120 apostas distintas pois ⎜ 12 ⎟ = 66 Aproximadamente 14 614 euros.
⎛ ⎞
17.2
⎝ 2 ⎠
e ⎜ 12 ⎟ = 220
⎛ ⎞
⎝ 3 ⎠ 17.3 25%

18.
11.
18.1 f(x) = ln x se 1 ≤ x ≤ 6 e f(x) = ln
210
(–x + 12) se x < 6 ≤ 11
11.1

21 semanas
f(6) = ln 6 ≈ 1,79
11.2.1
18.2
11.2.2 21 partidas
19.
12. 60 19.1
13.
96,5 18,5 6,5 –0,5 –2,5 –2,5
13.1 28

13.2 18 1 9 36 84 126 126


2 9
2 9
2 9
2 9
2 9
29
13.3 20

14. –0,5 6,5 18,5 96,5

14.1 28 84 36 9 1
2 9
2 9
2 9
29
14.2 56; 48; 8.
19.2 O valor esperado é positivo (favorá-
14.3 8 vel ao jogador) e aproximadamente igual a
0,55
14.4 12
19.3 A probabilidade de acertar em 3
14.5 24 números e 2 letras é de 1 em
15. 6; 12; 24 19.4 Seria igual pois havendo apenas 4
16. letras, acertar em 2 letras ou acertar em
zero letras tem igual número de possibilida-
16.1 des.

19.5 O valor esperado é negativo (favorá-


1 1,5 2 vel aos organizadores) e aproximadamente
igual a –0,197

Soluções 103
19.6 Um exemplo de composição é: ma poderia não dar mais de 100 euros a cada
um ((0,5 – 0,303) × 10000 = 1970). Será que o
“Tendo em consideração que há lucro esperado trabalho e as privações para levar um concurso
para o apostador no concurso da Escola Secun- destes á frente compensarão?
dária Sidónio Pais, conforme o trabalho feito na
resposta à questão 2, tal significa que, em mé- Poderíamos proceder a alterações de modo a tor-
dia, de cada vez que um jogador lança um disco nar o jogo lucrativo para os alunos da Escola
não será angariado qualquer financiamento para Secundária Sidónio Pais, e para tentar aumentar
a viagem de finalistas como ainda haverá lugar o lucro da escola de Baixo.
a prejuízo. No concurso da Escola Secundária
Relativamente à Escola Secundária Costa Lobo
Costa Lobo, o valor esperado para o apostador é
poderia ser feito um aumento ligeiro do valor
inferior ao valor que tem de pagar pela aposta, o
das apostas, mas de modo a não afastar os po-
que origina que em média, por cada aposta, ha-
tenciais apostadores, ou então diminuir o valor
verá lucro para os alunos. Assim, é obviamente
do prémio, mas aí talvez diminua mais o inte-
melhor, na perspectiva dos alunos, o concurso a
resse dos apostadores, mais do que o provocado
realizar na Escola Secundária Costa Lobo, o Bai-
por um ligeiro aumento no valor da aposta. Po-
xocentenas. É aliás o único que pode permitir o
deria também fazer-se campanhas publicitárias
cumprimento do objectivo para o que foi criado,
de modo a aumentar o interesse no jogo. Se se
financiar, pelo menos em parte, a viagem de fi-
aumentar o valor da aposta para 0,75€, o lucro
nalistas. No entanto, é também muito arriscado,
esperado por aposta será já de cerca de 0,447 €
uma vez que os alunos poderão não garantir o
(0,75 – 0,303), o que daria já 4470 € ao fim de
pagamento dos prémios.
10000 apostas, ou então bastariam pouco mais
Sabe-se, pela lei dos grandes números, que a de 4000 apostas (1970 : 0,447 ≈ 4407) para dar
frequência relativa dos acertos nas chaves pre- sensivelmente o mesmo lucro que daria com os
miadas estabilizará à volta do valor de proba- 0,50€ por aposta ao fim das 10000 apostas.
bilidade, utilizado para calcular o valor espera-
Relativamente ao concurso da Escola Secundária
do, se se realizar um número muito elevado de
Sidónio Pais, bastaria aumentar a aposta para
experiências, pelo que é perfeitamente possível
um valor superior ao valor esperado para o apos-
haver, por exemplo, 5 ou 6 apostadores a obter
tador, ou seja, 4 €, por exemplo. No entanto
o 1º prémio nas duas primeiras semanas, o que
cada aposta não daria para 1 cêntimo de lucro
obrigará os alunos a terem um plafond de mais
(4 ­– 0,3997 = 0,003), o que faria com que demo-
de 1000 euros para fazer face aos custos, e pior
rasse mais do que o possível para atingir os ob-
será se nas duas semanas seguintes houver mais
jectivos e, ainda por cima, baixar os valores dos
três ou quatro vencedores.
prémios tornaria o jogo ainda menos apetecível.
Por outro lado, em termos práticos há um pro- Se a aposta fosse superior a 4 euros, conside-
blema difícil, ou mesmo impossível, de ultrapas- ro que começaria a ser improvável a adesão de
sar. Para se chegar com segurança ao lucro pode apostadores, e mesmo a 4 euros não sei se não
ser necessário fazer tantas experiências que não seria igualmente difícil. Mais vale adoptarem o
chegarão as apostas feitas na escola, mesmo que concurso dos seus colegas da Escola Secundária
se prolongue o concurso por um ano inteiro, o Costa Lobo, ou é melhor prepararem-se para um
que se justifica mais uma vez por causa da lei ano penoso e infrutífero.”
dos grandes números. E mesmo que esse lucro
20. A
venha a ocorrer, e considerando um pouco arti-
ficialmente que não haverá grandes desvios en- 21. B
tre os valores de probabilidade e as frequências
relativas, seriam necessárias 10000 apostas para 22. C
se obter um lucro a rondar os 2000 euros, o que 23. A
para uma viagem para todos os alunos da tur-

104 Soluções
40. A
C2
Capítulo 2 - Problemas que envolvem cál-
culos mais elaborados no conjunto dos nú-
C4
meros reais
Capítulo 4 - Exercícios que pressupõem ra-
ciocínios demonstrativos
28.
43. –
28.1
44. –
45. –
28.2 46. –
47. –
29.

29.1 C5

Capítulo 5 - Utilizar a calculadora gráfi-

29.2 ca para resolver problemas

50. –
30. 1,030 377 509 393 765 625
51. –
31. 52. A condição dada tem domínio
mas a condição tem apenas por
32. p=4
domínio  + e não o domínio da equação que
33. pretendia resolver, pelo que a primeira equiva-
lência não é válida. Daí não ter determinado a
33.1 28
solução negativa.
33.2 84
3 – Testes de tempo limitado
33.3 1

33.4 2013 T1
34. B Teste 1 – Probabilidades – Escolha múl-

35. B
tipla

36. A 1. A
37. C 2. B
38. C 3. A
39. D 4. B

Soluções 105
5. C 2.
6. C 2.1 4/15
7. B 2.2 14/45
8. D 3. 1/90
4.

T2 4.1 0,7031

Teste 2 – Probabilidades – Escolha múl- 4.2 0,24733


tipla
4.3 0,55385
1. B 5.
2. B 5.1 Se tomarmos A: “Henrique vai de
carro para a escola” e B: “Henrique
3. C compra o seu almoço”, a probabili-
4. B dade de A se realizar é 0,24 e a pro-
babilidade de B se realizar é 0,32.
5. B Temos 0,24 × 0,32 = 0,0768 mas
sabemos que a probabilidade de A
6. D
e B se realizarem é 0,0864 um valor
7. D diferente. Logo os acontecimentos
não são independentes.
8. C
5.2 O valor esperado é aproximada-
mente 2,2 euros.

T3 6.
Teste 3 – Probabilidades – Itens de res- 6.1 1/5
posta aberta
6.2 9/25
1. 5/18 7.
2. 2/5 7.1 Porque existem 7 possibilidades de
saída de uma soma de 9 ou 10 (6 
3. n=7
+ 3, 5 + 4, 4 + 5, 3 + 6, 6 + 4, 5 
4. 120 +  5, 4 + 6) num total de 36 resul-
tados possíveis no lançamento dos
5. 0,45 dois dados.
7.2
T4 t 0 15 50 100
Teste 4 – Probabilidades – Itens de res-
posta aberta

1. 360/1287 7.3

106 Soluções
7.4 E(X) = aproximadamente 11. n = 7
12. É mais provável obter pelo menos um 6
lançando quatro vezes um dado..
igual a 22,6 euros.
8.
8.1 0,4452
8.2 O Rafael não tem razão pois os
valores 1,3 e 1,7 são simétricos em
relação à média prevista e sabemos
que 0,95 é a probabilidade, de acor-
do com a lei normal, de os valores se
encontrarem entre 1,5 – 2 × 0,125
e 1,5 + 2 × 0,125 que são valores
muito próximos dos estudados pelo
Rafael.
8.3 0,02275
8.4 145 ou 146 ovelhas

T5
Teste 5 – Probabilidades

1. C
2. D
3. C
4. D
5. C
6. D
7. E
8. C
9. 1,5
10.
10.1 O Frederico.
10.2 A solução do João não está correta
porque ele calculou a probabilidade
de C e D e não de C ou D. A solu-
ção da Amélia não afasta a hipótese
de C e D ocorrerem em simultâneo.

Soluções 107
Síntese
Um resumo do essencial

População – conjunto de elementos ou indivíduos (não necessariamente pessoas) com carac-


terísticas comuns.
Variável – característica comum a uma população que assume valores diferentes de indivíduo
para indivíduo.
Experiência aleatória – é o processo que permite obter uma observação ou resultado tal que:
antes da observação do fenómeno não se tem conhecimento suficiente para dizer qual dos resul-
tados se vai verificar; é possível fazer um grande número de realizações, independentes, da ex-
periência; admite-se que é possível encontrar números entre 0 e 1, que representam a frequência
relativa com que se verificam os resultados individuais de cada realização da experiência.
Espaço de resultados S – conjunto de resultados possíveis associados a uma experiência
aleatória.
Acontecimento – é um subconjunto do espaço de resultados S.
Acontecimento elementar – é um acontecimento constituído por um único resultado, ou
seja, um subconjunto do espaço de resultados S formado por um único elemento.
Acontecimento certo – é um acontecimento igual ao espaço de resultados S.
Acontecimento impossível – é um acontecimento igual ao conjunto vazio, representado por
∅ ou { }.
Acontecimento complementar ou contrário do acontecimento A – é o acontecimento
constituído por todos os resultados de S que não estão em A. Representa-se por Ac ou .
Acontecimento interseção dos acontecimentos A e B – é o acontecimento que se realiza
se e somente se A e B se realizam simultaneamente. Representa-se por .
Acontecimento união dos acontecimentos A e B – é o acontecimento que se realiza se e
somente se pelo menos um dos acontecimentos A ou B se realiza. Representa-se por .
Acontecimento diferença dos acontecimentos A e B – é o acontecimento que se realiza
se o acontecimentos A se realiza mas sem que B se realize. Representa-se por ou
Definição frequencista de probabilidade de um acontecimento A – é o valor obtido
para a frequência relativa da realização de A, num grande número de repetições da experiência
aleatória.
Definição de Laplace de Probabilidade: Se o espaço de resultados S é constituído por
um número finito n de elementos, todos eles igualmente possíveis, define-se Probabilidade de
um acontecimento A, e representa-se por P(A), a razão entre o número m de resultados favo-
ráveis a A (resultados que compõem A) e o número n de resultados possíveis (resultados que
constituem S).

108 Síntese
Axiomática da Probabilidade
As noções primitivas são: espaço de resultados; acontecimento. Considere-se um espaço
de resultados S, finito, e um conjunto W de acontecimentos (isto é, subconjuntos de S) que
satisfaçam as seguintes condições:

a) Se um acontecimento A está em W, então o seu complementar também está em W.


b) Se dois acontecimentos A e B estão em W, então a sua união também está em W.

A cada elemento associa-se um número que se chama Probabilidade de A e que se


representa por P(A). Os axiomas a que P(A) satisfaz são:
1.º axioma - A probabilidade de qualquer acontecimento é sempre maior ou igual a zero:
P(A) ≥ 0.
2.º axioma - A probabilidade do acontecimento certo, S, é 1: P(S) = 1.
3.º axioma - Se dois acontecimentos são disjuntos, a probabilidade da sua união é igual à
soma das probabilidades de cada um: se então

Propriedades das probabilidades


1. A probabilidade do acontecimento impossível é zero, isto é, .

2. Dado um acontecimento A, a probabilidade do acontecimento , contrário de A, é


dada por .

3. Dados dois acontecimentos A e B, se então .

4. Qualquer que seja o acontecimento A, .


5. Se os acontecimentos A, B e C são disjuntos dois a dois então

6. Quaisquer que sejam os acontecimentos A e B:

7. Quaisquer que sejam os acontecimentos A e B, .

Probabilidade condicional: Dados dois acontecimentos A e B, com P(A) > 0, define-se a


probabilidade condicional de B sabendo que A ocorreu e representa-se por P(B |A), ao quocien-

te

O acontecimento A é independente do acontecimento B, com P(A) > 0 e P(B) > 0, se a


probabilidade de A se verificar é igual à probabilidade condicional de A se realizar dado que B
se realizou, isto é P(A) = P(A|B)

Síntese 109
Uma distribuição de probabilidades da variável aleatória discreta X ou função massa de
probabilidade de X é um número finito de valores distintos x1, x2 ,..., xN da variável aleatória
X e um correspondente número de probabilidades

p1 = P(X = x1 ), p2 = P(X = x 2 ),..., pN = P(X = xN )

tais que se tenha:


a) 0 ≤ p ≤ 1,0 ≤ p ≤ 1,...,0 ≤ p ≤ 1
1 2 N

b) p1 + p2 + ... + pN = 1

Valor médio ou valor esperado da variável aleatória X é a seguinte quantidade:

Modelo Binomial
À variável X que representa o número de sucessos em n observações (provas) independentes
umas das outras, em que em cada observação só se podem obter dois resultados possíveis,
sucesso ou insucesso, chama-se variável aleatória com distribuição Binomial de parâmetros n
e p. O seu valor é

para k = 0,1,2,…, n, onde N(n,k) representa o número de vezes em que temos k sucessos e n – k
insucessos. Tem-se .
Modelo Normal
As principais características da curva do modelo normal são:
a) É simétrica relativamente ao valor médio µ da variável, assumindo aí o valor máximo;
b) Quanto maior for o desvio padrão σ mais achatada é a curva;
c) A área compreendida entre a curva e o eixo dos XX é igual a 1;

P(µ − σ ≤ X ≤ µ + σ ) = 0,683

P(µ − 2σ ≤ X ≤ µ + 2σ ) = 0,954

P(µ − 3σ ≤ X ≤ µ + 3σ ) = 0,997

Princípio básico da Análise Combinatória para pares ordenados: O número total de


pares ordenados que consegues formar quando para o primeiro elemento do par tens m hipóte-
ses e para o segundo elemento do par tens n hipóteses, é dado por m × n.
Arranjos Completos: Quando, de um conjunto com n elementos, escolhemos p elementos
admitindo repetições, dizemos que estamos em presença de arranjos completos (com repeti-
ção). Temos:

110 Síntese
Arranjos Simples: Dado um conjunto de n elementos o números de arranjos simples (sem
repetição) de p desses elementos é igual ao produto dos p números naturais consecutivos, por
ordem decrescente, a partir de n. Temos:

Permutações: Dado um conjunto de n elementos chamam-se permutações dos n elementos


aos arranjos desses elementos, n a n. Temos:

Combinações: são um qualquer subconjunto de p elementos escolhidos de um conjunto com


n elementos em que a ordem não interessa. Representam-se por ou ou ainda que
se lê combinações de n elementos tomados p a p. Temos:

O triângulo de Pascal – É um triângulo de números naturais em que os números dos lados


do triângulo são sempre iguais a 1 e cada elemento do triângulo (diferente de 1) se obtém so-
mando os dois elementos imediatamente acima dele na linha de cima. Cada um dos números
do triângulo de Pascal pode ser representado por uma combinação em que o valor de cima é
o número da linha e o valor de baixo é a posição na linha (começando a contar as linhas e as
posições no zero).

Fórmulas: 0! = 1, ,

Fórmula do Binómio de Newton:

Propriedades da função exponencial de base a superior a um

O domínio é  , o contradomínio é  + , a função é contínua, estritamente crescente, e injetiva.

, , , , , ,

, ,

Síntese 111
Propriedades da função logarítmica de base a superior a um:

O Domínio da função logarítmica é  + e o Contradomínio é  . A função logarítmica é contí-


nua. Os gráficos da função exponencial e da função logarítmica são simétricos relativamente à
reta y = x, a bissetriz dos quadrantes ímpares.

, ., . Se x > 1 então e se 0 < x < 1 então

, desde que w seja positivo. , desde que z e w sejam

positivos. desde que b seja positivo.


O logaritmo do produto de dois números reais (positivos) é igual à soma dos logaritmos dos
fatores:

Uma função logarítmica de base superior a um cresce para infinito mais lentamente do que
qualquer potência do seu argumento:

Fórmula de mudança de base:

Quando a base for igual a 10, o logaritmo chama-se logaritmo decimal e designa-se apenas
por log, quando a base for o número de Euler e, designa-se por logaritmo natural e escreve-
-se simplesmente ln.

112 Síntese
Jaime Carvalho e Silva
Professor Associado do Departamento de Matemática da Faculdade de Ci-
ências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Licenciado e Doutorado
em Matemática pela Universidade de Coimbra, estudou na Universidade
de Paris 6. Foi professor visitante na Arizona State University (EUA) e
é Secretário-Geral da Comissão Internacional de Instrução Matemática
(2009-2012).

Professor há 36 anos na Universidade de Coimbra, leccionou disciplinas de


Matemática para Matemáticos e Engenheiros, assim como da formação de
professores de Matemática e orientou Estágios Pedagógicos de Matemática
em sete escolas diferentes. Coordenador das Equipas Técnicas que elabo-
raram os programa de Matemática A, Matemática B, MACS, Matemática
dos Cursos Profissionais e Matemática das Escolas Artísticas. Consultor
do GAVE desde a sua criação.

Autor de Manuais Escolares do Ensino Básico e do Ensino Secundário


tendo ganho o Prémio Sebastião e Silva da SPM para Manuais Escolares
em 2005 e obtido uma Menção Honrosa em 2000.

NIUaleph 12 – Livro de Exercícios – Volume 1


Joaquim Pinto
Professor de Matemática do Ensino Básico e Secundário há 20 anos, licen-
ciado em Matemática, ramo de formação Educacional, pelo Departamento
de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de
Coimbra e Mestre em Ensino da Matemática pelo Departamento de Mate-
mática da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

Desempenhou funções de Professor Acompanhante do Novo Programa de


Matemática do Ensino Secundário e de Supervisor dos Exame de Mate-
mática A, continuando a ser classificador de Exames de Matemática A.

Orientou Estágio Pedagógico pelas Universidades de Aveiro e de Coimbra.

Formador acreditado pelo Conselho Científico Pedagógico da Formação


Contínua, nas áreas: A43 – Matemática / Métodos Quantitativos; C05
– Didáticas específicas (matemática); e C15 – Tecnologias Educativas (In-
formática / Aplicações da Informática). Dinamizou várias ações dentro dos
referidos domínios.

Vladimiro Machado
Professor de Matemática do Ensino Básico e Secundário há 30 anos, licen-
ciado em Matemática, ramo de formação Educacional, pelo Departamen-
to de Matemática da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e Obra em 2 volumes
Mestre em Ensino da Matemática pelo Departamento de Matemática da
(Não é permitida a venda em separado)
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
Edição dE autor

Desempenhou funções de Professor Acompanhante do Novo Programa de


Matemática do Ensino Secundário e de Supervisor dos Exame de Mate-
mática B. Desempenha as funções de Professor Acompanhante do Novo
Programa de Matemática do Ensino Básico.
ISBN 978-989-97839-1-1

Orientador de Estágio Pedagógico do Departamento de Matemática da


ISBN 978-989-97839-1-1
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

Formador acreditado pelo Conselho Científico Pedagógico da Formação


Contínua, nas áreas: A43 – Matemática  / Métodos Quantitativos; C05
9 789899 783911
– Didáticas específicas (Matemática); e C15 – Tecnologias Educativas (In-
formática / Aplicações da Informática).

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