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1. Inês sente-se: – enraivecida, furiosa, por ter de realizar tarefas de que não gosta – “Renego
deste lavrar” (verso 1); “e que raiva” (verso 6); – aborrecida com a vida monótona que leva –
“Oh, Jesu! Que enfadamento” (verso 5); – compadecida, compassiva, piedosa em relação a si
própria – “Coitada, assi hei de estar” (verso 10).
3.1. A Mãe mostra que já sabia que a sua filha, durante a sua ausência, não estaria a trabalhar
(vv. 37-40).
4. As comparações referem-se a animais que estão presos ou que vivem dentro de um casulo,
como Inês.
5. Inês critica a Mãe por esta ser muito lenta a encontrar um pretendente com quem se possa
casar.
7.3. Sujeito.
8.2. Nestes versos, a Mãe aconselha Inês a ter calma. Por isso, a forma verbal “precatares”
ocorre no modo conjuntivo, sugerindo uma possibilidade futura, reforçada pela forma verbal
“virão”.
9.1. Sou.
Grupo I
Parte A
1.Os avisos do Escudeiro são importantes porque: – permitem ao Escudeiro instruir o Moço
relativamente à atitude submissa e respeitadora que deve ter para com o seu amo; –
contribuem para evidenciar o carácter dissimulado do Escudeiro. As falas do Moço mostram a
forma como ironiza a situação, sugerindo que o Escudeiro não lhe dá sapatos, por não ter
dinheiro para os pagar. Os apartes destacam, também, a verdadeira situação financeira do
Escudeiro e o casamento por interesse que este procura.
2.1. No diálogo com o Moço, o Escudeiro mostra-se: – autoritário – “avisa-te, que hás de
estar / sem barrete onde eu estou.” (vv. 510 e 511); – preocupado com as aparências – “E se
cuspir, pela ventura, / põe-lhe o pé e faz mesura.” (vv. 514 e 515); “está tudo dissimulado,” (v.
519); – mentiroso – “e mais calças, te prometo.” (v. 531) No diálogo com Inês, o Escudeiro
revela-se: – interesseiro, nos elogios que tece a Inês – “fresca rosa” (v. 535), “minha alma”. (v.
541); – falso, mostrando aparente desinteresse – “pode falecer no mais.” (v. 556).
Parte B
A Farsa de Inês Pereira é uma obra que reflete o pensamento da sociedade quinhentista
relativamente ao modelo de mulher. Na verdade, a Mãe, mulher simples e do povo, entende
que o casamento é a única forma de uma mulher sobreviver condignamente. Assim, aconselha
a filha a não ser preguiçosa e a casar com um homem rico e humilde, como é o caso de Pêro
Marques. Contudo, como Inês escolhe conhecer o Escudeiro, a Mãe mantém a mesma
perspetiva conformista no que se refere à atuação da mulher e diz-lhe que, no encontro, se
deve manter calada e ser submissa. Na mesma linha de pensamento, surge Lianor Vaz, que se
revela igualmente conservadora, indicando a Inês que não deve ser tão senhora e que, na sua
situação, sendo uma rapariga do povo que não pode pagar um dote, não deverá ser
demasiado exigente e, como tal, deverá aceitar Pêro Marques, que pretende casar consigo.
Concluindo, Gil Vicente, além de provocar o riso e o entretenimento da corte, deixou-nos um
testemunho da sociedade da sua época e, neste caso em particular, dos estereótipos
associados à postura e vida da figura feminina no século XVI.
Grupo II
1. (C)
2. (D)
3. (C)
4. (B)
5. (B)
6. Complemento do nome.