Você está na página 1de 51

INTRODUÇÃO À

FARMACOLOGIA
O QUE É FARMACOLOGIA?

¡ É o estudo de substâncias que interagem com sistemas vivos por meio de processos
químicos, principalmente por ligação a moléculas reguladoras e ativação ou inibição
de processos corporais normais.

Efeito terapêutico
sobre algum processo
Produtos químicos
(sintéticos ou
naturais) Efeito tóxico sobre
processos
reguladores em
microrganismos
Principais áreas de estudo na farmacologia.
¡Farmacologia médica = ciência das
substâncias usadas para prevenir,
diagnosticar e tratar doenças.

¡Toxicologia = é o ramo da farmacologia


que lida com os efeitos indesejáveis de
produtos químicos sobre sistemas vivos,
desde células individuais de seres humanos
até ecossistemas complexos.
As ações de produtos químicos podem ser
divididas em dois grandes domínios:
¡O primeiro (lado esquerdo) é o da
farmacologia e toxicologia médicas, que
visa compreender as ações de fármacos como
produtos químicos em organismos individuais,
em especial seres humanos e animais
domésticos. Tanto efeitos benéficos como
tóxicos estão incluídos.
¡A farmacocinética lida com a absorção, a
distribuição e a eliminação de fármacos. A
farmacodinâmica preocupa-se com as ações
do produto químico no organismo.
¡O segundo domínio (lado direito) é o da
toxicologia ambiental, que se preocupa com
os efeitos de produtos químicos sobre todos
os organismos e sua sobrevivência em grupos e
como espécies.
HISTÓRIA DA
FARMACOLOGIA FARMACOLOGIA FARMACOLOGIA
EMPÍRICA à MODERNA à
EGÍPCIOS E OUTROS CIÊNCIA
POVOS DA RELATIVAMENTE NOVA
ANTIGUIDADE, ÍNDIOS, ORIGINADA A PARTIR
ETC. DA FISIOLOGIA E DA
QUÍMICA.
Coisas bizarras... Farmacologia molecular è
feridas cicatrizadas pela mecanismos moleculares, clonagem e
aplicação de uma pomada feita receptores órfãos
da arma que a causou...
HISTÓRIA DA FARMACOLOGIA
Século 16 a.C -
Papiro de Ebers
(Egito) utilizou-se
de uma variedade
de fármacos. Ex: Século X - Metade do século
cerveja, sal, pedras Foram criadas as XIX - Carl Binz
preciosas, sangue primeiras boticas estuda a Quinina e
de lagarto, dentes (Farmácias) na o envenenamento
de suínos, etc. Espanha e França. pelo cianeto.

Hipócrates(4 a.C) 1493-1541 – 1897 - Felix


sistematizou os Paracelso Hoffman sintetiza o
medicamentos introduziu novos ácido
narcóticos, medicamentos. acetilsalicílico.
febrífugos e
purgantes.
HISTÓRIA DA FARMACOLOGIA
Século 16 a.C -
Papiro de Ebers
(Egito) utilizou-se
de uma variedade
de fármacos. Ex: Século X - Metade do século
cerveja, sal, pedras Foram criadas as XIX - Carl Binz
preciosas, sangue primeiras boticas estuda a Quinina e
de lagarto, dentes (Farmácias) na o envenenamento
de suínos, etc. Espanha e França. pelo cianeto.

“todos os fármacos são venenos


(…) apenas a dose diferencia
veneno de um fármaco”
Hipócrates(4 a.C) 1493-1541 – 1897 - Felix
sistematizou os Paracelso Hoffman sintetiza o
medicamentos introduziu novos ácido
narcóticos, medicamentos. acetilsalicílico.
febrífugos e
purgantes,
HISTÓRIA DA FARMACOLOGIA
Século 16 a.C -
Papiro de Ebers
(Egito) utilizou-se
de uma variedade
de fármacos. Ex: Século X - Metade do século
cerveja, sal, pedras Foram criadas as XIX - Carl Binz
preciosas, sangue primeiras boticas estuda a Quinina e
de lagarto, dentes (Farmácias) na o envenenamento
de suínos, etc. Espanha e França. pelo cianeto.

Hipócrates(4 a.C) 1493-1541 – 1897 - Felix


sistematizou os Paracelso Hoffman sintetiza o
medicamentos introduziu novos ácido
narcóticos, medicamentos. acetilsalicílico.
febrífugos e
purgantes,
HISTÓRIA DA FARMACOLOGIA

1910 – Paul
Ehrlich anuncia
a preparação da 1943 - Surge a
arsfenamina, 1927- Kann estreptomicina,
usada contra descobriu a usada para
sífilis. oxitocina. tuberculose.

1920 - O 1928 - Fleming


mercurocromo descobre a
é introduzido penicilina
como
antisséptico.
Dica de seriado:
Outlander

Você sabe o que é um biofármaco?


¡Biofármacos
¡Medicamentos originados a
partir de processos
biotecnológicos, nos quais o
princípio ativo do
medicamento é obtido
através do emprego industrial
de micro-organismos (células
ou bactérias, por exemplo)
ou células modificadas
geneticamente.
¡Anticorpos monoclonais
também se encaixam em
biofármacos.
Visa quantificar, em termos
econômicos, os custos e os
Estudo das influências genéticas benefícios dos fármacos
sobre as respostas aos fármacos. terapeuticamente utilizados

estudo dos efeitos dos


fármacos em nível
populacional
Para se obter sucesso terapêutico no tratamento de
patologias è farmacoterapia;

Escolher o fármaco mais adequado para certas


características patológicas è indicações farmacológicas;
POR QUÊ
ESTUDAR
FARMACOLOGIA? Garantir que o fármaco atinja a concentração adequada
è farmacocinética.

Compreender o mecanismo pelo qual uma substância


química administrada afeta o organismo è
farmacodinâmica.
PROPRIEDADES DO FÁRMACO IDEAL

Efetividade Segurança Seletividade Reversibilidade

Isenta de
Fácil Mínimas
reações
administração interações
adversas
PROPRIEDADES DO FÁRMACO IDEAL

Efetividade Segurança Seletividade Reversibilidade

Isenta de
Fácil Mínimas
reações
administração interações
adversas
CONCEITOS BÁSICOS
DROGA

¡ Qualquer
substância,
natural ou
sintética, que
interaja com o
organismo
produzindo algum
efeito biológico.
FÁRMACO

¡ É uma DROGA,
substância química
conhecida e de
estrutura química
definida dotada de
propriedade
farmacológica, com
efeito terapêutico
(exceto alimentos).
¡ Sinônimo de
princípio ativo.
MEDICAMENTO

¡ Produto
farmacêutico, uma
forma farmacêutica
que contém o
fármaco, geralmente
em associação com
adjuvantes
farmacotécnicos.
REMÉDIO
¡ Re (de novo) + medior
(curar)
¡ Qualquer substância ou
recurso utilizado para
obter cura ou alívio.
¡ Substâncias químicas
¡ Procedimentos
¡ Fé ou crença
NOMENCLATURA DE FÁRMACOS

¡ SIGLA : SKF 62979


¡ NOME QUÍMICO : Ester metilico do acido (5- propiltil-1H-
benzimidazol-2-il ) carbâmico
¡ Nome Genérico: Albendazol
¡ Nome Registrado: Zentel ®, Zolben ®
FORMA
FARMACÊUTICA

¡ Forma final como o


medicamento se
apresenta: cápsula,
comprimido,
injetável, etc.
POSOLOGIA Albendazol

¡ Forma de utilizar os
medicamentos
¡ Número de vezes e
quantidade de
medicamento a ser
utilizada a cada dia.
¡ Variável em função do
paciente, da doença que
está sendo tratada e do
tipo de medicamento
utilizado.
PLACEBO
¡ “agradar”
¡ Tudo que é feito com a intenção benéfica de aliviar o
sofrimento: droga, fármaco, medicamento, remédio em
concentrações pequenas ou até na sua ausência.
¡ Fármaco, terapia ou procedimento inerte, que
apresenta, no entanto, efeitos terapêuticos devido aos
efeitos psicológicos da crença do paciente de que
ele está a ser tratado.
¡ Ensaios clínicos: formulação sem efeito farmacológico,
administrada ao participante do ensaio clínico com a
finalidade de mascaramento ou de ser comparador è SEM
ingredientes ativos, feito para ter gosto e aparência
idêntica da droga real a ser estudada.
INTERAÇÃO

¡ Alteração do efeito de
um medicamento
quando na presença
de outra substância
(outro medicamento
ou alimentos).
DESENVOLVIMENTO E REGULAÇÃO DE FÁRMACOS

¡ Maioria dos agentes tem o uso relativamente recente


¡ Avanços significativos em segurança e efetividade: apenas10 a
15% dos novos fármacos são aprovados para comercialização
DESENVOLVIMENTO E REGULAÇÃO DE FÁRMACOS

¡ O processo de desenvolvimento inicia com a síntese de novos compostos químicos.


¡ Substâncias com estruturas complexas podem ser obtidas de plantas (p. ex., glicosídeos
cardíacos - IC), tecidos animais (p. ex., heparina), culturas de microrganismos (p. ex.,
benzilpenicilina), células humanas (p. ex., urocinase - trombolítico) ou por meio de
tecnologia de genes (p. ex., insulina humana).
¡ Os testes pré-clínicos fornecem informações sobre os efeitos dos novos fármacos. A
triagem inicial pode utilizar pesquisas bioquímico-farmacológicas ou experimentos em
cultura de células, células isoladas e órgãos isolados.
¡ Como esses modelos invariavelmente não reproduzem as complexas inter-relações de um
organismo intacto, qualquer fármaco potencial precisa ser testado em animais.
Somente os experimentos em animais revelam se o efeito desejado efetivamente ocorre e
se há toxicidade.
DESENVOLVIMENTO E REGULAÇÃO DE FÁRMACOS

SUBSTÂNCIA TESTADA EM LABORATÓRIO (IN VITRO


¡ Pesquisa básica OU IN VIVO), NA QUAL SE VERIFICA POSSÍVEIS
EFEITOS, MECANISMO DE AÇÃO, ETC.

EM ANIMAIS...
¡ Testes pré-clínicos TOXICIDADE AGUDA, SUBAGUDA E CRÔNICA
CARCINOGENICIDADE
TERATOGENICIDADE

¡ Ensaios clínicos TESTES EM SERES HUMANOS.


DIVERSAS FASES

¡ Órgãos reguladores EUA – FDA (Food and Drug Administration)


EUROPA – EMA (European Medicines Agency)
BRASIL – ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
DESENVOLVIMENTO E REGULAÇÃO DE FÁRMACOS -
PESQUISA BÁSICA E PRÉ-CLÍNICA
DESENVOLVIMENTO E REGULAÇÃO DE FÁRMACOS -PESQUISA
BÁSICA E PRÉ-CLÍNICA
https://www.sbppc.org.br/pesquisa-clinica
DESENVOLVIMENTO E REGULAÇÃO DE FÁRMACOS –
ENSAIOS CLÍNICOS

¡ FASE I - FARMACOCINÉTICA (FORMA FARMACÊUTICA,


ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, BIOTRANSFORMAÇÃO,
BIODISPONIBILIDADE, EXCREÇÃO, NÍVEL SÉRICO),
DOSES DIFERENTES, REAÇÃO ADVERSA ,TOLERÂNCIA.
¡ EM VOLUNTÁRIOS SADIOS (20-100), 1 ANO
¡ FASE II – EFICÁCIA NA DOENÇA, DOSE EFICAZ,
POSOLOGIA (DOSE E FREQUÊNCIA DA DOSE), OUTROS
EFEITOS, MMECANISMO DE AÇÃO.
¡ II-A - 50 PACIENTES ABERTO
¡ II-B - 50 A 100 PACIENTES - CONTROLADO COM
PLACEBO
¡ VOLUNTÁRIOS DOENTES (100 A 300 PESSOAS); 2
ANOS
DESENVOLVIMENTO E REGULAÇÃO DE FÁRMACOS –
ENSAIOS CLÍNICOS
¡ FASE III – DEFINIÇÃO DA DOSE, POSOLOGIA,
EFICÁCIA NA DOENÇA, SEGURANÇA
¡ VOLUNTÁRIOS DOENTES, NÚMERO MAIOR DE
PACIENTES (1000 A 3000); 2 A 4 ANOS
¡ FASE IV – FARMACOVIGILÂNCIA -
CONFIRMAÇÃO NA PRÁTICA (APÓS
COMERCIALIZAÇÃO), COM INFORMAÇÕES REAIS
DE MÉDICOS ESPECIALISTAS POR MEIO DE
TRATAMENTOS INDIVÍDUAIS. POSSÍVEIS AJUSTES
POSOLÓGICOS, CONFORME DADOS OBTIDOS.
¡ GRANDE NÚMERO DE PACIENTES, ANÁLISE
DOS RELATÓRIOS PELO ÓRGÃO REGULADOR,
LICENÇA DE COMERCIALIZAÇÃO EM LARGA
ESCALA
CÓDIGO DE NUREMBERG E DECLARAÇÃO DE HELSINKI

¡ Declaração de Helsinque, Finlândia 1964


¡ Dados prévios in vitro e in vivo
¡ Qualificação científica do pesquisador
¡ Protocolo de pesquisa aprovado https://www.youtube.com/watch?v=ktSloCcpE0M

¡ Segurança sobre os riscos


¡ Relação risco/benefício https://www.youtube.com/watch?v=6OxZmez5lZU

¡ Não uso de placebo em doenças graves


¡ Fidelidade aos resultados
¡ Respeito aos direitos do indivíduo
¡ Consentimento por escrito
¡ Declaração de obediências às normas éticas
¡ http://www.ensaiosclinicos.gov.br/
¡ https://clinicaltrials.gov/
QUAL A SUA
OPINIÃO SOBRE
O USO DE
FÁRMACOS SEM
COMPROVAÇÃO
CIENTÍFICA NO
TRATAMENTO
DA COVID-19?
Possible mechanisms of action for
CQ/HCQ on SARS-CoV-2/covid-19
Infection. A) In vitro antiviral
activity of CQ and HCQ have been
shown for SARS-CoV5 and SARS-
CoV-21,6 viruses. Both drugs can
inhibit viral entry and viral genome
delivery to the cell cytoplasm, by
interfering with the pH of endocytic
pathway along with the formation of
early endosomes and its maturation
into a lysosome, respectively. B)
Proposed anti-inflammatory role of
CQ and HCQ against covid-19
inflammatory pathogenesis relies
on the ability of the drug to inhibit
the production of potent pro-
inflammatory cytokines, such as
TNFα and IL6, by interfering with
the endosomal pH in leukocytes3,4.
http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/pesquisas-clinicas-para-covid-19-no-brasil-
entenda/219201/pop_up?_101_INSTANCE_FXrpx9qY7FbU_viewMode=print&_101_INSTANCE_FXrpx9qY7FbU_langua
geId=pt_BR
DÚVIDAS?

Você também pode gostar