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Miguel Eusébio Malua


Pedro Florindo
Salima Falume Omar

Áreas protegidas de Moçambique

Licenciatura em ensino de Biologia com Habilidades em Gestão Laboratorial

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2021
1

Miguel Eusébio Malua


Pedro Florindo
Salima Falume Omar

Áreas protegidas de Moçambique

Trabalho de Carácter avaliativo a ser


entregue no Departamento de Ciência
Tecnologia Engenharia e Matemática curso
de Biologia, na cadeira de Biologia de
Conservação 4º ano 1º semestre, leccionada
pela:
dra .: Natércia Mário

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2021
2

Índice
Introdução........................................................................................................................................3

Objectivo Geral................................................................................................................................3

Objectivos específicos.....................................................................................................................3

Metodologia.....................................................................................................................................3

1.As áreas protegidas.......................................................................................................................4

1.1. Definição de áreas protegidas...................................................................................................4

1.3 Criação de áreas de conservação em Moçambique...................................................................4

1.4 As principais áreas de Conservação em Moçambique..............................................................7

1.5 Áreas de conservação total (ACTs) e as Áreas de conservação de uso sustentável (ACUS)....7

1.6 Áreas De Conservação Transfronteiriças e Os Parques Transfronteiriços..............................11

1.6.1 Áreas De Conservação Transfronteiriças.............................................................................11

1.8 Categorias de Áreas de Conservação.......................................................................................12

Conclusão......................................................................................................................................13

Referencia Bibliográfica................................................................................................................14
3

Introdução

O presente trabalho fala de áreas protegidas em Moçambique, que são áreas de


conservação. Neste faremos menção de principais áreas protegidas de Moçambique, Ira-se falar
de aspectos relacionados exactamente com o número actual de parques e reservas, como também
outros tipos de áreas de conservação como as coutadas que também tem a função de preservar
alguns locais em que haja biodiversidade.

Chiúre (2019), salienta que As áreas protegidas em Moçambique são conhecidas como


áreas de conservação e estão actualmente agrupadas em parques nacionais, reservas nacionais,
reservas florestais, áreas de utilização da vida selvagem ( coutadas ), áreas de utilização da vida
selvagem da comunidade e fazendas de caça privadas ( fazendas de bravio).

De acordo com a Lei de Conservação de 2014 (Lei 16/2014 de 20 de junho), as áreas


protegidas precisarão ser reclassificadas em uma série muito mais flexível de novas categorias e
mais próximas do sistema internacional utilizado pela IUCN.

Objectivo Geral

 Conhecer as áreas protegidas de Moçambique

Objectivos específicos

 Definir o conceito áreas protegidas;


 Identificar as áreas protegidas de Moçambique;
 Explicar o contexto histórico da criação de áreas de protecção em Moçambique;
 Mencionar as categorias de áreas de conservação;

Metodologia

O presente trabalho obedece a seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento,


conclusão e bibliografia, sendo o método bibliográfico aplicado na elaboração deste trabalho,
parte da pesquisa exploratória, que consistiu no levantamento conceitual de material referente
4

ao tema. Os autores das obras consultadas estão devidamente citados dentro do trabalho e na
bibliografia final.
1.As áreas protegidas

1.1. Definição de áreas protegidas

De acordo com a mais recente definição da International Union for Conservation of


Nature (IUCN), uma Área Protegida é um espaço geográfico claramente definido, reconhecido,
dedicado e gerido, através de meios legais ou outros meios eficazes para alcançar, no longo
prazo, a conservação da natureza com os seus serviços de ecossistema e valores culturais
associados (Dudley, 2008: p.8).

As áreas protegidas (AP) são a forma fundamental de conservação in situ da vida


selvagem e a sua diversidade. Num cenário de perda rápida de biodiversidade e mudanças
climáticas a configuração da rede de AP deve garantir a máxima representatividade
biológica para garantir a sua e protecção. Em muitos casos este compromisso não é
cumprido pois as áreas foram declaradas em territórios marginais, com o mínimo de
observância dos conceitos fundamentais da biodiversidade e o seu papel no ecossistema.
O planeamento sistemático espacial com base em metas de conservação constitui uma
ferramenta útil no auxílio à toma de decisão (Carwardine et al. 2008 apud Chiúre 2019).

Área protegida é um espaço geográfico claramente definido, reconhecido, dedicado e


gerido, através de meios legais ou outros igualmente eficientes, com fim de obter a conservação
ao longo do tempo da natureza com os serviços associados ao ecossistema e os valores culturais,
(Constantino; s/d).

1.2 Objectivos de gestão áreas protegidas

Segundo IUCN (1994), muitas áreas protegidas também servem para outros objectivos
secundários de gestão tais como: pesquisas científicas, protecção da fauna e flora selvagem,
preservação de espécies e diversidade genética, manutenção de serviços ambientais, protecção de
características naturais e culturas específicas, turismo e recreação, educação, usos sustentáveis de
recursos de ecossistemas naturais, manutenção d cultura e atributos tradicionais.

1.3 Criação de áreas de conservação em Moçambique

As áreas protegidas (APs) surgem como consequência de um amplo movimento


internacional que reivindicava a protecção da natureza. Pautadas em objectivos
5

preservacionistas, as primeiras APs surgem como “ilhas de conservação”, a fim de resguardar a


biodiversidade do uso directo pelos seres humanos (Diegues, 2004).

Pinto (2012) e Soto (2009) destacam que a maior parte dos parques nacionais, reservas e
coutadas oficiais de caça foram criadas entre 1960 e 1970, ainda sob o carácter de colônia. “A
rede de AP que ainda hoje perdura contava neste período já com quatro Parques Nacionais
(Gorongosa, Bazaruto, Zinave e Banhine), cinco Reservas Nacionais (Maputo, Pomene,
Marromeu, Gilé e Niassa) e treze Coutadas” (Pinto, 2012, p.30).

Tabela1: Áreas protegidas em Moçambique era colonial.

Data Nome Categoria

1960 e 1970 Gorongosa, Bazaruto, Zinave e Banhine Parques Nacionais

1960/1970 Maputo, Pomene, Marromeu, Gilé e Niassa Reservas

1960/1970 Coutadas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13 Coutadas

Fonte: Elaboração da autora, a partir de Mabureta (2020).

Em 1975, ao final da administração portuguesa em Moçambique, o total de áreaprotegida


no território era de 92, 200 km². Com isso, infere-se que boa parte do sistema actual de APs, que
possui um total de 185,700 km², vigora desde o período colonial. Segundo Pinto, (2012), do total
de áreas protegidas, 61% eram Coutadas Oficiais e 39% Parques Nacionais e Reservas de Vida
Selvagem.

Segundo Ntela (2013), o histórico de criação da principal rede de áreas de conservação


de Moçambique – parques e reservas - pode ser dividida em três períodos:

a) a década de 1960 foi marcada pela criação das reservas nacionais e de alguns parques
nacionais (83,3% das reservas nacionais e 17% dos parques nacionais actualmente existentes);

b) na década de 1970 foi intensificada a criação de parques nacionais (cerca de 50%


do total existente actualmente);
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c) na década de 2000 houve continuidade na criação de parques e reservas (criação de


33% restante dos parques e 17% das reservas.

No que diz respeito à criação de outras categorias de áreas de conservação, as


destinadas à exploração orientada, como as Coutadas oficiais e fazendas de bravio, Ntela (2013)
afirma que a maioria das Coutadas, cerca de 70% teve sua criação ainda na década de 1960,
algumas das que mais tarde viriam a se transformar em parques. Já as fazendas de caça foram
criadas a partir de 2010.

Chiúre (2019), refere que, as áreas de conservação foram, “Surgidas no boom do


crescimento das grandes cidades e implantação das grandes indústrias, as primeiras APs foram
pensadas como possibilidade de salvaguardar os ecossistemas do ‘desenvolvimentismo’ e para a
contemplação e lazer dos seres humanos”. No caso do continente africano, este lazer estava
ligado a caças da denominada fauna bravia. Em Moçambique, dados indicam que a conservação
da natureza foi sempre uma prioridade das civilizações, embora pouco se sabe sobre a temática,
no período pré-colonial.

Na luz de Ombe e Fungulane (1996), relacionam a conservação da natureza com os


modos de vida, o ambiente, os usos e costumes dos povos Bantu em Moçambique, o que leva a
crer que alguma noção do uso racional dos recursos naturais já se tinha em mente, tal como
acontecia, em outros países do Mundo.

Os autores refiram-se que em 1977 foi criada uma escola de formação de agentes
de conservação da natureza, que funciona no Parque Nacional da Gorongosa, cujo
objectivo central era formar quadros para o sector, à luz das orientações e directivas
económicas e sociais do terceiro congresso da Frelimo. Entretanto, a guerra civil entre o
Governo da Frente de Libertação de Moçambique e a resistência Nacional de
Moçambique, veio a reduzir todos os esforços ao fracasso. Como se pode imaginar, todo
o tipo de guerra provoca consequências dolosas no país ou região onde ocorre, quer
sejam de ordem social, económica, ambiental entre outras. Moçambique não foi uma
excepção.

A movimentação desordenada da população, a procura de locais mais seguros para se


refugiarem, a fome, a incerteza do futuro e vários outros tipos de desastres da população,
provocados pela guerra, provocaram consequências nefastas para o processo de conservação da
natureza, de tal forma que todos os esforços oram iniciados, reduzidos ao fracasso. "As zonas de
protecção da fauna bravia foram várias vezes invadidas e transformadas em locais de abate
7

indiscriminados de animais para a venda descontrolada de troféus e despojos" Só após o fim da


guerra, em 1992, o país começou a tentar reerguer-se dos vários problemas ora tidos, sendo que
desde então, o Governo de Moçambique, com o apoio de parceiros de cooperação, sector privado
e ONG, vem investindo na reabilitação de infra-estruturas, habitats, repovoamento e recuperação
de espécies e populações de fauna, na maioria das Áreas de Conservação do país, (Ombe &
Fungulane 1996).

1.4 As principais áreas de Conservação em Moçambique

No âmbito das reformas do sector, os pais aprovou a lei de Florestas e Fauna Bravia
(10/99 de 7 de Julho), e os respectivos regulamentos. De acordo com a lei 10/99 em
Moçambique existem três categorias de áreas protegidas: Parque Nacional, Reserva Nacional e
Zonas de uso e de Valor Histórico-cultural

As áreas protegidas, ou zonas de protecção, “são áreas territoriais delimitadas,


representativas do património natural nacional, destinadas à conservação da diversidade
biológica e de ecossistemas frágeis ou de espécies animais ou vegetais” (Moçambique, 2014).

Essas áreas/zonas de protecção são divididas em dois grupos, as áreas de conservação


total (ACTs) e as áreas de conservação de uso sustentável (ACUS), em um modelo similar ao do
Sistema Nacional de Unidades de Conservação do Brasil, (Chiúre, 2019).

1.5 Áreas de conservação total (ACTs) e as Áreas de conservação de uso sustentável


(ACUS)

As Áreas de Conservação Total são áreas de domínio público destinadas à preservação


integral dos ecossistemas, permitindo apenas o uso indirecto dos recursos naturais, com algumas
excepções previstas em lei, (Mabureta 2020). Fazem parte deste grupo as categorias:
 Reserva natural integral;
 Parque nacional e
 Monumento cultural e natural.
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As ACUS são áreas de domínio público e privadas destinadas à conservação dos recursos
naturais, permitindo o uso sustentável directo dos recursos, com base em planos de
maneio específicos de cada área (Mabureta 2020). Fazem parte deste grupo as categorias:
 Reserva especial,
 Área de protecção ambiental,
 Coutada oficial,
 Área de conservação comunitária,
 Santuário,
 Fazenda do bravio,
 Parque ecológico municipal.

Segundo dados da Anac; (2017), as áreas de conservação do país ocupam 25% do território,
cerca de 18,57 milhões de hectares.

Moçambique tem uma rede de áreas protegidas cuja cobertura estende-se em toda
ecoregião e biomas que asseguram a sua integridade como uma porção representativa da herança
natural do país. A rede principal das áreas protegidas, isto é, os parques e reservas Nacionais
cobrem 12.6 % da superfície total do país, mas essa cobertura aumenta para, aproximadamente,
15% quando se incluem as coutadas, (Matos, 2011).

Tabela: Áreas de Conservação em Moçambique (Parques nacionais, reservas e coutadas)


Nome Província Área (km2) % da Ano de
superfície da área proclamação
PARQUES NACIONAIS
Parque Nacional da Gorongosa Sofala 5370 (1966-1967)
Parque Nacional de Bazaruto Inhambane 1600 1971
Parque Nacional Zinave Inhambane 6000 1973
Parque Nacional Banhine Gaza 7000 1973
Parque Nacional do Limpopo Gaza 10.000 2001

Parque Nacional das C. Delgado 7506 2002


Quirimbas
Parque Nacional do Magoe  Tete  2013
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RESERVAS NACIONAIS
Reserva Especial de Maputo Maputo 700 1960 (1969)
Reserva do Pomene Inhambane 200 1964
Reserva de Buffalo do Sofala 1500 1960
Marromeu
Reserva do Gilé Zambézia 2100 1960
Reserva do Chimanimani Manica 1740 2003
Reserva do Niassa Niassa 42.200 1964
Total da área 48.440 [6,06%]
COUTADAS
Coutada 4 Manica 12.300 1969
Coutada 5 Sofala 6868 1972
Coutada 6 Manica 4563 1960
Coutada 7 Manica 5408 1969
Coutada 8 Sofala 310 1969
Coutada 9 Manica 4333 1969
Coutada 10 Sofala 2008 1961
Coutada 11 Sofala 1928 1969
Coutada 12 Sofala 2963 1969
Coutada 13 Manica 5683 1960
Coutada 14 Sofala 1353 1969
Coutada 15 Manica 2000 1969
Total da área 49,717 [6.21%]
Fonte: Fonte: Elaboração dos autores (2021).

ANAC (2017), salienta que, as áreas de conservação de Moçambique permanecem sob


intensa pressão antrópica, tanto no interior quanto no entorno dessas áreas, gerando diversos
conflitos. As principais ameaças são o abate de animais e mineração ilegais; extracção
descontrolada de combustíveis lenhosos e produtos florestais. Essas questões são agravadas pela
ausência de infra-estruturas e serviços de apoio e fiscalização do turismo, além dos ineficientes
recursos financeiros do Estado e das próprias ACs, que não propiciam a sustentabilidade
10

financeira das áreas, cobrindo apenas o pagamento de parte dos salários dos funcionários e das
despesas operacionais.
A Rede Nacional das Áreas de Conservação, dirigida pela ANAC, tem sob a sua
gestão 7 parques nacionais, nomeadamente Quirimbas, Gorongosa, Mágoè, Bazaruto,
Limpopo, Zinave e Banhine, e 12 reservas nacionais, sendo Niassa, Gilé, Marromeu,
Lago Niassa, Chimanimani, Pomene, Malhazine, Ponta de Ouro e a Reserva Biológica de
Inhaca, a Zona de Protecção Total de Cabo de São Sebastião, e a Área de Protecção
Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas. Encontram-se, igualmente, no quadro de
gestão da ANAC outras categorias de áreas de conservação, como é caso de coutadas
oficiais e fazendas de bravio destinadas ao desenvolvimento do turismo cinegético como
também as 3 Áreas de Conservação Comunitária de Mitchéu. (ANAC 2017).
Figura 1. Mapa das Áreas de Conservação de Moçambique
11

Fonte: https://www.Biofund.org.mz/ 2020


12

1.6 Áreas De Conservação Transfronteiriças e Os Parques Transfronteiriços

O conceito de áreas de conservação transfronteiriça (ACTFs) é baseado na ideia de áreas


complementares, divididas por fronteiras políticas, que exigem uma gestão conjunta e alinhada
em prol da conservação (Benjamim, 2003).

Segundo a Lei de Conservação da Biodiversidade (Moçambique, 2014), a área de


conservação transfronteiriça é: “Estabelecida por um instrumento legal e gerida de forma
colaborativa, que atravessa uma ou mais fronteiras entre Estados, composta por áreas de
conservação ou outras formas de uso da terra, que contribuem para a protecção e manutenção da
diversidade biológica e dos recursos naturais e culturais associados, bem como promove o
desenvolvimento socioeconómico”.

1.6.1 Áreas De Conservação Transfronteiriças

Os objectivos da ACTF consistem na recuperação regional ou internacional na gestão de


recursos compartilhados; uma preocupação com os objectivos de cada categoria incluídos na
ACTF; e a criação de abordagens comuns visando manter a conectividade entre os habitats,
favorecendo a formação de corredores ecológicos. O estabelecimento da ACTF é feito mediante
acordo ou tratado celebrado pelos órgãos competentes do Estado, (Mabureta 2020).

Mabureta (2020), refere que, existem actualmente em Moçambique, em esfera


internacional, cinco áreas de conservação transfronteiças implementadas: ACTF Lubombo;
ACTF Niassa-Selouis; ACTF Zimosa; ACTF Chimanimani; e a área que compreende o parque
estudado nesta dissertação, a ACTF Grande Limpopo.

É importante ressaltar que existem áreas de conservação transfronteiriças e parques


transfronteiriços. Os Parques Transfronteiriços (PTF) compartilham dos mesmos objectivos das
áreas transfronteiriças, com a diferença de que enquanto os PTFs admitem apenas áreas
protegidas, as ACTFs comportam inúmeras outras formas de utilização da terra, como áreas
comunais e terrenos privados. Salienta-se que estes dois modelos podem ser implementados
simultaneamente, como é o caso do ACTF e PTF do Grande Limpopo, (Mabureta, 2020).
13

1.8 Categorias de Áreas de Conservação

Mitur (2011 apud Mabureta 2020), refere que, está em curso uma proposta para
reedificação das áreas protegidas em Moçambique para melhor se alinhar com a classificação das
categóricas das áreas protegidas adoptadas pela IUCN.

São nove (9) categorias propostas dentro da Política de Conservação: Reserva Total
(IUCN I); Parque Nacional (IUCN II); Monumentos (IUCN III); Reserva Especial Nacional ou
Provincial (IUCN IV); Paisagem protegidas (IUCN V); Áreas Transfronteiriças e Biosfera
(IUCN VI); Reserva Privada (IUCN II-V); Reserva Comunitária (IUCN II-V); e Santuários
Comunitários (Nacional Provincial ou Distrital). A reserva total, parque nacional e monumentos
são classificados como áreas de conservação total e restante como áreas de uso sustentável,
(Mabureta 2020).
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Conclusão

Ao fim de uma análise aprofundada do tema à que se propôs a pesquisa, mediante a


busca de resposta das perguntas colocadas no início, conclui-se em, Moçambique tem se três
categorias de áreas protegidas parques nacionais, reservas e coutadas.

Área protegida é um espaço geográfico claramente definido, reconhecido, dedicado e


gerido, através de meios legais ou outros igualmente eficientes, com fim de obter a conservação
ao longo do tempo da natureza com os serviços associados ao ecossistema e os valores culturais.

Na legislação moçambicana as áreas de conservação são chamadas pela legislação


moçambicana de Área de Protecção Ambiental, estando definidas pelo artigo 13 da Lei 20/97 de
1 de Outubro. Temos como referencia os principais parques e reservas de Moçambique como:
Parque Nacional do Limpopo, Parque Nacional das Quirimbas, Parque Nacional de Banhine,
Parque Nacional de Zinave, Parque Nacional de Gorongosa, Parque Nacional do Arquipélago de
Bazaruto, Reserva Nacional do Niassa, Reserva Nacional do Gilé, Reserva Especial de
Marromeu, Reserva Especial de Maputo e Reserva de Pomene.

Em Moçambique, as áreas de conservação tem como objectivos principais a conservação


da biodiversidade nacional e a contribuição para o crescimento económico para a erradicação da
pobreza no país.
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Referencia Bibliográfica

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2024). Moçambique: ANAC.

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http://www.biofund.org.mz/wp-content/uploads/2017/08/ANAC-intro-workshop-de
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Benjamim, C. J. (2003), Áreas de conservação transfronteiras e seu impacto às comunidades
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Moçambique.
Chiúre Carolina Artur Machava (2019), A Importância das áreas de conservação para o
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obtenção do grau de Mestre, 2019.
Constantino Joaquim. (S/d) Gestão de áreas protegidas. Beira: Moçambique UCM
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Matos, E. A. C DE. A nova abordagem de gestão de áreas de conservação e suas implicações
socioespaciais: caso de Chimanimani no centro de Moçambique. 2001. Dissertação
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16

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(Dissertação de mestrado). Departamento de Ciência Política e Políticas Públicas -
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Site:
Fonte: https://www.Biofund.org.mz/ 2020

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