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Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2021
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Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2021
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Índice
Introdução........................................................................................................................................3
Objectivo Geral................................................................................................................................3
Objectivos específicos.....................................................................................................................3
Metodologia.....................................................................................................................................3
1.5 Áreas de conservação total (ACTs) e as Áreas de conservação de uso sustentável (ACUS)....7
Conclusão......................................................................................................................................13
Referencia Bibliográfica................................................................................................................14
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Introdução
Objectivo Geral
Objectivos específicos
Metodologia
ao tema. Os autores das obras consultadas estão devidamente citados dentro do trabalho e na
bibliografia final.
1.As áreas protegidas
Segundo IUCN (1994), muitas áreas protegidas também servem para outros objectivos
secundários de gestão tais como: pesquisas científicas, protecção da fauna e flora selvagem,
preservação de espécies e diversidade genética, manutenção de serviços ambientais, protecção de
características naturais e culturas específicas, turismo e recreação, educação, usos sustentáveis de
recursos de ecossistemas naturais, manutenção d cultura e atributos tradicionais.
Pinto (2012) e Soto (2009) destacam que a maior parte dos parques nacionais, reservas e
coutadas oficiais de caça foram criadas entre 1960 e 1970, ainda sob o carácter de colônia. “A
rede de AP que ainda hoje perdura contava neste período já com quatro Parques Nacionais
(Gorongosa, Bazaruto, Zinave e Banhine), cinco Reservas Nacionais (Maputo, Pomene,
Marromeu, Gilé e Niassa) e treze Coutadas” (Pinto, 2012, p.30).
a) a década de 1960 foi marcada pela criação das reservas nacionais e de alguns parques
nacionais (83,3% das reservas nacionais e 17% dos parques nacionais actualmente existentes);
Os autores refiram-se que em 1977 foi criada uma escola de formação de agentes
de conservação da natureza, que funciona no Parque Nacional da Gorongosa, cujo
objectivo central era formar quadros para o sector, à luz das orientações e directivas
económicas e sociais do terceiro congresso da Frelimo. Entretanto, a guerra civil entre o
Governo da Frente de Libertação de Moçambique e a resistência Nacional de
Moçambique, veio a reduzir todos os esforços ao fracasso. Como se pode imaginar, todo
o tipo de guerra provoca consequências dolosas no país ou região onde ocorre, quer
sejam de ordem social, económica, ambiental entre outras. Moçambique não foi uma
excepção.
No âmbito das reformas do sector, os pais aprovou a lei de Florestas e Fauna Bravia
(10/99 de 7 de Julho), e os respectivos regulamentos. De acordo com a lei 10/99 em
Moçambique existem três categorias de áreas protegidas: Parque Nacional, Reserva Nacional e
Zonas de uso e de Valor Histórico-cultural
As ACUS são áreas de domínio público e privadas destinadas à conservação dos recursos
naturais, permitindo o uso sustentável directo dos recursos, com base em planos de
maneio específicos de cada área (Mabureta 2020). Fazem parte deste grupo as categorias:
Reserva especial,
Área de protecção ambiental,
Coutada oficial,
Área de conservação comunitária,
Santuário,
Fazenda do bravio,
Parque ecológico municipal.
Segundo dados da Anac; (2017), as áreas de conservação do país ocupam 25% do território,
cerca de 18,57 milhões de hectares.
Moçambique tem uma rede de áreas protegidas cuja cobertura estende-se em toda
ecoregião e biomas que asseguram a sua integridade como uma porção representativa da herança
natural do país. A rede principal das áreas protegidas, isto é, os parques e reservas Nacionais
cobrem 12.6 % da superfície total do país, mas essa cobertura aumenta para, aproximadamente,
15% quando se incluem as coutadas, (Matos, 2011).
RESERVAS NACIONAIS
Reserva Especial de Maputo Maputo 700 1960 (1969)
Reserva do Pomene Inhambane 200 1964
Reserva de Buffalo do Sofala 1500 1960
Marromeu
Reserva do Gilé Zambézia 2100 1960
Reserva do Chimanimani Manica 1740 2003
Reserva do Niassa Niassa 42.200 1964
Total da área 48.440 [6,06%]
COUTADAS
Coutada 4 Manica 12.300 1969
Coutada 5 Sofala 6868 1972
Coutada 6 Manica 4563 1960
Coutada 7 Manica 5408 1969
Coutada 8 Sofala 310 1969
Coutada 9 Manica 4333 1969
Coutada 10 Sofala 2008 1961
Coutada 11 Sofala 1928 1969
Coutada 12 Sofala 2963 1969
Coutada 13 Manica 5683 1960
Coutada 14 Sofala 1353 1969
Coutada 15 Manica 2000 1969
Total da área 49,717 [6.21%]
Fonte: Fonte: Elaboração dos autores (2021).
financeira das áreas, cobrindo apenas o pagamento de parte dos salários dos funcionários e das
despesas operacionais.
A Rede Nacional das Áreas de Conservação, dirigida pela ANAC, tem sob a sua
gestão 7 parques nacionais, nomeadamente Quirimbas, Gorongosa, Mágoè, Bazaruto,
Limpopo, Zinave e Banhine, e 12 reservas nacionais, sendo Niassa, Gilé, Marromeu,
Lago Niassa, Chimanimani, Pomene, Malhazine, Ponta de Ouro e a Reserva Biológica de
Inhaca, a Zona de Protecção Total de Cabo de São Sebastião, e a Área de Protecção
Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas. Encontram-se, igualmente, no quadro de
gestão da ANAC outras categorias de áreas de conservação, como é caso de coutadas
oficiais e fazendas de bravio destinadas ao desenvolvimento do turismo cinegético como
também as 3 Áreas de Conservação Comunitária de Mitchéu. (ANAC 2017).
Figura 1. Mapa das Áreas de Conservação de Moçambique
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Mitur (2011 apud Mabureta 2020), refere que, está em curso uma proposta para
reedificação das áreas protegidas em Moçambique para melhor se alinhar com a classificação das
categóricas das áreas protegidas adoptadas pela IUCN.
São nove (9) categorias propostas dentro da Política de Conservação: Reserva Total
(IUCN I); Parque Nacional (IUCN II); Monumentos (IUCN III); Reserva Especial Nacional ou
Provincial (IUCN IV); Paisagem protegidas (IUCN V); Áreas Transfronteiriças e Biosfera
(IUCN VI); Reserva Privada (IUCN II-V); Reserva Comunitária (IUCN II-V); e Santuários
Comunitários (Nacional Provincial ou Distrital). A reserva total, parque nacional e monumentos
são classificados como áreas de conservação total e restante como áreas de uso sustentável,
(Mabureta 2020).
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Conclusão
Referencia Bibliográfica
Anac. (2015), Plano estratégico da administração nacional das áreas de conservação (2015-
2024). Moçambique: ANAC.
Dudley, N. (2008). Guia para a Aplicação de Categorias de Gestão nas Áreas Protegidas.
Gland, Switzerland: IUCN.
https://www.biofund.org.mz/mocambique/areas-de-conservacao-de-mocambique/
International Union for Conservation of Nature (IUCN), (1994), Guidelines for Protected Area
Management Categories: Commission on National Parks and Protected Areas
(CNPPA) with the assistance of the word conservation monitoring centre. IUCN, Gland,
Switzerland and Cambridge, UK.
Mabureza, Telma José. (2020), Turismo e População Local em Áreas Protegidas: Parque
Nacional do Limpopo (Moçambique). 151P. Dissertação (Mestrado em Turismo) –
Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Turismo, Universidade Federal
Fluminense, 2020, Niterói-Rio de Janeiro.
Matos, E. A. C DE. A nova abordagem de gestão de áreas de conservação e suas implicações
socioespaciais: caso de Chimanimani no centro de Moçambique. 2001. Dissertação
(Mestrado em Geografia) Instituto de Geociência – Programa de Pós-Graduação em
Geografia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre: UFRGS/PPGEA,
2011.
Moçambique. Lei Nº 16/2014, de 20 de junho de 2014, dispõe sobre o sistema nacional de áreas
de conservação, entre outras providências. Maputo: imprensa nacional.
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