Você está na página 1de 2

 Santo Agostinho;

Teólogo, filósofo, Agostinho foi um dos primeiros autores cristãos latinos a


professar uma visão clara sobre a antropologia teológica ao defender o ser
humano como a união perfeita de duas substâncias, o corpo e a alma. Em
seu tratado tardio "Sobre os Cuidados com os Mortos", por exemplo,
defendeu o respeito ao corpo dos mortos afirmando que ele era parte da
natureza humana. Uma das metáforas preferidas de Agostinho para ilustrar
esta unidade é o matrimônio: caro tua, coniunx tua ("Seu corpo é sua
esposa"). Ele acreditava que os dois elementos estavam inicialmente em
perfeita harmonia, mas, depois da queda da humanidade, passaram a
combater entre si de forma dramática. Afirmava também que os dois
elementos são parte de duas categorias bem distintas. Enquanto o corpo é
um objeto tri-dimensional composto de quatro elementos, a alma não tem
dimensões espaciais e é composta por um tipo de substância adequada para
governar o corpo e que é parte da razão. Agostinho não estava
preocupado,como Platão e Descartes, em explicar em detalhes
a metafísica envolvida nesta união. Bastava para ele admitir que os homens
eram formados por duas substâncias metafisicamente distintas, sendo a
alma superior ao corpo. Esta última afirmação baseada em sua própria
classificação hierárquica para todas as coisas, classificando em ordem de
importância as coisas que somente existem, as que existem e vivem e,
bfinalmente, as que existem, vivem e tem inteligência ou dispõem da razão.

 São Tomás de Aquino;

Tomás de Aquino foi um padre católico e discípulo do grande


escolástico Alberto Magno. Ele auxiliou na reintrodução da filosofia
aristotélica no pensamento europeu e atualizou a teologia cristã junto
à filosofia medieval, tendo escrito sobre os conflitos entre fé e razão
existentes no período. Suas principais influências são, de um
lado, Platão e Santo Agostinho (que pode ser considerado um neoplatônico)
e, de outro, Alberto Magno e Aristóteles (que representa o pensamento
filosófico grego dominante durante a Escolástica).
Para Aquino, a identidade (princípio fundamental da lógica aristotélica) era
o elo fundamental que, ao conectar a existência e a essência, mostrava o
toque divino. A perfeição divina era capaz de alcançar e de explicar essa
relação tão obscura e intrigante.
Baseado na filosofia aristotélica, Tomás de Aquino desenvolveu as Cinco
Vias que Provam a Existência de Deus, uma espécie
de regressão causal que, em todos os casos (nos cinco argumentos), Deus é
o princípio.

Contudo, Santo Agostinho mostra-se incapaz de decidir entre o mundo e


desprezo por ele. A despeito dessa dúvida, apega-se firmemente à ideia de
que a Igreja, como a encarnação mundana da cidade de Deus, deve ter
supremacia sobre o Estado. 

Santo Tomás de Aquino, da mesma forma que Aristóteles, doutrinava que o


homem é naturalmente um ser político e procura estar em sociedade. Este
homem deve tributar lealdade à Igreja e a Deus, mas tem, também, que
obedecer ao Estado porquanto este, por sua vez, recebeu o seu poder da
Igreja.

Você também pode gostar