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Traumatismo Crânio Encefálico -

TCE
Dupla: Priscila Freitas e Raynaara Castro
Preceptora: Dra. Vanadia
Estágio Supervisionado em Fisioterapia I
Definição
 Toda e qualquer lesão que envolva anatomicamente

desde o couro cabeludo até o parênquima encefálico.


Epidemiologia
 Aproximadamente 1,6 milhão atendimentos por TCE
ocorrem por ano;
 Desses cerca de 500.000 são de Lesões Cerebrais

Traumáticas;
 Dos 500.000 atendimentos, 80% são de lesões leves e

20% de lesões moderadas a graves;


Epidemiologia
 A taxa de mortalidade das lesões moderadas e graves são

de 10% e 30% respectivamente;


 Dos pacientes que sobrevivem, entre 50% a 90%
apresentam algum tipo de lesão neurológica permanente;
 O TCE é responsável por 50 % das mortes por trauma.

 As colisões automobilísticas consistem na principal causa

de TCE no indivíduo com idade inferior a 65 anos;


Epidemiologia
 Nos idosos, as quedas constituem a principal causa de

TCE;
 Tem crescido, no Brasil principalmente, o TCE por

ferimento por arma de fogo;


 A maneira como o caso é conduzido desde os primeiros

momentos após o acidente influi grandemente no


resultado final;
Fisiopatologia
 Consequência da ação de forças externas sobre o tecido

cerebral.
 Aceleração, desaceleração e forças de rotação do
encéfalo em relação ao crânio ósseo causam compressão,
tensão, ruptura e deslocamento do tecido cerebral.
Fisiopatologia
 Lesão focal: está localizada na área do encéfalo sob o

local de impacto com o crânio. O dano pode ocorrer na


forma de hematoma, edema, contusão ou laceração, ou a
combinação destas formas.
 Lesão de contra golpe;

 Lesão axonal difusa: aceleração, desaceleração e forças

rotacionais – corte e retração nos axônios lesados.


Fisiopatologia
 Lesão hipóxico-isquêmica: resulta da falta de fluxo
sanguíneo oxigenado no tecido cerebral. Pode ser
causada por hipotensão sistêmica, anóxia ou dano a
territórios vasculares específicos no encéfalo.
 Aumento da pressão intracraniana
Diagnóstico
 Tomografia computadorizada

 Ressonância magnética

 Tomografia por emissão de pósitrons

 Tomografia computadorizada por emissão de fóton único

 Ressonância magnética funcional


Sequelas
 O TCE está associado a uma ampla variedade de

comprometimentos neuromusculares, cognitivos e


comportamentais que levam a limitações funcionais e
deficiências.

 Embora a preocupação principal dos fisioterapeutas seja

melhorar a função neuromuscular, as alterações cognitivas


e comportamentais associadas ao TCE geralmente são
mais debilitantes em longo prazo.
Sequelas
Comprometimentos neuromusculares:

 Tônus anormal;

 Posturas primitivas podem incluir aquelas associadas à

rigidez descorticada ou descerebrada;


Escala de coma de Glasgow
 A pontuação da Escala de Coma de Glasgow pode ser

utilizada para identificar o coma, o qual é definido por uma


pontuação igual ou inferior a 8.

 Pacientes em coma não apresentam abertura


espontânea dos olhos e não respondem à estimulação
sensorial vigorosa.
Escala de Glasgow
Escala do Rancho Los Amigos
 Utilizada na avaliação cognitiva de pacientes vítimas de

TCE;

 Escore de I a VIII;

 Quanto maior a pontuação mais preservado o cognitivo se

encontra;

 A avaliação é realizada através de estímulos e frente a

esses estímulos dá-se o nível cognitivo.


Escala de Rancho Los Amigos
I. Sem resposta

II. Resposta generalizada

III. Resposta localizada

IV. Confuso/agitado

V. Confuso/inapropriado

VI. Confuso/apropriado

VII. Automática/apropriada

VIII. Propositado/apropriado
Comprometimentos cognitivos
 Alterações do nível de consciência ocorrem de forma

consistente com lesão do tipo aceleração-desaceleração


(LAD) e podem ocorrer em conjunto com algumas lesões
focais.
 De acordo com Jennett & Teasdale, coma é definido como

a não obediência a comandos, o não proferimento de


palavras e a não abertura dos olhos.
 É importante distinguir os pacientes que estão em estado

vegetativo daqueles que estão em estado minimamente


consciente (EMC).

 O EMC é definido como um estado de consciência

gravemente alterado, com evidências mínimas, porém


definidas, de consciência sobre si mesmo ou em relação
ao ambiente.
Termos – Níveis de Consciência
 Estupor

 Embotado
Abordagens fisioterapêuticas
 Bobath

 Facilitação neuromuscular proprioceptiva


Fisioterapia
 O tratamento fisioterapêutico pode ser dividido de acordo

com a Escala do Rancho Los Amigos, apesar de ser uma


escala de nível cognitivo e a recuperação funcional não
ser a mesma.
Períodos pós-coma
 Despertar: compreende o coma e as respostas
emergentes;
 Adequar: período de agitação e confusão mental;

 Reorganizar: paciente está apto a realizar atividades

motoras mais complexas durante a fisioterapia.


Níveis I, II e III – atendimento
agudo
Intervenção:

- Objetivos:
 Aumento da função física e nível de alerta;

 Redução do risco de comprometimentos secundários;

 Adquirir maior controle motor;

 Adequação do tônus muscular (depende da área afetada);

 Melhora do controle postural;


 Aumento da tolerância a atividades e posições;

 Manutenção e aquisição da integridade articular e


mobilidade ou preservação de sua funcionalidade;
 Educação da família e atendentes sobre o diagnóstico do

paciente, as intervenções da fisioterapia, os objetivos e


resultados almejados;
 Coordenação do atendimento com todos os membros da

equipe.
Níveis V e VI
 Intervenção:

- Objetivos:
 Aumento da resistência física;

 Manutenção da mobilidade e integridade articular;

 Aumento da tolerância as atividades;

 Educação da família e do paciente em relação aos

resultados almejados.
 Aumento do desempenho na mobilidade funcional e nas

atividades de vida diária;


 Adquirir ou aprimorar a marcha, mobilidade e equilíbrio;

 Aumento do controle motor e postural;

 Aumento da força e resistência física;


 Educação da família e do paciente em relação aos

resultados almejados;
 Coordenação do atendimento entre todos os membros da

equipe.
Níveis VII e VIII
 Intervenção:

- Objetivos:
 Educação da família e do paciente em relação aos

resultados almejados;
 Segurança na realização das atividades;

 Adaptação e aprimoramento nas atividades de maior

dificuldade.
Técnicas para diminuir o posicionamento
anormal e os reflexos primitivos
Técnicas para diminuir o posicionamento
anormal e os reflexos primitivos
Cabeça e pescoço posicionados em
neutralidade com o auxílio de toalhas.
Fisioterapia
 Ao trabalhar em equipe interdisciplinar, o fisioterapeuta

torna-se capaz de proporcionar a assistência adequada


que ajudará o indivíduo com lesão cerebral a atingir seu
máximo potencial funcional.
Referência
 O’SULLIVAN, S. B.; SCHMITZ, T. J., Fisioterapia Avaliação

e Tratamento.

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