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Filipa de Lencastre
Bom dia, hoje vou apresentar o poema “D. Filipa de Lencastre” do livro Mensagem de
Fernando pessoa.
Quem foi D. Filipa de Lencastre
D. Filipa de Lencastre nasceu em Leicester, em 1359, e morreu, em 1415., era filha
primogénita de João de Gaunt e de D. Branca de Lencastre, duques de Lancaster.
Tornou-se rainha de Portugal através do casamento com o rei D. João I, celebrado
em 1387.
Esta é retratada tal como na Mensagem tal como em outras obras (na Crónica de el-
rei D. João I, de Fernão Lopes) como uma rainha generosa e amada pelo povo. Os
seus filhos são lembrados até hoje pelos seus feitos como uma ilustre geração, de
príncipes cultos e respeitados em toda a Europa.
Localização do poema na obra
O livro é constituído por 44 poemas divididos por 3 partes. Estas partes representam
as três etapas do Império Português: Nascimento, Realização e Morte, seguida de um
renascimento.
O poema pertence à primeira parte sendo o nome uma referência simbólica a
fundação da nacionalidade e à consolidação de Portugal como país de um povo eleito
por Deus, e inclui-se na subparte II “os castelos” correspondendo ao sétimo poema.
Análise estilística do poema: 2 quartetos; 8 versos; Rima cruzada (ABAB/CDCD)
Observações- Construção apostrófica (pergunta retórica na 1º estrofe seguida de
uma interpretação na 2ª estrofe); uso de discurso em forma de prece/súplica; discurso
sarcástico com uso de hipérbato (versos 3 e 4 da 1ª estrofe); uso de metáforas
O poema é constituído por dois momentos:
O primeiro que corresponde à primeira quadra. Esta faz uma aproximação à figura
histórica de D. Filipa. Para além disto, Pessoa faz perguntas retóricas ao leitor de
maneira a mostrar a importância da rainha na criação dos heróis da nossa nação.
E a segunda parte que corresponde a segunda quadra encerra um valor
exclusivamente simbólico, com exclamações e com o modo imperativo.
Seja como for, é certo que ela foi o “humano ventre do Império”, pois foi ela que gerou
o Infante D. Henrique, também conhecido como o navegador por defender as viagens
marítimas dos descobrimentos.
Fernando Pessoa acaba o poema batizando-a de “madrinha de Portugal”, porque foi
graças a educação que esta deu aos seus filhos que lhes permitiu serem tão gloriosos
e distintos dos restantes e que levou ao período de glória, tanto a nível económico
como a nível científico e histórico, sendo até hoje Portugal lembrado por esses
grandes feitos.
Apreciação critica:
O facto de termos estudado o livro na sala de aula facilitou a minha compreensão do
poema, sendo este também de certo modo, de fácil compreensão. No entanto eu
ainda tive de ir pesquisar o que era o Santo Graal de modo a conseguir uma melhor
análise deste.
Este poema evidencia uma das personagens que fez com que o sonho dos
portugueses se concretizasse no futuro. Pessoa aborda a história de Portugal, e
apresenta-nos retratos do passado nos quais nos devemos basear para guiarmos a
nossa vida. Mostra-nos que o povo português, em uma certa altura foi um povo
predestinado por Deus e que teve no seu seio muitos heróis que nos levaram ao
surgimento do império, que hoje em dia já não existe.