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Mensagem
(Fernando Pessoa)
O QUINTO IMPÉRIO
T3. (Fuvest)
Nun´Álvares Pereira
´Sperança consumada,
S. Portugal em ser,
Ergue a luz da tua espada
Para a estrada se ver!
Fernando Pessoa. In: “A Coroa”, Parte I, Mensagem.
Capítulo 2
Angústia
(Graciliano Ramos)
d) Amaro: vaqueiro;
e) André Laerte: barbeiro, usa avental manchado de sangue, com bigodinho ralo e
contemporâneo ao protagonista;
f) Antônia: criada de D. Rosália;
g) Antônio Justino: dono da primeira escola em que Luís da Silva foi ‘desasnar’;
r) Evaristo: suicida que se enforcou em uma árvore, fora rico, mas empobreceu;
c1) Marina: noiva de Luís da Silva, de família pobre, cede aos galanteios de Julião
Tavares;
i1) Quitéria: negra que trabalhava na cozinha e era amante do avô do protagonista;
o1) Trajano Pereira de Aquino Cavalcante e Silva: avô de Luís Pereira da Silva e
fazendeiro decadente;
r1) Vitória: senhora que trabalha nos serviços doméstico na casa do protagonista e
possui hábito de pegar dinheiro alheio.
T3. (Fuvest) Para Graciliano Ramos, Angústia não faz concessão ao gosto do
público na medida em que compõe uma atmosfera:
A) dramática, ao representar as tensões de seu tempo.
B) grotesca, ao eliminar a expressão individual.
C) satírica, ao reduzir os eventos ao plano do riso.
D) ingênua, ao simular o equilíbrio entre sujeito e mundo.
E) alegórica, ao exaltar as imagens de sujeira.
(…) Sem dúvida o meu aspecto era desagradável, inspirava repugnância. E a gente
da casa se impacientava. Minha mãe tinha a franqueza de manifestar-me viva
antipatia. Dava-me dois apelidos: bezerro-encourado e cabra-cega. (…) Devo o
apodo ao meu desarranjo, à feiura, ao desengonço. Não havia roupa que me
assentasse no corpo: a camisa tufava na barriga, as mangas se encurtavam ou
alongavam, o paletó se alargava nas costas, enchia-se como um balão. (…)
Zanguei-me permanecendo exteriormente calmo, depois serenei. Ninguém tinha
culpa do meu desalinho, daqueles modos horríveis de cambembe. Censurando-me a
inferioridade, talvez quisessem corrigir-me. (…)
T4. (Fuvest) O trecho acima, narrado em 1ª pessoa, foi extraído do livro Infância, de
Graciliano Ramos. O autorretrato lido permite identificarmos uma das personagens
importantes do livro Angústia, do mesmo autor. Indique-a.
A) Camilo Pereira da Silva.
B) Moisés.
C) Seu Ivo.
D) Julião Tavares.
E) Luís da Silva.
T6. “Mas não medimos os tempos que passam, quando os medimos pela
sensibilidade. Quem pode medir os tempos passados que já não existem ou os
futuros que ainda não chegaram? Só se alguém se atrever a dizer que pode medir o
que não existe! Quando está decorrendo o tempo, pode percebê-lo e medi-lo.
Quando, porém, já estiver decorrido, não o pode perceber nem medir, porque esse
tempo já não existe”.
Santo Agostinho. Confissões.
Alguma poesia
T3. Família
No poema de Drummond,
A) a hierarquização dos substantivos que compõem a primeira estrofe tem a função
de situar essa família na sociedade escravagista do século XIX.
B) a repetição de um verbo de ação, em contraste com o caráter nominal dos
versos, destaca a serventia da figura feminina na organização familiar.
C) a ausência de menção direta ao homem produz um retrato reativo à família
patriarcal, por salientar o protagonismo social da mulher.
D) o modo como os elementos que compõem a terceira estrofe estão relacionados
permite inferir a prosperidade econômica familiar.
E) o enquadramento da mulher no ambiente doméstico lança luz sobre um regime
social que favorece a realização plena das potencialidades femininas.
Romanceiro da Inconfidência
(Cecília Meireles)
f) Domingos Fernandes Cruz: dono da casa em que foi preso, no Rio de Janeiro, o
Tiradentes.
p) Marília: Maria Joaquina Doroteia de Seixas; foi cantada em versos sob o nome de
Marília, pelo noivo Tomás Antônio Gonzaga, que se chamava poeticamente Dirceu.
t) Padre Toledo: teve o mesmo destino do padre Rolim, em vista de ser apontado
como partidário da insurreição.
T2. (FATEC) À vista dos traços estilísticos, é correto afirmar que o texto de Cecília
Meirelles:
A) representa grande inovação na construção dos versos, marcando-se sua obra por
experimentalismo radical da linguagem e referência a fontes vivas da língua popular.
B) é despida de sentimentalismo e pautada pelo culto formal expresso na riqueza
das rimas e na temática de cunho social.
C) simula um diálogo, adotando linguagem na qual predomina a função
apelativa, e opta por versos brancos, de ritmo popular (caso dos versos de
sete sílabas métricas).
D) expressa sua eloquência na escolha de temática greco-romana e nas tendências
conservadoras típicas do rigor formal de sua linguagem.
E) é de tendência descritiva e heroica, adotando a sátira para expressar a crítica às
instituições sociais falidas.
Capítulo 5
Campo Geral
b) Dito: irmão mais novo de Miguilim, ruivo, parecia mais com o pai, era o mais
novo, mostrava-se responsável; morreu de tétano.
c) Drelina: apelido dado à irmã mais velha de Miguilim; Maria Adrelina Cessim Caz;
jovem bonita e de cabelos compridos.
d) Grivo: menino muito pobre que é defendido por Miguilim quando é agredido ou
humilhado por Liovaldo.
f) Liovaldo: irmão mais velho de Miguilim, mas que não morava com a família no
Mutum.
i) Miguilim: menino de cabelo preto como o da mãe, parece-se mais com ela; possui
grande sensibilidade e demonstra interesse por contar histórias; suas dificuldades
são causadas pela limitação visual.
j) Nhãnina: mãe de Miguilim, era muito bonita, não gostava do Mutum, sentia muita
tristeza em ter que viver ali. Não dava muita importância para a fidelidade conjugal
pois traiu o marido com o próprio irmão e depois com Luisaltino.
k) Nhô Béro (Bernardo Caz): pai de Miguilim; homem rude que parece ter
implicância com o filho, mas de quem gosta, embora não saiba demonstrar.
l) Patori: menino mal caráter; filho de Deográcias; desperta a antipatia de Miguilim.
o) Tio Terêz: tio e amigo de Miguilim; foi expulso de casa por Vovó Izidra em razão
do relacionamento adúltero com Nhãnina.
p) Tomezinho (Tomé de Jesus Casseim Caz), ruivo como o pai, menino de quatro
anos, tinha mania de esconder tudo o que encontrava.
r) Vovó Izidra: idosa que se zangava com todos; não gostava que batessem em
Miguilim; sempre estava vestida com roupas pretas.
“De repente lá vinha um homem a cavalo. Eram dois. Um senhor de fora, o claro de
roupa. Miguilim saudou, pedindo a bênção. O homem trouxe o cavalo cá bem junto.
Ele era de óculos, corado, alto, com um chapéu diferente, mesmo. — Deus te
abençoe, pequenino. Como é teu nome? — Miguilim. Eu sou irmão do Dito. — E o
seu irmão Dito é o dono daqui? — Não, meu senhor. O Ditinho está em glória. O
homem esbarrava o avanço do cavalo, que era zelado, manteúdo, formoso como
nenhum outro. Redizia: — Ah, não sabia, não. Deus o tenha em sua guarda... Mas
que é que há, Miguilim? Miguilim queria ver se o homem estava mesmo sorrindo
para ele, por isso é que o encarava. — Por que você aperta os olhos assim? Você
não é limpo de vista? Vamos até lá. Quem é que está em tua casa? — É Mãe, e os
meninos... Estava Mãe, estava tio Terez, estavam todos. O senhor alto e claro se
apeou. O outro, que vinha com ele, era um camarada. O senhor perguntava à Mãe
muitas coisas do Miguilim. Depois perguntava a ele mesmo: –– Miguilim, espia daí:
quantos dedos da minha mão você está enxergando? E agora?”
ROSA, João Guimarães. Manuelzão e Miguilim. 9ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
T2. (UFG) Diversos motivos narrativos compõem a trama de “Campo Geral”, texto
da obra Manuelzão e Miguilim, de Guimarães Rosa. Qual o motivo narrativo principal
para a composição do enredo desse conto?
A) As desavenças entre Mãitina e a avó de Miguilim.
B) A instabilidade sentimental da mãe de Miguilim.
C) A observação do mundo pela ótica de Miguilim.
D) A rivalidade entre Tio Terez e o pai de Miguilim.
E) A solidariedade entre os irmãos de Miguilim.
“Quem é pobre, pouco se apega, é um giro-o-giro no vago dos gerais, que nem os
pássaros de rios e lagoas. O senhor vê: o Zé-Zim, o melhor meeiro meu aqui,
risonho e habilidoso. Pergunto: — Zé-Zim, por que é que você não cria galinhas-
d‘angola, como todo o mundo faz? — Quero criar nada não... — me deu resposta:
— Eu gosto muito de mudar... [...] Belo um dia, ele tora. Ninguém discrepa. Eu,
tantas, mesmo digo. Eu dou proteção. [...] Essa não faltou também à minha mãe,
quando eu era menino, no sertãozinho de minha terra. [...] Gente melhor do lugar
eram todos dessa família Guedes, Jidião Guedes; quando saíram de lá, nos
trouxeram junto, minha mãe e eu. Ficamos existindo em território baixio da Sirga, da
outra banda, ali onde o de-Janeiro vai no São Francisco, o senhor sabe.”
ROSA, J. G. Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: José Olympio (fragmento).
Leia:
Famigerado
T1.
Capítulo 7
Dois irmãos
(Milton Hatoum)
Resumo por palavras
Halim como pertencente à família, embora soubessem quem ele realmente fosse.
Nesse sentido, os dizeres do narrador podem ser interpretados como resultado de
uma perspectiva distorcida da realidade.
A obra se desenvolve temporalmente por meio de avanços e recuos, não
Por fim, no que tange às personagens e/ou pessoas que habitam o universo
da obra tem-se:
a) Manoel Perna: um narrador ficcional que convive com Buell Quain nove noites
durante sua estada no Brasil.
b) Buell Halvor Quain: etnólogo americano que veio ao Brasil para estudos, mas
misteriosamente cometeu suicídio entre os índios Krahô.
p) Professor Castro Faria: ilustre antropólogo nascido em São João da Barra e que
também conviveu com Buell Quain.
Capítulo 8
Marília de Dirceu
invade pela ausência de sua amada, dentro dos limites impostos pelo Arcadismo.
Interpretação:
Esta lira narra os sentimentos de um homem completamente
sozinho, frustrado com saudade de sua Marília, e com
sentimento de injustiça, um temor do futuro e perspectiva da
morte rompendo constantemente o equilíbrio da vida. Como
todas as liras de Dirceu contempla a natureza e os costumes
de sua terra natal Minas Gerais.
Características do Arcadismo:
É utilizada um forma de linguagem cujos membros adotam
nomes poéticos pastoris, em homenagem à vida simples dos
pastores, em comunhão com a natureza. Destaca-se à forma
de vocabulário simples frases na ordem direta, ausência quase
total de figuras de linguagem, manutenção de versos
decassílabos, do soneto e de outras formas clássicas. Mostra o
Arcadismo quanto ao conteúdo pastoralismo, bucolismo,
convencionalismo amoroso, idealização amorosa,
racionalismo, idéias iluministas.
Características da Lira:
Encontramos aí as características românticas. O sentimento
da injustiça, da solidão. As convenções, embora ainda
presentes, não sustentam o equilíbrio neoclássico. O tom
confessional e o pessimismo prenunciam o emocionalismo
romântico. Nesta 2ª parte das liras, há o emprego do verbo no
passado: o poeta vive de lembranças e recordações passadas.
Segunda parte – Lira X O que me impressionou nessa lira foi a presença de um
certo diálogo, entre o cupido e Thomás sobre uma peça
pregada pelo cupido segundo ele Marília ja era de Thomás
só que ele tentou entrar para outros amores com outra
mulher, o que ele julgou obra do cupido.
O contexto histórico, ele ainda estava livre assim como na
ultima lira que comentei.
Características do Arcadismo:Idealização da mulher
amada e objetividade.Essas foram as que percebi.
Glossário> Açoite:s.m. Instrumento de tiras de couro para
punir,chicote.
Zombaria:s.f. Ato ou efeito de zombar,caçoada;troça.
Thiago Soares Silva; 1°E; N°37
Segunda parte – Lira XI Interpretação:
Nesta lira, o autor sita a mitologia greco-romana,
sita as fúrias. Diz para Marília que ele não
desperdiça a sua vida com bobagens. Diz
também que está cercado de não só das fúrias,
mas também de vários outros monstros. Que
os abutres o mordem, que sente vários abutres,
mas sente um dos mais cruéis que devora o seu
coração, o abutre da saudade de Marília.
Características do Arcadismo:
Usa-se termos simples em suas liras,
objetividade, idealização da mulher amada,
valorização da vida no campo, o uso de
pseudônimos com frequência.
Situação Histórica:
Passa-se em meados do século XVIII, Tomás
Antônio Gonzaga luta pela liberdade do Brasil,
para o Brasil deixar de ser colônia de Portugal.
Mas acaba sendo preso em uma ilha.
Segunda parte – Lira XII
A lira XII da parte II do livro Marília de Dirceu, de
Tomás Antônio Gonzaga, tem como tema as lembranças
e saudades do eu lírico. Durante toda a lira ele cita suas
lembranças do tempo que não estava preso, porém estas
citações são todas voltadas à Marília. Ele lamenta a
situação em que ele e Marília se encontram, separados,
dizendo que sente saudades de estar em sua companhia
e de seu amor. Porém, o eu lírico expõe suas saudades de
uma forma um tanto peculiar, pois ele visualiza uma
“visita” de Marília ao sítio onde costumavam ficar juntos
e a partir deste fato imagina o que ela veria ao passo que
explica suas saudades. Um outro momento interessante
dessa lira é quando ele fala da saudade que sente de seu
amigo Glauceste (na quarta estrofe), que é Cláudio
Manuel da Costa (introdutor do Arcadismo no Brasil),
também inconfidente. O estado de melancolia do eu
lírico é visível, principalmente, na última estrofe e no
refrão da lira, que pode ser causado não somente pelas
saudades que sentia, mas também pela injustiça a qual
foi submetido.
Situação histórica
SITUAÇÃO HISTÓRICA
Segunda parte – Lira Nesta lira, novamente o autor, Tomaz Antonio Gonzaga,
XVIII falando como Dirceu, mostra seu amor profundo amor
por Marília e exalta a beleza da mesma, comparando-a a
deusa Vênus, da mitologia romana. E se mostra forte,
afirmando que não esta em prantos por não estar junto à
sua amada, e acrescentando que esta guardando a
tristeza.
Entre as características do arcadismo presentes nesta lira
estão a idealização da mulher amada e o uso de
pseudônimos.
Foi escrita na prisão da ilha das Cobras, a lira exprime a
tristeza e solidão de Gonzaga, há também o uso de verbos
no passado porque o autor esta falando de lembranças.
Glossário: masmorra= aposento triste; Jove= deus romano
equivalente a Júpiter ou Zeus na mitologia grega; Vênus=
deusa grega equivalente a Afrodite na mitologia grega.
Citações: contexto historico da lira baseado na analise do
site
Segunda parte – Lira XIX A Lira XIX retrata um fragmento de um amor que não
pôde ser concretizado, onde nesta fase, o eu lírico
encontra-se preso e distante de sua amada. Neste, o
poeta declara sua dor, suas tristezas, angústias,
sentimento de abandono e melancolias causadas pela
árdua saudade que sente de Marília. Pode-se notar que
Dirceu se encontra a deriva de suas forças, pois a dor
que sente está consumindo sua vontade de viver,
porém ao passo que suas vitalidades vão se esgotando,
estas são recobradas, através do Amor que o estimula a
viver e enfrentar a situação existente.
Características do arcadismo na lira:
As principais características do arcadismo são a
simplicidade da linguagem no contexto geral, frases na
ordem direta e ausência quase total de figuras de
linguagem, porém o poeta utiliza-se de algumas figuras
como no caso da prosopopéia em alguns versos,
quando atribui capacidades ao Amor que somente a
um ser vivo poderiam ser atribuídas.
Glossário:
Masmorra: Prisão subterrânea.
Semivivo: Quase sem vida.
Sepultura: Túmulo.
Vulto: Sombra, figura.
Enternecer: Comover; sensibilizar.
Pranto: Lamentação; choro.
Verter: Fazer correr; derramar.
Situação Histórica:
A 2ª parte foi escrita na prisão, os poemas exprimem a
solidão de Dirceu. Entende-se aqui que as
características pré-românticas estão mais presentes. O
sentimento de injustiça, solidão, da saudade de Marília,
o temor do futuro e a perspectiva da morte rompem
constantemente o equilíbrio clássico. O tom de
pessimismo prenunciam o emocionalismo romântico.
Nesta parte das liras, há o emprego do verbo no
passado: o poeta vive de lembranças e recordações
passadas.
Segunda parte – Lira XX QUE O TOMÁS ANTÓNIO GONZAGA FALA MUITO
DDO CABELOS DE MARÍLIA E QUE ELA É BELA,QUE
DEPOIS ELES VÃO COMER AI ELE FALA QUE
MARÍLIA O SOL SE POIS E VEIO A MEMÓRIA DELE
QUE ELE VIU A MARÍLIA NA JANELA ELE VAI
DORMIR AI ELE FALA QUE ELR QUER SONHOAR
COM A SUA AMADA PARA ESQUERCER DA SUAS
TRISTEZAS.
GLOSSÁRIO
MASMORRA:PRISÃO SUBTERRÂNEA
CEDERA:ASSENTO OU BANCO
ENFADAR:ENFASTIAR,ABORRECER,AGASTAR-SE
ATAR:APERTAR ,AMARRAR,LIGAR,UNIR
OBSÉQUIO:FAVOR
Segunda parte – Lira XXI Esta lira, que pertence à segunda parte de Marília
de Dirceu, reflete o drama vivido pelo poeta
quando prisioneiro. Que estrofe comprova essa
afirmação?
Característica do arcadismo: As
características dessa 2º parte das liras tendem para o pré-
romantismo, a todo o momento a emoção rompe a estilização
arcádica. Pela presença de saudade, ganha a sua poesia maior
dose de individualidade e naturalidade, podendo muitas liras
ser arroladas no pré-romantismo.
Característica do arcadismo na
Lira 22: O arcadismo aqui não está evidenciado, pois
nessa lira, escrita na prisão, tinha apenas como companhia a
solidão.
Glossário:
-Reputo: Considerar; Tomar em conta; Julgar;
-Crer Delitos: Crime; Transgressão; Violação.
Arcadismo:
Situação histórica:
Em 8 de junho de 1789, no Rio de
Janeiro, no calabouço da Fortaleza da
Ilha das Cobras. Tomás Antônio
aguardava respostas sobre o seu
destino, fraco, magro, e sozinho, então
agarra-se ao seu amor por Marilia para
sobreviver e escreve-a liras que pensava
estar sendo entregue a sua amada,
porém não estavam pois sua família
impedia que as cartas chegassem a ela.
Dirceu estava entristecendo sempre
mais pois pensava que Marília teria
silenciado para ele, e Marília o mesmo,
pensava que seu amado teria esquecido
dela
Características do Arcadismo:
Linguagem simples, objetividade e convencionalismo
amoroso.
Glossário
Apreço: admiração, afeto.
Aspirar: desejar algo.
Infames: que tem má fama; vil; torpe.
Mosquete: é uma das primeiras armas de fogo usadas
pela infantaria entre os séculos XVI e XVIII.
Ré: mulher ou entidade demandada em ação judicial de
natureza cível.
Segunda parte – Lira Esta obra tem como base o reflexo de idéias do
XXXVII Iluminismo, o autor voltava-se para a racionalidade
e clareza. A Lira XXXVII tem a localização
geográfica da casa de Marília tornando o poema
mais realista pela citação do Estado de Minas
Gerais e da cidade de Vila Rica quebrando assim
a convenção árcade de natureza convencional da
Arcádia, é no entanto, um verso doce e
compreensivo de se ler. De início o eu lírico
mostra-se incomodado ao ouvir o passarinho
cantando, apesar de ser um lindo canto isso lhe
atormenta pois lhe faz lembrar de Marília. Ele
então segue dizendo o quão deslumbrante é esse
passarinho e por qual trajetória esse passarinho
percorre, onde acaba pousando-se ao pé da porta
de uma rasgada janela da sala, de onde Marília
está. O eu lírico a partir daí diz os gestos,
detalhes, suas feições e modos de Marília, para
bem conhece-la, '' O seu semblante é
redondo,/Sobrancelhas arqueadas,/Negros e finos
cabelos,/Carnes de neve formadas./A boca
risonha, e breve,/Suas faces cor-de-rosa ''. Dirceu
finaliza dizendo o que gostaria de dizer a Marília
ao '' pé do ouvido '', a quem queria ser dono, onde
é prisioneiro desta paixão e quer encontrar uma
saída para viver com sua amada, sem sofrimento e
sem dor.
Segunda parte – Lira Nesta lira Dirceu não é
XXXVIII destinada a Marília, só
pequenas partes que ele refere-
se a ela. Ele tras outras Deusas
como Astreia, que é
personificação da justiça, filha
de Zeus com Temis. A segunda
parte foi escrita na prisão, por
isso ele faz referência à outras
Deusas.
Gonzaga insulta tirandentes e
chama-o, até, de louco, pobre e
sem respeito. Além disso fala
sobre minas o que evidencia a
Inconfidência Mineira.
Quando ele fala sobre o bem tão
contingente e o bem já certo,
ele quer se referir a
independência e a Marília, ou
seja, ele não é tão pouco
esperto de trocar o certo pelo
duvido. No caso o "certo" seria
Marília e o duvidoso a
Independência.
Silvério dos Reis supostamente
fez uma denuncia que resultou
na prisão dos poetas Claúdio
Manuel da Costa e Alvarenga
Peixoto, além do Alferes
Joaquim José da Silva Xavier o
famoso Tiradentes e, claro, o
Antônio Gonzaga. Supostamente
Silvério dos Reis era
apaixonado por Marília e a
prisão foi uma forma de separar
Gonzaga de sua amada, porém
isso não foi páreo para que o
poeta abandonasse a obra
dedicada a sua amada, Marília.
Terceira parte – Lira I Esta lira faz alusão a vários contos e mitos da
história, por exemplo, quando ele fala do cisne se
refere a lenda de Leda a quem Júpiter possuiu
quando era um cisne, outro exemplo é Cleópatra
filha de Ptolomeu XIII e rainha do Egito, seduziu
sucessivamente a César e a Marco Antônio, quando
Marco Antonio foi derrotado por Otávio a rainha
suicidou-se, deixando se picar por uma cobra. Toda
a lira retrata momentos de traição, desencontros, e
de muita decepção, por fim o amor vence e ele se
arrende ao perdão dado a sua amada, ou pelo menos
o prometido perdão.
CARACTERÍSTICAS DO ARCADISMO:
CARACTERÍSTICAS DA LIRA:
Características do Arcadismo
Características do Arcadismo na
Lira: Nesta Lira, o arcadismo retoma seu lugar. Com uma
leitura vagarosa, você é capaz de passear nos bosques junto
com o autor, demonstrando também um ar bucólico.
Terceira parte – Lira VII INTERPRETAÇÃO
SITUAÇÃO HISTÓRICA
Características:
Características
Exalta-se principalmente e logicamentente a
tomada de posição retratada a uma verdadeira
repulsa aos excessos preconizados pela arte
barroca. Dessa forma, os representantes árcades
optam pela simplicidade, pela ordem direta da
linguagem e pela clareza. Partindo do pressuposto
de que a simplicidade se revelava como elemento
preponderante, outras características demarcaram
a arte neoclássica, notadamente expressa
pela arte greco-romana, considerada modelo de
perfeição, equilíbrio, beleza e simplicidade,
exercendo forte influência aos moldes
neoclassicistas no que se refere à temática, às
regras de composição e ao predomínio de figuras
mitológicas.
Característica:
Situação histórica:
Características do arcadismo:
Característica da lira:
Características românticas. O sentimento da
injustiça, da solidão. O tom confessional e o
pessimismo expressam o emocionalismo
romântico. Nesta parte há o emprego do verbo no
passado: o poeta vive de lembranças e recordações
passadas.
Situação Histórica:
Tewrceira parte – soneto Em pedido às pedra para que esta mostre a flor
VI de açucena em atenas, pede o eu lírico para
beijar a mão daqulea que removeu a saudosa
idolatria e assim libertyo da morte ve-se mai
próximo do colo de uma alma que protesta pela
morte de Maria.
Terceira parte – soneto A partir da terceira parte há uma quebra na linha de
VII raciocínio e acontecimentos que se desenvolve no
decorrer do livro Marília de Dirceu. Nesse soneto o eu
lírico faz referência a uma mulher chamada Lidora, a
qual não podemos afirmar com certeza se veio depois de
Marília ou antes, mas a meu ver foi depois de ter sido
exilado e consequentemente separado de sua amada,
porém não creio que esta seja a mulher com a qual se
casou, que conheceu depois de um bom tempo longe de
Marília. Este soneto nos revela claramente uma
desilusão amorosa do eu lírico, onde ele chama Lidora
de traidora e diz não acreditar mais nas mulheres depois
que esta o traiu, e, exatamente por ele escrever que não
acreditaria mais nas mulheres que acho que ele se
envolveu com Lidora depois de Marília, seu grande
amor.
Características do Arcadismo
As principais características das obras do arcadismo são:
valorização da vida no campo, crítica a vida nos centros
urbanos (fugere urbem = fuga da cidade), uso de apelidos,
objetividade, idealização da mulher amada, abordagem de
temas épicos, linguagem simples, pastoralismo e fingimento
poético.
INTERPRETAÇÃO
nesta parte do soneto 12,ele esta falando que ele vai dar uma
vida melhor para os seus filhos e deixar a fortuna para cada
um deles ,e o que ele faz ele quer deixa para que os filhos e
os netos para sempre leva para sempre o que ele faz.
Características do Arcadismo
O arcadismo neste soneto se faz bastante claro, pois
faz inúmeras referencias aos Lusíadas, pois todos
os heróis citados neste soneto - Nuno, João, Luso –
foram homenageados anteriormente no clássico de
Camões. Essa “imitação” de Camões, que era um
poeta da escola literária Classicismo, torna o soneto
completamente Neoclassicista.
Além disso, a sequência lógica que o soneto segue
se encaixa no Racionalismo, outra característica
árcade. A linguagem é simples e não apresenta
exageros e assim é composto o arcadismo no
poema.
T1. 17. (UFPA) A pastora Marília, conforme nos é apresentada nas liras de Tomás
Antônio Gonzaga, carece de unidade de enfoques; por isso é muito difícil precisar,
por exemplo, seu tipo físico. Esta imprecisão da pastora:
T3. 35. (UFMG) Todas as alternativas, sobre Marília de Dirceu, estão corretas,
EXCETO
Literatura
Literatura brasileira
Escolas Literárias
Sugira
Na poesia árcade, era comum que os poetas retomassem temas que foram
cultivados pelos poetas da Antiguidade Clássica. Os lemas árcades
consistem na composição de expressões que remetem aos ideais da
valorização da simplicidade, aspecto importante dessa escola literária. Cada
um dos temas carrega um tipo de filosofia de vida.
Assinale:
(Enem 2008)
Torno a ver-vos, ó montes; o destino (verso 1)
Aqui me torna a pôr nestes outeiros,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da Corte, rico e fino. (verso 4)
Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros (verso 7)
Atrás de seu cansado desatino.
Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia (verso 10)
Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,
Aqui descanse a louca fantasia,
E o que até agora se tornava em pranto (verso 13)
Se converta em afetos de alegria.
Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia dos inconfidentes.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78-9.
Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constitutivos do
Arcadismo brasileiro, assinale a opção correta acerca da relação entre o poema e o
momento histórico de sua produção.
a) Os “montes” e “outeiros”, mencionados na primeira estrofe, são imagens
relacionadas à Metrópole, ou seja, ao lugar onde o poeta se vestiu com traje “rico e
fino”.
Capítulo 9
Quincas Borba
(Machado de Assis)
Resumo por palavras
c) Cristiano Palha: marido de Sofia, falso amigo de Rubião, responsável por furtar
toda a herança do ingênuo Rubião.
h) Quincas Borba (cão): fiel e generoso, por suas atitudes lembra o seu antigo
dono.
“Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar
uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há
batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividem em paz as batatas do campo, não chegam a
nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a
conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os
hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra
não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só
comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa
canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as
batatas.”
(ASSIS, Joaquim Maria Machado de. Quincas Borba. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997. p. 648-649.)
T1. (UEL) Nessa passagem, quem fala é Quincas Borba, o filósofo. Suas palavras
são dirigidas a Rubião, ex-professor, futuro capitalista, mas, no momento, apenas
enfermeiro de Quincas Borba. É correto afirmar que a maneira como constrói esse
discurso revela preocupação com:
A) A clareza e a objetividade, uma vez que visa à compreensão de Rubião da
filosofia por ele criada, o Humanitismo.
B) A emotividade de suas palavras, dado objetivar despertar em Rubião piedade
pelos vencidos e ódio pelos vencedores.
C) A informação a ser transmitida, pois Rubião, sendo seu herdeiro universal, deverá
aperfeiçoar o Humanitismo.
D) O envolvimento de Rubião com a filosofia por ele criada, o Humanitismo, dada a
urgência em arregimentar novos adeptos.
E) O estabelecimento de contato com Rubião, uma vez que o mesmo possui
carisma para perpetuar as novas ideias.
T2. (UEL) Com base nas palavras de Quincas Borba, considere as afirmativas a
seguir:
I. As duas tribos existem separadamente uma da outra.
II. A necessidade de alimentação determina os termos do relacionamento entre as
duas tribos.
III. O relacionamento entre as duas tribos pode ser amistoso (“dividem entre si as
batatas”) ou competitivo (“uma das tribos extermina a outra”).
IV. O campo de batatas determina a vitória ou a derrota de cada uma das tribos.
T5. (ITA) Em 1891, Machado de Assis publicou o romance Quincas Borba, no qual
um dos temas centrais do Realismo, o triângulo amoroso (formado, a princípio, pelos
personagens Palha-Sofia-Rubião), cede lugar a uma equação dramática mais
complexa e com diversos desdobramentos. Isso se explica porque:
A) o que levava Sofia a trair Palha era apenas o interesse na fortuna de Rubião, pois
ela amava muito o marido.
B) Palha sabia que Sofia era amante de Rubião, mas fingia não saber, pois
dependia financeiramente dele.
C) Sofia não era amante de Rubião, como pensava seu marido, mas sim de Carlos
Maria, de quem Palha não tinha suspeita alguma.
D) Sofia não era amante de Rubião, mas se interessou por Carlos Maria,
casado com uma prima de Sofia, e este por Sofia.
E) Sofia não se envolvia efetivamente com Rubião, pois se sentia atraída por Carlos
Maria, que a seduziu e depois a rejeitou.
T6. (UFT) Rubião conheceu-o também; e respondeu-lhe que não era nada.
Capturara o rei da Prússia, não sabendo ainda se o mandaria fuzilar ou não; era
certo, porém, que exigiria uma indenização pecuniária enorme, — cinco biliões de
francos. — Ao vencedor, as batatas! concluiu rindo.
MACHADO DE ASSIS, J. M. Quincas Borba. In: Obras completas.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004. v. I, p. 806.
Com base na leitura de Quincas Borba, é CORRETO afirmar que, nesse trecho, o
autor:
A) apresenta o personagem em seus últimos momentos, num estágio
avançado de delírio.
B) indica que Rubião, personagem marcado pela derrota, ao final alcançou seus
objetivos.
C) mostra como a vitória de Rubião sobre o rei é uma metáfora de seu sucesso
como escritor.
D) revela que o vencedor se autoironiza, pois aceita a indenização em francos ou
batatas.
Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista,
romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de
um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina
Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde
a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e
o matricula na escola pública, única que frequentou o autodidata Machado de Assis.
(Disponível em: http://www.passeiweb.com. Acesso em: 1 maio 2009).
Talvez pareça excessivo o escrúpulo do Cotrim, a quem não souber que ele possuía um caráter
ferozmente honrado. Eu mesmo fui injusto com ele durante os anos que se seguiram ao inventário de
meu pai. Reconheço que era um modelo. Arguíam-no de avareza, e cuido que tinham razão; mas a
avareza é apenas a exageração de uma virtude, e as virtudes devem ser como os orçamentos:
melhor é o saldo que o déficit. Como era muito seco de maneiras, tinha inimigos que chegavam
a acusá-lo de bárbaro. O único fato alegado neste particular era o de mandar com frequência
escravos ao calabouço, donde eles desciam a escorrer sangue; mas, além de que ele só mandava os
perversos e os fujões, ocorre que, tendo longamente contrabandeado em escravos, habituara-se
de certo modo ao trato um pouco mais duro que esse gênero de negócio requeria, e não se pode
honestamente atribuir à índole original de um homem o que é puro efeito de relações sociais. A prova
de que o Cotrim tinha
sentimentos pios encontrava-se no seu amor aos filhos, e na dor que padeceu quando morreu Sara,
dali a alguns meses; prova irrefutável, acho eu, e não única. Era tesoureiro de uma confraria, e irmão
de várias irmandades, e até irmão remido de uma destas, o que não se coaduna muito com a
reputação da avareza; verdade é que o benefício não caíra no chão: a irmandade (de que ele fora
juiz) mandara-lhe tirar o retrato a óleo.
Bibliografia
ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. In: Poesia completa e prosa. Rio
de Janeiro: Companhia José Aguilar Editora, 1973.
ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Editora Klick, 2005.
COUTO, Mia. Terra sonâmbula. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
PESSOA, Fernando. Mensagem. In: Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
2001.
RAMOS, Graciliano Ramos. Angústia. 19ª ed. São Paulo: Record, 1978.
ROSA, João Guimarães. Campo Geral. In: Manuelzão e Miguilim: São Paulo:
Editora Nova Fronteira, 2015.