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11/09/2019

Agentes Biológicos Módulo B6 c)

Formador: Susana Pinto

Notificação de Atividade com Agentes Biológicos dos


Grupos 2, 3 ou 4
Pelo menos 30 dias
Notificação
Antes do início da atividade
ACT e DGS

Pelo menos 30 dias


Utilização de novos agentes biológicos do Notificação
grupo 4 e de agentes classificados Antes do início da utilização ACT e DGS
provisoriamente no grupo 3 de novos agentes

Se existirem modificações substanciais nos


Notificação
processos ou nos procedimentos com
ACT e DGS
possibilidade de repercussão na SST dos
trabalhadores
No caso dos laboratórios que prestem serviços de diagnóstico relacionados com agentes biológicos do grupo 4 ficam apenas
sujeitos à notificação inicial.

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Atividades que apresentam maiores riscos de exposição


Decreto-Lei nº 84/97 de 16 abril

• Trabalhos em unidades de produção alimentar;


(ex. o leite cru pode ser veículo de infeções bacterianas; poeiras orgânicas
provenientes de grãos, leite em pó ou farinha contaminados ,…)

• Trabalho agrícola;
(ex. problemas respiratórios causados por microrganismos em pós orgânicos; o contato
com o solo que é rico em agentes biológicos,…)

• Atividades em que existe contato com animais e/ou produtos de origem animal;
(os agentes biológicos são transmitidos pelos animais)

Atividades que apresentam maiores riscos de exposição


Decreto-Lei nº 84/97 de 16 abril

• Trabalho em unidades de saúde, incluindo unidades de isolamento e autópsia;


(contato direto ou indireto com pessoas infetadas, materiais biológicos infetados
sangue e fluidos corporais, picadas de agulhas)

• Trabalho em laboratórios clínicos, veterinários e de diagnóstico;


(contato direto e indireto com pessoas e animais infetados, assim como, com materiais
biológicos infetados – sangue e fluidos corporais; picadas de agulhas)

• Trabalho em unidades de recolha, transporte e eliminação de resíduos e


instalações de tratamento de águas de esgoto.
(os resíduos são o meio por excelência para a proliferação de microrganismos)

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Atividades que apresentam maiores riscos de exposição


E ainda…
• Trabalho em lares, creches/jardins de infância;
(contato direto ou indireto com pessoas infetadas, má qualidade do ar – sistemas de
ventilação, falta de higienização dos utensílios e instalações)

• Trabalho em sistemas de ar condicionado e ventilação;


(ex. Legionella)

• Indústria têxtil, indústria gráfica e de produção de papel;


(Alergias e problemas respiratórios causados por fungos e bactérias)

• Trabalho em arquivos, museus, livrarias;


(Alergias e problemas respiratórios causados por fungos e bactérias)

• Indústria de construção, transformação de materiais


(Fungos e bactérias causados pela deterioração dos matérias de construção)

Vias de Transmissão
Contato pessoa a pessoa (ex. mãos) durante o manuseamento de
Contacto Direto materiais contaminados e quando não são cumpridas as regras
básicas de higiene (ex. lavagem inapropriada das mãos).

Contato através de equipamentos contaminados. Ex:


Contacto Indireto descontaminação deficiente de materiais, eliminação inapropriada
de material cortante ou perfurante.

A transmissão é feita pelo ar. Inalação de pequenas


Via aérea
partículas/gotículas em locais contaminados.

Ingestão Ingestão de alimentos ou água contaminados.

Esta via inclui a transmissão através de instrumentos cortantes ou


Via percutânea
perfurantes, picadas de insetos, …

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Principais portas de entrada no organismo


Aparelho respiratório
(Por inalação. Ex: tuberculose, gripe, escarlatina)

Aparelho digestivo
(Através da ingestão de comida ou água contaminada. Ex: desinteria,
salmoneloses)

Pele e membranas mucosas


(Através da pele lesada, por implantação ou por inoculação. Ex: Hepatite B,
febre amarela – picada do mosquito),

Placenta
(Através da circulação da mãe para o feto)

Efeitos da exposição aos Agentes Biológicos

Infeções

Alergias

Reações tóxicas
Exemplo: Candidíase
Danos no feto

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Avaliação de Riscos
A avaliação dos riscos deve integrar a determinação da natureza e do grupo do
agente biológico, bem como o tempo de exposição dos trabalhadores, tendo
em conta a seguinte informação:

a) A classificação dos agentes biológicos que apresentam ou podem apresentar


riscos para a saúde humana;

b) Os trabalhadores com sensibilidade particular (ex: doença anterior,


medicação, deficiência imunitária, gravidez ou aleitamento)

c) As recomendações da Direção Geral da Saúde sobre as medidas de controlo


de agentes biológicos nocivos à saúde dos trabalhadores;

Avaliação de Riscos

A avaliação dos riscos deve ter em conta:

d) As informações técnicas existentes sobre doenças relacionadas com a


natureza do trabalho;

e) Os potenciais efeitos alérgicos ou tóxicos resultantes do trabalho;

f) O conhecimento de doenças anteriores de trabalhadores, que estejam


diretamente relacionadas com o seu trabalho.

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Avaliação de Riscos

• Para a avaliação objetiva do risco de contaminação biológica procede-


se primeiro à identificação dos diversos microrganismos presentes no
local de trabalho, tendo presente que cada um deles tem uma
perigosidade intrínseca em função da sua capacidade patogénica e
das possibilidades de contágio.

• Em segunda estância efetua-se a medição e quantificação dos


mesmos e a consequente determinação do grau de exposição dos
trabalhadores.

Avaliação de Riscos
Nos casos em que a presença de agentes biológicos nos locais de trabalho é uma
consequência involuntária da atividade, a avaliação de riscos torna-se mais difícil.
Na Manipulação Não Intencionada desconhecem-se os agentes biológicos a que os
trabalhadores podem estar expostos.

Manipulação Não Intencionada

Exemplos: Triagem de Resíduos, ETAR´s, Trabalho Agrícola.

Manipulação Intencionada

Exemplos: Laboratórios de microbiologia, Processos industriais: fermentação,


medicamentos, vacinas,

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Avaliação de Riscos
Medição

• Atendendo a que este tipo de agentes é microscópico, muitas vezes


passam despercebidos aos trabalhadores até que se comecem a
manifestar alterações de saúde, há que desenvolver avaliações
objetivas.

• Os métodos de medição variam segundo a sua natureza (organismos


vivos ou derivados de animais ou vegetais) e o meio em que o
contaminante se pode encontrar no meio laboral (água, ar, solo,
matérias-primas,…)

Avaliação de Riscos
Medição

• Não existem critérios de valoração ou valores-limite suficientemente


fiáveis para estes agentes, devido à suas características específicas,
sendo que podem resistir aos tratamentos ou reproduzir-se, além de
que o sistema imunológico de cada trabalhador reage de uma forma
diferente face a eles. Nos agentes para os quais não existem valores
de referência haverá que solicitar informação toxicológica e
epidemiológica adequada.

Consultar:
https://www.apambiente.pt/_zdata/DAR/Ar%20Interior/Metodologia_Avaliacao_Qualidade_Ar_Interior_1.0.pdf

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Avaliação de Riscos
Nos casos em que a presença de agentes biológicos nos locais de trabalho é uma
consequência involuntária da atividade, a avaliação de riscos torna-se mais difícil.
Na Manipulação Não Intencionada desconhecem-se os agentes biológicos a que os
trabalhadores podem estar expostos.

Manipulação Não Intencionada

Exemplos: Triagem de Resíduos, ETAR´s, Trabalho Agrícola.

Manipulação Intencionada

Exemplos: Laboratórios de microbiologia, Processos industriais: fermentação,


medicamentos, vacinas,

Avaliação de Riscos
A identificação dos riscos assenta numa recolha de informação acerca dos
grupos de agentes, modos de transmissão, quantidades de material
manipulado e vias de entrada .

A avaliação pressupõe o conhecimento de:


- Frequência e duração da exposição;
- Organização do trabalho;
- Posto de trabalho;
- Possíveis riscos para o trabalhador;
- Medidas a executar.

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Medidas de Prevenção

O empregador deve evitar a utilização de agentes biológicos perigosos sempre que a


natureza do trabalho o permita, substituindo-os por outros agentes que, em função
das condições de utilização e no estado atual dos conhecimentos, não sejam
perigosos ou causem menos perigo para a segurança ou saúde dos trabalhadores.

Se esse procedimento não for tecnicamente viável, o empregador deve reduzir o


risco de exposição até ao nível que for tecnicamente possível para proteger
adequadamente os trabalhadores.

Medidas de Prevenção
Redução da exposição

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Medidas de Prevenção
Medidas de Higiene e Proteção Individual

Medidas de Prevenção
Vigilância médica

- Exames de pré-colocação em função do estado de saúde e sensibilidade do trabalhador;

- Exames periódicos e ocasionais em função do agente, do tipo de trabalho e das


caraterísticas do trabalhador

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Medidas de Prevenção
Vigilância médica

Os trabalhadores devem ser submetidos a exame de saúde antes da exposição a agentes


biológicos, competindo ao médico do trabalho determinar a periodicidade dos exames
subsequentes.

Procedimentos a seguir:

Medidas de Prevenção
Vacinação

Se existirem vacinas eficazes contra os agentes biológicos a que os trabalhadores


estão ou podem estar expostos, a vigilância da saúde deve prever a vacinação gratuita
dos trabalhadores não imunizados.

O empregador deve assegurar que os trabalhadores sejam informados das vantagens


e dos inconvenientes da vacinação e da falta de vacinação.

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Medidas de Prevenção
Formação e Informação

O empregador deve assegurar formação adequada no início de uma atividade


profissional que implique contactos com agentes biológicos, adaptada à evolução dos
riscos existentes e ao aparecimento de novos riscos.

Medidas de Prevenção
Formação e Informação

O empregador deve fornecer aos trabalhadores instruções escritas nos locais de trabalho
e, se necessário, afixar cartazes sobre os procedimentos a seguir em caso de acidente ou
incidente grave resultante da manipulação de agentes biológicos.

Os trabalhadores devem comunicar imediatamente qualquer acidente ou incidente que


envolva a manipulação de agentes biológicos ao responsável pelo trabalho ou ao
responsável pela segurança e saúde no local de trabalho.

O empregador deve informar imediatamente os trabalhadores e os seus representantes


sobre qualquer acidente ou incidente grave ou que possa provocar a disseminação de um
agente biológico suscetível de causal graves infeções ou doenças no ser humano, as suas
causas e as medidas tomadas ou a tomar para corrigir a situação.

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Confinamento

Nível de confinamento: o conjunto de medidas


que, no local ou área de trabalho, garantem as
condições de segurança e saúde adequadas à
realização do trabalho ou manipulação de agentes
patogénicos, de acordo com a classificação dos
agentes biológicos.

Exemplo de confinamento
Cabine de Segurança Biológica

Medidas Especiais
Medidas especiais para os estabelecimentos médicos e veterinários
(DL n.º 84/97, de 16 de abril, artigo 14.º)

•Avaliação de Riscos (com base na concentração do agente, riscos inerentes às


atividades);

•Especificação do processo de descontaminação e desinfeção;

•Processo de gestão de resíduos contaminados.

As unidades de isolamento onde se encontrem pessoas doentes ou animais infetados


ou com suspeita de estarem infetados por agentes biológicos dos grupos 3 ou 4
devem aplicar as medidas de confinamento presentes no Anexo III.

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Medidas Especiais

Medidas especiais para os laboratórios e biotérios


(DL n.º 84/97, de 16 de abril, artigo15.º)

•Avaliação de Riscos (inerentes às atividades);

•Medidas de confinamento quando existe a presença de agentes biológicos dos


grupos 2, 3 ou 4 (Anexo III).

Medidas Especiais

Medidas especiais para os processos industriais


(DL n.º 84/97, de 16 de abril, artigo16.º)

•Avaliação de Riscos (inerentes aos processos);

•Adotar níveis de confinamento 2, 3 ou 4 quando existe a presença de agentes


biológicos dos grupos 2, 3 ou 4 (Anexo IV).

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Confinamento
Consultar Decreto-Lei nº 84/97 de 16 de Abril

ANEXO III
Recomendações relativas às medidas e níveis de confinamento

ANEXO IV
Confinamento para processos industriais

Medidas de controlo dos riscos biológicos


Decreto-Lei nº 84/97 de 16 de abril
ANEXO III
Recomendações relativas às medidas e níveis de confinamento
A. Biológicos Grupo 2 A. Biológicos Grupo 3 A. Biológicos Grupo 4

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Medidas de controlo dos riscos biológicos


Decreto-Lei nº 84/97 de 16 de abril
ANEXO IV
Confinamento para processos industriais
A. Biológicos Grupo 2 A. Biológicos Grupo 3 A. Biológicos Grupo 4

Medidas de controlo dos riscos biológicos


Ventilação

A ventilação pode ser natural ou artificial:

•Natural é a resultante do movimento natural do ar através de diversas aberturas


existentes nas paredes e nas coberturas dos edifícios.

•Artificial é a que se obtém através de meios mecânicos. A ventilação artificial é


geral ou local.

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Medidas de controlo dos riscos biológicos


Ventilação Geral

A ventilação geral tem como objetivo a eliminação do ar contaminado e a sua


substituição por ar novo. Este sistema não elimina por completo os agentes
perigosos da atmosfera, limitando-se a diminuir a sua concentração no ar a níveis
que são considerados seguros.

A eficácia de um sistema de ventilação geral depende da velocidade de libertação do


agente perigoso no ar, da quantidade de ar novo que entra e da sua velocidade e,
ainda, do modo como se elimina o ar contaminado.

Medidas de controlo dos riscos biológicos


Ventilação Geral

A ventilação geral pode ser feita mediante:

- Aspiração – extração do ar do interior dos edifícios, o qual é lançado ao exterior,


criando uma supressão, que facilita a entrada de ar fresco.

- Insuflação – injeção de ar do exterior para o interior; ao criar uma supressão,


expulsa o ar viciado permitindo a renovação contínua da atmosfera.

- Condicionamento do ar – processo utilizado que consiste na aspiração do ar


exterior, filtragem, aquecimento ou arrefecimento, humidificação ou secagem,
injeção nos locais de trabalho e evacuação.

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Medidas de controlo dos riscos biológicos


Ventilação Geral

Fonte: Miguel, A. (2014). Manual de Higiene e Segurança no Trabalho.

Medidas de controlo dos riscos biológicos


Ventilação Geral

Fonte: Miguel, A. (2014). Manual de Higiene e Segurança no Trabalho.

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Medidas de controlo dos riscos biológicos


Ventilação Geral

Fonte: Miguel, A. (2014). Manual de Higiene e Segurança no Trabalho.

Medidas de controlo dos riscos biológicos


Ventilação Local

A ventilação local assenta no principio do aspirador de ar para a eliminação dos


contaminantes da atmosfera. Permite captar os poluentes próximo da fonte de
emissão, impedindo que penetrem no sistema respiratório dos trabalhadores.

Este tipo de ventilação é muito eficaz quando os contaminantes do ar têm uma


temperatura elevada ou ascendem à atmosfera por outro motivo.

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Os agentes biológicos e a qualidade do ar interior


Qualidade do ar interior
A poluição do ar interior pode ser física (ruído, radiações,…), química (compostos
orgânicos voláteis, dióxido de carbono, …) ou biológica (fungos, bactérias,…).

As situações que são mais frequentes relatadas são:

- Insuflação deficiente de ar novo, com acumulação ao nível dos principais


poluentes;
- Equipamentos de trabalho poluentes, em particular as impressoras e as
fotocopiadoras;
- Alteração do lay out inicial das salas de trabalho, com distribuição inadequada das
grelhas de insuflação de ar.

Os agentes biológicos e a qualidade do ar interior

• Gases
Poluentes do ar interior
• Partículas
• Microrganismos

Os microrganismos constituem uma fonte relevante de contaminação biológica do


ar interior.

Os vírus e as bactérias são habitualmente trazidos pelos ocupantes do edifício


para o seu interior.

Os fungos apresentam-se sob a forma de leveduras ou bolores, alguns dos quais


responsáveis por efeitos alérgicos intensos.
As toxinas são substancias segregadas por alguns fungos e bactérias, que
produzem efeitos nocivos nos organismos vivos atacados.

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Os agentes biológicos e a qualidade do ar interior


Poluentes do ar interior

São conhecidos dois tipos fundamentais de patologias causadas por agentes biológicos,
relacionados com os sistemas de ventilação e climatização:

• Manifestações do tipo alérgico, designadamente a asma,


conjuntivite, rinite alérgica, pneumonias hipersensitivas entre
outros.

• Doenças infeciosas das quais as mais representativas são a doença


do legionário e a febre de Pontiac, ambas desencadeadas por
legionella pneumophila.

Os agentes biológicos e a qualidade do ar interior


Poluentes do ar interior
As concentrações dos microrganismos no ar interior dependem do número de
ocupantes, do tipo de atividade exercida e das fontes de contaminação.

Os principais focos de contaminação biológica são:


- Ar exterior (pólen, fungos, bactérias, …)
- Sistemas de refrigeração (das torres de refrigeração desprendem-se aerossóis que
podem conter microrganismos)
- Sistemas de filtragem (através do quais os microrganismos podem proliferar)
- Humidificadores (aqueles em que a água é reciclada podem ser difusores de
microrganismos)
- Materiais de isolamento
- Ar interior (os ocupantes dos edifícios são portadores de agentes biológicos , que se
disseminam por via da recirculação de ar).

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Os agentes biológicos e a qualidade do ar interior


Qualidade do ar interior
O sistema AVAC (aquecimento, ventilação e ar condicionado) está, com frequência,
no centro das preocupações quanto à qualidade do ar. Daí que seja fundamental
recolher informação acerca do sistema (desenho, manutenção, modificações
operadas, funcionamento,…) para se apurar se o mesmo pode afetar a qualidade do
ar respirado.

Particular atenção deverá ser prestada às entradas de ar externo, aos pontos de


saída do ar de retorno, às torres de refrigeração e às unidades de calefação e
refrigeração.

Os agentes biológicos e a qualidade do ar interior


Qualidade do ar interior
É essencial avaliar os níveis de concentração de substâncias nocivas existentes no ar
dos locais de trabalho, de modo a que não sejam ultrapassados os valores limite em
legislação especifica.

Para tal, é necessário avaliar os fatores de risco e avaliar os riscos dos sistemas de
ventilação e climatização, quer nos locais de trabalho sem poluição específica, onde
a contaminação ocorre pela contaminação humana, quer pela poluição específica,
respeitante à libertação de substancias nocivas.

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Os agentes biológicos e a qualidade do ar interior


Qualidade do ar interior
Concentrações máximas de referência

Portaria n.º 353-A/2013, de 4 de dezembro

Os agentes biológicos e a qualidade do ar interior


Qualidade do ar interior
Deverão ser efetuadas algumas medições, de acordo com os indicadores
previamente recolhidos. As medições são feitas, habitualmente, com equipamentos
de leitura direta.

• Humidade relativa: psicrómetro


• Velocidade do ar: anemómetro
• Caudal de ar: medidor de caudal
• Temperatura: termómetro
• Dióxido de carbono: medidores de leitura direta, tubos colorimétricos
• Monóxido de carbono: detetor eletroquímico

No caso de se tornar necessário confirmar algumas hipóteses de trabalho ou


esclarecer dúvidas, poderá proceder-se à análise de contaminantes específicos:
partículas, COV, fungos, bactérias,…

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Os agentes biológicos e a qualidade do ar interior


Qualidade do ar interior
Medidas de Prevenção

As medidas de controlo que visam eliminar ou reduzir o impacto dos principais


poluentes do ar interior têm que fazer apelo a várias áreas de conhecimento/atividade:

• A análise laboratorial – determinar os níveis de poluição dos contaminantes físicos,


químicos e biológicos e identificar, com precisão as fontes de emissão;
• A medicina fornece através de estudos epidemiológicos e da observação dos
trabalhadores que apresentam queixas conexas com a qualidade do ar, para uma
análise sistémica;
• A engenharia na análise da fiabilidade e funcionamento dos sistemas de ventilação;
• O estudo ergonómico dos locais de trabalho.

Os agentes biológicos e a qualidade do ar interior


Qualidade do ar interior
Medidas de Prevenção

• Eliminar a origem da contaminação mediante conceção de sistema fiáveis e


eficazes;

• Caso não seja possível, substituir fonte de contaminação por outro produto
menos nocivo;

• Limitar os efeitos do risco de contaminação, mediante o isolamento ou colocação


de barreiras;

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Os agentes biológicos e a qualidade do ar interior


Qualidade do ar interior
Medidas de Prevenção

• Diminuir a concentração dos contaminantes presentes, através do acréscimo de


volume de ar em circulação;

• Assegurar a obtenção de ar puro por processos naturais ou artificiais, através


neste caso, de equipamentos em bom estado de funcionamento e com
dispositivos de deteção de avarias;

• Verificar regularmente o funcionamento do sistema de ventilação;

Os agentes biológicos e a qualidade do ar interior


Qualidade do ar interior
Medidas de Prevenção

• Verificar a regularidade das operações de limpeza, manutenção e inspeção dos


sistemas de ventilação e climatização;

• Confirmar a operacionalidade do manual de operação e manutenção para os


sistemas mais complexos

• Controlar os caudais de ar, em função das especificidades dos diferentes locais de


trabalho;

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Os agentes biológicos e a qualidade do ar interior


Qualidade do ar interior
Medidas de Prevenção

• Controlar, de forma localizada, alguns contaminantes, mediante extração localizada;

• Utilização de EPI sempre que não for possível eliminar ou reduzir as concentrações
dos produtos para valores aceitáveis.

Os agentes biológicos e a qualidade do ar interior


SED – Síndrome do Edifício Doente
SED é a designação dada a conjunto de sintomas evidenciados por pessoas que
trabalham em locais com ar condicionado, ainda que também já tenha sido detetado
em edifícios com ventilação natural. O síndroma, que tem causa multifatorial (físicos,
químicos, biológicos, psicológicos), não é habitualmente acompanhado por nenhuma
lesão orgânica ou sinal físico, sendo diagnosticado por exclusão.

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Os agentes biológicos e a qualidade do ar interior


SED – Síndrome do Edifício Doente
Ainda que a sintomatologia seja variada, há 5 grupos de fatores que podem geralmente
ser encontrados: manifestações nasais (obstrução), oculares (secura e irritação) da
orofaringe (secura e irritação da garganta), cutâneas (secura, irritação e erupção) e
gerais (dor de cabeça e fadiga).

Os agentes biológicos e a qualidade do ar interior


SED – Síndrome do Edifício Doente
As principais consequências do SED são a insatisfação no trabalho, a redução da
produtividade e o aumento do absentismo por doença.

A avaliação implica que se faça diversos tipos de análise:

• Inquérito técnico para averiguar eventuais disfunções;

• Inspeção acerca dos parâmetros de qualidade do ar interior e medidas de


ajustamento;

• Medição da ventilação, ambiente térmico e outros fatores relevantes;

• Análise pelo médico do trabalho.

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Os agentes biológicos e a qualidade do ar interior

É indispensável que os locais de trabalho disponham de ar com a qualidade


necessária em função do número de trabalhadores, dos métodos de trabalho e
do esforço físico requerido.

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