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A5 | Conceção e Gestão da
Formação
Introdução
A formação constitui uma das prioridades de qualquer sistema de gestão da prevenção e controlo
de riscos. Os principais objetivos da formação estruturam-se em torno do desenvolvimento de
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novos comportamentos, da aprendizagem sobre a avaliação de riscos e da endogeneização das
regras de segurança.
A formação dos trabalhadores desenvolve-se num quadro com referências pedagógicas muito
específicas e assenta na apreensão de noções abstratas (a teoria) e na sua experiência concreta (a
prática). Podem distinguir-se quatro etapas, que constituem um processo cíclico:
A experiencia concreta;
A observação e a reflexão
A emergência de noções abstratas (conceitos) e a sua generalização;
A confrontação destas noções com situações novas.
Neste caso, as matérias são selecionadas com a antecipação devida, estruturadas em função de
um programa específico e o seu conteúdo é aplicado num contexto mais amplo.
A formação ao nível da empresa visa desenvolver competências ao nível grupal, orientando a sua
eficácia para a modificação dirigida de comportamentos, num contexto organizacional
determinado. O plano formativo pode ser adotado à realidade da organização, respondendo a
necessidades coletivas e facilitando a acumulação coletiva e a identidade das mensagens.
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O responsável pela SST deverá recolher um local que funcione como contexto
específico de aprendizagem. A sua escolha será orientada em função do conteúdo das matérias e
da finalidade da formação.
Os trabalhadores devem receber uma formação adequada e suficiente em SST, de acordo com as
funções que desempenham e a exigência do posto de trabalho. Esta formação deve realizar-se
nos seguintes momentos:
Admissão ou contratação;
Transferência ou mudança de posto de trabalho;
Alteração nos equipamentos de trabalho;
Contacto com novos materiais;
Introdução de uma nova tecnologia.
O empregador deve, por isso, atender à existência ou não de conhecimentos e aptidões dos
trabalhadores em SST para executar as tarefas, mobilizando, na aplicação das medidas, os méis
adequados (por exemplo: sobre o risco de trauma auditivo, em matéria de ruído, sobre a
movimentação manual de cargas, antes de iniciar o trabalho, etc.).
A formação estruturada no âmbito da empresa deve sempre inscrever-se nos objetivos desta. Em
todo o caso os fins a atingir só são definidos após o levantamento das necessidades.
A conceção duma política de formação, que enquadre os programas necessários, abrange alguns
momentos nucleares.
Objetivos da empresa
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Seguimento
Avaliação
Curto Prazo
Desempenhos da unidade (qualidade, produtividade, etc.);
Desempenhos individuais no emprego e no posto de trabalho;
Médio/Longo Prazo
Investimentos (máquinas, informática, etc.) 5
Mudanças na organização (polivalência, flexibilidade, etc.);
Evolução na carreira (integração, promoções, etc.);
Evolução das profissões;
Evolução das qualificações;
Objectivos específicos da organização.
O responsável pela formação deverá articular a sua atividade com a gestão, em particular as
chefias intermédias, que têm uma visão clara das necessidades que a realização das tarefas
implica. O contexto da formação deverá aproximar-se da situação real de trabalho e atender a
aspetos concretos da segurança e ao objetivo de instauração de uma efetiva cultura de
segurança.
eventual reformulação dos meios de proteção disponíveis. Daí que alguns trabalhadores tenham
a formação adequada mas não adotem os comportamentos que seriam expectáveis, devido a
causas que, em boa verdade, lhes são estranhas.
Por si só, a formação não resolve os constrangimentos para cuja eliminação visa contribuir. O
que implica a necessidade de seguir e avaliar a sua eficácia.
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A definição dos objetivos concretos da formação envolve um processo de construção que toma
por base alguns momentos fundamentais:
Para o efeito desta abordagem é essencial reportar a sequência pedagógica a situações concretas
da vida operacional da empresa em que o formando se encontra inserido, obtendo-se o efeito de
aproximação do processo formativo ao processo produtivo que os formandos conhecem.
A seleção da orientação a conferir à formação pressupõe uma análise das tarefas a realizar e uma
definição clara das competências requeridas. O formador deve saber se o objetivo essencial da
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formação consiste na melhoria da segurança – executar uma tarefa de maneira mais segura – ou a
aquisição de novos conhecimentos – conferir aos trabalhadores a capacidade de resolver
problemas novos e de fazer face a situações desconhecidas.
4. A extensão
•a dimensão de cada curso ou unidade formativa em termos de números de sessões, númeor de
horas em cada sessão, frequência dos cursos e calendarização
5. Formato e metodologia
•descrição do desenho metodológico e técnico que vai ser utilizado para a animação dos cursos,
tais como estudos de casos, exercícios práticos, trabalhos em grupo ou subgrupos, detabes
com os participantes
6. Destinatários
•a população a que os cursos se destinam, expressa em termos de níveis funcionais,
hierárquico-funcionais,, funções, ou outras segmentação assim como o número de
participantes para acda curso.
7. Pré Requisitos
•condições prévias a preencher pelos participantes, como, por exemplo, formação anterior,
necessidade de preenchimento de questionário, etc.
O objectivo da formação;
O nome dos responsáveis;
O grupo de destinatários;
O período de execução (incluindo formação de seguimento);
Os modelos de trabalho pedagógico e contexto de aprendizagem;
O orçamento disponível;
A avaliação: conteúdo, finalidade e dilação temporal (momento da execução).
Caracterização da empresa:
Caracterização dos processos operacionais:
Tipos de processos produtivos;
Implantação de postos de trabalho;
Análise dos métodos e processos de trabalho. 9
Inventário de riscos profissionais associados aos processos:
Riscos mecânicos;
Riscos físicos;
Riscos químicos;
Riscos biológicos;
Riscos de incêndio;
Riscos ergonómicos;
Riscos psicossociais.
Identificação das lesões causadas por acidentes e doenças profissionais;
Caracterização dos trabalhadores:
Expostos a riscos resultantes dos perigos identificados;
Expostos a riscos especiais;
Grupos especiais (grávidas, jovens, etc.).
Indicação geral e departamental das necessidades de formação;
Execução do Programa de Formação:
Indicação dos responsáveis;
Acções de formação;
Número e distribuição por estabelecimentos;
Destinatários / formandos;
Objectivos de cada acção;
Programa de cada acção;
Cronograma;
Fichas formativas;
Modelos pedagógicos;
Recursos técnicos e humanos;
Suportes pedagógicos.
Custos do Programa;
Competências/capacidades esperadas: impacto do Programa;
Avaliação.
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Transferência de
Conhecimentos Tipos de riscos
informação/demonstração
Formação Inicial
Formação de Base
Formação de Especialização 12
Formação Contínua
Aperfeiçoamento
Reconversão
Reciclagem
Promoção
Desenvolvimento
FORMAÇÃO CONTÍNUA