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O Espetáculo Paralelo
de Satanás
Primeira Parte
Hélio Luiz Grellmann — Estudante de Medicina;
membro da Igreja Adventista de Campo de Fora, São
Paulo, SP.
Parece que o mecanismo similar de atuação satânica tem sido "roubar o brilho
do espetáculo de Deus", ou seja, tentar desviar a atenção de marcantes
atuações divinas, por intermédio de estratagemas e "espetáculos paralelos",
concorrentes com a ação divina.
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Deus." Que n i n g u é m se i l u d a , po-
r é m . O c a m a l e ã o bem que p o d e r i a
ser u t i l i z a d o como s í m b o l o desse
tipo de pensamento, pois o mesmo
autor, no mesmo artigo, revela sua
verdadeira p o s i ç ã o : " A velha ima-
gem religiosa desse m u n d o c o m o
um 'vale de l á g r i m a s ' , que por tan-
to tempo sustentou as forças polí-
Irmãos do
ticas conservadoras, e s t á em vias
de desaparecer, para ser s u b s t i t u í -
da pelo apelo à a ç ã o social p o s i t i -
Rei.
Uma análise dos
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v a . " (Destaque suprido.)
O resumo do que pensam a este
respeito os i d e ó l o g o s m a r x i s t a s , caracteres que
pode ser o b t i d o das palavras de compõem a família
Gilbert M u r y , d i s c í p u l o f r a n c ê s de
M a r x : " É preciso que sejam c r i a - de Deus.
das c o n d i ç õ e s para a e v o l u ç ã o de
u m ser h u m a n o que v i v e r á n u m Junto ã cruz,
mundo j u s t o e que, c o m o conse-
q ü ê n c i a da r e a l i z a ç ã o das aspira- somos todos iguais.
ções do homem, l i b e r t a r - s e - á da
religião.""
Nada de Deus, nada de r e l i g i ã o !
3. O c o m u n i s m o n ã o apenas re- Assim, o m a t e r i a l i s m o d i a l é t i c o ç ã o do í n t i m o e o estabelecimento
j e i t a a Deus e apregoa enfatica- só consegue ver na l u t a entre as do reino eterno de Deus. As mas-
mente a e v o l u ç ã o ; a l i á s , se a isto classes sociais a responsabilidade sas s ã o instigadas à a ç ã o coletiva,
se limitasse, n ã o excederia o efei- pelas mazelas do m u n d o , perden- baseada na v i o l ê n c i a , q u a n d o
to m a l é f i c o de outras correntes f i - do de vista que na realidade o pro- Deus diz: " N ã o p o r f o r ç a , nem por
l o s ó f i c a s que se a p o i a m sobre as b l e m a é m u i t o mais amplo, e que v i o l ê n c i a , mas pelo M e u E s p í r i -
mesmas bases. Talvez o aspecto a p r ó p r i a l u t a de classes é apenas 21
t o . " Sabemos m u i t o bem do que
mais negativo do m a t e r i a l i s m o uma d e c o r r ê n c i a do problema fun- s ã o capazes as massas, quando
d i a l é t i c o seja a sua p r e t e n s ã o quan- d a m e n t a l da humanidade. A ver- sob i n s t i g a ç ã o s a t â n i c a ("Crucifi-
to a constituir-se na ú n i c a verda- d a d e i r a m i s é r i a h u m a n a s ó pode ca-O! crucifica-O!").
de, que rejeita e t r i t u r a todas as ser c o m p r e e n d i d a quando se pas- Na mente de todo g e n u í n o f i l h o
demais. Orgulhosamente arrogan- sa a focalizar a g u e r r a que o peca- de Deus, n ã o pode ser concebida
te, p o r t a n t o . Bastam umas poucas do move c o n t r a todos n ó s — ricos q u a l q u e r s o l u ç ã o para os proble-
d e c l a r a ç õ e s de seus adeptos para e pobres, "opressores" e " o p r i m i - mas da humanidade — individuais
se m e d i r a p r e t e n s ã o deste siste- dos" — n a q u i l o que o D r . M á r i o e coletivos — que n ã o se paute pe-
ma de i d é i a s : Veloso i d e n t i f i c o u como "a l u t a de los p r i n c í p i o s divinos de a ç ã o , den-
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