Braunstein Psiquiatria Teoria Del Sujeto y Psicoanalisis 171 241

7.
ALCUNAS INCIDENCIAS DEL

PRIMER LACAN" SOBRE LA
TÉCNICA PSICOANALÍTICA *
E l arte d e l psicoanalista debe ser el de

suspender las certidumbres subjetivas hasta
q u e se c o n s u m a n s u s ú l t i m o s e s p e j i s m o s . Y
es e n e l d i s c u r s o d o n d e d e b e e s c a n d i r s e s u
resolución.
JACQUES LACAN, Écrits, p . 251
[Escritos I, p p . 72-73].
El yo es l a teología de l a l i b r e empresa
JACQUES LACAN, Écrits, p . 335
[Escritos II, p . 103],
A QUIÉN M E DIRIJO Y PARA QUÉ
Partiré de dos suposiciones q u e , m e consta, s o n

i n e x a c t a s . L a d e q u e e n e s t e a u d i t o r i o n o se t i e n e
idea a l g u n a sobre la o b r a de L a c a n y l a de que,
t a m b i é n a q u í , s e e s v í c t i m a d.el p r e j u i c i o d e q u e
se t r a t a d e u n a o b r a h e r m é t i c a e i n a c c e s i b l e p a r a
un público u n i v e r s i t a r i o n o preparado especial-
mente.
Y d e f i n o m i o b j e t i v o : n o el de t r a t a r d e e x p o n e r
los f u n d a m e n t o s d e l s i s t e m a l a c a n i a n o , t a r e a q u e
sería i m p o s i b l e d e r e a l i z a r s i n c a e r e n i m p e r d o n a -
* E s t a s ref^lexiones s u r g i e r o n c o n m o t i v o d e u n a m e s a
r e d o n d a s o b r e e l psicoanálisis l a c a n i a . n o e n u n <;iclo d e
r e u n i o n e s s o b r e l a s d i s t i n t a s o r i e n t a c i o n e s dêl p s i c o -
análisis c o n t e m p o r á n e o q u e o r g a n i z a r o n l o s d ó c t o f e s
Jaime W i n k l e r y Jorge Cappon bajo los auspicios de la
D i v i s i ó n d e E s t u d i o s S u p e r i o r e s d e l a F a c u l t a d d e Psi-
cología d e l a U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a d e M é -
x i c o , y q u e t u v o l u g a r e n n o v i e m b r e d e 197J3u E l t e x t o
ha sido c o n s i d e r a b l e m e n t e corregido y a m p l i a d o .
[171]
172 LACAN Y E L PSICOANALISIS^
b l e s v u l g a r i z a c i o n e s e n e l t i e m p o a s i g n a d o ; n o el
de relatarles l a técnica psicoanalítica de Lacan, a
l a q u e c o n o z c o s o l a m e n t e p o r l a vía d e l r u m o r -
n o e l d e e x p o n e r u n a i m p o s i b l e " t e o r í a d e l a téc-
n i c a " p s i c o a n a l í t i c a c e n t r a d a e n L a c a n , s i n o e l de
a c l a r a r u n o s p o c o s p u n t o s e n r e l a c i ó n c o n l a prác-
t i c a d e l p s i c o a n á l i s i s ( d e b e r í a d e c i r : c o n m i prác-
t i c a p s i c o a n a l í t i c a ) , q u e h a n s i d o i n f l u i d o s p o r ese
v a s t o s i s t e m a q u e es h o y l a e s c u e l a , n o p o r nada
l l a m a d a freudiana, de Lacan. P u n t u a l i z a r inciden-
c i a s , n i i n c i d e n t e s n i a c c i d e n t e s , p a r a q u e quie-
n e s e s t a n d o a q u í p r e s e n t e s y r e c o n o z c a n allí, e n
ese s i s t e m a , s u v o c a c i ó n y s u interés, p u e d a n a b r i r -
se a U n m u n d o , e l d e l psicoanálisis, e l d e ellos
m i s m o s , p o r l o tanto, q u e merece ser explorado.
Donde pueden ser exploradores.
Pues si l a i n a c c e s i b i l i d a d de l a o b r a de Lacan
es u n p r e j u i c i o , c o s a q u e m i s a l u m n o s s a b e n , n o
e s m e n o s c i e r t o q u e a c e r c a r s e a e l l a e x i g e u n es-
fuerzo. Cosa q u e también saben.
FREUD, LA INSTITUCIÓN Y LACAN
Toda la obra del " p r i m e r L a c a n " puede leerse

c o m o u n i n m e n s o c o m e n t a r i o e n t o m o a l descu-
b r i m i e n t o freudiano del inconsciente y a los modos
de a b o r d a r l o . ¿ P a r a qué? ¿ N o d i j o F r e u d l o que
8 ^ M e c o n s t a d e l o a r b i t r a r i o q u e es h a b l a r d e u n
" p r i m e r " y u n " s e g u n d o " L a c a n . S i n e m b a r g o , y reco-
nociendo que no hay r u p t u r a sino continuidad rigurosa,
d e b o señalar u n p u n t o — u n a é p o c a — d e g i r o e n s u p r o -
d u c c i ó n : Y f e c h a r l o : 1964, f u n d a c i ó n d e l a E s c u e l a F r e u -
d i a n a d e P a r í s , y S e m i n a r i o x i s o b r e Les qttatre con-
cepts fondamentaux de la psychanalyse; 1966, p u b l i c a -
c i ó n d e l o s Écrits. ¿Cómo caracterizar el giro? Por u n
a b a n d o n o c a d a v e z m á s v i s i b l e d e l a técnica e x p o s i t i v a
de comentar a F r e u d y p o r u n a progresiva tendencia
a manejarse c o n conceptos generados p o r el p r o p i o
L a c a n d u r a n t e e l d i s c u r s o d e l o s años a n t e r i o r e s . L a
referencia a F r e u d n u n c a desaparece, pero, desde esta
jp£, "PRIMER LACAN" Y LA TÉCNICA PSICOANALÍTICA 173
Ijábía q u e d e c i r a l r e s p e c t o ? Sí. L o d i j o . Y d e f i n i ó
jt3:ipiemente a l psicoanálisis c o m o l a articulación
jde u n a t e o r í a a c e r c a d e c i e r t o s o b j e t o s d e c o n o c i -
j p i e n t o , u n m é t o d o p a r a e x p l o r a r esos o b j e t o s teó-
rioos y u n a técnica p a r a o p e r a r t r a n s f o r m a c i o n e s ,
para la cura. Sabemos también l o sucedido a la
revolución f r e u d i a n a . Se l a i g n o r ó p r i m e r o . C u a n -
d o n o s e p u d o i g n o r a r l a y a , se l a c o m b a t i ó . Y
c u a n d o e l c o m b a t e acabó también e n d e r r o t a y se
v i o q u e y a n o se p o d í a s i l e n c i a r a l i n c o n s c i e n t e
q u e había e m p e z a d o a hacerse oír ( h a b l a r había
hablado siempre)... se p a s ó a l a i n f i l t r a c i ó n d e l
psiconálisis c o n esa m i s m a psicología d e l a l m a y
de l a c o n c i e n c i a q u e él debía d e s t e r r a r y a a s i g n a r -
le m e t a s pedagógicas y a d a p t a t i v a s e n t o d o ajenas
a s u esencia. Y esta m a n i o b r a , antídoto de l a re-
vulsión f r e u d i a n a , contó c o n e l c a b a l l o de T r o y a
de l o s p r o p i o s p s i c o a n a l i s t a s , q u e se s i n t i e r o n fe-
l i c e s d e s e r r e c o n o c i d o s p o r e l establishment y co-
r r i e r o n a sus brazos creyendo (creyendo hacer
creer q u e creían) q u e eran ellos los q u e l o con-
q u i s t a b a n . P o r q u e aquí e n t r a b a a a c t u a r u n c u a r t o
elemento d e f i n i t o r i o de "psicoanálisis" q u e n o f i -
g u r a b a e n l a definición f r e u d i a n a . H l psicoanálisis
es t a m b i é n u n a " i n s t i t u c i ó n " e n c a r g a d a d e s d e e l
c o n j u n t o de l a práctica social de la jurisdicción
s o b r e u n c i e r t o territorio,^» P e r o este a s p e c t o i n s -
t i t u c i o n a l d e l p s i c o a n á l i s i s n o es u n m e r o agre-
é p o c a , se h a c e m á s i n c i d e n t a l , m a t i z a d a y c r í t i c a . L o s
ú l t i m o s s e m i n a r i o s , p u b l i c a d o s e n Ornicar, y textos
conao Mi-dirG [Decir a medias], llegan incluso a trans-
currí r í n t e g r a m e n t e s i n q u e se m e n c i o n e a F r e u d . A
c o m i e n z o s d e 1980 L a c a n d i s o l v i ó " s u " E s c u e l a F r e u -
d i a n a d e P a r í s , ¿ S e a b r í a así e l c a m i n o h a c i a u n " t e r -
cer Lacan"?
M u c h o s de los conceptos v e r t i d o s e n e l capítulo 3
d e ^'Clasificar en psiquiatría", e n este m i s m o v o l u m e n ,
SG a p l i c a n t a m b i é n a l psicoanálisis e n t a n t o a p a r a t o
i d e o l ó g i c o d e e s t a d o . N o e s t i m o c o n v e n i e n t e r e p e t i r ese
d e s a r r o l l o , y e l l e c t o r p u e d e h a c e r l a s pequeñas correc-
c i o n e s q u e se n e c e s i t a n p a r a p a s a r d e l a institución
p s i q u i á t r i c a a lá p s i c o a n a l í t i c a m a n t e n i e n d o e l g r u e s o
d e l a a r g u m e n t a c i ó n allí e x p u e s t a .
174 LACAN Y E L PSICOANAUsis
g a d o c o n el f i n de c o m p l e t a r u n a definición. Más
q u e eso. E s t e c u a r t o p n i n t o , d e l q u e podríamos
d e c i r q u e es u n p u n t o c i e g o e n F r e u d , es e l p u n t o
d e c i s i v o p o r q u e d e é l d e p e n d e l o q u e s u c e d e e n los
o t r o s t r e s . L a h i s t o r i a d e l p s i c o a n á l i s i s se i n c l u y e en
u n a h i s t o r i a de las f o r m a c i o n e s sociales y del modo
de producción capitalista. S u objeto, s u método y
s u técnica, los t r e s e l e m e n t o s i n c l u i d o s e n la defini-
ción d ^ d a p o r F r e u d , q u e d a n s o m e t i d o s a factores
a j e n o s a l p s i c o a n á l i s i s m i s m o . P a r a s e r institución
d e b í a i n t e g r a r s e . a u n j u e g o d e l p o d e r p o l í t i c o que
regulaba s u estatuto, sus procedimientos de p r o
ducción y r e p r o d u c c i ó n , s u s c a p a c i d a d e s de difu-
s i ó n , s u d i s c u r s o m i s m o . E l p s i c o a n á l i s i s , q u e había
h e c h o o í r l a v o z d e l d e s e o r e p r i m i d o , debía inte-
grarse en u n a estructura destinada a perpetuar
l a o p r e s i ó n . I n s t i t u c i ó n p s i c o a n a l í t i c a es u n a ex-
presión c o n t r a d i c t o r i a , cargada de u n a antinomia
l i n d a n t e c o n e l e s c á n d a l o . L a i n s t i t u c i ó n es l a m u e r -
t e d e l p s i c o a n á l i s i s . E l p s i c o a n á l i s i s es l a m u e r t e
de l a institución. P u e d e q u e sólo l a m a r g i n a l i d a d ,
e s a m a r g i n a l i d a d e n l a q u e se o r i g i n ó , c o n v e n g a
al descubrimiento freudiano. O una institucionali-
z a c i ó n i n e s t a b l e , e x p u e s t a s i e m p r e a l a di-solución,
opuesta s i e m p r e a l a centralización y el dogmatismo,
ataúdes d e l deseo.
Cabe r e c o r d a r a M a u d M a n n o n i : " E s t e polémico
l l a m a d o d e a t e n c i ó n es n e c e s a r i o p a r a s u b r a y a r q u e
[. . .] e n l a a c t u a l i d a d l o q u e a s u m e e l l u g a r d e l
c r i t e r i o científico s o n las i m p l i c a c i o n e s pasionales y
las i n t r i g a s d e t o d o t i p o . Se r e i v i n d i c a a l psicoaná-
lisis c o m o ciencia, Pero en los hechos n o hay lugar
p a r a l a ciencia. L a organización de las institucio-
nes, d e l a enseñanza, los c r i t e r i o s de selección y
de formación, s o n p u r a m e n t e políticos," Y poco
más adelante: " E n esta situación, e l psicoanálisis
c o m o c i e n c i a está l l a m a d o a d e s a p a r e c e r . S i sobre-
M a u d M a n n o n i , Le psychiatre, son "fou" et la psy-

chanalyse, P a r í s , S e u i l , 1970, p . 219 [El psiquiatra, su
"loco" y el psicoanálisis, M é x i c o , S i g l o X X I , 1976,
p . 206].
" P R I M E R L A C A N " Y L A T É C N I C A P S I C O A N A L Í T I C A 175
vive, e l l o sólo será a l p r e c i o d e n o i n t e g r a r s e a l

a p a r a t o a d m i n i s t r a t i v o d e l e s t a d o . V i v i e n d o ál m a r -
g e n d e t o d o r e c o n o c i m i e n t o , e n u n l u g a r e n q u e se
lo considerará m a l d i t o c o m o a l a peste, llegará a
recuperar el v e r d o r del comienzo de la era freu-
diana (y a escapar a l a e r a menopáusica q u e h o y
l o a q u e j a ) . " ^«
Y u n o s a ñ o s d e s p u é s : " E l p s i c o a n á l i s i s e s a-so-
c i a l : a p a r t i r d e allí, e l p r o b l e m a q u e se p l a n t e a
n o ^s t a n t o d e f o r m a r c o m o d e d e s h a c e r . L o q u e
a s o m b r a es l a m a n e r a e n q u e e l p s i c o a n á l i s i s h a
sido recuperado p o r los p r o p i o s analistas desde
el m o m e n t o én q u e se p l a n t e a r o n c o m o e s p e c i a l i s -
tas. E l psicoanálisis, p a r a s e g u i r s i e n d o o p e r a n t e ,
parece deber v i v i r a c o n t r a c o r r i e n t e . Desde q u e
a b a n d o n a u n a posición de m a r g i n a l i d a d , llega a
a l i m e n t a r las ciencias anexas a l p r e c i o de p e r d e r
su p r o p i a dimensión de v e r d a d . Y e s t o n o deja de
i n f l u i r s o b r e u n a práctica q u e a r r i e s g a así e n c o n -
trarse pervertida o esterilizada."
E s t a situación político-institucional e x p l i c a p o r
qué F r e u d f u e r e d u c i d o a u n a serie de fórmulas
contrarias a l o que explícitamente F r e u d decía.
Fue d i g e r i d o . Y los desechos d e esa digestión ofre-
cidos a las nuevas generaciones de analistas. I n a d -
v e r t i d a m e n t e el psicoanálisis volvió a l a psicolo-
gía g e n e r a l . E n t o n c e s y a n o d e l a c o n c i e n c i a , s i n o
d e l Y o , D e ahí e l g r i t o l a c a n i a n o , s u c o n s i g n a :
v o l v e r a F r e u d , es d e c i r a s u d e s c u b r i m i e n t o , a
ese c o n j u n t o d e t e x t o s q u e l l a m a m o s F r e u d . Y n o
para repetirlo. Para desarrollarlo. Para profundi-
zar la revolución c o p e r n i c a n a de F r e u d : el sujeto
descentrado de s u p r o p i o yo.
.^"^ Ibid., p . 221 [ p . 208],

M a u d M a n n o n i , La théorie comme fiction, París,
Séuil, 1979, p . 9 1 .
176 LACAN Y E L PSICOANALISIS
LA DEGRADACIÓN D E LA TÉCNICA PSICOANALÍTICA
E l o l v i d o O , m e j o r , la forclusión de l a r u p t u r a
f r e u d i a n a n o podía q u e d a r e n u n s i m p l e empolva-
m i e n t o d e c i e r t o s t e x t o s . A l g u a r d a r e n l o s ana-
q u e l e s l o s l i b r o s e n l o s q u e F r e u d p r o t o c o l i z a el
" p u n t o d e n o r e t o r n o " a l p a s a d o d e l a psicología,
l o s l l a m a d o s p o r E a c a n l i b r o s c a n ó n i c o s (Zâ inter-
pretación de los sueños, Psieopatología de la vida
cotidiana y El chiste y su relación con el incons-
ciente), s e a r c h i v a b a t a m b i é n l a o r i g i n a l i d a d de
ésta e x p e r i e n c i a q u e definía a l psicoanálisis e n el
c a m p o d e l lenguaje. L a consecuencia necesaria era
l a distorsión de l a técnica q u e t r a b a j a b a p a r a hacer
c o n s c i e n t e l o i n c o n s c i e n t e p o n i e n d o e n j u e g o la
función de l a p a l a b r a . L a s nociones centrales en
F r e u d d e transferencia, resistencia y síntoma son
r e d e f i n i d a s y p u e s t a s a c o n s i d e r a b l e d i s t a n c i a de
s u d e f i n i c i ó n c o n c e p t u a l ; o t r a s c o m o libido y deseo
s o n o l v i d a d a s ; o t r a s m á s c o m o pulsión son mal
t r a d u c i d a s y derivadas a l t e r r e n o de u n a ideolo-
g í a b i o l ó g i z a n t e . C o n c e p t o s e s p e c í f i c o s d e l a técni-
c a c o m o repetición o reacción terapéutica negativa
son t r a n s f o r m a d o s en simples términos descrip-
t i v o s . L a regresión es e l e v a d a a l r a n g o d e m e c a -
nismo de la cura. E l encuadre propuesto por
F r e u d p a r a l i b e r a r l a p a l a b r a es a h o r a e s c e n a r i o
d o n d e se r e p r e s e n t a u n r i t u a l o b s e s i v o , a n á l o g o a
u n c e r e m o n i a l r e l i g i o s o . Se p r o m u e v e l a alianza
e n t r e el y o r a z o n a b l e d e l p a c i e n t e y el y o analítico
del analista.
E l o l v i d o de l a función de l a p a l a b r a lleva a
s u b r a y a r l a interpretación de los gestos y las acti-
t u d e s c o m o cosas dadas d i r e c t a m e n t e a la " i n t u i -
c i ó n ' ' d e l a n a l i s t a y se s u p o n e q u e t o d o l o m u s c u -
l a r y v e g e t a t i v o es " p r e v e r b a l " , e q u i v a l e n t e a l o s
m o v i m i e n t o s afectivos inconscientes de u n ser que
r e g r e s ó a u n m o m e n t o a n t e r i o r a l l e n g u a j e . Se b u s -
ca así l a v e r d a d d e l i n c o n s c i e n t e e n u n a c o m p r e n -
sión e m p a l i c a d e l estado e m o c i o n a l d e l sujeto y
se r e f u e r a a l a infantilización d e l a n a l i z a n d o c o n e l
peso de la p a l a b r a i n t e r p r e t a t i v a dada e n el seno
^ / ' P R I M E R LACAN" Y L A TÉCNICA PSICOANALÍTICA 177
4fi l a s i t u a c i ó n t r a n s f é r e n c i a l . V o l v i e n d o así a l
¿¡ampo d e l a s u g e s t i ó n d e l c u a l e l p s i c o a n á l i s i s
, ^ e r g i ó c u a n d o F r e u d privilegió e n él l a acción
^ l a p a l a b r a . D e s c u i d a n d o a las asociaciones' l i -
feÉes, c o r a z ó n d e l m é t o d o . S e j e r a r q u i z a e l p a p e l
del " o b j e t o g e n i t a l t o t a l " y s e l o e l e v a a l a c o n -
dición d e m e t a d e l análisis: l l e v a r a l p a c i e n t e a
una relación m a d u r a de o b j e t o . G o m o si F r e u d n o
j ^ b i e s e marcado desde el p r i n c i p i o de s u o b r a el
carácter d e r a d i c a l i n a c c e s i b i l i d a d d e l o b j e t o d e l
deseo, p e r d i d o desde l a experiencia originaria,
íâando e l s u j e t o s e c o n s t i t u y ó p r e c a r i a m e n t e c o m o
Uno a p a r t i r d e u n a fragmentación a n t e r i o r . Se
p o n e así u n a z a n a h o r i a d e l a n t e d e l p a c i e n t e y se
le d i c e q u e d e b e m a r c h a r t r a s e l l a h a s t a a l c a n -
zarla e n el m o m e n t o d e l a identificación c o n - e l
a n a l i s t a . Y se o l v i d a q u e e l e s t a t u t o d e l a b ú s q u e d a
del o b j e t o d e l deseo p a r a e l s u j e t o psicoanalítico
es e l d e c o r r e r d e t r á s d e u n e s p e j o q u e r e f l e j a
delante de los ojos d e l metafórico b u r r o a u n a
z a n a h o r i a e m p l a z a d a detrás de él. U n : "Desearás,
y p o r q u e desearás correrás detrás d e l o b j e t o d e t u
deseo q u e p a r a s i e m p r e se t e e s c a p a r á . "
Se destaca c o m o u n a d e l a n t o e l r e t r o c e s o a l a
más a r c a i c a psicología d e las e m o c i o n e s y l a lite-
r a t u r a psicoanalítica se a p r e s u r a a desembarazarse
del v o c a b u l a r i o p u l s i o n a l f r e u d i a n o . U n a u t o r t a n
lúcido c o m o M i c h a e l B a l i n t p u e d e j a c t a r s e : " P a r a
empezar, l a expresión 'fuente de u n a pulsión' y a
c a s i n o se u t i l i z a e n n u e s t r o s días n i v e r b a l m e n t e
ni p o r escrito; igualmente, el término ' f i n de la
p u l s i ó n ' se h a c e c a d a v e z m á s r a r o e n n u e s t r a s
consideraciones teóricas; i n c l u s o la expresión ' i n -
hibido en s u fin-o meta', m u y frecuentemente uti-
l i z a d a e n o t r o s t i e m p o s se e m p l e a r a r a m e n t e ; l o s
o b j e t o s y r e l a c i o n e s d e o b j e t o están e n el p r i m e r
p l a n o d e s d e h a c e u n t i e m p o y , h e c h o caracterís-
t i c o q u e es i m p o r t a n t e p a r a m i t e s i s , n o se l a s
u t i l i z a prácticamente n u n c a e n relación c o n s u ad-
jetivo de origen, 'objeto pulsional'; nunca he visto
u oído l a expresión 'relación c o n u n o b j e t o pulsio-
n a l ' . A d e m á s , c a d a v e z s e e m p l e a n m e n o s l o s tér-
m i n o s m u y c o n o c i d o s d e a n a l , o r a l , g e n i t a l , etc
p a r a i n d i c a r el o r i g e n o el f i n de las pulsiones y
se l o s u s a c a d a vez m á s a m e n u d o , p a r a i n d i c a r
r e l a c i o n e s d e o b j e t o e s p e c í f i c a s , p o r e j e m p l o 'avi-
d e z o r a r , ' d o m i n a c i ó n a n a l ' , ' a m o r g e n i t a l ' , etc
F i n a l m e n t e , el término 'sádico' h a pasado progre-
s i v a m e n t e d e m o d a , l o q u e se d e b e , e n m i opinión
a q u e sus implicaciones son demasiado libidinales
y se r e l a c i o n a n e s t r e c h a m e n t e c o n las gratifica-
c i o n e s y c o n l o s f i n e s p u l s i o n a l e s ; e ñ s u l u g a r se
u t i l i z a n expresiones tales c o m o ' h o s t i l ' , 'agresivo',
'destructivo' q u e tienen u n a a f i n i d a d evidente con
las relaciones de objeto."^^ L a técnica c o m o proce-
d i m i e n t o p a r a l o g r a r c a m b i o s es c o n s i d e r a d a c o m o
s o b e r a n a e n relación c o n el m é t o d o analítico que
pretende llegar a la verdad invirtiéndose l a rela-
ción e n t r e a m b o s q u e d a b a s u o r i g i n a l i d a d y su
carácter i n n o v a d o r a l psicoanálisis.
P a r a F r e u d , d e s d e e l m o m e n t o e n q u e h u b o de-
f i n i d o a l " i n c o n s c i e n t e " c o m o o b j e t o teórico, la
técnica psicoanalítica f u e u n m o m e n t o s u b o r d i n a -
d o a l a c o r r e c t a aplicación d e l método. U n proce-
d i m i e n t o era técnicamente correcto en l a medida
e n q u e n o obstaculizase el c a m i n o hacia el conoci-
m i e n t o de l a v e r d a d . L a preocupación p o r l a me-
j o r í a y l a desaparición d e l o s síntomas cedía el
p a s o a l interés p o r e l e s c l a r e c i m i e n t o de l a estruc-
t u r a d e t e r m i n a n t e d e esos síntomas. P e r o e n esta
d e g r a d a c i ó n d e l a t é c n i c a se p r e t e n d e q u e e x i s t e
u n a teoría de la técnica que " t a l como lo hemos
d e s c r i t o es c l a r a m e n t e n o c o n g r u e n t e c o n l a t e o -
ría psicoanalítica del funcionamiento mental".®*
C l a r a m e n t e , u n a teoría de l a técnica i n c o n g r u e n t e
c o n l a t e o r í a d e l i n c o n s c i e n t e . E n e s e c o n t e x t o es
q u e se r e d e f i n i e r o n l o s c o n c e p t o s de resistencia
®2 M i c h a e l B a l i n t , Amour primaire et technique psy-

chanalytique, P a r í s , P a y o t , 1972, p p . 245-246.
®^ V é a s e e l c a p í t u l o s i g u i e n t e d o n d e se a b o r d a especí-
f i c a m e n t e l a cuestión d e l " c a m b i o " e n psicoanálisis.
^* K . A . M e n n i n g e r y P h . S. H o l z m a n , Theory of psy-
choanalytic technique, N u e v a Y o r k , B a s i c B o o k s , 1973,
p . 184.
^^^RXMER LACAN" Y L A TÉCNICA PSICOANALÍTICA 179
^Pransferencia, fundamentos del método, y el psi-
^^^lálisis llega a ser técnica d e modificación de
^p^ducta e n l a q u e e l " h m h m m " d e l a n a l i s t a a c -
como elemento reforzador i n d i c a n d o a l pa-
^ ^ ^ t e q u e v a bien, q u e cuenta c o n l a aprobación
^^^respaldo d e s u m e n t o r y q u e t i e n e q u e s e g u i r
3^í. A d e m á s , y p a r a c o l m o d e m a l e s , se l l e g a a d e s -
éÜ|3TÍr q u e e n l a o b r a d e F r e u d e s t á i m p l í c i t o tin
'S^turitode vista adaptativo" que tiene en cuenta,
0ff la práctica analítica, a " l a relación c o n el m e d i o
^ ^ b i e n t e , los objetos de a m o r y odio, las relacio-
ipy^ c o n l a s o c i e d a d , etc."®^ P o d r í a s e g u i r e n u m e -
i^ndo impropiedades y acumulando referencias,
^ r o m e limitaré a r e c o r d a r las tres orientaciones
que d o m i n a b a n e l c a m p o e n e l m o m e n t o e n q u e
comenzó a oírse l a p r o t e s t a de Lacan.
L a p r i m e r a y m á s e s c a n d a l o s a es l a d e l I n s t i t u t o
d,e C h i c a g o , q u e l l e g a a d e c i r : " D e f i n i m o s a l p s i -
coanálisis, según c r i t e r i o s m á s esenciales, como
t o d a t e r a p i a basada en principios psicodinámicos
y c u y o i n t e n t o es c o n d u c i r a l p a c i e n t e h a c i a un
ajuste más satisfactorio con su ambiente, y ayudar
a l desarrollo armónico de sus capacidades."^^ Y
t r a s e s a d e f i n i c i ó n , c o h e r e n t e m e n t e se p r o p o n e e n
el p l a n o t é c n i c o e l m a n e j o d e l a t r a n s f e r e n c i a y
la o r i e n t a c i ó n d e l a v i d a e x t e r i o r d e l p a c i e n t e .
L a s e g u n d a es l a d e l a s t é c n i c a s q u e se r e c l a m a n
como ortodoxas freudianas aun cuando han rem-
plazado la metapsicología del fundador por la
psicología d e l y o . E s d e c i r q u e n o s o n s i g m u n d -
f r e u d i a n a s s i n o a n a f r e u d i a n a s . " L a técnica psico-
analítica está d i r e c t a m e n t e a p u n t a d a h a c i a e l Y o ,
p o r q u e sólo éste t i e n e acceso d i r e c t o a l E l l o , a l
S u p e r y o y a l m u n d o e x t e r i o r . N u e s t r o f i n es h a c e r
que el Y o r e n u n c i e a sus defensas patógenas o
que halle otras más p r o p i a s {proper)"^'^
R a l p h R. G r e e n s o n , Técnica y práctica del psico-
análisis, M é x i c o . S i g l o X X I , 1976, p . 40.
F. A l e x a n d e r y T h . F r e n c h , Terapéutica psicoana-
lítica, B u e n o s A i r e s , P a i d ó s , 1965, p . 45 ( c u r s i v a s d e
los a u t o r e s ) .
R a l p h R. G r e e n s o n , op. cit., p . 43.
180 LACAN: Y E L P S I C O A N Á L I S I S '
L a t e r c e r a y ú l t i m a es l a q u e d e r i v a d e l a obra
d e M e l a n i e K l e i n , E n e s t e c a s o se c o n s i d e r a qug
t o d o a c t o y t o d a p a l a b r a , p r o d u c i d o s e n l a sesión
analítica s o n l a expresión d e u n a fantasía incons-
c i e n t e d e l a n a l i z a n d o , s i e n d o l a fantasía inconscien-
te " e l r e p r e s e n t a n t e psíquico d e l i n s t i n t o " y "gj
c o n t e n i d o p r i m a r i o de los p r o c e s o s psíquicos in-
c o n s c i e n t e s [ - . .] q u e se r e f i e r e n p r i m e r a m e n t e a
c u e r p o s [ - - -] y q u e n o d e p e n d e n d e l a s p a l a b r a s
a u n q u e p u e d a n , b a j o c i e r t a s c o n d i c i o n e s , s e r ca-
p a c e s d e e x p r e s a r s e e n p a l a b r a s " . ® ^ A p a r t i r de
ésta concepción, c l a r o está, " l a l a b o r d e l analista
es d e s c u b r i r e i n t e r p r e t a r q u é c o n t e n i d o incons-
c i e n t e está e x p r e s a n d o e n e l m o m e n t o e l paciente
a q u í y a h o r a , e n l a sesión".®» A s í e l análisis t r a n s -
c u r r e e n m e d i o d e f r e c u e n t e s i n t e r p r e t a c i o n e s de
las proyecciones e introyecciones q u e constante-
m e n t e hace el paciente e n la p e r s o n a d e l analista
y q u e éste está e n c o n d i c i o n e s d e i n t e r p r e t a r p o r
s u c o n o c i m i e n t o de l a v i d a i n s t i n t i v a . E s t a asom-
b r o s a f a c u l t a d es p o s i b l e p o r " n u e s t r a capacitación
d e comprender y reconocer el proceso inconsciente
q u e s u b y a c e e n cada frase d e l a n a l i z a n d o , e n cada
movimiento mental, c a d a s i l e n c i o , c a d a c a m b i o de
r i t m o y v o z , y c a d a u n a d e s u s actitúdes".^^**
E n t o d a s estas f o r m a s d e degradación d e l psico-
a n á l i s i s l a m e t a a a l c a n z a r p o r l a t é c n i c a es e l Y o
m a d u r o , r o b u s t o , q u e h a s u p e r a d o f e l i z m e n t e las
etapas pregenitales d e l d e s a r r o l l o , q u e establece
b u e n a s r e l a c i o n e s d e o b j e t o y l o g r a u n " a m o r ge-
nital a r m o n i o s o " ( B a l i n t ) , q u e sabe d i s t i n g u i r sin
c o n f u n d i r s e l a r e a l i d a d y l a f a n t a s í a y q u e se h a
i d e n t i f i c a d o a f o r t u n a d a m e n t e , o r a c o n e l Yo,^®^ o r a
^® S. I s a a c s , " N a t u r a l e z a y f u n c i ó n d e l a fantasía",
e n M e l a n i e K l e i n et at.. Desarrollos en psicoanálisis,
B u e n o s A i r e s , H o r m é , 1971, p p . 73-115 ( e n e s p e c i a l
109-110).
J. Riviere, "Introducción general", en Melanie
K l e i n et al., op. cit. p . 32.
i « « H . R a c k e r , 'Êstudios sobre técnica psicoanalítica",
B u e n o s A i r e s , P a i d ó s , 1960, p . 32 ( c u r s i v a s d e l a u t o r ) .
R. F, S t e r b a , " T h e d y n a m i c s o f t h e d i s s o l u t i o n o f
PRIMER LACAN" Y L A TÉCNICA PSICOANALÍTICA 181
e l Superyó,^*>2 psicoanalista. Es a l i m -
a r t o d a s estas m e t a s y a l r e c o n o c e r s u ca-
e r i d e o l ó g i c o y c o n f o r m i s t a q u e c o m e n z ó , se
rtó y prosigue en la actualidad el desarrollo
iano, d e s m o n t a n d o el m e c a n i s m o esencial de
operación r e c u p e r a d o r a , d e n u n c i a n d o l a escan-
o s a d i s c o r d a n c i a e n l a c o n s i d e r a c i ó n d e Le moi
i^ns ta théorie de Freud et dans la technique de
psychoanalyse [ E l Y o e n l a teoría d e F r e u d y
¿a l a t é c n i c a d e l psicoanálisis].^''^
j¿f*orque e l Y o f u e s i e m p r e p a r a F r e u d l a i n s -
^ n e i a d e l a q u e procedían l a s r e s i s t e n c i a s q u e él
^ c o n t r a b a e n e l p r o c e s o d e l a c u r a analítica c o m o
(SEpxelato d e l a r e p r e s i ó n . L o s m i s m o s elevados
sistemas q u e habían rechazado anteriormente la
iíKrlusión d e l o s r e p r e s e n t a n t e s p u l s i o n a l e s e n e l
caunpo d e l d i s c u r s o ; l o s m i s m o s q u e habían c o n -
siderado q u e esos s i g n i f i c a n t e s e r a n i n c o n c i l i a b l e s
con el y o d e l e n u n c i a d o , s o n los q u e e n este m o -
m e n t o e n q u e l a p a l a b r a es l i b e r a d a p o r l a c o n -
signa analítica continúan oponiéndose a l a e m e r -
gencia d e l a v i e j a p e r o n u n c a a d m i t i d a v e r d a d e n
el n u e v o d i s c u r s o , y así l o p e r c i b e e l a n a l i z a n d o :
c o m o u n a situación a f e c t i v a m e n t e d i s p l a c e n t e r a ; y
también l o p e r c i b e así e l a n a l i s t a : c o m o u n b l o -
queo, u n t r a s t a b i l l a r de l a cadena asociativa.
Lo inconsciente n o tiende sino a abrirse paso
i r r u m p i e n d o d e u n a m a n e r a c i e g a y r e p e t i t i v a ; es
la c o m p u l s i ó n d e repetición, Y l a función d e l Y o
es l a d e p r o t e g e r u n a i m a g e n — h e c h a d e p a l a b r a s —
de sí m i s m o m a n t e n i e n d o a l e j a d o a e s t e saber.
R e s i s t e n c i a es a c t u a l i z a c i ó n e n l a c u r a d e l a r e -
presión. Represión y resistencia son procesos
sinónimos espaciados e n t r e e l t i e m p o d e l a signi-
t h e t r a n s f e r e n c e r e s i s t a n c e " , e n PsvchoanaWtic Quar-
terly, t . 9, 1940, p . 363.
J. Strachey, " T h e nature o f the therapeutic action
o f p s y c h o a n a l y s i s " , e n International Journal of Psy-
choanalysis, t . 15, 1934, p . 127.
lo.-í T í t u l o d e l l i b r o i i d e l s e m i n a r i o d e L a c a n d i c t a d o
e n 1954-1955 y e d i t a d o p o r S e u i l , P a r í s . 1978. E n ade-
l a n t e : Le fnoi dans la théorie...
i.
182 LACAN Y EL PSICOANÁLISIS
ficación y el t i e m p o de l a evocación. Y ambos

son e f e c t o s d e l a m i s m a i n s t a n c i a . C o n l o que
q u e d a s e l l a d a l a a c c i ó n d e l Y o c o m o f u n c i ó n de
desconocimiento. Desconocimiento que no debe
confundirse con la ignorancia, pues la ignorancia
es a p e r t u r a a u n s a b e r p o s i b l e , m i e n t r a s q u e el
d e s c o n o c i m i e n t o i m p l i c a r e c o n o c i m i e n t o d e l a ver-
d a d y d e s f i g u r a c i ó n o n e g a c i ó n d e l a m i s m a con
f i n e s d e f e n s i v o s . P o r e s o p u e d e L a c a n d e c i r q u e el
Y o e s t á e s t r u c t u r a d o c o m o u n s í n t o m a , q u e " e s el
s í n t o m a h u m a n o p o r e x c e l e n c i a , es l a e n f e r m e d a d
m e n t a l d e l h o m b r e " , y d e s c r i b i r l o c o m o " e s a se-
rie de defensas, de negaciones, d e b a r r e r a s , de
inhibiciones, de fantasmas fundamentales que
o r i e n t a n y d i r i g e n a l sujeto".^'^"^ Y e s t e y o , l e j o s de
s e r e l m o t o r d e l a n á l i s i s , es a q u e l l o q u e e l d i s c u r s o
d e l a n a l i z a n d o d e b e r o d e a r y e l u d i r p a r a l o g r a r su
p r o p i o r e c o n o c i m i e n t o . E l Y o es e s p e j i s m o c o n s t i -
t u i d o e n e l s u j e t o a p a r t i r d e l r e c o n o c i m i e n t o de
l a i m a g e n d e sí m i s m o e n e l e s p e j o c o m o d o t a d a
d e u n a f o r m a d e c o m p l e t u d e q u i v a l e n t e a l a for-
m a del o t r o h u m a n o . Y esto sucede en u n m o m e n t o
en q u e s u i n m a d u r e z m o t o r a y v i t a l n o permitiría
n i autorizaría n i n g u n a unificación. P o r eso, p o r
s e r u n espejism^^ r i v e le p e r m i t e s a l i r de s u frag-
m e n t a c i ó n , e l n i ñ o , a n t e s a ú n d e h a b l a r , se p r e c i -
p i t a á v i d a m e n t e s o b r e e s t a i m a g e n d e sí q u e el
o t r o s a n c i o n a d i c i é n d o l e : " e s o e r e s t ú " , y se ena-
m o r a de ella. Es el m o m e n t o del n a r c i s i s m o pri-
m a r i o e n q u e e l s u j e t o se s i e n t e representado,
s i g n i f i c a d o p o r esa i m a g e n v i r t u a l q u e está detrás
de u n c r i s t a l a z o g a d o y a la q u e l l a m a " y o " . U n yo
q u e de t o d o s m o d o s está s i e m p r e más o menos
d e s f a s a d o c o n r e s p e c t o a l o q u e él p u e d e p e r c i b i r
d e sí m i s m o . P o r e s o es q u e e l y o u n i f i c a d o y u n i -
f i c a n t e d e l e s p e j o , a p a r t i r d e l c u a l el s u j e t o creerá
s a b e r q u i é n es é l , n o es p l e n a m e n t e e l Y o sino
u n Y o i d e a l , i m á n q u e a t r a e r á d e ahí e n más, y a
t o d o lo l a r g o de su v i d a , a sus aspiraciones y que
Jacques Lacan, J^c séminaire, Livre I, L.es écrits
techniques de. Freud, P a r í s , S e u i l , 1975, p. 22.
Ihid., p. 24.
" P R I M E R LACAM" Y LA TÉCNICA PSICOAMALÍTICA 183
determinará también sus elecciones amorosas y

su búsqueda sexual. P e r o esa i m a g e n de
acción y o m n i p o t e n c i a d e l Y o i d e a l e n t r a e n
icción — c o m o acabamos de a p u n t a r — con
yo real. E l sujeto n o puede —psicosis y m u e r t e
excluidos— asimilarse lisa y llanamente c o n su ima-
g e n e s p e c u l a r . E l n a r c i s i s m o n o es a m o r poi» e l y o
ineal s i n o " p o r e l Y o i d e a l a d o r n a d o c o m o e l i n -
fantil, c o n todas las perfecciones". Pero esta per-
fección y esta o m n i p o t e n c i a n o p u e d e n m a n t e n e r s e .
L a l u n a n o se a l c a n z a e s t i r a n d o l a m a n o . L o s o t r o s
t i e n e n a s i g n i f i c a r l e a l n i ñ o q u e n o es q u e r i d o
p o r e l s ó l o , h e c h o d e e s t a r ahí s i n o q u e d e b e c o m -
portarse de u n a cierta manera para lograr y con-
s e r v a r e l a m o r q u e l e es e s e n c i a l p a r a l a s o b r e -
vivencia c o m o ser h u m a n o .
Renuentemente el niño debe alejarse de este
objeto que lo enamoraba y q u e quedará como
n o r t e de la brújula de s u deseo. C o m o " n o q u i e r e
r e n u n c i a r a l a perfección n a r c i s i s t a d e s u niñez y
ya que n o puede m a n t e n e r l a ante las admoniciones
recibidas de los otros d u r a n t e s u desarrollo y ante
el despertar de su p r o p i o j u i c i o crítico, i n t e n t a re-
conquistarla bajo la f o r m a nueva de u n Ideal del
Y o . A q u e l l o q u e p r o y e c t a a n t e sí c o m o s u i d e a l
es l a s u s t i t u c i ó n d e l p e r d i d o n a r c i s i s m o d e l a n i -
ñez, e n e l c u a l e r a él m i s m o s u p r o p i o ideal".^^^
" E l estímulo p a r a l a formación d e l I d e a l del Y o
c u y a v i g i l a n c i a está e n c o m e n d a d a a l a c o n c i e n c i a
( m o r a l ) , t u v o su p u n t o de p a r t i d a en la influen-
cia crítica ejercida, de v i v a voz, p o r los padres, a
l o s c u a l e s se a g r e g a r o n , c o n e l c o r r e r d e l t i e m p o ,
aquellos q u e l o p r e p a r a r o n y le enseñaron y l a i n -
conmensurable e indefinible m u l t i t u d de todo el
r e s t o de la gente de s u a m b i e n t e — s u s c o n t e m -
poráneos— y la opinión pública."
S i g m u n d F r e u d , Introducción al narcisismo, en
Obras completas c i t . , t . x i v , p . 189 [Standard Bdition,
t, X I V , p . 94; t o d a v e z q u e se h a g a m e n c i ó n a l a e d i c i ó n
i n g l e s a , es p o r q u e p r e f e r i m o s esa v e r s i ó n a l a espa-
xiola q u e u s a m o s ] .
lo" S i g m u n d F r e u d , p . 190 [Standard Edition, p . 96].
Y e s t e I d e a l d e l Y o n a r c i s i s t a es e l q u e r e g u l a
d e s d e e l S u p e r y o q u e es s u s o p o r t e , a e s a " m a s a
ideacional" q u e es c o m o c o n s i d e r a b a F r e u d al
Y o d e s d e e l p r i n c i p i o . E s d e c i r q u e es l a v o z de
l o s p a d r e s y , a t r a v é s d e e l l a , es l a o r g a n i z a c i ó n
s o c i a l l a q u e c o m a n d a las p a l a n c a s de l a represión
s i e n d o l a e n f e r m e d a d u n a r e b e l i ó n c o n t r a l a ins-
t a n c i a censora " q u e e m a n a d e l deseo d e l sujeto
de liberarse de todas estas influencias, comenzan-
d o p o r l a parental".=^^^ E s e n t o n c e s " s ü c o n c i e n c i a
m o r a l (el S u p e r y o ) l a q u e se e n f r e n t a c o n él d e
m o d o regresivo c o m o u n a i n f l u e n c i a h o s t i l que pro-
v i n i e s e d e l exterior".^^'^ Está c l a r o después d e estas
c i t a s d e l t r a b a j o princeps d e F r e u d s o b r e e l nar-
c i s i s m o cuál es, p a r a l a d o c t r i n a psicoanalítica, el
o r i g e n de l a represión de los representantes pulsio-
nales y e l m o t o r d e las r e s i s t e n c i a s . Se t r a t a de
la organización social, de s u mediatización p o r la
v ¿ v a voz d e l o s p a d r e s y d e l a i n t r o y e c c i ó n d e ésta
c o m o S u p e r y o q u e Se e n f r e n t a e n e l i n t e r i o r d e l a
estructura subjetiva mostrando la inconciliabilidad
d e e s o s r e p r e s e n t a n t e s p u l s i o n a l e s c o n e l Ideal del
Yo, nueva forma a -través d e l a c u a l e l s u j e t o t r a t a
de m a n t e n e r s u p r i m i t i v o n a r c i s i s m o y de recu-
p e r a r l a i m p o s i b l e fusión c o n el Y o ideal.
Es p o r todo esto que Lacan puede hablar con
e s t r i c t a p r o p i e d a d d e l Y o c o m o el r e s u l t a d o de
u n a alienación d e l s u j e t o e n l a i m a g e n y e n la
p a l a b r a de o t r o q u e está c o n s a g r a d o a l desconoci-
m i e n t o del s u j e t o en e l s u j e t o . Y e s t a represen-
t a c i ó n imaginaria q u e es e l Y o t i e n e t a m b i é n u n a
e x i s t e n c i a real q u e es e l c u e r p o d e l s u j e t o , é s e
q u e está d e l l a d o d e acá d e l e s p e j o , y u n a e x i s t e n c i a
simbólica, pues el lenguaje ofrece el n o m b r e p r o p i o
y el p r o n o m b r e , el " y o " gramatical, el " y o " del
enunciado, p a r a que el sujeto aparezca represen-
t a d o e n l a c a d e n a d i s c u r s i v a . E l y o representa al
s u j e t o e n e l e n u n c i a d o , s í , pero no lo significa por-
q u e este vocablo designa a la representación ima-
Loe. cit.
iôc. cit.
' " P R I M E R L A C A N " Y L A T É C N I C A P S I C O A N A L Í T I C A 185
^^^âria q u e e l s u j e t o t i e n e d e sí. E n l a c u r a a n a -
j É ^ c a e s t e " y o " es l o q u e e l s u j e t o n o s t r a e c o m o
! ^ á s c a r a q u e m u e s t r a según u n a i d e a q u e él, o q u e
^^g; d e m á s , t i e n e n d e l o q u e é l e s . E s e " y o " es r e -
jjfeKtp p s i c o l ó g i c o , r e l a t o d e u n a n o v e l a , o b j e t o d e
« ^ e s t i m a narcisística o de l a compasión n o m e n o s
..jj^rcisística d e l h a b l a n t e . O b s t á c u l o a r e m o v e r p a -
qgia q u e e l s u j e t o p u e d a t o m a r d i s t a n c i a r e s p e c t o d e
•.sus c e r t i d u m b r e s ( v é a s e e l e p í g r a f e ) . E s e l y o d e l
téogito c a r t e s i a n o , b l a n c o s o b r e e l q u é se d i s p a r ó
leLe u n a v e z y p a r a s i e m p r e e l a r m a f r e u d i a n a . E s
yo que reclama la "comprensión" y la "simpa-
íâ" d e l o t r o , d e l a n a l i s t a . Q u i e n será a n a l i s t a e n l a
m e d i d a e n q u e se a b s t e n g a de hacer nada que
¡pueda r a t i f i c a r a l y o e n e l l u g a r d e l e s p e j i s m o e n
q u e h a b i t a . Y d e b e q u e d a r c l a r o : t a m p o c o es e l
;an:álisis u n a e x p e r i e n c i a d e " c o r r e c c i ó n d e l a s e q u i -
v o c a c i o n e s " d e ese y o p a r a c a m b i a r l o p o r o t r o y o
m^nos i m a g i n a r i o . E l y o n o puede r e n u n c i a r a
su vocación de d e s c o n o c i m i e n t o m e r c e d a . u n p r o -
ceso q u e , l l á m e s e c o m o se l l a m e , p s i c o a n á l i s i s i n -
cluso, sería u n p r o c e s o p e d a g ó g i c o .
E s y será, s i e m p r e u n a f u n c i ó n i m a g i n a r i a , e x -
céntrica a l s u j e t o , q u e p r e t e n d e y pretenderá ha-
cerse p a s a r c o m o s u núcleo. N ú c l e o q u e n o p u e d e
c o r r e s p o n d e r a n i n g u n a r e p r e s e n t a c i ó n d e .sí, p u e s
el e j e d e l a v i d a d e l s u j e t o está f u e r a d e él, e n e l
m u n d o de l a p a l a b r a , e n el O t r o . Allí d o n d e se
d i s t r i b u y e n l o s l u g a r e s d e s u j e t o y se d e l i n e a n l a s
alienaciones imaginarias que a cada u n o corres-
p o n d e n según las c o o r d e n a d a s q u e v e n g a a o c u p a r
en el deseo de los demás y c o m o consecuencia de
s u d ^ s e o d e ese d e s e o . E n t o d o e s t e p r o c e s a m i e n t o
teórico puede verse el a p a r t a m i e n t o freudiano de la
ideología o f i c i a l y e l r e t o r n o de esa ideología reac-
c i o n a r i a ( " e l y o es l a t e o l o g í a d e l a l i b r e e m p r e -
sa"), e n el d i s c u r s o de quienes p r e t e n d e n ser sus
c o n t i n u a d o r e s . E l Y o n o es e s t r u c t u r a n t e d e l m u n -
d o o b j e t a l c o m o p r e t e n d e el psicoanálisis h o y ofi-
cial, e l Y o está e s t r u c t u r a d o p o r e l m u n d o s i m -
bólico e n el que el hablante viene a insertar su
p a l a b r a . E l Y o e s u n o b j e t o d e e s e m u n d o . N o es
186 LACAN Y E L PSICOANÁLISIS
e l s u j e t o p o r q u e e l s u j e t o está e x c l u i d o d e l enun-
c i a d o . E l y o es u n shifter, u n eslabón, u n punto
d e e m b r a g u e d e l a c a d e n a d i s c u r s i v a q u e se o r i -
g i n a m á s a l l á d e l a é l . L a p a l a b r a " y o " d i c h a p o r el
a n a l i z a d o es l a m a n e r a e n q u e é l a p a r e c e r e p r e -
s e n t a d o e n el o r d e n simbólico. Y la m a n e r a e n que
a p a r e c e r e p r e s e n t a d o es s i e m p r e l a d e u n a s e u d o -
e v i d e n c i a d e t r a n s p a r e n c i a ( " c l a r o , h o m b r e , se l o
d i g o y o " ) q u é o c u l t a l a f u n c i ó n d e o b s t á c u l o y de
f i l t r o q u e ese " y o " c o n s t i t u y e p a r a e l p a s a j e de la
v e r d a d a l e n u n c i a d o . P o r eso, p o r q u e l a v e r d a d del
sujetó ^ s í d , f i l t r a d a , denegada, o s c u r e c i d a y disfra-
z a d a , pero no en el yo, e s q u e l a t é c n i c a a n a l í t i c a n o
p o d r í a c o n c e n t r a r s e e n el Y o s i n o e n el l u g a r don-
d e e s a v e r d a d a p a r e c e : e n e l d i s c u r s o . P o r e s o el
a n á l i s i s n o es a n á l i s i s d e l Y o ( q u e n o p o d r í a h a c e r -
s e s i n o d e s d e o t r o y o , e l d e l a n a l i s t a ) , n i análisis
d e l a s r e s i s t e n c i a s ( v o l v e r é s o b r e e s t o ) s i n o aná-
lisis del discurso.
P o r q u e es e n e l d i s c u r s o d o n d e e l s u j e t o se m a -
n i f i e s t a y es e n e l d i s c u r s o d o n d e d e b e n resol-
v e r s e los e s p e j i s m o s d e l Y o . E s ahí d o n d e podrá
s a l d a r s e l a c u e n t a d e l o s r e z a g o s d e las múltiples
i d e n t i f i c a c i o n e s d e las q u e e l Y o , creyéndose dueño
d e sí m i s m o y d e s u d e s t i n o , es e l r e s u l t a d o . P u e s
é s a es
LA META D E L ANÁLISIS: LA RESTITUCIÓN DE LA

triSTORIA
Sí, es v e r g o n z o s o q u e 8 0 a ñ o s d e s p u é s d e l a p u -
b l i e a c i ó n d e La interpretación de los sueños haya
q u e r e p e t i r , c o m o s i se t r a t a s e d e p a n f r e s c o , q u e
e n F r e u d n o t i e n e e l análisis o t r o o b j e t i v o q u e el
d e r e s t i t u i r l a c o n t i n u i d a d e n ese t e j i d o d e s g a r r a -
d o q u e es l a r e p r e s e n t a c i ó n q u e e l s u j e t o t i e n e de
s u p r o p i a h i s t o r i a , a n u d a m i e n t o d e m i t o s , fábulas,
l e y e n d a s , fantasías y r e c u e r d o s e n c u b r i d o r e s . No-
vela. A p e r t u r a , pues, de la dimensión d e l sentido
e n el a p a r e n t e s i n s e n t i d o d e l sueño, de l a equivo-
'•"PRIMER LACAN" Y LA TÉCNICA PSICOANALÍTICA 187
^ c i ó n y d e l s í n t o m a p o r d o n d e se f r a g u ó e l s e n -
j ^ r o d e l psicoanálisis a l h a c e r a p a r e c e r a l s u j e t o
pomo efecto de la secuencia discursiva,
^ ^ e t a a l a q u e se a p u n t a d e s d e e l m o m e n t o e n
£jue s e i n v i t a a l a n a l i z a n d o a q u e h a b l e , a q u e r e v e l e
ese y o - r e p r e s e n t a c i ó n (en el t r i p l e sentido de la
p a l a b r a : d] a l g o q u e e s t á a u s e n t e y s e r e - p r e s e n t a ;
¿>] u n a t e a t r a l i z a c i ó n q u e a c t u a l i z a c o m o presente
4in s u c e s o p a s a d o e n l a r e a l i d a d o é n l a i m a g i n a -
ición d e u n a u t o r , y c ] u n a d e l e g a c i ó n d e u n poder
f>ara q u e a l g u i e n q u e n o es o n o t i e n e ese p o d e r
ê i n v i s t a d e l p a p e l d e d e l e g a d o , e m b a j a d o r o re-
p r e s e n t a n t e ) . Q u e e l Y o h a b l e d e l o q u e es, t i e n e ,
piensa, le pasó, p r o y e c t a . Q u e j u e g u e a l q u i t a y
p o n d e l a s m á s c a r a s e n e l d i s c u r s o . Q u e se m u e s -
tre en todo su esplendor y en toda su miseria.
Que r e p i t a y reactúe e n l a t r a n s f e r e n c i a aquellos
segmentos de s u h i s t o r i a q u e creer i g n o r a r , q u e
p o n g a e n l a b o c a d e s u p e r s o n a j e e l p e r s o n a l sis-
tema de racionalizaciones y denegaciones, que
desempeñe s u p a p e l . . . y q u e alcance en el pro-
ceso d e l d i s c u r s o e l s e n t i d o d e las a s o c i a c i o n e s , d e
las f a l l a s , d e l o s sueños, d e l o s síntomas, d e l a
historia. Podrá hacerlo p o r la falta de objetivación
de ese d i s c u r s o q u e le p e r m i t e e l b o r r a m i e n t o d e l
yo de s u i n t e r l o c u t o r y gracias a las o p o r t u n a s
puntuaciones e interpretaciones del que, p o r ha-
c e r e s o , es a n a l i s t a . U b i c a r s e e n u n a h i s t o r i a q u e
n o es e l p a s a d o — p u e s t o q u e y a p a s ó y p a r a n u n c a
v o l v e r - — s i n o l a s h u e l l a s d e j a d a s p o r ese pasado
en el sistema simbólico singular del presente. U n
p a s a d o q u e n o es g é n e s i s s i n o h i s t o r i z a c i ó n p r e -
sente, resignificación de u n a experiencia vivida.
H i s t o r i a q u e se v i v e e n u n i n s ó l i t o t i e m p o v e r b a l :
el d e l f u t u r o a n t e r i o r , el de lo q u e "habrá sido".
A q u í se j u e g a o t r a i n t e r p r e t a c i ó n e q u í v o c a y o t r a
adición m a l i n t e n c i o n a d a e n el p e n s a m i e n t o de F r e u d ,
S a b i d o es q u e , p a r a él, l a m e t a p s i c o l o g í a d e u n
proceso p s í q u i c o c u a l q u i e r a — l o q u e está meta,
m á s a l l á — , se e x p l i c a m e r c e d a u n t r i p l e e n f o q u e :
tópico, dinámico y económico, Y y a se v i o q u e e n
l o s E s t a d o s U n i d o s se a g r e g ó u n c u a r t o p u n t o d e
v i s t a , e l adaptativo, suponiendo que todo proceso

p s í q u i c o t i e n e u n a f i n a l i d a d a d a p t a t i v a ( ¡ ? ) a las
exigencias del m u n d o exterior.
P e r o , a d e m á s , se q u i s o c o m p l e t a r a F r e u d agre-
gando u n q u i n t o p u n t o de vista metapsicológico:
el genético, a p a r t i r d e l o c u a l se p o d í a p o s t u l a r
u n a e x p l i c a c i ó n s e c u e n c i a l d e l d e s - a r r o l l o d e l ser
h u m a n o desde el pasado hacia el presente. E n u n a
l í n e a d e c o n t i n u i d a d t e m p o r a l q u e es s u b s i d i a r i a
de u n pensamiento causal mecanicista alejado en
t o d o d e l m é t o d o f r e u d i a n o y s u concepción (aquí
p l e n a m e n t e coinciderité c o n l a m a r x i s t a ) de l a his-
t o r i a . P o r q u e l a h i s t o r i a n o es s u c e s i ó n d e a c o n -
tecimientos fijos en u n pasado i n m o d i f icable sino
sucesión de significaciones hechas nachtrdglich,
aprés coup, a posteriori (parece no haber palabra
española p a r a d a r c u e n t a de m o d o suficientemente
gráfico de la o r i g i n a l i d a d de esta concepción mar-
xista y también freudiana de la h i s t o r i a ) .
L a h i s t o r i a n o t r a n s c u r r e e n l o real d e l o s a c o n -
t e c i m i e n t o s , n i e n l o imaginario de las representa-
c i o n e s i n t e r e s a d a s q u e c a d a u n o se h a c e d e e l l o s ,
s i n o e n l o simbólico de u n discurso o de u n texto,
d e u n a c a d e n a s i g n i f i c a n t e . H i s t o r i a es s i g n i f i c a -
ción a b i e r t a y a p e r t u r a a l a significación de las
huellas dejadas p o r los acontecimientos.
A b i e r t a p o r q u e n o t i e n e c i e r r e y p o r q u e es s i e m -
p r e pasible de ser resignificada. R e c o n s t i t u i r la
h i s t o r i a , p o r l o t a n t o , n o es r e h a c e r u n e s q u e m a
de maduración pulsional para i r viendo cómo el
s u j e t o d e j ó a t r á s — o n o — l a s f a s e s o r a l , a n a l , fá-
lica, etc. Pese a t o d a l a p r o f i c u a descendencia de
la caracterización de los períodos, hecha p o r Abra-
h a m y r e i n s c r i t a p o r F r e u d e n las ediciones su-
c e s i v a s d e Tres ensayos para una teoría sexual,
puede verse c o n c l a r i d a d en todos los testimonios
dejados p o r el p r o p i o F r e u d de s u a c t i v i d a d psico-
analítica q u e l o o r a l , a n a l , fálico, etc., n o e r a n p a r a
él é p o c a s d e l a v i d a s i n o s i s t e m a s d e i n s c r i p c i o n e s ,
de transcripción, de la experiencia subjetiva en
t o r n o de ciertos significantes fundamentales: pe-
c h o , heces, p e n e o clítoris, e n l a m e d i d a e n q u e
EL "PRIMER LACAN" Y LA TÉCNICA PSICOANALÍTICA 189
ellos remitían a l a castración y a l c o n s i g u i e n t e

<X)mplejo, ley del E d i p o . Y q u e el E d i p o n o era
p a r a F r e u d u n a é p o c a o e t a p a s i n o u n m i t o es-
t r u c t u r a n t e d e l a i d e n t i d a d s u b j e t i v a . E l E d i p o es
el e l e m e n t o decisivo q u e , c o m p l e j o de castración
m e d i a n t e , decide de la vectorización del deseo y
d:e l a a s u n c i ó n d e l s e x o . E s t a m b i é n e l m o d o e n
que el sujeto aparece ocupando u n lugar en la red
de los deseos e n c u y o seno nació.
L a h i s t o r i a , así, es u n a d i m e n s i ó n e n l a q u e
e m e r g e l a v e r d a d q u e n o es l a d e l o s a c o n t e c i -
mientos transcurridos en la vida de u n individuo
sino q u e es' v e r d a d t r a n s u b j etiva, n o sensible n i
perceptiva, puesto q u e alcanza a l a h i s t o r i a de los
deseos e n d o n d e este s u j e t o a n a l i z a n d o fue cons-
t i t u i d o . P o r e j e m p l o , ¿coincide o n o s u sexo c o n
el d e l niño q u e s u m a d r e quería d a r a l padre, abue-
l o d e l niño, c u a n d o niña aún, e l a b o r a b a s u c o m -
p l e j o d e c a s t r a c i ó n ? E n e s t e c a s o ; ¿ C u á l es e l o r d e n
de r e a l i d a d d e l s e x o d e ese n i ñ o f a n t a s m á t i c o exis-
tente, n o e n u n o , sino en el otro? Y, s i n embargo,
e l s u j e t o e s e l e f e c t o material d e esos deseos, n u n -
ca d e l t o d o satisfechos, de sus padres q u e r e m i t e n
a las exigencias, expectativas y deseos, formulados-
y n o , d e l m u n d o e n q u e e s o s o t r o s , , e l l o s , se f o r -
m a r o n . Y así, d e d e s e o d e u n o e n d e s e o d e o t r o
h a s t a t e r m i n a r e n e l d e s e o d e n a d i e , es d e c i r e l
deseo de todos, el deseo d e l O t r o , m a t r i z del i n -
consciente. D e s c u b r i m i e n t o del p r o c e s o de sujeta-
c i ó n q u e es e l p o s i c i o n a m i e n t o d e l s u j e t o e n u n a
r e d t r a n s i n d i v i d u a l q u e alcanza los significantes
q u e m a r c a r o n s u existencia desde antes q u e lle-
g a r a él a l m u n d o a d e c i r " y o " . P o r eso e l análisis
no tiene tampoco c o m o meta la rememoración, el
r e c u e r d o , l a revivencia de l o y a v i v i d o . Porque t o d o
e s t o es n e c e s a r i o p e r o es s i m p l e m e n t e u n p u n t o
de paso, u n m i n u t o , en u n t r a b a j o q u e persigue
u n a m e t a más ambiciosa. Los recuerdos q u e el su-
j e t o trae y los q u e alcanza gracias a la h i p e r m n e s i a
analítica i m p o r t a n c o m o u n a m a t e r i a p r i m a q u e
deberá ser trabajada y retrabájada [working
throtigli] h a s t a a l c a n z a r e l p l a n o de las construc-
ciones analíticas, h e c h a s c o n l o s l a d r i l l o s d e l o re-

c o r d a d o p e r o u n i d a s c o n la argamasa del sentido
q u e o r g a n i z a e l c o n j u n t o d e l o s m a t e r i a l e s q u e se
e x t r a j e r o n d e l e n t e r r a m i e n t o r e p r e s i v o . L a cons-
t r u c c i ó n es l a e l a b o r a c i ó n d e u n t e x t o q u e rees-
t r u c t u r a y s i g n i f i c a e l p a s a d o v i v i d o . E s u n a re-
e s c r i t u r a de l a h i s t o r i a q u e l a saca d e l t e r r e n o del
m i t o y q u e n o se a s i e n t a e n l a s e g u r i d a d d e l o q u e
f á c t i c a m . e n t e o c u r r i ó . E l p a s a d o n o es r e c o r d a d o ,
c l a r o está, p o r él a n a l i s t a . S u t a r e a " e s l a d e i n -
f e r i r l o o l v i d a d o p a r t i e n d o de los r a s t r o s subsis-
t e n t e s , é s d e c i r , l a d e construirlo".^^^ L a construc-
c i ó n es u n e f e c t o d e s e n t i d o q u e c o h e r e n t i z a y
o r g a n i z a u n r e l a t o . U n a descomposición de l a no-
vela personal y u n a recomposición transindividual,
i n c l u y e n d o e l e m e n t o s q u e jamás podrán ser recor-
dados o revividos, del decurso vital. L a construc-
ción, a l r e e s c r i b i r l a h i s t o r i a , n o refleja a l sujeto;
lo constituye. " F r e u d h a descubierto en el h o m b r e
el peso y el eje de u n a s u b j e t i v i d a d q u e supera la
o r g a n i z a c i ó n i n d i v i d u a l e n t a n t o q u e línea d e desa-
r r o l l o i n d i v i d u a L Les d o y u n a definición posible
de l a s u b j e t i v i d a d a l f o r m u l a r l a c o m o sistema or-
ganizado de símbolos, q u e pretende c u b r i r la tota-
l i d a d d e u n a e x p e r i e n c i a , a n i m a r l a , d a r l e s u sen-
tido. ¿Y qué intentamos nosotros realizar, sino
una subjetividad?" Pues aquí y e n todas partes
l a v e r d a d n o s e e n c u e n t r a : se h a c e .
Se tropieza e n este i t i n e r a r i o de pensamientos
c o n l a equiparación, l a equivalencia incluso, de
t r e s t é r m i n o s q u e l a r a z ó n r e p r e s i v a m a n t i e n e es-
cindidos : verdad, historia e inconsciente. Comen-
zando p o r descosificar y despersonalizar al incons-
ciente puesto que no tiene otra materialidad que
la d i s c u r s i v a . E s d i s c u r s o d e l O t r o y está e s t r u c -
t u r a d o c o m o u n l e n g u a j e . N o es u n a r e a l i d a d i n -
d i v i d u a l . S u e x i s t e n c i a está h e c h a d e p a l a b r a s , de
S i g m u n d F r e u d , Construcciones en el análisis, e n
Obras completas c i t . , t . 2 1 , p . 356 ( l a s c u r s i v a s s o n d e
F r e u d ).
J a c q u e s L a c a n , Le moi dans la théorie.., cit.,
p . 56.
"PRIMER LACAN" Y LA TÉCNICA PSICOANALÍTICA 191
unas palabras que el " y o " n o puede hacer propias.

"Es aquella parte del discurso concreto en cuanto
t r a n s i n d i v i d u a l q u e f a l t a a l a disposición d e l su-
jeto para restablecer la continuidad del discurso
consciente." A h o r a b i e n , s u constitución c o m o
i n c o n s c i e n t e se a s i e n t a e n u n a e x p e r i e n c i a q u e n o
es l a d e l o r g a n i s m o b i o l ó g i c o s i n o l a d e u n s u j e t o
al q u e le p a s a n cosas p o r e s t a r i n c l u i d o d e s d e antes
de n a c e r e n u n a t r a m a d e r e l a c i o n e s s i m b ó l i c a s .
Las cosas q u e le pasan, q u e le p o n g a n u n n o m b r e
u o t r o , qiie le asignen u n sexo, q u e l o a l i m e n t e n
o n o , etc., n o s o n h e c h o s físicos s i n o aconteci-
m i e n t o s históricos, efectos de la presencia d e l O t r o ,
h e c h o s d e l e n g u a j e . E l c u e r p o n o es s u r e a l i d a d
originaria en tanto que, desde u n principio, el
O t r o se h a c e c a r g o d e ese c u e r p o e i n s c r i b e e n él
sus deseos y e x p e c t a t i v a s . E l c u e r p o d e l n e o n a t o
es l a p á g i n a e n b l a n c o d o n d e q u e d a r á n l a s i m p r o n -
tas d e l deseo a j e n o , v e r d a d i m b o r r a b l e d e l a teoría
de l a seducción, q u e F r e u d h i z o r e t r o c e d e r e n el
tiempo hasta llegar a la eternidad en la que ya n o
hay tiempo. Porque " l o que ensenamos al sujeto a
r e c o n o c e r c o m o s u i n c o n s c i e n t e es s u h i s t o r i a ; es
d e c i r q u e le a y u d a m o s a p e r f e c c i o n a r l a h i s t o r i z a -
ción a c t u a l de los hechos q u e d e t e r m i n a r o n y a e n
su existencia c i e r t o número de 'vuelcos' históricos.
P e r o s i h a n t e n i d o e s e pa|>el h a s i d o y a e n c u a n t o
h e c h o s d e h i s t o r i a , es d e c i r e n c u a n t o r e c o n o c i d o s
en cierto sentido o censurados en cierto o r d e n " .
H i s t o r i z a r n o es, p o r s u p u e s t o , u b i c a r l o s a c o n -
tecimientos en el o r d e n cronológico en que tuvie-
r o n lugar, porque bien pudiera suceder incluso que
nunca hubiesen tenido lugar y, sin embargo, p o r
estar u b i c a d o s e n la j u n t u r a de l o simbólico y l o
imaginario, hayan tenido efectos estructurantes
sobre el sujeto. C o m o lo i l u s t r a c u a l q u i e r a de los
c a s o s q u e F r e u d t r a n s m i t i ó . H i s t o r i z a r es c o l o c a r
los acontecimientos, reales o fantaseados, en el
J a c q u e s Lacan» Écrits c i t . , p . 258 [Escritos 1 p . 79].
11** J a c q u e s L a c a n , . " F u n c i ó n y c a m p o d e l a p a l a b r a
y d e l l e n g u a j e e n p s i c o a n á l i s i s " , e n Écrits, p . 261 [Es-
critos 1, p . 82].
o r d e n d e l a significación. Y e s t o será h a c e r l a ver-

d a d , l a única v e r d a d q u e c u e n t a p a r a el s u j e t o , la
q u e d a c u e n t a de s u r e a l i d a d psíquica. E s a v e r d a d
n u e v a p a l a b r a q u e f a l t a b a a l a disposición del
s u j e t o , p a l a b r a p l e n a , v e n d r á a o c u p a r e l l u g a r de
esa o t r a v e r d a d q u e , i n c a p a z d e h a c e r s e o í r e n el
d i s c u r s o , se e x p r e s a b a e n e l s í n t o m a . D o n d e se
concreta materialmente la solidaridad ya apuntada
del inconsciente, la verdad y la historia.
Y es e n e s t e p u n t o d o n d e s e u b i c a e l p r o b l e m a
de l a técnica psicoanalítica. L a v e r d a d , eso, h a b l a .
P e r o a l m i s m o t i e r n p o eso q u e h a b l a , esa v e r d a d
q u e es a g u j e r o e n e l e n u n c i a d o , d e b e s e r c o n s t r u i -
d a , h e c h a , e n l a situación analítica. E s c l a r o q u e
ella n o puede s u r g i r p o r partenogénesis desde
a d e n t r o d e l sujeto, p o r u n a suerte de generación
e s p o n t á n e a . S i e l l o fuese p o s i b l e e l análisis n i sería
n e c e s a r i o n i existiría. E s q u e e l s u j e t o se c o n s -
tituyó c o m o " y o " alienándose e n l a i m a g e n del
o t r o . Y es e l O t r o e l q u e , s e g ú n s e v i o , p a s i ó n n a r -
cisística m e d i a n t e , c o m a n d a las p a l a n c a s de l a re-
p r e s i ó n d o n d e se c o n s t i t u y e e s a p a r t e d e l d i s c u r s o
inaccesible p a r a el sujeto. Razón p o r la q u e la
v e r d a d n o p u e d e s u r g i r sola desde el i n t e r i o r (al
m e n o s s i n a n g u s t i a ) y razón también p o r la q u e
t o d o d i s c u r s o q u e v e n g a d e o t r o está condenado
de a n t e m a n o a u n o de dos destinos posibles: o
es d e s c a r t a d o p o r e l s u j e t o c o m o a l g o e x t e r i o r a
él e i r r e l e v a n t e p a r a él, e n c u y o c a s o c a r e c e de
e f e c t o s o , l o q u e es m á s p e l i g r o s o , es aceptado
p o r él c o m o s u v e r d a d q u e e l o t r o l e h a e n t r e g a d o
c o n s u m á n d o s e así u n a n u e v a a l i e n a c i ó n , u n a i d e n -
tificación c o n ese n u e v o d i s c u r s o q u e l l e g á n d o l e de
afuera y supuestamente i l u s t r a d o p o r u n saber,
s a b e r q u e a s u vez está r e s p a l d a d o p o r l a i n s t i t u -
c i ó n p s i c o a n a l í t i c a , se h a c e c a r g o d e r e p r e s e n t a r
a l s u j e t o . E n e s t e c a s o se h a b r á c o r r e g i d o a l " y o "
remplazándolo p o r u n nuevo " y o " , el y o d e l ana-
l i s t a . D e m o d o q u e l a p a l a b r a q u e será c a p a z d e
r e s t i t u i r la v e r d a d de la h i s t o r i a , l a q u e hará cons-
ciente lo inconsciente, n o podrá p r o v e n i r del yo
d e l a n a l i s t a so p e n a de r e a l i e n a r a l s u j e t o , a h o r a
EL "PRIMER LACAN" Y LA TÉCNICA PSICOANALÍTICA 193
^ el saber analítico, e n u n a p a r a n o i a c o n conte-

^ ^ o s p s i c o a n a l í t i c o s , Y es p o r e s t o q u e e l psico-
analista debe poner s u Y o en conserva.
EL ANALISTA, SOPORTE DE LA FUNCIÓN ANALÍTICA
"Si se forma a los analistas, es para que haya

sujetos tales que en ellos el yo esté ausente. Éste
es el ideal del análisis que, claro está, queda como
virtual. Nunca Hay un sujeto sin yo, un sujeto ple-
namente realizado, pero es ciertamente esto lo que
es necesario tratar de obtener siempre del sujeto
en análisis,"
T e s i s i r r i t a n t e ^ c o m o l a q u e m á s ésta d e L a c a n
sobre el y o d e l a n a l i s t a . Pocas a f i r m a c i o n e s laca-
nianas despiertan e n el lego y también en m u c h o s
analistas más oposición "¿ ¡ C ó m o ! ? ¿Despersonali-
zarse, d e s h u m a n i z a r s e , mecanizarse, computarizar-
se, b o r r a r s e c o m o i n d i v i d u o ? ¡ S e m e j a n t e a s c e s i s
es n o s ó l o a b s u r d a s i n o i m p o s i b l e ! S e convierte
así l a p r á c t i c a a n a l í t i c a e n u n a a c t i v i d a d descar-
nada e intelectualizada que h a excluido al afecto
del c a m p o de l a acción p a r a t r a b a j a r sobre u n
discurso m u e r t o . . . ! " (siguen los i m p r o p e r i o s ) . . .
¡ E s q u e es t a n d i f í c i l a c e p t a r l a h e r i d a n a r c i -
sística q u e i n f i e r e e l psicoanálisis y r e n u n c i a r a l
querido Y o para comprender el descenrramiento
freudiano y la noción de inconsciente! Ante la tem-
pestad pasional q u e desata l a empresa freudola-
caniana de i m p u g n a r a l Y o hay que pedir p r i m e r o
c a l m a p a r a t r a t a r de e n t e n d e r ol sentido de l a
tesis.
E n t e n d e r desde e l p r i n c i p i o . L a anulación d e l
Y o d e l a n a l i s t a q u e se p r e t e n d e es r e c o n o c i d a p o r
el a u t o r , de e n t r a d a , c o m o u n a misión i m p o s i b l e .
E s u n o b j e t i v o jgLue m a r c a e l d e r r o t e r o d e l a p e r -
sona y de la acción d e l analista. Sabiendo q u e , de
Jacques Lacan, Le moi dans la théorie. . . cit.,
p . 287.
194 LACAN y E L PSICOANÁLISIS
t o d o s m o d o s , e l Y o quedará allí c o m o límite de la

e m p r e s a . Y q u e ese Y o ¡ay! seguirá s i e n d o l o q u e
siempre fue: función de desconocimiento, obs-
táculo, r e s i s t e n c i a e n e l c a m i n o g e r m i n a l de la
palabra verdadera.
P a r a e l a n a l i s t a se t r a t a , así, d e r e c o n o c e r e n
s u p r o p i o y o a l o q u e puede t r a b a r el proceso
analítico después d e h a b e r a d m i t i d o q u e l a s resis-
tencias son lo p r o p i o del paciente, tanto que, no
t e n i é n d o l a s , n o sería p a c i e n t e n i h a b r í a anáhsis.
A s í es q u e , a d m i t i d a l a s i t u a c i ó n d e l e n c u e n t r o
c o n s u paciente,, h a y allí, d e l l a d o d e l p a c i e n t e , u n
s u j e t o c o m p u e s t o p o r u n a v e r d a d q u e b u s c a ex-
p r e s a r s e (eso. E l l o ) y p o r u n Y o q u e es r e s i s t e n c i a
a l pasaje de esa v e r d a d a l e n u n c i a d o ; y d e l lado
d e l a n a l i s t a u n Y o q u e es t a n i m a g i n a r i o como
el d e l paciente y u n sujeto q u e p o r s u formación
analítica (análisis didáctico, e x p e r i e n c i a clínica y
c o n o c i m i e n t o t e ó r i c o ) es l u g a r p a r a u n r e c o n o c i -
m i e n t o p o s i b l e de l a v e r d a d d e l o t r o . E n esta con-
d i c i ó n , c o n e s t o s d o s p e r s o n a j e s d e c a d a l a d o , se
pone e n m a r c h a el proceso. Está c l a r o que, no
pudiéndose p e d i r a l p a c i e n t e q u e sea o t r o q u e el
q u e es, n o h a y e n e l p r o c e s o así d e f i n i d o o t r a s
r e s i s t e n c i a s q u e l a s d e l a n a l i s t a , p o r q u e e s e l úni-
co q u e puede o debiera p o d e r estar e n condiciones
de- r e f r e n a r l a i n t e r v e n c i ó n d e s u y o , e s d e c i r d e
"hacerse e l m u e r t o , c a d a v e r i z a n d o s u posición",ii^
p r i n c i p a l m e n t e a través d e l silencio. S i l e n c i o que
habrá de ser significado p o r el paciente c o m o u n a
r e s p u e s t a a l d e s p l i e g u e q u e él h a c e d e s u y o : " N o
t e r e c o n o z c o allí d o n d e c r e e s y d i c e s q u e estás."
O b l i g a n d o así a u n d e s p l a z a m i e n t o s u b j e t i v o , a l a
promoción de u n a p r e g u n t a e n el sujeto: "¿Quién
es e n t o n c e s e l q u e e n v e r d a d s o y ? " P u e s é s t e e s e l
m o d o f u n d a m e n t a l d e t r a b a j o d e l a n a l i s t a e n el
c a m i n o hacia el descentramiento del sujeto y la
restitución de l a h i s t o r i a . Para cada y o h a b l a n t e
e x i s t e n o r m a l m e n t e u n p u n t o d e a p o y o q u e es l a
11"' J a c q u e s Lacan, " L a cosa freudiana", en Écrits,
p . 430 [Escritos 1, p . 173].
P R I M E R L A C A N " Y L A T É C N I C A P S I C O A N A L Í T I C A 195
í^glación e s p e c u l a r y dialéctica c o n e l o t r o h u m a n o ,
^ ^ ^ n s t i t u i d o i m a g i n a r i a m e n t e a l i g u a l q u e él. E n
^^â s i t u a c i ó n q u e t o m a m o s c o m o " n o r m a l " c a d a
^ ^ i o se r a t i f i c a e n e l r e c o n o c i m i e n t o q u e l e d a e l
^^^^ro, t a n t o a t r a v é s d e s u a s e n t i m i e n t o c o m o d e
oposición, de s u a m o r c o m o de s u odio. L o que
h a c e l a o r i g i n a l i d a d d e l a s i t u a c i ó n analítica es,
|>recisamente, e l b o r r a m i e n t o de u n o de los d o s i n -
terlocutores como " y o " . Todo depende de la pro-
f u n d i d a d de este d e s v a n e c i m i e n t o d e l Y o d e l ana-
l i s t a . P u e s e l a n a l i s t a ise d e f i n e c o m o a l g u i e n q u e
r e h u s a a i n t e r v e n i r e n l o real d e l a v i d a d e l o t r o
^cosa q u e más o m e n o s los psicoanalistas h a n
aprendido a hacer), pero que debe renunciar tam-
b i é n a p o n e r e n j u e g o s u p r e s e n c i a imaginaria, sus
idea.s, s u s c r e e n c i a s , s u p r e s t i g i o , s u s b l a s o n e s , s u
p e r s o n a j e , p a r a l l e g a r a h a c e r d e l análisis " u n a
e x p e r i e n c i a s i m b ó l i c a p a r t i c u l a r m e n t e pura".^^®
De esta economía d e l Y o del analista dependen
t o d o s los d i s p o s i t i v o s técnicos p r o p i o s d e l a c u r a
y l a uniformización d e l encuadre. Para el sujeto,
el b o r r a m i e n t o de l a p e r s o n a real e i m a g i n a r i a de
su analista lo deja confrontado con el ordena-
m i e n t o simbólico q u e presidió s u inclusión e n e l
m u n d o h u m a n o . L o a r r o j a a l a búsqueda de s u
ser quitándole las a m a r r a s q u e n o r m a l m e n t e l o
sujetan en lo imaginario- Le quita la esperanza
de u n a intervención sugestiva, salvadora de s u y o , e n
l a m e d i d a e n q u e sería expresión d e l deseo d e l
analista de suplantar u n yo p o r el otro.
C l a r o , e l y o d e l p a c i e n t e n o se r e s i g n a f á c i l m e n t e
a levar anclas. P i d e u n a y o t r a vez l a intervención,
la aprobación, el rechazo, el reproche, la manifes-
tación de simpatía o conmiseración, la p a l a b r a
cálida, e l gesto afectuoso, e l ' i n d i c a d o r d e l o q u e
el a n a l i s t a haría e n s u situación o de l o q u e e l
a n a l i s t a desea q u e él sea. Allí, e l a n a l i s t a l o es
t o d o el t i e m p o en q u e sabe y puede resistir a u n a
Jacques Lacan, Le moi dans la théorie. . . cit.,

p . 50.
196 LACAN Y E L PSICqANÁLlSlS
i n t e r v e n c i ó n d e ese o r d e n . P u e s c u a l q u i e r respues-
t a q u e n o sea l a interpretación o p o r t u n a de la
situación transférencial p r e c i p i t a a l s u j eto eri u n a
identificación o c o n t r a i d e n t i f i c a c i ó n c o n l a posición
d e l t e r a p e u t a , cosa t a n j u s t i f i c a d a e n c i e r t a lite-
r a t u r a c o n pretensión psicoanalítica, a l h a c e r jugar
l o q u e se l l a m a , s i n m u c h a p r o p i e d a d , l a c o n t r a -
t r a n s f e r e n c i a . P o r eso es q u e e l a n a l i s t a j u e g a a
n o s e r e l o t r o d e l a n a l i z a d o . P o r e s o él se p r e g u n t a
s i e m p r e : ¿ D ó n d e está e l y o d e l p a c i e n t e aquí y
a h o r a ? Para e m i t i r u n silencio o u n a respuesta
q u e n o sea " d e y o a y o " . U n a r e s p u e s t a q u e pone
s i e i t i p r e d e r e l i e v e l a r e l a c i ó n i m a g i n a r i a q u e allí
se r e p r e s e n t a c o m o e l e f e c t o d e u n a p a l a b r a orde-
n a d o r a , de u n t e r c e r término, d e l O t r o simbólico,
de l a h i s t o r i a t a l c o m o f u e e n t e n d i d a e n e l apar-
tado anterior.
A l l l e g a r a e s t e p u n t o se o y e s i e m p r e a l g u n a voz
q u e dice: i n t e l e c t u a l i s m o , intelectualización, racio-
nalización i n c l u s o , d e l a a v e n t u r a analítica. C o m o
c o n s e c u e n c i a de n o h a b e r e n t e n d i d o e l p l a n t e o y de
p e n s a r q u e l a p r o p u e s t a es l a d e h a c e r l l e g a r a l
i n d e f e n s o " e n c o n c h a d o " u n a s e r i e d e s a b i a s y se-
s u d a s e x p l i c a c i o n e s s o b r e l o q u e f u e y es. P o r q u e
la e x p e r i e n c i a analítica t a l c o m o se desprende
de" l a o b r a f r e u d i a n a y d e l a p r o p u e s t a l a c a n i a n a
no apunta a constituir u n perico psicoanalítico
cargado de explicaciones ajenas sino a facilitar al
s u j e t o e l acceso a s u p r o p i a v e r d a d m e d i a n t e el
recurso de q u i t a r l e los soportes imaginarios que
h a b i t u a l m e n t e le p e r m i t e n reconocerse descono-
ciéndose- Y p a r a e l l o e l p s i c o a n a l i s t a calla e inter-
viene solamente para p u n t u a r el discurso y para
testimoniar del c a m i n o del suj eto e n l a aproxi-
mación a s u v e r d a d . " C u a n d o l a cuestión d e l su-
jeto ha tomado la f o r m a de la verdadera palabra,
la sancionamos con nuestra respuesta, pero tam-
bién hemos m o s t r a d o que u n a verdadera palabra
contiene ya su respuesta y que n o hacemos sino
r e d o b l a r c o n n u e s t r o p o e m i t a s u e s t r i b i l l o . ¿Qué
significa esto sino q u e n o h a c e m o s o t r a cosa q u e
d a r a l a p a l a b r a d e l s u j e t o s u p u n t u a c i ó n dialéc-
' ' P R I M E R L A C A N " Y L A T É C N I C A P S I C O A N A L Í T I C A 197
^2t?" P o r eso l a a c t i v i d a d d e l a n a l i s t a n o con-

ste e n i l u s t r a r s i n o e n a p o r t a r l a " p u n t u a c i ó n
órtunada" después de h a b e r r e c q f i o c i d o " a q u e
- r t e ' d e l d i s c u r s o está c o n f i a d o e l t é r m i n o sig-
icativo".^^»
^ í E l a n a l i s t a r e n u n c i a a s u Y o , es d e c i r a l s i s t e m a
%e representaciones q u e , p a r a s u p r o p i a salvaguar-
^lia, l o l i g a narcisísticamente a l m u n d o h u m a n o ,
- l l a n t o c o m o p u e d e l o q u e , c l a r o e s t á , n u n c a es
,¿odo y r n t i c h a s v e c e s , s i n o s i e m p r e , e s r n e n o s q u e
¿o q u e s e n e c e s i t a . R a z ó n p a r a q u e q u e p a a l p s i c o -
,^lanálisis s u e n c u a d r a m i e n t o c o m o " p r o f e s i ó n i m p o -
^ b l e " . Y que justifica a q u i e n dice que " n u n c a hay
.^Lpia sujeto sin yo, u n sujeto plenamente realizado",
f^n s u j e t o c u r a d o d e e s a " e n f e r m e d a d m e n t a l d e
.|a h u m a n i d a d " . P e r o q u e n o q u i t a q u e s e b u s q u e
^gor t o d o s l o s m e d i o s l a a p r o x i m a c i ó n a s i n t o t i c a a
eê i d e a l c u y o c o r r e l a t o e s l a n e u t r a l i d a d a n a l í t i c a .
'Otra fuente de malentendidos. N e u t r a l i d a d que n o
es n e u t r a l i z a c i ó n d e l p s i c o a n a l i s t a c o m o persona
ante el m u n d o sino n e u t r a l i d a d ante el deseo i n -
consciente d e s u p a c i e n t e q u e se v a develando
^ e n t e a sus ojos e n e l p r o c e s o analítico. N e u t r a -
l i d a d q u e es ne-uter, no otro, n i u n o n i otro. Neu-
tralidad que comanda su silencio puesto que " s i
Jél] s e c a l l a , e s p a r a d e j a r l e l a p a l a b r a [ - - . ] a e s e
O t r o m á s allá d e l o t r o " . i i »
Porque si aparece fuera de l a ne-otralidad pasa
automáticamente a incluirse e n el linaje de las
figuras que h a n trabado el destino del analizando
enajenándolo, Y d a los elementos p a r a el engan-
che narcisístico d e l paciente sobre los elementos
p e r s o n a l e s d e l a n a l i s t a q u e se o f r e c e n c o m o p a s t o ,
p a r a s u v o r a c i d a d . Allí d o n d e n o cabrán y a las i n -
terpretaciones esclarecedoras de la transferencia
^^'^ J a c q u e s L a c a n , " F u n c i ó n y c a m p o d e l a p a l a -
b r a . . . " , e n Écrits, p . 310 [Escritas 1, p . 127]. E n e s t e
c a s o l a t r a d u c c i ó n es n u e s t r a .
Jacques Lacan, "Función y c a m p o de l a pala-
b r a . . . " , e n Écrits, p . 252 [Escritos 1, p . 73]. I
11^ J a c q u e s L a c a n , " E l p s i c o a n á l i s i s y s u e n s e ñ a n z a " ,
e n Écrits, p . 439 [Escritos 2, p . 162].
198 LACAN Y EL
PSICOANALISIS
c u a n d o sobrevengan el a m o r y el odio inevitables

Y d o n d e correrá el m á x i m o p e l i g r o — p a r a algunos
l a m e t a d e l p s i c o a n á l i s i s — , e l d e q u e e l p a c i e n t e le
c r e a , s e c o n v e n z a , se i d e n t i f i q u e c o n é l , t r a t e de
r e a l i z a r s u s d e s e o s , se t r a s p a s e e n é l y s o b r e él,
p o r esto que debe j u g a r en el lugar del muerto
P o r q u e " t a l es e l n e x o , d i g a m o s l a a b n e g a c i ó n qué
i m p o n e a l a n a l i s t a l a p r e n d a de l a p a r t i d a e n el
a n á l i s i s [. . .] L o q u e es s e g u r o es q u e s u s s e n t i -
m i e n t o s s ó l o t i e n e n u n l u g a r p o s i b l e én e s t e j u e g o ,
e l d e l m u e r t o ; y q u e s i se l o r e a n i m a , e l j u e g o
se p r o s i g u e s i n q u e se s e p a q u i e n l o c o n d u c e " , i 2 o
E s t a m e t á f o r a d e l m u e r t o , t o m a d a d e l j u e g o de
bridge, tiende a m a r c a r l a posición del analista
c o m o l a de q u i e n hace a p a r e c e r en e l saber del
o t r o , p o r m e d i o d e s u s b a z a s , l o q u e e s e o t r o des-
c o n o c e . E n e l m i s m o t e x t o L a c a n señala q u e pre-
f i e r e esta m e t á f o r a a l a d e l a n a l i s t a c o m o espejo,
t a n d i f u n d i d a . Y se e n t i e n d e . P u e s t o q u e s i e l a n a -
l i s t a es e s p e j o n u n c a p o d r á m á s que aspirar a
r e d o b l a r l a p e r c e p c i ó n q u e e l o t r o t i e n e d e sí, es
d e c i r de s u i m a g e n . Y y a t u v o suficiente con el
espejo inaugural del estadio del espejo c o m o para
t e n e r q u e r e c u r r i r a o t r o más. Pero, de todos
m o d o s , la metáfora del espejo puede sostenerse
p a r a i m a g i n a r i z a r la posición del analista. Pero la
de u n e s p e j o m u y p a r t i c u l a r , el espejo de los v a m -
p i r o s que — c o m o c u a l q u i e r a s a b e — n o los refleja
y , p o r n o r e f l e j a r l o s , les p e r m i t e v e r s i n obstáculos
e l l u g a r d o n d e están u b i c a d o s . L a i m a g e n está su-
g e r i d a p o r L a c a n m i s m o ; " D u r a n t e t o d o el t i e m p o
d e l análisis, c o n esta única condición de q u e el
y o d e l a n a l i s t a q u i e r a n o e s t a r ahí, c o n e s t a única
c o n d i c i ó n d e q u e e l a n a l i s t a n o sea u n e s p e j o v i -
v i e n t e , s i n o u n e s p e j o v a c í o [. - - ] S e t r a t a d e q u e
el sujeto descubra progresivamente a q u é O t r o se
d i r i g e s u v e r d a d , aurique n o sabiéndolo, y que
asuma progresivamente l a relación de transfe-
Jacques L a c a n , " L a dirección de l a c u r a . . . " , en

Écrits, p . 589 [Escritos 1, p . 221].
L "PRIMER LACAN" Y LA TÉCNICA PSICOANALÍTICA 199
r e n c i a e n e l l u g a r d o n d e él está, y d o n d e a l p r i n -
c i p i o él n o sabía q u e e s t a b a . " ^î
E n t o d o e s t o se t r a t a s i e m p r e d e u n a y l a m i s m a
Ijosa: q u e e l p s i c o a n a l i s t a c u m p l a l a difícil t a r e a
renunciar a ser alguien, q u e pueda ningunearse,
ûe r e n u n c i e a las metas espurias d e l a c t i v i s m o
terapéutico, q u e d i m i t a de l a pretensión de ser e l
d u e ñ o d e u n s a b e r . Q u e se s u b o r d i n e a l c u m p l i -
m i e n t o d e u n a función, l a función analítica, q u e
le e x i g e c o n d u c i r s u e x p e r i e n c i a e n e l p l a n o s i m -
bólico y a b d i c a r de t o d a pretensión e n l o real y
en l o i m a g i n a r i o . Y n o p o r q u e n o v a y a n a p r o d u -
cirse c a m b i o s e n l o real y l o i m a g i n a r i o d e l pa-
ciente sino p o r q u e estos c a m b i o s deberán p r o d u -
cirse e n el sujeto c o m o consecuencia secundaria
del reacomodamiento significante.
P a r a c u m p l i r c o n esa función analítica q u e l o
define c o m o u n f u n c i o n a r i o de l a v e r d a d histórica
del inconsciente, debe el psicoanalista realizar u n
t r a b a j o q u e , p a r e c i e n d o t a n fácil, f u e c a l i f i c a d o p o r
F r e u d de imposible. A l d a r la regla f u n d a m e n t a l
d e l análisis, l a n z a e l p r o c e s o . I n a u g u r a u n d i s c u r s o
q u e se d a e n l l a m a r d e l a s a s o c i a c i o n e s l i b r e s , t a l
vez p a r a o c u l t a r q u e n a d a h a y de más f o r z a d o e n
t a n t o q u e se s u s p e n d e n l a s d e t e r m i n a c i o n e s habi-
tuales del discurso cotidiano. E l yo, h a b i t u a d o a
controlarla, queda a m e r c e d de l a cadena signifi-
cante. Y n o deja, p o r supuesto, de vigilarla y de
i n t e r f e r i r e n e l l a , es d e c i r d e r e s i s t i r a s u l i b r e
f l u i r . P o n i e n d o d e l a d o , c u a n d o se c o n s i g u e y s i s e
c o n s i g u e , a e s t a a c t i v i d a d o b s t r u c t o r a d e l y o , se
a b r e e l c a m i n o a eso q u e t i e n e q u e p o n e r s e de
m a n i f i e s t o e n el análisis: e l i n c o n s c i e n t e . Q u e apa-
recerá de m o d o privilegiado e n las grietas d e l
d i s c u r s o , allí d o n d e l a c a d e n a se t r a b a . E l a n a l i s t a
está allí, v e l a n d o e l c u m p l i m i e n t o d e l a c o n s i g n a ,
l e y d e l análisis p a r a e l p a c i e n t e . Y correspondien-
do a las asociaciones de s u paciente c o n u n t r a b a j o
equivalente (su contrapartida) de puesta entre
paréntesis d e l p r o p i o y o : l a atención f l o t a n t e . A l
Jacques Lacan, Le moi dans la théorie, . . cit.,
p . 288.
d e s p e r s o n a l i z a r s e , e n f u n c i ó n d e " e s a m e t a q u e es
representar para el o t r o u n ideal de impasibili-
ciad'V^^ se t r a n s f o r m a e n e l o b j e t o privilegiado
p a r a l a s p r o y e c c i o n e s d e l a n a l i z a n d o , e s t o es p a r a
u n a acción i m a g i n a r i a , l a transferencia, q u e no
d e b e e n c o n t r a r a p o y o s e n l a situación o e n la
p e r s o n a r e a l d e l p s i c o a n a l i s t a . C o n l o q u e surgirán
— - p r i m e r o e l a m o r y l u e g o , p o r c a r e n c i a d e res-
p u e s t a , e l o d i o — , las t r a n s f e r e n c i a s l l a m a d a s posi-
tiva y negatiya del analizando. Y considerando
s i e m p r e q u e e s t a t r a n s f e r e n c i a n o s e d i r i g e á él
s i n o a l a i m a g e n e s p e c u l a r q u e d e él se h a c e e l
paciente c o m o consecuencia de su silencio y que
l a t r a n s f e r e n c i a es f o r m a d e l a r e s i s t e n c i a q u e
a p a r e c e c o m o u n m o v i m i e n t o de péndulo d e l dis-
c u r s o d e s u p a c i e n t e h a c i a l a p e r s o n a d e él e n el
m o m e n t o e n q u e ese d i s c u r s o se a p r o x i m a a e n u n -
ciar la verdad que hasta entonces era " d i c h a " como
s í n t o m a neurótico.^^^ \
O b j e t o y a de l a t r a n s f e r e n c i a , i n s t a l a d o y a el
paciente en su neurosis de transferencia, xormula
e l a n a l i s t a las i n t e r p r e t a c i o n e s y e n u n c i a las cons-
trucciones en los m o m e n t o s e n que el discurso del
a n a l i z a n d o h a y a e n t r e g a d o los m a t e r i a l e s q u e per-
m i t a n concretarlas. Interpretaciones entonces que
n o p r o v i e n e n de su Y o n i de s u concepción de la
r e a l i d a d s i n o d e l c u m p l i m i e n t o d e ese p a p e l de
s o p o r t e de l a función analítica, h e c h o f u n d a m e n -
t a l m e n t e de u n m o d o de escuchar, de respetar la
secuencia discursiva del paciente y de escandir
ese d i s c u r s o c o n sus i n t e r v e n c i o n e s . E n l a técnica
p r o p u e s t a p o r L a c a n , m u y p a r t i c u l a r m e n t e , deci-
d i e n d o d e l m o m e n t o d e interrupción d e l a sesión
c o m o m o d o de p r e c i p i t a r l a comprensión de los
e f e c t o s d e l s i g n i f i c a n t e j u g a d o s e n e l discurso.^^*
J a c q u e s L a c a n , " L a a g r e s i v i d a d e n psicoanálisis",
e n ÉcHts, p . 106 [Escritos 2, p . 7 0 ] .
123 Jacques Lacan, Les écrits techniques. . . cit.,
p p . 13-84; " I n t r o d u c c i ó n a l c o m e n t a r i o d e J e a n H y p p o -
l i t e " , e n Écrits, p . 373 [Escritos 2, p p , 133-134].
Jacques L a c a n , "Función y c a m p o de l a pala-
bra. . e n Écrits, p p . 309-314 [Escritos 1, p p . 127-132].
f ^'PRIMER L A C A N " Y LA TÉCNICA PSICOANALÍTICA 201
^ E n t o d o e s t o él n o es e l d u e ñ o d e l a situación,
*!el representante de u n saber ya constituido, n i
I agente de l a r e a l i d a d o de u n deseo ajeno, n i el
; ^ ^ t u l a n t e de u n deseo p r o p i o que el paciente haya
r e a l i z a r . S ó l o así, c o n t o d a s las r e n u n c i a s a l a s
^^tf'errogativas i m a g i n a r i a s y r e s e r v á n d o s e sólo l o s
¿erechos de c o b r a r p o r sus servicios y de f i j a r l u -
^ a r y h o r a de los e n c u e n t r o s según u n a c u e r d o p r e -
S|ió c o n e l p a c i e n t e , p o d r á a s p i r a r a r e u b i c a r d e s d e
|¿f s i m b ó l i c o l o s e s p e j i s m o s y l a s a l i e n a c i o n e s d e
éste ú l t i m o . T o d o e s o q u e es v i v i d o s u b j e t i v a m e n t e
í^pmo s u f r i m i e n t o , r i g i d e z c a r a c t e r i a l , e n f e r m e d a d ,
¿fetradojas d e l a n a l i s t a : s ó l o p o d r á c u r a r e n l a m e -
dida e n q u e r e n u n c i e a l deseo de c u r a r y, c o n s u
paciente, sólo podrá saber si a p r e n d e a i g n o r a r .
Nuevamente surge el m m o r de quienes ven en
esto u n a i n d i f e r e n c i a o u n a r e d u c c i ó n d e l análisis
a u n a e x p e r i e n c i a i n t e l e c t u a l q u e d e s p r e n d e d e sí
lo emocioiial. V a n a esta oposición del intelecto y
del afecto.^ E l a n a l i s t a está a p a s i o n a d o . . . p o r e l
análisis. Y e l p a c i e n t e p o d r á e s t a r l o o n o , m o s t r a r á
sus desbordes de m i l m a n e r a s , c o n m i l objetos, e l
analista incluido. Recordará, repetirá, actuará.
E l a n a l i s t a estará e n el c e n t r o de l a vorágine. L a pa-
sión analítica será l a q u e h a r á s u r g i r u n o r d e n n u e v o
e i m p r e s c i n d i b l e e n t o d o e l l o . L o s e f e c t o s se i r á n
d e s p l a z a n d o d e o b j e t o . L a a n g u s t i a se c o l o c a r á s o b r e
las r e p r e s e n t a c i o n e s q u e l e c o r r e s p o n d e n a n t e s d e
desaparecer. Y l a resignación de l a h i s t o r i a del su-
j e t o n o tendrá l u g a r e n u n a m b i e n t e de válvulas y
t r a n s i s t o r e s . Pues l a t o r t u r a , e l p l a c e r y e l goce i m -
posible serán también personajes e n esta n u e v a his-
toria. Vendrán a ocupar su lugar.
E l proceso será zigzagueante, abierto en cada
m o m e n t o a las desviaciones. L o s i n t e n t o s de acor-
tar e l c a m i n o , h a c i e n d o rodeos, arriesgarán siem-
pre c o n hacer fracasar el viaje. E l analista deberá
tener s i e m p r e presentes las acechanzas (¿hace
chanzas?) y guiarse p o r unas pocas estrellas fijas
que le impedirán e x t r a v i a r s e . L a p r i m e r a de ellas
es l a r e g l a d e l a s a s o c i a c i o n e s l i b r e s y s u c o n t r a -
p a r t i d a d e atención f l o t a n t e . E s t e p u n t o f i j o e s
esencial p o r q u e u b i c a de e n t r a d a t o d o paso del

análisis f u e r a de l o r e a l y de l o i m a g i n a r i o . E n lo
simbólico. Focalizará s u atención sobre la cadena
d i s c u r s i v a d e l p a c i e n t e . Se n e g a r á a t o d a p o s i b l e
i n t e r v e n c i ó n c o s i f i c a d o r a d e l p a c i e n t e o d e l a si-
tuación analítica. N o esperará q u e e l p r o g r e s o del
análisis v e n g a c o m o e f e c t o de u n a m e j o r o de u n a
m a y o r o b j e t i v a c i ó n d e l p a c i e n t e a n t e sí m i s m o ,
p o r q u e t o d a objetivación f o r m u l a d a p o r éste del
t i p o d e : " y o s o y así o d e e s t a o t r a m a n e r a " n o
es m á s q u e e x d e a p r o b a c i ó n o des-
aprobación con respecto a u n d e t e r m i n a d o orden
axiológico. N a d a podría d e c i r el a n a l i s t a sobre la
f o r m a de ser o los rasgos c a r a c t e r i a l e s de s u pa-
ciente que n o t u v i e r a c o m o m a r c o de referencia
a su p r o p i o yo. Toda formulación objetivante
del t i p o de las q u e p r o d u c e la aplicación de prue-
b a s psicológicas le está v e d a d a . Serían i n t e r v e n c i o —
nes del yo a y o destinadas s i e m p r e a conservar/
t r a n s f o r m a r l a r e p r e s e n t a c i ó n d e sí q u e t i e n e e l
sujeto c o m o r e c o n o c i m i e n t o / d e s c o n o c i m i e n t o . Cual-
q u i e r a puede hacer la p r u e b a de decirle a o t r o :
" l o q u e p a s a c o n u s t e d es q u e es u n a p e r s o n a m u y
sensible", y v e r qué pasa. Que el r e c e p t o r del
m e n s a j e s e s i e n t e i n m e d i a t a m e n t e r e c o n o c i d o , se-
d u c i d o , enajenado en e l e m i s o r de este enuncia-
do-^2^ A p a r t i r d e l o c u a l , c l a r o e s t á , p u e d e prose-
g u i r s e o p e r a n d o s o b r e ese Y o h a s t a t r a n s f o r m a r l o
m á s o m e n o s e n l o q u e se q u i e r e q u e s e a . S i e l
narcisismo del analista n o encuentra barreras, en
u n a i m a g e n d e él m i s m o . E x p e r i m e n t a n d o a l f i n a l
del proceso u n v e r d a d e r o t r a n c e de exaltación j u -
b i l o s a c u a n d o c a d a u n o se r e c o n o c e e n e l o t r o
( B a l i n t ) . V a l e d e c i r q u e n o se t r a t a d e r e c o n o c e r
la eficacia d e t a l e s p r o c e d i m i e n t o s . Se t r a t a , s i m -
p l e m e n t e , d e impugnar esa e f i c a c i a p a r a r e c u p e r a r
el sentido de la o b r a de F r e u d . " H a y que p a r t i r
d e l t e x t o , y p a r t i r d e él, t a l c o m o F r e u d l o h a c e
y l o a c o n s e j a , c o m o d e u n t e x t o s a g r a d o [. . - ] Y
E s t o , a u n q u e n o se r e a l i c e d e m o d o t a n b u r d o , es
l o q u e se d a e n l l a m a r " f a v o r e c e r e l d e s a r r o l l o d e u n a
t r a n s f e r e n c i a p o s i t i v a c o m o base p a r a e l análisis".
EL "PRIMER LACAN" Y L A TÉCNICA PSICOANALÍTICA 203
c u a n d o se t r a t a d e n u e s t r o s p a c i e n t e s , y o Ies p i d o
que p r e s t e n más atención al t e x t o q u e a l a psico-
logía d e l a u t o r ; ésa es t o d a l a o r i e n t a c i ó n d e m i
enseñanza." A s í , v o l v e r a F r e u d , es c e n t r a r s e
e n e l d i s c u r s o , Y eso p o r q u e
ALLÍ, E N E L D I S C U R S O , ESTARÁ LA RESISTENCIA
L a resistencia t a l c o m o aparece desde u n p r i n c i p i o

en la h i s t o r i a d e l psicoanálisis. Y a l o d i j e a n t e s :
c o m o resistencia al paso de la v e r d a d en el e n u n -
c i a d o . A s í a p a r e c e e n l o s Estudios sobre la histeria,
d o n d e e l n ú c l e o p a t ó g e n o q u e es e l r e c u e r d o t r a u -
m á t i c o está r o d e a d o p o r u n a sucesión de capas q u e
son estratos de la m i s m a resistencia, que va cre-
ciendo al aproximarse al nodulo hasta tropezar
c o n esos r e c u e r d o s q u e e l e n f e r m o n i e g a a u n a l
r e p r o d u c i r l o s . E s t a i d e a tópica d e l a p a r a t o psíqui-
co ( c o m o u n a suerte de cebolla) organizado en
f u n c i ó n d e l a i n t e n s i d a d d e l a s r e s i s t e n c i a s se m a n -
tendrá e n las tópicas u l t e r i o r e s . Así l a teoriza
F r e u d e n e l Proyecto de una psicología científica-
e n 1895: e n e l s e n t i d o de r e s i s t e n c i a eléctrica q u e
b l o q u e a e l p a s o de u n a n e u r o n a a o t r a ; allí, e l
sistema de neuronas impermeables, resistentes, al
p a s o d e l a e x c i t a c i ó n es e l s i s t e m a psi, predecesor
d e l Yo d e l a s e g u n d a t ó p i c a . A s í a p a r e c e e n La
interpretación de los sueños: " R e s i s t e n c i a es t o d o
lo q u e p e r t u r b a el t r a b a j o analítico." Es d e c i r l o
q u e n o d e j a q u e l a p a l a b r a pase. Y allí está, e n
p r i m e r í s i m o l u g a r , l a e s t r u c t u r a narcisística d e l Y o .
D e l Y o , c l a r o está, c o m o representación i m a g i -
n a r i a d e l a i n e x i s t e n t e u n i c i d a d d e l s u j e t o q u e se
arroga al derecho de hablar en n o m b r e de la tota-
lidad. No, p o r supuesto, del yo en tanto que orga-
n i s m o s e n s o r i o m o t r i z d e organización y síntesis d e
las a c t i v i d a d e s c o r p o r a l e s . P o r q u e este y o c o r p o r a l
Jacques Lacan, Le moi dans la théorie... cit.,
p . 184.
204 LACAIsT Y E L PSICOANÁLISIS
n o es e l q u e r e s i s t e s i n o e l q u e p a d e c e d o l o r o s a -
m e n t e p o r l a acción d e l p r i m e r o c u a n d o , e n el
c u r s o d e l aná-lrsis, e l d i s c u r s o s e a c e r c a a l a p a l a -
b r a verdadera. A u n a n u e v a v e r d a d q u e significa-
ría e l d e s c e n t r a m i e n t o d e l s u j e t o r e s p e c t o de su
p r o p i o y o . R e s i s t e n c i a q u e es e l m o v i m i e n t o c a s i
automático que emerge ante el saber para poder
seguir siendo el que era, p a r a m e l l a r el efecto del
c o n o c i m i e n t o . R e s i s t e n c i a es t a m b i é n l o q u e hace
d e s p e r t a r j a d e a n t e y s u d o r o s o a l soñante cuando
el disfraz d e l sueño h a sido i n s u f i c i e n t e p a r a i m -
p e d i r q u e e n él se r e c o n o z c a a l d e s e o .
Y p o r este c a m i n o , p o r el d e l sueño de angustia
que revela u n deseo inaceptable p a r a el Y o , en
t a n t o q u e masa de representaciones; inaceptable
p a r a el S u p e r y o , e n t a n t o q u e entronización e n el
sujeto de u n a ley desconocida; e inaceptable para
el E l l o m i s m o , e n t a n t o q u e l a realización de t a l
d e s e o c o n l l e v a r í a l a m u e r t e , p o r e s t e c a m i n o , de-
cía, h a y q u e p l a n t e a r q u e e l c o r r e l a t o d e l a resis-
t e n c i a es e l d e s e o y q u e l a v e r d a d q u e n o p u e d e
i n c l u i r s e e n e l e n u n c i a d o es l a v e r d a d d e l d e s e o .
P u e s e s a es l a f u n c i ó n d e l s u e ñ o ; h a c e r p a s a r , s u -
f r i e n d o u n a serie de m o d i f i c a c i o n e s i m p u e s t a s p o r
la censura, u n a cierta p a l a b r a hasta el c a m p o de la
c o n c i e n c i a y d e l e n u n c i a d o . La^ r e s i s t e n c i a e n e l
análisis d e l o s sueños, e n e l t r a b a j o q u e c o n d u c e a l a
i n t e r p r e t a c i ó n , es c o n s e c u t i v a a l i n t e n t o d e d e s h a c e r
los efectos de l a c e n s u r a onírica e n el c l i m a de la
relación transférencial, p a r a h a c e r l u g a r a esa pa-
labra bordeando la angustia que, al despertar, h u -
b i e r a p r o d u c i d o e n e l s o ñ a d o r . P o r e s o es q u e l a
resistencia n o puede ser v i s t a c o m o u n a oposición
del sujeto a la intervención d e l analista sino c o m o
a l g o q u e s u c e d e entre los dos c u a n d o se p o n e n a
explorar e intentan designar, articular, hacer pa-
s a r a l a e x i s t e n c i a a l d e s e o . Et deseo: tema olvidado
p o r los a u t o r e s q u e e s c r i b e n s o b r e l a técnica ana-
lítica d e s d e e l m o m e n t o e n q u e , h a b i e n d o p l a n t e a d o
l a oposición e n t r e análisis d e l c o n t e n i d o y análisis
de las resistencias y h a b i e n d o d e c i d i d o de la con-
veniencia de dedicarse al segundo en d e t r i m e n t o
^ ^'PRIMER LACAN" Y L A TÉCNICA PSICOANALÍTICA 205
ijel p r i m e r o , c o n s i d e r a d o h o y e n día c o m o a n t i c u a -
¿o, l o d e s c a r t a n d e s u s p r e o c u p a c i o n e s . 'É.l es — s i -
s i e n d o — lo que busca hacerse reconocer me-
nguante t o d a l a o b r a r e t ó r i c a d e l i n c o n s c i e n t e . Y , p o r
l o t a n t o , e l a n á l i s i s t o m a s o b r e sí, c o m o s u t a r e a , ,
ía d e h a c e r a d v e n i r l o s s i g n i f i c a n t e s d e e s e d e s e o
I r r e c o n o c i d o a p a r t i r de las v i c i s i t u d e s q u e expe-
r i m e n t a e n l a h i s t o r i a , e s t o es e n e l d i s c u r s o y , p a r -
t i c u l a r m e n t e , e n el d i s c u r s o onírico.
D e s e ó q u e es d e s e o d e d e s e o , d e s e o d e s e r r e c o -
nocido p o r o t r o , deseo q u e n o recae sobre u n ob-
j e t o n a t u r a l p o r q u e , e n ú l t i m a i n s t a n c i a , es d e s e o
q u e n o t i e n e o b j e t o , q u e está f u n d a d o e n u n a ca-
rencia en el ser q u e consagra a l deseante a b u s c a r
e n e l O t r o l o q u e v e n g a a p o n e r f i n a esa c a r e n c i a .
D e s e o q u e se e x t r a v í a e n e l m o m e n t o e n q u e e l
otro, si hace de psicoanalista, pretende i n d i c a r el
objeto y o r i e n t a r al sujeto e n s u búsqueda hasta
que lo encuentre. C o m o l o ilustra el fracaso de
F r e u d c u a n d o , de m o d o t a n " n a t u r a l " , le i n d i c a
a D o r a q u e e l o b j e t o d e s u d e s e o es e l s e i i o r K .
A l l í , c l a r o , D o r a se o p o n e a F r e u d y l e d e p a r a u n
destino equivalente a la bofetada q u e y a había
recibido el tal K.
Resistencias de D o r a , diría el d i s c u r s o d e l psi-
coanálisis o f i c i a l . " N o h a y más r e s i s t e n c i a s q u e las
del p s i c o a n a l i s t a " , dirá L a c a n , p o r q u e , a l p r e t e n d e r
o b j e t i v a r a l s u j e t o señalándole u n o b j e t o , lo e m -
p u j a h a c i a ese o b j e t o y a u b i c a r s e i m a g i n a r i a m e n t e
c o m o u n s u j e t o q u e c o n é l se c o m p l e t a r í a ; a l
d e s c o n o c e r s e a s í e l r e a l d e s e o d e l s u j e t o se g e n e r a
u n a o p o s i c i ó n q u e es a f i r m a c i ó n c i e g a e i n c o n s -
c i e n t e d e l d e s e o . L a r e s i s t e n c i a d e D o r a es r e s i s -
tencia a u n psicoanalista q u e pretenderá " n o r m a -
l i z a r l a " asignándole u n o b j e t o " n o r m a l " p a r a s u
deseo c o n vistas a c o n d u c i r l a a la e n c o m i a d a reali-
zación g e n i t a l . F r e u d aprendió l a lección q u e D o r a
l e d i o , p e r o l o s p s i c o a n a l i s t a s q u e se d i c e n s u s
sucesores, los apóstoles de la relación de objeto
genital, m a d u r a , c o m p l e t a , etc., la h a n o l v i d a d o . L a
m e t a d e l análisis eé q u e e l s u j e t o p u e d a d i s c e r n i r
e l o b j e t o d e su d e s e o y l a r e s i s t e n c i a a p a r e c e r á é n
c u a n t o se p r e t e n d a o f o r z a r l a m a r c l i a p a r a hacér-
selo reconocer ( p s i c o a n á l i s i s s a l v a j e g e n e r a d o r de
a n g u s t i a ) o d e s v i a r l o h a c i a e l o b j e t o q u e e l psico-
a n a l i s t a s u p o n e q u e él d e b e r í a d e s e a r (psicoaná-
l i s i s d e l y o y psicoanálisis c e n t r a d o e n l a relación
d e o b j e t o ) . L a p r e g u n t a d e l p s i c o a n a l i s t a a s u pa-
c i e n t e es, p u e s , ¿ q u é q u i e r e s ? , s a b i e n d o q u e n i n -
g u n a r e s p u e s t a q u e e l y o d é a t a l p r e g u n t a será
la correcta. Interpretándola como desviación a
través de los c a r r i l e s de l a d e m a n d a verbalizable
de u n deseo n o verbalizable. Las respuestas que
el y o daría s o n las q u e d e l e x t e r i o r h a r e c i b i d o
como respuestas valederas p a r a s u deseo. A u n
c u a n d o ellas i m p l i q u e n transgresión de la ley con-
v e n c i o n a l , p e r v e r s i ó n . P o r q u e e l s u j e t o hablará de
su s u f r i m i e n t o c o m o fatalidad, c o m o fracaso en
la b ú s q u e d a d e sus f i n e s . Y e l análisis, cuestionán-
d o l o e n sus c e r t i d u m b r e s , i m p u g n a n d o esta posi-
ción d e l a l m a b e l l a , h a c i e n d o oídos s o r d o s a este
r e l a t o de los i n f o r t u n i o s de l a v i r t u d , llevará a l
sujeto a p r e g u n t a r s e p o r el l u g a r de s u deseo en
este f u n e s t o d e s t i n o y p o r l a constitución de este
d e s e o e n l a s r e d e s d e l d e s e o d e l O t r o . ¿ C ó m o estás
p r e s e n t e tú, J u s t i n e , e n e s t o q u e t e p a s a ?
L a p r e g u n t a , c l a r o e s t á , n o se f o r m u l a . S i m p l e -
m e n t e se e s p e r a a q u e e s t e o b j e t o d e l d e s e o d e l
p a c i e n t e p u e d a s e r r e c o n o c i d o p o r él m i s m o a p a r -
t i r de la repetición de la d e m a n d a , i n f a n t i l en el
m a r c o de la transferencia. Para l o g r a r lo cual el
psicoanalista no necesita usar palabras. Le basta
c o n s e r v i r d e g a n c h o p a r a q u e d e él se p r e n d a l a
p a l a b r a d e l o t r o , ser el s o p o r t e de la p a l a b r a d e l
o t r o . Pues, al callar, podrá p e r m i t i r que el o t r o
reconozca en su lugar al personaje hasta entonces
silencioso de u n deseo. Y, de i n t e r v e n i r , evitará
l a m a t e r i a l i z a c i ó n d e ese n u e v o d i s c u r s o p o r l a
concreción en lo i m a g i n a r i o o en lo real q u e ofre-
c e r í a p a r a q u e se m a n t e n g a e l d e s c o n o c i m i e n t o d e l
p a c i e n t e . P u e s é s t e es e l s e c r e t o d e l a t r a n s f e r e n c i a :
Hberadas las a t a d u r a s de la p a l a b r a e n u n s u j e t o
que h a b l a p a r a o t r o , si este o t r o acepta n o ser na-
die, n o presentificarse d e ningún m o d o a n t e s u
i n t e r l o c u t o r , este n a d i e q u e el m u d o pasa a ser

jíérmite q u e , p a r a el h a b l a n t e , sea t o d o s y q u e pue-
dan concretarse e n t o r n o a este objeto i m a g i n a r i o
p a r a las proyecciones t o d o s los o b j e t o s de s u v i d a :
Ids r e a l e s y l o s i m a g i n a r i o s , l o s p a s a d o s y i o s p r e -
sentes. P e r m i t i e n d o así q u e e l s u j e t o se v a y a a c e r -
cando, e n u n a e s p i r a l dialéctica, a l a r e s p u e s t a a
la tácita p r e g u n t a d e ¿qué q u i e r e s ?
P o r q u e el deseo d e l s u j e t o , e n s u h i s t o r i a , apa-
rece constituyéndose n o e n s u i n t e r i o r sino en el
O t r o . P o r proyección: y a antes de q u e el niño ten-
ga l e n g u a j e se p r o d u c e u n m o v i m i e n t o pendular
de asimilación c o n e l o t r o . D e l o t r o r e c i b e l a i m a -
g e n d e s u p r o p i o c u e r p o p o r q u e es i d e n t i f i c á n -
d o s e c o n l a m i r a d a d e ese o t r o q u e p o d r á l o g r a r
u n a a p r e h e n s i ó n u n i f i c a d a d e sí m i s m o y s u p e r a r
la fragmentación o r i g i n a r i a . L o q u e el o t r o ve e n
é l es l o q u e é l m i s m o v e e n e l e s p e j o . P o r l o t a n t o ,
el o t r o f u n c i o n a c o m o u n espejo q u e lo rescata
del despedazamiento y q u e le p e r m i t e sentir q u e
s u i n c o o r d i n a c i ó n m o t r i z y s u f r a g m e n t a c i ó n sen-
s o r i a l s o n t r a n s i t o r i a s , p u e s s u d e s t i n o l e es m a r -
c a d o p o r esa p r e s e n c i a i n t e g r a d a d e l o t r o . P e r o
del deseo d e l o t r o n o sabe n a d a d i r e c t a m e n t e . A
ese d e s e o s ó l o p u e d e a c c e d e r p o r p r o y e c c i ó n d e s u s
p r o p i o s d e s e o s . L a p r o y e c c i ó n es e l p r o c e s o i m a -
g i n a r i o p o r el c u a l el o t r o aparece h a b i t a d o y re-
vestido p o r el deseo q u e el sujeto desconoce e n
sí m i s m o . A s í , l a i m a g e n s a l v a d o r a q u e e l o t r o
a p o r t a , c o n s t i t u y e n t e d e l Y o i d e a l y guía de las
búsquedas u l t e r i o r e s de o b j e t o y de los enamora-
mientos, alcanza ahora u n a nueva dimensión nada
t r a n q u i l i z a d o r a . Ese o t r o desea l o q u e y o deseo,
p o s e e r m e c o m o y o deseo poseerlo y poseer el a m o r
de los o t r o s q u e y o q u i e r o p a r a mí. Se i n s t a u r a
así U n a i d e n t i f i c a c i ó n c a r g a d a d e a g r e s i v i d a d q u e
conduce, en lo imaginario, a u n a lucha a muerte
c o n t r a el semejante. Se ve aquí el g e r m e n de todas
las experiencias de a g r e s i v i d a d y de r i v a l i d a d q u e
signan dramáticamente la existencia h u m a n a . De
e s t á t e n s i ó n m o r t í f e r a c o n e l o t r o se s a l e a t r a v é s
de u n pacto que i m p l i c a el m u t u o r e c o n o c i m i e n t o
a través de la introyección de u n a p a l a b r a , de u n
símbolo, que p e r m i t a la coexistencia. Esta intro-
yección simbólica hace que el sujeto pueda recibir
d e l o t r o , v e r b a l i z a d o , e l c ó d i g o de s u deseo y l a ley
q u e l o r e g u l a m a r c a n d o e l l u g a r r e s p e c t i v o d e sí
y d e l o t r o . E n síntesis, es así c o m o f u n c i o n a el
péndulo del deseo, r e c o n o c i e n d o el sujeto s u f o r m a
h u m a n a c o m o análoga a l a f o r m a d e l o t r o y apren-
d i e n d o a d i s t i n g u i r s u d e s e o c o m o p r o p i o después
de h a b e r l o p r o y e c t a d o en el o t r o y de haberlo
r e c i b i d o , m e d i a n t e l a p a l a b r a , d e r e g r e s o d e s d e él.
E s t a c o n c e p t u a l i z a c i ó n ; es e s e n c i a l p a r a l a téc-
n i c a p o r q u e señala a l p s i c o a n a l i s t a a q u é j u e g a
c u a n d o se h a c e e l s o p o r t e d e l a p a l a b r a y d e l a
t r a n s f e r e n c i a d e l a n a l i z a n d o y l e s i r v e c o m o brú-
j u l a p a r a evitar las intervenciones de y o a yo que
disuelven la p o s i b i l i d a d de que el analizando pueda
r e i n t e g r a r en " u n a experiencia simbólica particu-
l a r m e n t e p u r a " las claves de s u deseo. E l analista
e s e l q u e se n i e g a a s e r e l o t r o i m a g i n a r i o d e s u
p a c i e n t e ; e l q u e se c o l o c a e n e l l u g a r d e n a d i e , q u e
es ::^según se d i j o y a — e l [ l u g a r d e t o d o s , e l l u g a r
d e l O t r o . Y a l h a c e r l o p e r m i t e q u e el y o d e l pa-
c i e n t e se v e a d e s p l a z a d o p a r a q u e p u e d a a p r e c i a r s e
e l l u g a r d e l s u j e t o ( q u e n o se c o n f u n d e c o n e l
yô) q u e e s t a m b i é n e l l u g a r d e l s í m b o l o q u e l o
h a h e c h o s e r q u i e n es ( d i m e n s i ó n d e l a h i s t o r i a )
y q u e es, f i n a l m e n t e , e l l u g a r d e l E l l o , r e s e r v o r i o
de los representantes pulsionales que son promo-
v i d o s p o r e l d e s e o . E s t e es e l s e n t i d o d e l e s q u e m a
L d e Lacan,^^^ q u e s i r v e p a r a c o m p r e n d e r e l p r o -
ceso de la comunicación cotidiana (de y o a yo,
q u e es e l m i s m o q u e se f o m e n t a e n c i e r t a s f o r m a s
d e l psicoanálisis) y el sentido de la comunicación
analítica e n q u e el y o d e l a n a l i z a n d o h a b l a c o n
q u i e n ocupa el lugar del m u e r t o , del O t r o , para
q u e se a s i s t a así a l a r e v e l a c i ó n d e l i n c o n s c i e n t e
y a l a asunción p o r el s u j e t o d e las claves de s u
J a c q u e s L a c a n , L.e moi dans la théorie,.. cit.,
p . 284. V é a s e t a m b i é n " E l s e m i n a r i o s o b r e ' L a c a r t a
r o b a d a ' ", e n Écrits, p . 53 [Escritos 2, p . 54].
'PRIMER LACAN" Y L A TÉCNICA PSICOANALÍTICA 209
eo c o n los consiguientes r e a c o m o d a m i e n t o s l i -
idlnales.
I n v i r t i e n d o el r a z o n a m i e n t o cartesicuio h a b i t u a l ,
' o n d r é breverríente, después d e l a teorización
n i a n a , cuáles s o n los antecedentes a los q u e
teoría y esa técnica v i e n e n a c o m b a t i r . Y a re-
pprdé cuáles e r a n l a s c o n c e p c i o n e s f r e u d i a n a s d e l a
resistencia, y después m e extendí c o n l o q u e de
os m o d o s f u e u n a a p r e t a d a síntesis d e l p r o c e s o
l a c u r a según Iâcan y d e l l u g a r q u e ahí o c u p a n
jas resistencias, v i n c u l a n < i o el c o n c e p t o de resis-
jÉencia a l c o n c e p t o d e d e s e o . P e r o ¿ q u é p a s a c o n l a
a s i s t e n c i a e n el resto del c a m p o psicoanalítico?
Tpr e j e m p l o , e n Desarrollos en psicoanálisis de Me-
fínie K l e i n y c o l a b o r a d o r a s , el índice analítico f i -
nal m u e s t r a u n agujero que salta a los ojos en el
p u n t o de la resistencia <no h a y n i n g u n a . referen-
cia). O t r o s términos p r o p i o s de l a recuperación
d e l psicoanálisis e n u n a teoría n o r m a t i v i z a n t e apa-
recen, p o r e l c o n t r a r i o , destacados. Así, "relación
de o b j e t o " a p a r e c e t r a t a d l o e n n o m e n o s d e 200
páginas d e l a o b r a según e l m i s m o índice analítico.
P o r e l c o n t r a r i o , e n e l c a m p o d e l psicoanálisis
q u e se d i c e " o r t o d o x o , y q u e a n t e s designé como
a n a f r e u d i a n o , se l e d a a l a r e s i s t e n c i a u n a e x t r a -
o r d i n a r i a i m p o r t a n c i a , p o r q u e a p a r e c e allí como
e l o b j e t o m i s m o d e l análisis. Allí, psicoanálisis
es análisis d e l a s r e s i s t e n c i a s . Así, e n l a o b r a d e
G r e e n s o n se d i c e : " R e s i s t e n c i a s i g n i f i c a o p o s i c i ó n -
Todas las fuerzas que dentro del paciente se
o p o n e n a l o s p r o c e d i m i e n t o s y p r o c e s o s d e l aná-
lisis, es d e c i r q u e e s t o r b a n l a l i b r e asociación d e l
p a c i e n t e , q u e o b s t a c u l i z a n l o s i n t e n t o s d e l pa^ciente
d e r e c o r d a r y d e l o g r a r y d e a s i m i l a r insight, que
operan c o n t r a el Y o razonable del paciente y su
d e s e o xie c a m b i a r , t o d a s e s t a s f u e r z a s p u e d e n c o n -
siderarse resistencias [ - - - ] Es e n esencia i a resis-
tencia u n a fuerza del paciente que opera c o n t r a el
p r o g r e s o d e l análisis, c o n t r a e l a n a l i s t a y los p r o -
cedimientos y procesos psicoanalíticos [ - - De-
f i e n d e n e i statu guo del paciente. Defienden la
mmiM--i-Ttg-ia:^.-
n e u r o s i s y se o p o n e n a l Y o r a z o n a b l e d e l p a c i e n t e
y a l a s i t u a c i ó n analítica."^^^
Y más taxativa y descaradamente (en t a n t o que
se d i c e f r e u d i a n o ) puede leerse e n Menniger y
H o l z m a n : " T a l c o m o se u s a e n l a t e o r í a p s i c o a n a -
lítica, p u e d e d e f i n i r s e a l a r e s i s t e n c i a c o m o el con-
j u n t o d e f u e r z a s d e n t r o d e l p a c i e n t e q u e se o p o n e n
al proceso de c a m b i o mejorador."
Sería m u y fácil h a l l a r e l l a d o c h u s c o d e estas
definiciones ( ¿ c ó m o n o ensañarse c o n esa seguri-
d a d q u e t i e n e e l d o c t o r M e n n i g e r s o b r e l o q u e es
u n ameliorative changa?), p e r o es t a r e a q u e c o m -
pete en última i n s t a n c i a a q u i e n m e escucha y
m e l e e . L o i m p o r t a n t e a h o r a es d e s t a c a r q u e estas
definiciones de la resistencia c o m o oposición no
q u e d a n n i están f o r m u l a d a s p a r a q u e d a r e n dic-
c i o n a r i o s . P o r e l c o n t r a r i o , u n a p r á c t i c a se des-
p r e n d e d e — y es c o h e r e n t e c o n — e l l a s . S i l a r e -
s i s t e n c i a es o p o s i c i ó n , e l a n á l i s i s , n a t u r a l m e n t e , se
ve d e f i n i d o c o m o u n c o m b a t e c o n t r a l a oposición.
D e a q u í se d e r i v a e l c o n c e p t o de " a l i a n z a tera-
péutica" o de "alianza de t r a b a j o " entre el yo
del terapeuta y la parte sana o razonable del yo del
analizando. . . quedando p o r supuesto en manos
d e l t e r a p e u t a e l d e c i d i r cuál es l a p a r t e " s a n a y
r a z o n a b l e " d e l y o d e l o t r o . E s d e s u p o n e r q u e será
aquella p a r t e de la m a s a de p r e j u i c i o s d e l paciente
c o n l a q u e se e n f r e n t a y c a t e g o r i z a a l a r e a l i d a d
c i r c u n d a n t e que coincide c o n la masa de prejui-
cios d e l terapeuta y entre los dos p u e d e n decidir
cuál es l a p a r t e " e n f e r m a e i r r a c i o n a l " q u e h a b r á
q u e v e n c e r y q u e se r e s i s t i r á a l a s b u e n a s i n t e n -
ciones de los cruzados.
Consecuencias técnicas i n e l u d i b l e s de l a caracte-
rización de la resistencia c o m o e n e m i g o de los pro-
cedimientos y de la persona del analista: hay que
p l a n e a r e l c h o q u e y c u m p l i r c o n l o s p a s o s d e l a tác-
tica indicada. Primero que nada, p o r supuesto, hay
que reconocer al enemigo que puede mostrarse a la
K . A . M e n n i g e r y P h . S. H o l z m a n , op cit., p . 106.
|L " P R I M E R L A C A N " Y LA TÉCNICA PSICOANALÍTICA 211
d e s c u b i e r t a o e s p e r a r e m b o s c a d o . L u e g o q u e se l o
^ a y a d e s c u b i e r t o se p a s a r á a c o n f r o n t a r a l s u j e t o
con s u resistencia, " h a c e r l e v e r " que tiene u n a re-
giStencia y e s c l a r e c e r l e s o b r e los m o t i v o s de l a
m i s m a , sobre sus d e t e r m i n a n t e s inconscientes. Es-
t o p u e d e s e r m u y d i f í c i l c u a n d o l a r e s i s t e n c i a es
' / e g o s i n t ó n i c a " , es d e c i r c u a n d o l a a c t i v i d a d o b s e r -
v a d o r a d e l p a c i e n t e e j e r c i d a s o b r e sí m i s m o , n o
le m u e s t r a n a d a i r r e g u l a r o c r i t i c a b l e e n e s o q u e s u
a n a l i s t a d i c e q u e es u n a resistencia. Llegados a
e s t e p u n t o es n e c e s a r i o q u e e l a n a l i s t a p e r s u a d a
o c o n v e n z a a l p a c i e n t e d e q t i e tarñbién a él l e c o n -
viene l u c h a r c o n t r a ella. A veces esto requiere
t a c t o 1^** y es n e c e s a r i o q u e e l a n a l i s t a reconozca
el " f a c t o r r e a l i d a d " q u e j u s t i f i c a l a a c t i v i d a d opo-
C r e e m o s que vale la pena i l u s t r a r esto: "Por
e j e m p l o , u n a p a c i e n t e pasa b u e n a p a r t e de s u h o r a
h a b l a n d o de los p e l i g r o s de u n a t a q u e c o n b o m b a s
n u c l e a r e s y d e s i sería a c o n s e j a b l e t r a s l a d a r s e a l M e d i o
Oeste, d o n d e e l l a e s t a r í a m á s s e g u r a . C u a n d o insinúo
q u e t a l vez e l l a se s e n t i rí a m á s s e g u r a a l e j á n d o s e d e
mí y d e l p s i c o a n á l i s i s se lenoja v i s i b l e m e n t e y c a l l a .
Después, m e r e c u e r d a t r u c u l e n t a m e n t e q u e l a g e n t e
está c o n s t r u y e n d o r e f u g i o s c o n t r a l a s b o m b a s . T r a s d e
u n a p a u s a r e c o n o z c o q u e h a y a l g u n a p o s i b i l i d a d de u n
a t a q u e n u c l e a r , p e r o c r e o q u e sus reacciones s o n i m -
p r o p i a m e n t e i n t e n s a s . L a m a y o r í a de l o s e x p e r t o s s o n
de o p i n i ó n d e q u e l o s r e f u g i o s n o s o n p r o t e c c i ó n s u -
ficiente y que t a m p o c o el irse a o t r o lugar garanti-
zaría s u s e g u r i d a d . E n t o n c e s l a p a c i e n t e e m p i e z a a
h a b l a r . R e c o n o c e q u e sus t e m o r e s podrían ser desme-
s u r a d o s , p e r o n a d a m á s p e n s a r e n u n a e x p l o s i ó n ató-
mica la h o r r o r i z a . Le digo que toda persona razonable
teme la g u e r r a atómica, p e r o en ella debe h a b e r algo
que hace su t e m o r t a n fuerte c o m o para pensar en
descuajar su vida. Lentamente, la paciente empieza a
hacer asociaciones, sus p e n s a m i e n t o s l a l l e v a n a su infe-
liz m a t r i m o n i o , a sus años de f r u s t r a c i o n e s e i n h i b i c i o -
nes y s u d e s e o d e ' s a l i r d e s u s i s t e m a ' , d e e m p e z a r u n a
v i d a n u e v a . A h o r a estoy e n c o n d i c i o n e s de d e m o s t r a r l e
q u e es l a r a b i a a c u m u l a d a d e n t r o d e e l l a l a q u e a m e -
n a z a e s t a l l a r . E s o es l o q u e l e h a c e p a r e c e r t a n i n m i -
n e n t e l a explosión n u c l e a r , y hace s u b i r su t e m o r de
p u n t o hasta c o n v e r t i r l o en t e r r o r . La paciente parece
sitora del paciente p a r a q u e el paciente pueda

s e n t i r e n él a u n a l i a d o y t r a n s f o r m a r a l a r e s i s -
t e n c i a egosintónica e n egodistónica. Después de lo
c u a l se p u e d e v e n c e r a l a r e s i s t e n c i a y c o n t i n u a r
c o n el t r a b a j o analítico.
E n t o d o esto, la resistencia aparece como una
m a l a fe, c o m o u n a m a l a intención d e l a n a l i z a n d o
Pido nuevamente el t e s t i m o n i o de Greenson: "Debe
d e c í r s e l e a l p a c i e n t e q u e l a r e s i s t e n c i a es u n a ac-
t i v i d a d suya. E s u n a acción q u e e j e c u t a incons-
ciente, preconsciente o conscientemente (Fenichel,
1 9 4 1 , p . 3 5 ) . N ó es a l g o q u e l e s u c e d a a l p a c i e n t e
p a s i v a m e n t e , a u n q u e é l q u i z á l o s i e n t a así. E s t o
tiene su importancia porque muchos pacientes
sienten sencillamente q u e t i e n e n u n a resistencia,
c o m o q u i e n dice q u e les sobreviene, y p r o p e n d e n
a sentirse perdidos o resignados. Y o he compro-
b a d o q u e es b u e n o e d u c a r l o s e n e s t e p u n t o . "
E n esta técnica de t r a b a j o el a n a l i s t a pretende
r o b u s t e c e r e l Y o de s u p a c i e n t e . N o d e b e extrañar
que s u actividad genere u n o de dos resultados: o
e l c o n v e n c i m i e n t o d e l p a c i e n t e q u e será f e s t e j a d o
c o m o i d e n t i f i c a c i ó n c o n e l a n a l i s t a o u n a auténtica
oposición a esta violencia simbólica ejercida por
e l análisis. Así, u n a p a c i e n t e p u e d e d e c i r l e a Green-
s o n : " P a r e c e u s t e d t a n s e g u r o d e sí, c o m o s i t o d o
l o t u v i e r a r e s u e l t o [. - . ] N o m e g u s t a s e n t i r m e t a n
i d i o t a , y a v e c e s es u s t e d y e s t e análisis q u i e n
m e hace s e n t i r m e así."
C l a r o está q u e f r e n t e a estas i n t e r v e n c i o n e s m a -
n i p u l a t o r i a s , d o n d e l a r a z ó n d e l a n a l i s t a es p r e -
s e n t a d a c o m o l a razón a secas y d o n d e l o q u e n o
es a c e p t a d o p o r l a r a z ó n d e l a n a l i s t a es c a l i f i c a d o
de irracional, el paciente tiene derecho, puesto que
se v e f o r z a d o a e l l o , a r e s i s t i r s e . P u e s se h a p r o -
d u c i d o u n a p a r t a m i e n t o d e l c a m p o analítico p a r a
e n t e n d e r y e n v a r i a s sesiones subsiguientes l a b o r a m o s
p r o d u c t i v a m e n t e e l a s u n t o . " ( R a p h R. G r e e n s o n , o p . cit,,
p . 126.)
Ibid., p . 149.
v e r a l t e r r e n o d e d o n d e surgió: e l d e l a suges-
y la hipnosis,
^ a b e l l a m a r a F r e u d p a r a q u e defienda a l pa-
te: " R e c u e r d o también haber experimentado
entonces (1889), u n a o s c u r a a n i m o s i d a d con-
t a l tiranía de l a sugestión. C u a n d o oía a B e m -
fieím i n t e r p e l a r a u n e n f e r m o p o c o d ó c i l c o n l a s
p a l a b r a s : ' ¿ Q u é h a c e u s t e d ? ¡Vous vous contra-
^^^ggestianezl', m e decía q u e a q u e l l o constituía u n a
¡injusticia y u n a v i o l e n c i a : E l s u j e t o p o s e í a u n e v i -
d^^nte d e r e c h o a 'contrasugestionarse' cuando se
^ i n t e n t a b a d o m i n a r p o r m e d i o de sugestiones."
o,Se v e n l a m e c á n i c a y e l s e n t i d o d e l a o p e r a c i ó n
^cigestiva. L a r e s i s t e n c i a h a s i d o extraída d e l d i s -
c u r s o , allí d o n d e F r e u d l a d e s c u b r i ó y allí d o n d e
se l a p u e d e t r a b a j a r c o m o u n h e c h o m a t e r i a l y
o b j e t i v o , y se l a h a d e s p l a z a d o a o t r o t e r r e n o , e l
d e l a p e r s o n a d e l a n a l i z a n d o : " l a r e s i s t e n c i a es u n a
a c t i v i d a d s u y a " . D e e s t e m o d o e l s u j e t o es o b j e -
tivado y calificado p o r la experta m i r a d a de su
p s i c o a n a l i s t a q u e , d e aquí e n más, aguzará sus ca-
pacidades detectivescas p a r a d e s c u b r i r y dentmciar
al o p o s i t o r c o n e l f i n de d e s t e r r a r l o . Se i n s t a u r a
así l a s i t u a c i ó n a n a l í t i c a c o m o u n a s i t u a c i ó n d e
desconfianza. Además e n t r a la oposición al analista
c o m o p a r t e de l a definición. Q u e p e r m i t e a l ana-
l i s t a p r e g u n t a r , a u n q u e n u n c a l o f o r m u l e así: " ¿ Y
u s t e d , e n q u é se me r e s i s t e ? " Y a b r e e l c a m p o
p a r a l a s i m p t i t a c i o n e s d e i n t e n c i o n e s a v i e s a s q u e es-
tán m á s allá d e l o q u e e l p a c i e n t e concretamente
dice, O p a r a l a búsqueda de i n d i c i o s de oposición
que. están m á s acá d e l d i s c u r s o : e n u n a s u d o r a -
ción, e n u n a s a c u d i d a m u s c u l a r , e n u n a f l a t u l e n c i a .
E n t o d o s e s t o s casos está c l a r o l o q u e actúa: e l
Y o del analista que hace permanentemente u n a
proyección sobre l a presencia del paciente y trata
de c a p t a r , p o n i e n d o e n u s o u n p r e s u n t o e n t r e n a -
m i e n t o especial, l o q u e pasa e n el Y o de s u o t r o
r e d u c i d o a u n a función de e s p e j o d o n d e leerá sus
S i g m u n d F r e u d , Psicología de las masas y análisis
del Yo, e n Obras completas c i t . , t . i x , p . 30 [Standard
Edition, t . x v i i i , p . 89].
proyecciones ("Yo, e n s u l u g a r , sentiría esto y

a q u e l l o " ) , y a eso, m á s allá d e q u e a c i e r t e o n o
s e l o l l a m a i n t e r p r e t a c i ó n . Ma q u e d a n d o , p o r s u -
p u e s t o , j u e z a l g u n o q u e p u e d a d e c i d i r d e ese a c i e r -
to o equivocación p o r c u a n t o a l i n t e r c a m b i o trans-
c u r r e e n u n t e r r e n o dual, especular, imaginario
c e r r a d o a t o d a elaboración simbólica.
D e m o d o q u e e l análisis h a d e v e n i d o sugestión
q u e s u m e t a h a d e r i v a d o hacia u n a "modificación
de c o n d u c t a " , q u e "se degrada en u n a i n m e n s a chi-
c a n a p s i c o l ó g i c a " . Y t o d o e l l o p o r h a b e r s e apar-
t a d o d e l ú n i c o t e r r e n o d o n d e p u e d e n v a l i d a r s e sus
e l a b o r a c i o n e s : e i d e l d i s c u r s o . P o r q u e se h a v u e l t o
a l p s i c o l o g i s m o c o n t r a e l c u a l e l a n á l i s i s s u r g i ó , se
ha. v u e l t o a l m i t o d e l a p e r s o n a c o m o f u e n t e y
o r i g e n d e l d i s c u r s o ; se h a d e s c o n o c i d o q u e e l y o
n o es e l a u t o r d e l d i s c u r s o s i n o s u e f e c t o , q u e n o
figura en la cadena significante como constitu-
yente sino como constituido.
Y p a r a e v i t a r e s t o h a c e f a l t a s o l o u n a cosa,
p e r o ¡qué difícil es!: e s c u c h a r . C o n c e n t r a r s e sobre
l a m a t e r i a l i d a d o f r e c i d a p o r e l s u j e t o e n s u dis-
c u r s o y p o r los efectos de s e n t i d o q u e éste vehicu-
l i z a s i n q u e e l s u j e t o l o sepa. Y s i n q u e l o sepa
t a m p o c o , de antemano, el analista. R o m p i e n d o con
la idea de q u e el d i s c u r s o t r a n s m i t e de m o d o trans-
p a r e n t e las s i g n i f i c a c i o n e s i n t e n c i o n a l e s d e u n su-
j e t o . R e c o n o c i e n d o e n ese d i s c u r s o e l t e r r e n o s o b r e
e l q u e se p a t e n t i z a n l a s f o r m a c i o n e s d e l i n c o n s -
c i e n t e . C o n s i d e r á n d o l o , t a m b i é n a él, c o m o u n a
f o r m a c i ó n d e c o m p r o m i s o e n t r e e l d e s e o y l a de-
f e n s a , es d e c i r c o m o p r o d u c t o d e u n c o n f l i c t o .
I m p u g n a n d o e n él l a i d e a d e transmisión de u n
mensaje compartido p o r el emisor y el receptor en
cuanto al significado. Fragmentándolo, evidencian-
d o s u ambigüedad, d e s t a c a n d o l a p o l i s e m i a . De-
n u n c i a n d o el m i t o d e l discurso unívoco, correlato
de l a idea de u n sujeto también unívoco, unificado,
u n i t a r i o . Abriéndolo a l j u e g o y a l fuego de l a pa-
labra.
Jacques L a c a n , " V a r i a n t e s de la cura tipo", en
Écrits, p . 337 [Escritos 2, p . 104].
. A b r i r s e en la escucha a los efectos del discurso

¿implica r e n u n c i a r a las p r e t e n s i o n e s o m n i p o t e n t e s
| S o b r e u n s a b e r p r e e x i s t e n t e e n n o s o t r o s q u e estaría
¿âcechando d e s d e s i e m p r e l a s m a n i f e s t a c i o n e s d e l
l^pnalizando p a r a e n c o n t r a r e n ellas al m a l h e c h o r .
P a r a " h a c e r l e v e r " a l g o s e g ú n se o y e d e c i r s i n t o -
máticamente e n las s u p e r v i s i o n e s de terapeutas
i n a d v e r t i d o s . P u e s se t r a t a d e n o c o n f i r m a r a q u e -
l l o q u e e l p a c i e n t e p r e s u m e : q u e e l a n a l i s t a es
e l q u e s a b e l o qué é l hó s a b e a c e r c a d e sí m i s m o .
C o n l o q u e se l l e g a a l ú l t i m o p u n t o , e l q u e t r a t a
DEL SABER DEL ANALISTA
q u e consistiría, s i e m p r e según L a c a n , e n a j u s t a r s e
a l a c o n s i g n a de i g n o r a r lo q u e sabe. P a r a así
p o d e r — p o r q u e es u n a o p e r a c i ó n i n t e r e s a d a — r e -
conocer la p a l a b r a v e r d a d e r a en el paciente. E s t o
es, d e b e r e n u n c i a r a l p r o p i o n a r c i s i s m o q u e p o d r í a
llevarlo a r e p r o d u c i r s e en s u paciente y a hacer de
éste u n muñeco de ventrílocuo. I*ara esto también
es n e c e s a r i o a b d i c a r de l a pretensión de ser el po-
seedor de dotes psicológicas especiales o de u n a
peculiar capacidad intuitiva. Hay que abstenerse
de c o m p r e n d e r y r e n u n c i a r a la e m p a t i a . L a pasión
q u e d o m i n a a l a n a l i s t a es l a q u e l o c o n s a g r a a l a
i g n o r a n c i a c o m o a p e r t u r a d e u n s a b e r p o s i b l e ; se
a d h i e r e al a f o r i s m o socrático y lo erige en ideal;
s a b e q u e n o sabe y , más aún, q u e s o b r e e l i n c o n s -
ciente n o hay saber posible p o r q u e t o d o saber, a l
c o n l l e v a r u n a c r e e n c i a e n e s e s a b e r , es o b t u r a c i ó n
de la p o s i b i l i d a d de saber. Que el saber y la trans-
misión del saber son engañosos, p o r q u e son siem-
p r e el saber acerca de u n c i e r t o o b j e t o . Y el i n -
c o n s c i e n t e n o es u n o b j e t o c u y a v e r d a d pueda
ser t r a n s m i t i d a p o r n i n g u n a p a l a b r a s i n que, de
i n m e d i a t o , se d i s u e l v a . P o r q u e e l s a b e r p s i c o a n a -
lítico n o puede aplicarse a u n s u j e t o c u a n d o lo q u e
e s p e r a m o s d e é l es u n a p a l a b r a n u e v a , u n a p a l a ;
b r a p l e n a , u n a p a l a b r a d e r e v e l a c i ó n p a r a q u e , des-
pues d e h a b e r l a d i c h o , s e a é l d i s t i n t o d e l o q u e
antes era. Y donde la palabra que viniese de afuera
obliteraría esa v e r d a d y l a haría inútil a u n q u e la
e n u n c i a s e e n los m i s m o s términos. Y eso p o r v e n i r
de afuera. E l sujeto debe a s u m i r la verdad, y por
ello n o puede recibirla sin enajenarse. Y el traba-
j o d e l a n a l i s t a será i r p u n t u a n d o e l p r o c e s o d e l
sujeto en la verdad.
Y é s t e es e l p u n t o e s e n c i a l q u e d i s t i n g u e a l p s i -
coanálisis q u e p o s t u l a L a c a n de todas, l a s otras
v a r i a n t e s d e psicoanálisis q u e se efectúan h o y e n
día. E s t a admisión i n i c i a l y básica d e q u e el
p a c i e n t e q u e v i e n e a a n a l i z a r s e n o s a b e c u a l es l a
sobredeterminación del sentido de l o q u e dice
p e r o s u p o n e q u e e l a n a l i s t a sí l o s a b e . Y e l a n a -
lista, si quiere serlo, n o puede aceptar colocarse
e n ese l u g a r s i n i n c l u i r s e a u t o m á t i c a e i r r e m i s i b l e -
m e n t e c o m o u n a más de las f i g u r a s de a u t o r i d a d
e n c u y o s d e s e o s se h a v e n i d o a p o l t r o n a n d o y ex-
t r a v i a n d o l a v i d a d e l p a c i e n t e . E l p a c i e n t e n o sa-
b e . . . y e l a n a l i s t a t a m p o c o . Y p o r q u e n o sabe,
calla y escucha. H a s ^ que tenga algo p a r a decir.
Y s u decir, c u a n d o sobrevenga, apuntará a l o r d e n
d e l s e n t i d o e n la restauración de u n a h i s t o r i a c o n
r e c o n o c i m i e n t o del deseo y de los límites de su
interpretación.
E l a n á l i s i s es u n p r o c e s o q u e p a r t e d e l a a t r i -
bución de u n saber. Para el analizando, el analista
es e l s u j e t o s u p u e s t o saber,*^^ y es d e s d e q u e h a y
sujeto supuesto saber que h a y transferencia. Que
el sujeto (al q u e gustoso llamaría " s u j e t o su-
p u e s t o i g n o r a r " ) c o m i e n z a e l análisis a t r i b u y e n d o
a l o t r o la posesión de l o q u e f a l t a e n s u saber.
E s t o es, e l i n c o n s c i e n t e . ¿ C u á l es e l f u n d a m e n t o
de esta operación transférencial? N a d a q u e corres-
p o n d a a l a p e r s o n a real d e l a n a l i s t a . N a d a — y e s o
es l o ú n i c o q u e s a b e : q u e n o s a b e — q u e p e r t e -
n e z c a a u n d o m i n i o simbólico. P u e s s i a l g o él sabe,
d e b e a p r e n d e r a i g n o r a r l o . Se t r a t a d e u n s a b e r s u -
Jacques Lacan, "Les quatre concepts. . ." cit.,
p p . 209-220.
§L "PRIMER LACAN" Y LA TÉCNICA PSICOANALÍTICA 217
puesto, i m a g i n a r i o . P e r o q u e a r r a i g a e n que este

g a j e t o s u p u e s t o s a b e r se o f r e c e c o m o a n a l i s t a . Q u e
puede r e m i t i r s u l e g i t i m i d a d analítica a a l g u n a ins-
titución d e f o r m a c i ó n d e a n a l i s t a s q u e fia o t o r g a d o
tíh d i p l o m a . P e r o e s t e d i p l o m a p e r t e n e c e t a m b i é n ,
c o m o los demás títulos y h o n o r e s de esta sociedad,
ál c a m p o d e l o i m a g i n a r i o . L a i n s t i t u c i ó n n o d e -
tenta t a m p o c o el saber. A l o s u m o el poder: el
de d a r l o s títulos. ¿ E n n o m b r e d e quién? E n n o m -
d e F r e u d , p u e s es d e é l , d e 3 u o b r a , d e — q u i e n
fódos los analistas r e c i b e n o r e c l a m a n su a u t o r i -
zación. E s d e c i r q u e e l s u j e t o s u p u e s t o saber re-
inite s u autorización a u n a o b r a en la que se
concreta u n saber d e p u r a d o de i m a g i n a r i o : el saber
d e l i n c o n s c i e n t e . C o n l a p a r a d o j a y a señalada: l a
de q u e t o d o i n t e n t o de h a c e r l o i n t e r v e n i r e s t r o p e a
sus efectos, y q u e , p o r eso, h a y q u e g u a r d a r l o . P a r a
i n s c r i b i r e n él l o q u e p u e d a a p r e n d e r s e e n c a d a
a n á l i s i s . A s í es c o m o l o f o r m u l a r í a : e l a n a l i s t a
c o m o s u j e t o s u p u e s t o s a b e r es a q u e l q u e a s p i r a a
ocupar, c o m o sujeto, su p u e s t o en el saber. Que
n o será s a b e r de n a d i e p o r ser de t o d o s , del O t r o .
Y s i n o l v i d a r que esta pasión de i g n o r a n c i a del
sujeto supuesto saber p r o d u c e efectos: el incons-
ciente r e p r i m i d o , p o r efecto de la transferencia
sobre u n saber supuesto en u n sujeto, encuentra
la p o s i b i l i d a d de l a b r a r s e u n c a m i n o enganchán-
d o s e s o b r e l a p e r s o n a i m a g i n a r i a d e l a n a l i s t a , as-
p i r a n d o a h a c e r s e a m a r y r e c o n o c e r p o r él. Y e s t o ,
en la m e d i d a en que el analista n o responde a la
demanda, sino que interpreta, p e r m i t e la apertura
del c a m i n o de la v e r d a d en el discurso. M e t a del
análisis.
Por diversión podría decirse que del t r o n c o freu-
d i a n o h a n b r o t a d o tres variedades de analista. U n a
es a n a - — y p i e n s o e n A n a F r e u d — l i s t a . A n a l i s t a .
Sabe gracias a la a c t i v i d a d de s u Y o lo que pasa
e n e l Y o d e l o t r o , y d e s d e a l l í se s i e n t e a u t o r i z a d a
a interpretar.
O t r a es m e l a n a — y p i e n s o e n K l e i n — l i s t a . A n a -
listísima. Sabe desde s u Y o lo que pasa en el
E l l o d e l p a c i e n t e y está e n c o n d i c i o n e s de h a c e r
218 LACAN Y EL PSICOANÁLISIS
u n a traducción simultánea desde el lenguaje del

paciente a l lenguaje de sus i n s t i n t o s , centrándose
e n l o q u e pasa e n l a sesión, aquí, a h o r a y c o n m i g o .
Y f i n a l m e n t e está L a c a n . L a c a n . . . a t o n t a . Reco-
noce a su saber c o m o u n saber i m a g i n a r i o , puesto
q u e es i m p o s i b l e s a b e r s i n c r e e r u n o q u e s a b e y s i
u n o cree que sabe, a u n q u e sepa, n o p u e d e hacer
i n t e r v e f i i r esa presunción p a r a a c e r c a r a l o t r o al
saber. P o r q u e eso c o r r e el r i e s g o de ser aceptado
p o r e l o t r o . E n r e a l i d a d es l o q u e e l o t r o l e p i d e :
que alguien remplace c o n l a presunción de u n
s a b e r s u i g n o r a n c i a . Y s i e s t o pasa, y a n o h a y re-
medio. E l paciente t e r m i n a adoctrinado, girando
en el discurso del o t r o , a h o r a supuestamente ilus-
t r a d o . L a r e p r e s i ó n h a c a m b i a d o d e f o r m a y de
t i t u l a r . E s l o q u e se l l a m a l a i d e n t i f i c a c i ó n c o n el
a n a l i s t a . A l g o q u e , ¿ n o s u e n a e s c a n d a l o s o ? , es p a r a
m u c h o s l a m e t a d e l análisis.
8. EL CAMBIO EN PSICOANALISIS*
A FERNANDO MARTÍN ESPINOZA
M e v o y a p e r m i t i r h a b l a r l e s d e a q u e l l o d o n d e se
puede definir u n a postura rigurosa: del cambio
e n psicoanálisis.
Porque n o puede hablarse del cambio en psico-
terapia individual sin entrar en engorrosas defi-
niciones de l o que cada u n o entiende p o r psico-
terapia individual. Estoy diciendo que dejo de lado
d i s c u t i r s i e l p s i c o a n á l i s i s es o n o es u n a p s i c o t e -
r a p i a . D i g o t a m b i é n q u e s ó l o se p o d r í a d a r l e ese
c a r á c t e r s i se a s e n t a r a d e m o d o d e f i n i t i v o q u e
— p o r m e t a s y m é t o d o s - — es r a d i c a l m e n t e d i f e r e n t e
de c u a l q u i e r e m p r e s a de intención psicoterapéuti-
c a . Q u e s i se l o c o n s i d e r a p s i c o t e r a p i a , n o es p o r -
q u e p r e t e n d a serlo. E s a rotulación sólo podría
v e n i r l e desde a f u e r a , y estaría a n c l a d a e n l o s p r e -
juicios favorables o n o de u n observador extraño
a s u c a m p o y p o r e l c o n c e p t o q u e éste m a n e j e de
l o q u e es p s i c o t e r a p i a .
O t r o p r o b l e m a es e l d e l c a m b i o . E s i m p o s i b l e
hablar del cambio en abstracto. Debemos definir
d e q u é c a m b i o se t r a t a , e n q u é d i r e c c i ó n y h a s t a
dónde para luego poder discutir los métodos que
podrían c o n d u c i r a t a l transformación.
A p a r e c e aquí o t r a cuestión. ¿Quién p i d e e l c a m -
bio? Supongamos que lo pide el interesado, nues-
t r o paciente. ¿ Y qué h a r e m o s c o n s u pedido? A p u -
* E n f e b r e r o d e 1980, c o o r d i n a d o p o r e l d o c t o r José
L i j t s z a j n , y a u s p i c i a d o p o r l a División de E s t u d i o s Su-
p e r i o r e s de l a F a c u l t a d de Psicología de l a U n i v e r s i d a d
N a c i o n a l Autónoma de México, se llevó a c a b o u n c i c l o
de mesas redondas sobre el "Proceso de c a m b i o e n l a
p s i c o t e r a p i a " . E s t r i c t a m e n t e h a b l a n d o , el t e m a debía
s e r " E l c a m b i o e n l a p s i c o t e r a p i a i n d i v i d u a l " . P e r o se
c a m b i ó . E s t e c a p í t u l o es u n a r e e l a b o r a c i ó n d e l a c o n f e -
rencia p r o n u n c i a d a entonces.
[219]
r a r n o s a r e s p o n d e r a él t r a t a n d o d e d a r l e l o q u e
p i d e es u n a p o s i b i l i d a d . I n t e r p r e t a r s u d e m a n d a
es o t r a . I m p l i c a r í a e n t e n d e r q u e e s a d e m a n d a p r o -
c e d e d e u n a relación i m a g i n a r i a q u e él g u a r d a
c o n s i g o m i s m o y c o n l o q u e l o r o d e a , q u e s u de-
m a n d a p r o v i e n e d e q u e él m i s m o , q u e p i d e , está
atravesado p o r exigencias ajenas que vehiculiza
s i n s a b e r , q u e s u p e d i d o es j u s t a m e n t e p e d i d o d e
u n c a m b i o p a r a adaptarse a exigencias exteriores
con desconocimiento d e l d e s e o i n c o n s c i é r i t é q¿¿^
i m p e d i d o de expresarse de o t r a m a n e r a , habla con
la voz d e l síntoma. Q u e , e n estas circunstancias,
p u e d e s u c e d e r q u e h a c e r l o c a m b i a r sea el reforza-
m i e n t o d e ese d e s c o n o c i m i e n t o d e sí m i s m o y d e
la articulación de sus deseos c o n los deseos ajenos
r e s p e c t o d e él.
¿"V c u a n d o l a d e m a n d a d e l c a m b i o p r o v i e n e d e -
o t r o ? D e u n a m a d r e q u e dice q u e s u niño n o
Ze c o m e o d e u n p a t r ó n q u e n o s c o n t r a t a p o r q u e
s u s o b r e r o s n o le r i n d e n o p o d r í a n r e n d i í ^ l e m á s .
¿ Q u é h a c e r c o n l a p e t i c i ó n \dél c a m b i o ? R e s p o n d e r ,
interpretsurla, c e r r a r oídos, t o m a r p a r t i d o én c o n t r a
d e l c a m b i o p e d i d o . Sfe v e c l a r a m e n t e q u e c u a l q u i e r
r e s p u e s t a es e n e s t o s c a s o s u n p o s i c i o n a m i e n t o
ético del interpelado. S i alguien pide u n cambio,
a u n q u e sea e l p r o p i o s u j e t o , es p o r q u e alguien
q u i e r e m a n t e n e r u n a situación d i f e r e n t e , opuesta
a e s e c a m b i o . ¿ Y quién dice q u e el d e m a n d a n t e
tiene a l g u n a razón f r e n t e a l q u e debería c a m b i a r ?
V i v i m o s inmersos e n u n a ideología d e l cambio.
La publicidad nos recuerda a cada instante que
d e b e m o s c a m b i a r , q u e e l m u n d o y a n o es e l m i s -
m o , e t c . , y q u e e l c a m b i o es, e n sí, p r o g r e s o . S e
n o s e m p u j a a v i v i r e n u n m u n d o de o b j e t o s deshe-
chables y a aceptar que nosotros m i s m o s debemos
vivir e n u n permanente " c a m b i o de p i e l " ligado a
las c i r c u n s t a n c i a s e x t e r i o r e s q u e n o p a r a n de per-
t u r b a r el equilibrio de la persona y de exigir la
p u e s t a e n m a r c h a de operaciones adaptativas. Se
f o m e n t a l a ilusión d e u n p e r m a n e n t e r e n a c i m i e n t o .
L a c o n s i g n a es " s i é n t a s e o t r o " , " s i é n t a s e d i f e r e n -
t e " , sea c o n t i n a n u e v a p r e p d a d e v e s t i r o e n u n
JBL C A M B I O EN PSICOANÁLISIS 221
l a b o r a t o r i o v i v e n c i a l . N o se n o s e s c a p a n l a s d e t e r -
fpinaciones económicas, sociales y políticas v i n c u -
ladas a l a producción y a l c o n s u m o de mercancías
e n e l s i s t e m a c a p i t a l i s t a d e 1980, p e r o n o h a b l a r e -
m o s p o r h o y de eso. N o s c o n f o r m a r e m o s c o n re-
c o r d a r a l aristócrata de l a l u c i d e z y a l a l u c i d e z
d e l aristócrata: " S i q u e r e m o s q u e t o d o siga i g u a l
es p r e c i s o q u e t o d o c a m b i e . "
E s e v i d e n t e q u e n o se t r a t a d e l c a m b i o e n a b s -
tracto si pensamos en aquello que puede atraemos.
D e s p u é s d e t o d o l a e n t r o p í a es u n c a m b i o e n l a s
condiciones de existencia, u n c a m b i o irreversible,
u n a degradación. Para d e c i r l o c l a r o : l a b u e n a leche
puede t r a n s f o r m a r s e en m a l a leche, p e r o l a m a l a
leche será s i e m p r e m a l a leche. E l p r o b l e m a p a r a
n o s o t r o s , p s i c o a n a l i s t a s , es ¿ q u é h a c e m o s c o n n u e s -
t r a l e c h e ? ¿ C ó m o h a c e r p a r a q u e n o se n o s d e g r a -
de al servicio de metas adaptativas propuestas
<iesde a f u e r a c o m o c r i t e r i o s d e c a m b i o y , p o r eso
m i s m o , de éxito?
Q u e n o se d e d u z c a d e e s t o u n a o p o s i c i ó n i g u a l -
mente abstracta al cambio que nos colocaría
d e l l a d o de l a inacción o d e l c o n s e r v a d u r i s m o , d e l
m a n t e n i m i e n t o d e l stattt qvio. P o r e l c o n t r a r i o , e l
psicoanálisis a p u n t a a u n c a m b i o v e r d a d e r o , a u n a
transformación d e f i n i t i v a e n el l u g a r de la v e r d a d
y r e c h a z a t o d a ilusión de c a m b i o c e n t r a d a e n l a
modificación de la conducta, e n el éxito social o
e n las sensaciones subjetivas de bienestar.
E l anhelo de c a m b i a r q u e e n u n c i a cada consul-
t a n t e es d e m a n d a d e u n a m e j o r r e s p u e s t a a l a s
e x i g e n c i a s d e l a m b i e n t e ; es p e d i d o d e u n a d i s m i -
nución d e l s u f r i m i e n t o o d e u n desbloqueo en la
capacidad de d i s f r u t a r de sus objetos. E l psico-
analista p r e s t a oídos a esta petición y n o responde
Si e l l a . N o e n t r e g a n a d a . N i t a n s i q u i e r a u n a p r o -
m e s a . N i u n a p a l a b r a c a l m a n t e . Y q u e d a así e n
desventaja, v o l u n t a r i a m e n t e , respecto de q u i e n pue-
da ofrecer u n " v a l i u m " (¿valdrá?) o u n " l i b r i u m "
(¿de qué liberará?). Se a p r o v e c h a d e l i m p u l s o de-
mandante para comprometer a quien carga con
él a s o m e t e r s e a u n í m p r o b o t r a b a j o . A c t u a n d o así
se o p o n e , m u d a m e n t e , a l a i d e a d e m u d a r l a m e n t e ,
de m a n i p u l a r p a r a resolver los p r o b l e m a s . Pone en
acción c o n s u s i l e n c i o a u n a crítica de l a ideología
subjetivista q u e subtiende a la d e m a n d a del cam-
b i o . Y n o p o r desinterés e n e l c a m b i o sino p o r
d e s d é n h a c i a ese c a m b i o q u e l e v i e n e n a p r o p o n e r .
S i n t e n e r , a s u v e z , otro cambio que proponer. Pero
d i s p u e s t o , sí, a q u e c u a l q u i e r c o s a p a s e d e s p u é s d e
l a e m e r g e n c i a d e u n d e c i r i n e s p e r a d o : " E l análisis
n o p u e d e t e n e r o t r a m e t a q u e e l advenimiento d e
u n a p a l a b r a v e r d a d e r a y l a realización p o r el su-
j e t o de s u h i s t o r i a e n relación c o n u n f u t u r o . Él
m a n t e n i m i e n t o d e e s t a d i a l é c t i c a se o p o n e a t o d a
orientación o b j e t i v a n t e d e l análisis, y d e s t a c a r esta
n e c e s i d a d es c a p i t a l p a r a p e n e t r a r e n l a a b e r r a -
ción., d e l a s n u e v a s t e n d e n c i a s m a n i f e s t a d a s e n e l
análisis."
C o n t r a r i a m e n t e a l o sostenido p o r ciertos pre-
suntos " s u p e r a d o r e s " de F r e u d , ansiosos p o r hun-
d i r sus raíces e n el suelo d e l p r a g m a t i s m o ame-
r i c a n o , e l psicoanálisis n o i n c l u y e ningún p u n t o de
v i s t a a d a p t a t i v o e n sus p o s t u l a d o s metapsicológi-
cos. C o l o c a r a l psicoanálisis e n el c a m i n o de la
adaptación del y o ( c o m o representante de los i n -
tereses de la persona t o t a l ) a la realidad exterior,
es c o l o c a r s e f u e r a d e l d e s c u b r i m i e n t o f r e u d i a n o ,
e n c o n t r a d e él y a n t e s d e él. E n esa c o n c e p c i ó n lió
h a y más q u e u n m a r i d a j e dé l a psicología de la
conciencia c o n el c o n d u c t i s m o y u n o l v i d o t o t a l de
la exigencia teórica q u e llevó a F r e u d a p r o p o n e r la
e x i s t e n c i a d e ese insólito o b j e t o : e l i n c o n s c i e n t e
e s t r u c t u r a d o alrededor de la necesaria represión
de la s e x u a l i d a d i n f a n t i l e n l a construcción d e l
sujeto humano.
E n e f e c t o . N i n g u n a c o n s i d e r a c i ó n d e l a Cuestión
del c a m b i o e n l a o b r a de F r e u d , Y en l u g a r de
ese d e s c u i d o p o r e l c a m b i o ¡cuánta preocupación
en todos los textos p o r la emergencia de la ver-
^^® J a c q u e s L a c a n , " F u n c i ó n y c a m p o d e l a p a l a b r a
y d e l l e n g u a j e e n e l p s i c o a n á l i s i s " , e n Écrits, p . 302
[Escritos p.-^ 119].
EL CAMBIO E N PSICOANÁLISIS 223
d a d q u e e l análisis p e r m i t i r í a a l c a n z a r ! E l p a c i e n t e
sabe, p e r o p o r q u e n o s a b e q u e s a b e c r e e q u e i g -
n o r a . L a v e r d a d está e n él, sólo q u e l a v e r d a d n o
p u e d e l l e g a r a s u b o c a . I n v e s t i g a r esa v e r d a d , le-
v a n t a r l o s o b s t á c u l o s q u e se o p o n e n a s u s u r g i -
m i e n t o , ésa es l a t a r e a . A n a l i z a r es p r o c e d e r per
via di levare, como el escultor, hacer aparecer la
f o r m a de la estatua a p a r t i r del b l o q u e de mármol.
Trabajar la m a t e r i a p r i m a del discurso del pa-
ciente p a r a alcanzar planos cada vez más p r o f u n -
dos d e l a existencia s u b j e t i v a h a s t a llegar a "eso",
al Ello, núcleo m i s m o de n u e s t r o ser qué h a b l a
siempre y más claro c u a n d o el d o r m i r nos obliga
a callar.
" E s o " que fue el descubrimiento primigenio de
F r e u d c u a n d o e n l o s Estudios sobre la histeria
p l a n t e a b a l a t r i p l e e s t r a t i f i c a c i ó n ( c r o n o l ó g i c a , es-
pacial y representacional) del psiquismo alrededor
de u n n o d u l o de " r e c u e r d o s q u e el e n f e r m o niega
aún a l r e p r o d u c i r l o s " y q u e debía a b o r d a r s e despe-
j a n d o p r o g r e s i v a m e n t e capas de resistencia, movién-
dose e n zigzag, c o m o el caballo e n el ajedrez, c o m o
quien va pelando u n a cebolla, f o r m a n d o u n puzzle,
siguiendo u n "complicadísimo trazado", buscando
los h i l o s de las representaciones y sus asociacio-
nes.^^^ P r i m e r a d e l a s m e t á f o r a s t e x t i l e s q u e p u -
lularán después: se t r a t a s i e m p r e de restaurar
desgarrones en u n a tela, de suturar, de a n u d a r y
desanudar, de zurcir, de r e p a r a r los agujeros de
u n a r e d . Metafóricas las imágenes: pues lo textil
es t e x t u a l , p o r q u e l o s a g u j e r o s e s t á n e n u n a r e d
construida c o n hilos de discurso, porque la cadena
es s i g n i f i c a n t e , p o r q u e l o q u e n o se p u e d e s e g u i r
e n l a página r e m i t e a u n a página q u e está d e b a j o ,
a u n a escritura anterior que, no pudiendo ser
transcrita al discurso actual, aparece expresán-
dose de o t r a m a n e r a , c o m o síntoma, sueño, o l v i d o
o recuerdo encubridor.
Es el palimpsesto tal como se describe en el
S i g m u n d F r e u d , Estudios sobre la histeria, en
Obras completas c i t . , t . x , p . 178.
s i s t e m a t ó p i c o d e l a c a r t a 5 2 a Fliess.^^^ A l l i l a
teoría de las t r a n s c r i p c i o n e s de u n registro a l o t r o
es p r e a n u n c i a d a c o m o " u n a n u e v a p s i c o l o g í a " . E s a
q u e s e c o n c r e t a e n e l c a p í t u l o s é p t i m o d e La in-
terpretación de los stieños c o n el descubrimiento
d e q u e ese n ú c l e o d e l s e r es e l d e s e o i n f a n t i l . L a
p r o g r e s i ó n d e l a e l a b o r a c i ó n e s p e c u l a t i v a es c o n -
s e c u e n c i a d e l a práctica clínica c o n pacientes psi-
c o n e u r ó t i c o s y i a t e o r í a r e s u l t a n t e l o es d e l p r o -
c e s o d e l a c u r a analítica.
Lo dijimos en otra parte y lo aclaramos ahora:
e n l a situación analítica h a y d o s p a r e j a s y n o u n a .
Está la p a r e j a terapeuta-paciente, q u e f u n c i o n a en
lo imaginario, en lo imaginario del paciente, quien
viene dirigiendo u n a demanda ( e n l o s c a s o s clá-
s i c o s ) , q u e e s d e m a n d a d e q u e se l o c u r e , d e q u e
se l o c a m b i e . E n e s t a f a n t a s í a d e l p a c i e n t e , e l o t r o
es e l q u e t i e n e e l s a b e r p a r a q u i t a r l e s u m i s e r i a
y así c o n s t i t u y e i m a g i n a r i a m e n t e a l o t r o d e l a pa-
reja en su terapeuta. E l terapeuta puede asumir
ese l u g a r i m a g i n a r i o , l u g a r d e l q u e s u p u e s t a m e n t e
sabe, y a c t u a r e n c o n s ^ u e n c i a p a r a l o g r a r u n cam-
b i o . Se p r o p o n d r á y se s e n t i r á c o m o a g e n t e d e
cambio, como curador, incluso como curandero,
c h a m á n . Y allí a b o r t p e l psicoanálisis. Allí n o p u d o
emiêâr. S ó l o h a y análisis c u a n d o l a p a r e j a tera-
p e u t a - p a c i e n t e n o pasa d e l a fantasía d e l a n a l i -
zando. E l a n a l i z a n d o q u e n o sabe q u e sabe y cree
q u e e l q u e s a b e es e l o t r o . Y q u e c r e e t a m b i é n q u e
e l o t r o , a d e m á s d e s a b e r , es e l s o p o r t e d e l a l e y
que regula s u deseo y el juez q u e habrá d e apli-
c a r l a , el q u e sancionará c o n i n d u l g e n c i a s y casti-
gos, e l q u e r e m i t i r á s u s d e c i r e s a u n código^ e l
q u e l e m a r c a r á e l c a m i n o d e l a r e c t a sen^á hacia
s u deber ser.
Y e l análisis se e s t a b l e c e c u a n d o e s t e o t r o a c e p t a
q u e n o sabe eso q u e e l q u e v i e n e p i d i e n d o cosas
sí s a b e y c r e e i g n o r a r . C u a n d o e l a n a l i s t a a c e p t a
ser el soporte i m a g i n a r i o de lo que le falta al o t r o
S i g m u n d F r e u d , Los orígenes del psicoanálisis,
e n Obras completas c i t . , t . x x i i , p . 207.
CAMBIO EN PSICOANALISIS 225
en el saber, de m o d o que el analizando pueda

explayar s u d i s c u r s o p a r a q u e e n e s e d i s c u r s o
pueda s u r g i r la v e r d a d desconocida hasta entonces.
ÍEsta r e l a c i ó n a n a l í t i c a d e l a p a r e j a a n a l i z a n d o - a n a -
l i s t a se e s t a b l e c e c u a n d o e l a n a l i s t a r e n u n c i a a
¡querer d i r i g i r e l c a m b i o e n e l p a c i e n t e , r e n u n c i a
a s u deseo de c u r a r . F r e u d denunció s i e m p r e el
furor sanandi c o m o u n a r e s i s t e n c i a a l análisis p o r -
q u e e l a n á l i s i s es a l a v e z u n m é t o d o y u n a t é c -
n i c a ; u n m é t o d o p a r a a l c a n z a r lá v e r d a d y u n a
técnica p a r a o p e r a r transformaciones, pero coh
u n a r e l a c i ó n a s i m é t r i c a e n t r e a m b o s p o r q u e l a téc-
n i c a se s u b o r d i n a s i e m p r e y n e c e s a r i a m e n t e al
m é t o d o y e s t e m é t o d o a s l i v e z es e l ú n i c o a p r o -
p i a d o p a r a a l c a n z a r e l o b j e t o , q u e es u n o b j e t o
teórico, f o r m a l y a b s t r a c t o : el inconsciente. L a je-
r a r q u í a q u e g o b i e r n a l a p r á c t i c a analítica es, p u e s :
1?] el objeto teórico, el inconsciente, l u g a r de l o
r e p r i m i d o ; 2?] el método que debe revelar la pre-
s e n c i a d e ese o b j e t o , m é t o d o f o r m a d o p o r e l p a r
asociación l i b r e d e l a n a l i z a n d o , atención f l o t a n t e
d e l a n a l i s t a , y 3?] la técnica basada en la seguridad,
c o m p r o b a d a clínicamente de q u e la v e r d a d obte-
n i d a p o r el m é t o d o m o d i f i c a a l a n a l i z a n d o (y t a m -
bién a l a n a l i s t a ) , q u e a p a r t i r de l a e m e r g e n c i a
de l a p a l a b r a v e r d a d e r a ellos s o n y a o t r o s y q u e
los síntomas, r e s u l t a d o s de l a retención de esa
palabra, de la i m p o s i b i l i d a d de a r t i c u l a r l a e n el
discurso y en la historia, desaparecen.
P u e s é s e y n o o t r o es e l d e c u b r i m i e n t o d e F r e u d
q u e p u e d e l e e r s e d e s d e 1895 h a s t a 1939: e l s u j e t o
está e s c i n d i d o e n t r e l o q u e p u e d e i n t e g r a r a s u
d i s c u r s o , l o q u e p u e d e c o n o c e r d e sí, y l o q u e d e b e
d e s c o n o c e r d e sí, l o i n c o n c i l i a b l e c o n s u y o , q u e
es e l d e s e o i n c o n s c i e n t e y s u s r a m i f i c a c i o n e s . L a
t é c n i c a p s i c o a n a l í t i c a está así g u i a d a p o r l a n e c e -
s i d a d de h a c e r e s c u c h a r esa v o z d e l i n c o n s c i e n t e .
P a r a e l l o el a n a l i s t a n o d e b e l u c h a r c o n t r a l o re-
p r i m i d o p o r q u e ello n o aspira sino a hacerse re-
conocer. E l l o habla. Debe l u c h a r contra lo repre-
s o r , c o n t r a c l Y o q u e r e s i s t e a q u e e s a p a l a b r a se
escuche. Es p o r esto q u e la consigna f u n d a m e n t a l
i m p o n e a l Y o a q u e r e n u n c i e a c o n t r o l a r el discur-
so, i m p o n e d e j a r l o f l u i r s i n p r e o c u p a r s e p o r el
l u g a r a l q u e la p a l a b r a liberada p u d i e r a llevar. Eso
que el analista i m p o n e sobre el y o del analizando
l o i m p o n e también a s u p r o p i o y o , r e n u n c i a a con-
t r o l a r , a g o b e r n a r , a j e r a r q u i z a r sus asociaciones
p a r a p e r m i t i r s e escuchar l o q u e el o t r o dice sin
saber q u e lo dice. Aparecen aquí las transforma-
c i o n e s d e l análisis. L a p a l a b r a v e r d a d e r a , t r a d i c i o -
n a l m e n t e s o f o c a d a , se h a c e o í r p o r l a b o c a d e l ana-
l i z a n d o , p a r a s o r p r e s a de éste, y p o r l a d e l analista,
que a l i n t e r p r e t a r llena las lagunas e n el discurso
d e l p r i m e r o . E n e s t e s e n t i d o , l a m e t a d e l análisis
es h a c e r c o n s c i e n t e l o i n c o n s c i e n t e , r e l l e n a n d o las
lagunas en la c o n t i n u i d a d de la m e m o r i a , restitu-
y e n d o l a i n t e g r i d a d d e l a h i s t o r i a a p a r t i r d e l des-
cubrimiento de su sentido.
L o s dos Y o d e b e n p o n e r s e e n t r e paréntesis. Pero
e l Y o es — c o m o b i e n s e n o s d i c e — e l ó r g a n o d e
conexión c o n l a realidad exterior. L a neutraliza-
c i ó n d e l Y o q u e l a técnica i m p o n e es r e n u n c i a a l
c o n t a c t o c o n e l m u n d o y sus c a m b i a n t e s e s t í m u l o s .
L o s d o s q u e se j u n t a n e n e l g a b i n e t e c o r t a n l a s
a m a r r a s d e l c o n t a c t o vivido. L a realidad, la reali-
d a d fáctica, es e x c l u i d a y s ó l o q u e d a u n a e x c l u s a
exclusiva p a r a q u e ella apunte: el habla del sujeto,
eso q u e f l u y e d e l diván a l sillón, de l a b o c a a la
o r e j a q u e es, p o r s u p a r t e , b o c a a b i e r t a y s i l e n c i o s a
q u e b e b e las p a l a b r a s .
L a s i t u a c i ó n a n a l í t i c a , p o r e s o , es u n d i s p o s i t i v o
c a s i e x p e r i m e n t a l ; a r m a z ó n q u e f i j a t o d a s las va-
r i a b l e s p a r a q u e q u e d e , d e n t r o de l o p o s i b l e , sólo
u n a función e n m o v i m i e n t o : el discurso con su
e n c a d e n a m i e n t o , c o n s u s f a l l a s . Y s o b r e esa única
v a r i a b l e l i b e r a d a se c e n t r a r á e l t r a b a j o d e l a n a l i s -
t a , o b s e r v a n t e d e l a r e a l i d a d psíquica, d e l deseo
inconsciente, de s u escenificación fantasmática.
Desatendiendo todos los esfuerzps d e l paciente para
significar s u experiencia, p o r q u e n o pueden ser
o t r a cosa q u e elaboración secundaria, defensa. Pri-
vilegiando lo dudoso, lo lacunar, lo incompren-
s i b l e , l o e x t r a ñ o q u e se p r e s e n t a c o m o n o s i g n i f i -
L CAMBIO E N PSICOANÁLISIS 227
\ânte y c a s u a l , l o d e n e g a d o , e l c h i s t e i n v o l u n t a r i o ,
homofonía q u e r e m i t e a u n a significación insos-
:|>echada, l o i n c o h e r e n t e y , d e n t r o d e l o i n c o h e r e n t e ,
1 sueño, el e n c a d e n a m i e n t o asociativo q u e lleva
as m a r c a s d e l a c o n d e n s a c i ó n y d e l d e s p l a z a m i e n t o
^ n esa a c t i v i d a d q u e , p o r e f e c t o de l a abdicación
>del Y o a c o n t r o l a r l a s e c u e n c i a , q u i e r e e m p a r e j a r s e
— s i n l o g r a r l o — c o n l a condición de d o r m i r , posi-
b i l i d a d d e l soñar. P o r q u e n u n c a l a expreGión d e l
s u j e t o es m e n o s l i b r e y s u d e p e n d e n c i a d e l sig-
n i f i c a n t e se r e v e l a m á s c l a r a m e n t e q u e c u a n d o
sueña, y c u a n d o e x p o n e ese sueño c o n l a s c o r r e s -
pondientes asociaciones ante el oído del psicoana-
l i s t a . E n t o n c e s e l s o ñ a n t e es u n e s c l a v o d e l r e l a t o ,
u n p u n t o lindante con la nada, abolido p o r su
sueño. Q u i e n evidenció esta abolición, este fading
del sujeto en la secuencia de s u discurso, fue
F r e u d a n t e sí m i s m o : " A h o r a b i e n , s i p r o s i g o p a r a
m í m i s m o este análisis, s i n p r e o c u p a r m e p o r l o s
o t r o s (a quienes, e n v e r d a d , u n a v i v e n c i a t a n per-
s o n a l c o m o m i s u e ñ o e n m o d o a l g u n o p u e d e es-
tarles destinada), llego a pensamientos que m e
s o r p r e n d e n , q u e y o n o había a d v e r t i d o e n el inte-
rior d e m í m i s m o , q u e n o m e s o n s ó l o ajenos, sino
t a m b i é n desagradables y q u e p o r eso y o querría
i m p u g n a r enérgicamente, m i e n t r a s q u e la cadena
d e p e n s a m i e n t o s q u e d i s c u r r e p o r e l análisis se m e
i m p o n e de m a n e r a inexorable."
P o r e s o e l a n á l i s i s d e l o s s u e ñ o s f u e vía regia
hacia el inconsciente, p o r q u e permitía a l relator
b o r r a r s e e n el sinsentido y e n la aparente incon-
g r u e n c i a d e s u s u e ñ o . A l l í se p o d í a e v i d e n c i a r u n
estilo y u n m o d o de composición del discurso que
n o r m a l m e n t e pasa desapercibido. Y eso q u e los
sueños le enseñaron l o aprendió F r e u d y l o enseñó
a s u vez. F u e el i n t e r m e d i a r i o e n t r e sus sueños y
n u e s t r a práctica, p a s a n d o p o r s u deseo y p o r el
d e n o s o t r o s . M o s t r ó q u e e l p r o c e s o p r i m a r i o ac-
t u a b a e n el t r a b a j o d e l sueño y luego p u d o detec-
S i g m u n d F r o u d , Sobre el sueño (1901), e n Obras
completas ( t r a d . de J . L. E t c h e v e r r y ) , B u e n o s Aires,
A m o r r o r t u , 1979, t . v, p . 654 ( l a s c u r s i v a s s o n d e F r e u d ) .
228 LACAN Y E L PSÍCOANÁLlStg*
t a r l o e n l a v i d a y e n e l d i s c u r s o c o t i d i a n o s . Des-
p u é s d e d e s c u b r i r q u e h a b í a q u e e s c u c h a r a l suefio
c o m o u n d i s c u r s o enseñó q u e había q u e escuchar
e l d i s c u r s o c o m o s i f u e s e u n sueño, p o r q u e e n el
e n u n c i a d o se r e v e l a , s i n s a b e r l o y s i n q u e r e r l o , el
s u j e t o d e l a e n u n c i a c i ó n , e l m i s m o q u e se e s f u m a
y se e s c o n d e t r a s u n m o n o s í l a b o : " y o " . H o m o l o g í a
del t r a b a j o d e l sueño y d e l t r a b a j o del discurro
presencia e n a m b o s de los procesos p r i m a r i o s ,
P o s i b i l i d a d de r e u n i r l o s e n u n a única expresión:
t r a b a j o d e l i n c o n s c i e n t e , d e ese i n c o n s c i e n t e " q u e
está e s t r u c t u r a d o c o m o u n lenguaje" y al que
d e b e prestarse oídos.
L a e x p e r i e n c i a así r e p e t i d a , u n a y m i l veces,
e n u n o y e n t o d o s l o s análisis, t e r m i n a desembo-
cando en ciertos nudos que el analista pretende
d e s a t a r y q u e c o n s t i t u y e n a l m i s m o t i e m p o los
l í m i t e s d e s u a c c i ó n . E l s u j e t o n o es e l r e s u l t a d o
de u n proceso n a t u r a l de evolución o de desarrollo
sino que h a llegado a la existencia en u n m u n d o
y a c a r g a d o de signos d e deseo y de deseos de
s i g n o s q u e él d e b e r í a v e n i r a e n c a m a r c o n s u exis-
t e n c i a y c o n s u c u e r p o q u e está des de u n p r i n c i -
p i o c o n s a g r a d o a esos deseos y a esos signos q u e
l e h a n p r e c e d i d o y l o h a n m a r c a d o . D o n d e está
m a r c a d o también ló que puede reconocer y lo que
d e b e d e s c o n o c e r d e s u e x i s t e n c i a , d o n d e está p r e -
f i j a d o e l l u g a r d e u n a r e p r e s i ó n q u e será p a r a él
c o n s t i t u y e n t e de uña e s c i n d i d a s u b j e t i v i d a d . Nú-
cleos de representaciones inconscientes vinculadas
a u n deseo i n f a n t i l i m p o s i b l e de a r t i c u l a r en u n
d i s c u r s o . N u d o s d e l E d i p o y d e l a c a s t r a c i ó n es-
t r u c t u r a n t e s de l a persona. M u n d o i n t e r i o r some-
t i d o a l a acción de l a represión p r o v e n i e n t e del yo
asociado a l m u n d o exterior y que busca hacerse
r e c o n o c e r burÍEuido e s a b a r r e r a d e l a r e p r e s i ó n
140 " L a e f i c a c i a d e l i n c o n s c i e n t e n o se d e t i e n e a l des-

p e r t a r . L a e x p e r i e n c i a psicoanalítica n o c o n s i s t e e n o t r a
cosa que e n establecer que el inconsciente no deja nin-
g u n a dé n u e s t r a s acciones f u e r a de s u c a m p o . " (Jacques
L a c a n , " L a i n s t a n c i a " d e l a l e t r a e n él i n c o n s c i e n t e " , e n
Écrits, p . 514 [Escritos 1, -p. 199].)
CAMBIO E>sl PSICOANÁLISIS 229
el sueño, e n el chiste, en el a c t o f a l l i d o , e n e l
^ i f r i m i e n t o neurótico y psicótico, en cada acto
-velador de la e s t r u c t u r a caracterial defensiva
p n t r a e l r e c o n o c i m i e n t o d e t a l d e s e o . Y é s t a es l a
l e r d a d q u e alcanza el psicoanálisis a l i n c o r p o r a r
éto r e p r i m i d o a u n d i s c u r s o a m p l i o y c o h e r e n t e :
j|ue l o r e p r i m i d o d e p e n d e de s u relación c o n e l
TR-dipo y l a c a s t r a c i ó n , c o n l o s d e s t i n o s d e l a se-
kualidad infantil.
^ s f c o m i e n z a el análisis: d e s a t a n d o a l a p a l a b r a
de t o d a s s u s a m a r r a s c o n v e n c i o n a l e s . E l d e m a n -
d a n t e , a u n q u e n o p u e d a , debe d e c i r Jo q u e se l e
o c u r r a . E n u n a p r i m e r a f a s e se v a c í a d e t o d o l o
q u e c r e e s a b e r s o b r e sí. H a b l a d e s d e s u y o o f i c i a l
y e s p e r a q u e e l p s i c o a n a l i s t a le c o n f i r m e y l e ga-
rantice las c e r t i d u m b r e s de s u existencia subjetiva.
G o m o e l p s i c o a n a l i s t a c a l l a o i n t e r r o g a allí d o n d e
n o se l e e s p e r a , e l s u j e t o se i n q u i e t a y e m p i e z a a
p e d i r , p e r o e s e p e d i r es h a c e r u n a p e t i c i ó n y a
f o r m u l a d a a n t e s a q u i e n e s se s u p o n í a q u e p o d í a n
s a t i s f a c e r l a d e m a n d a . L a p e t i c i ó n es u n a r e p e -
tición. Y c o m o t a m b i é n esa petición será d e j a d a
d e l a d o , s e r á i n t e r p r e t a d a c o m o transferencia de
u n a petición a n t e r i o r , el s u j e t o pasará a i n t e r r o -
garse sobre la e s t r u c t u r a m i s m a de s u discurso, de
sus sueños, de sus m o d o s p e r m a n e n t e s de relacio-
n a r s e c o n l o demás. E n este t r a b a j o irá d e s c u b r i e n -
do los significantes (de la demanda) en que su
deseo está p r e s o , irá r e i n t e g r a n d o l a h i s t o r i a d e s u
estructuración s u b j e t i v a , de sus alienaciones i m a -
ginarias, de l a constitución de s u y o c o m o r e s i d u o
de identificaciones c o n perdidos objetos de a m o r ,
irá d o l o r o s a m e n t e r e a l i z a n d o s u p r o p i a carencia y
renunciando a la idea de que h a y u n o t r o que
será capaz de r e l l e n a r sus h o y o s o de h a c e r l o s
o l v i d a r . H a s t a llegar a esa r o c a v i v a de l a castra-
ción, de l a q u e n i n g u n a identificación, y menos
que ninguna otra la que pretendiesen hacer con el
Y o o c o n el Superyo del analista, podrían rescatarlo.
E n esta m a r c h a del discurso desde lo i m a g i n a r i o
d e l p r o p i o Y o c o m o c e n t r o de l a v i d a psíquica
h a s t a e l n ú c l e o d e l i n c o n s c i e n t e allí d o n d e E l l o , l o
r e p r i m i d o , h a b l a , se v a t r o p e z a n d o c o n l a resis-
t e n c i a . Entendámoslo b i e n y desde l a definición
f r e u d i a n a : " T o d o l o q u e p e r t u r b a la prosecución
d e l t r a b a j o [ a n a l í t i c o ] es u n a r e s i s t e n c i a . " El
c o n c e p t o d e r e s i s t e n c i a es i n t e r i o r a l a l a b o r d e l
a n á l i s i s ; - n o es u n a o p o s i c i ó n a l a p e r s o n a d e l a n a -
l i s t a o a l a c u r a e n t a n t o q u e esas o p o s i c i o n e s
p e r m i t a n la prosecución del t r a b a j o . La resisten-
c i a , así, está e n e l d i s c u r s o , t i e n e / u n s o p o r t e m a -
t e r i a l y n o p u e d e s e r señalada e n o t r a p a r t e , e n
a l g u n a m a l a intención i m p u t a d a al paciente o
e n c i e r t a a b s t r a c t a " r e s i s t e n c i a ál c a m b i o " .
E n 1970, D a n i e l W i d l o c h e r , discípulo d e D a n i e l
L a g a c h e , p u b l i c ó u n l i b r o t i t u l a d o Freud et le pro-
bléme du changement [Freud y el p r o b l e m a del
cambio].^*^ C o m e p z ó desde el prólogo d i c i e n d o q u e
F r e u d , e n t o d a s u v i d a , n o se o c u p ó n u n c a d e l
c a m b i o , p o r q u e l o q u e le interesaba e r a la inves-
t i g a c i ó n y n o l a terapia. P e r o q u e c o m o i n v e s t i g a -
d o r n a d a e r a m á s i m p o r t a n t e p a r a él q u e l o q u e
obstaculizaba s u t r a b a j o de develamiento de la
v e r d a d , l a resistencia. I n m e d i a t a m e n t e después de
a s e n t a r esto W i d l o c h e r dice: ¿Resistencias? ¡Re-
sistencias a l c a m b i o ! Y a p a r t i r de esta ecuación
s o s t u v o q u e e n F r e u d p u e d e leerse t o d a u n a teoría
del c a m b i o a p a r t i r del estudio de las resistencias.
E l análisis m á s e l e m e n t a l h u b i e r a p o d i d o d e m o s -
t r a r a W i d l o c h e r q u e sólo podía h a b e r resistencia
al cambio en la medida en que fuera el cambio lo
p e r s e g u i d o p o r e l análisis, y p a r a eso habría d e b i d o
haber u n a conciencia previa del sentido y la mag-
n i t u d d e l c a m b i o b u s c a d o . E s inútil. Si F r e u d n o
h a b l ó <iel c a m b i o c o m o t a l és p o r q u e eso n o e r a
S i g m u n d F r e u d , La interpretación de tos sueños''^

e n Obras completas, v e r s i ó n A m o r r o r t u , t . v , p . 511 ( l o s
corchetes, pertenecen a J o h n Strachey, t r a d u c t o r y
a n o t a d o r de l a versión inglesa, y f u e r o n i n c o r p o r a d o s
a esta edición española).
D a n i e l W i d l o c h e r , Freud et le probléme du chan-
gernent, P a r í s , P U F , 1970.
EL CAMBIO EN PSICOANÁLISIS 231
l o q u e le i n t e r e s a b a sino l a v e r d a d , y las resisten-
cias n o r e s i s t e n s i n o a l a e m e r g e n c i a de l a v e r d a d
en el enunciado, e n la cadena discursiva. Claro que
e s t o n o es i n d i f e r e n t e p a r a e l s u j e t o q u e p r o f i e r e
el e n u n c i a d o , p a r a el s u j e t o de l a enunciación. Por-
que el sujeto, o t r o descubrimiento revolucionario
d e F i ^ e u d c o n c e p t u a l i z a d o c o m o t a l p o r L a c a n , es
el efecto de l a cadena discursiva. E l sujeto p e r
c u y a b o c a p a s a l a p a l a b r a es o t r o , n o es e l m i s m o
q u e e l q u e existía a n t e s d e l l e v a n t a m i e n t o dé l a re-
presión. L a p a l a b r a m u e v e , c o n m u e v e , comprome-
te. L a p a l a b r a , l a iñterpret'ación, l a construcción
analítica, l a reconstrucción d e l a h i s t o r i a , el pasaje
del significante r e p r i m i d o a la cadena discursiva
m o d i f i c a l a posición d e l sujeto pero en u n sentido
y d e u n m o d o q u e n o es q u e r i d o n i p r e v i s t o p o r
n a d i e . P o r q u e e l s u j e t o analizado y el s u j e t o ana-
lista n o son los agentes del c a m b i o sino los sopor-
t e s d e u n c a m b i o q u e se p r o d u c e e n e l l o s y m á s
allá d e ellos p o r e f e c t o d e l a c o r r e c t a aplicación d e l
m é t o d o psicoanalítico.
E l a g e n t e d e l c a m b i o n o es u n s u j e t o e q u i s s i t i o
l a v e r d a d , d e l a q u e e l s u j e t o e q u i s es e f e c t o . E s e
s u j e t o q u e se d e s c o n o c e c o m o t a l y se r e c o n o c e a
sí m i s m o c o m o e l a u t o r l i b r e y a u t ó n o m o d e s u
discurso. E s el m o m e n t o de r e c o r d a r q u e el psico-
análisis es u n a t e o r í a n o s u b j e t i v i s t a d e l a s u b j e t i -
v i d a d c o n s t r u i d a a p a r t i r de u n a práctica descen-
t r a d o r a del sujeto y de sus c e r t i d u m b r e s ima-
ginarias.
L a resistencia o b t u r a el c a m i n o de la verdad
h a c i a e l d i s c u r s o . F r e u d ñ o se e q u i v o c ó n u n c a a l
designar el lugar de procedencia de la resistencia.
D e s d e Los estudios sobre la histeria h a s t a Análisis
terminable e interminable l a f u e n t e es l a m i s m a y
se l a d e s i g n a c o n l a m i s m a p a l a b r a pese a l o s
cambios que la experiencia va imponiendo en la
teoría. Se t r a t a s i e m p r e d e l Y o . D e l y o q u e n o
puede integrar en su estructura, hecha de palabras
y o b e d i e n t e a l o s d i c t a d o s d e l i d e a l d e l y o , a esos
representantes pulsionales r e p r i m i d o s . E s l a orga-
n i z a c i ó n n a r c i s í s t i c a , l a r e p r e s e n t a c i ó n d e sí q u e e l
s u j e t o a s u m e c o m o s i e n d o él m i s m o e n e l e s p e j o ,
la q u e decide de la i n t e n s i d a d y de los sitios de la
r e p r e s i ó n . P a r a F r e u d e l Y o n o es e l m o t o r d e l
análisis n i m u c h o m e n o s . E n e l a p o g e o de su
p e n s a m i e n t o , e n 1933, l o c a l i f i c a c o m o " e s a ins-
tancia resistente, repelente y r e p r e s o r a " . q u e es
el núcleo del d e s c o n o c i m i e n t o y d e l r e c o n o c i m i e n t o
i m a g i n a r i o d e l s u j e t o . P o r eso r e s u l t a l l a m a t i v o v e r
q u e se p r o c l a m e n c o m o v e r d a d e s p s i c o a n a l í t i c a s l a s
propuestas de robustecer al Y ó para que pueda
c u m p l i r m e j o r c o n la función de r e p r e s e n t a r al
c o n j u n t o d e l a p a r a t o e n l a adaptación a las exi-
g e n c i a s d e l m u n d o e x t e r i o r . Y q u e se s o s t e n g a q u e
e l m o d o p a r a a l c a n z a r e s t e é x i t o es a t r a v é s d e l a
p r o g r e s i v a identificación d e l Y o d e l paciente c o n
e l Y o d e l a n a l i s t a a p a r t i r d e u n a a l i a n z a terapéu-
tica inicial f o r m u l a d a entre la parte sana del Y o
d e l p a c i e n t e c o n e l Y o d e l a n a l i s t a . Se t r a t a d e u n
c o n t r a s e n t i d o a b s o l u t o . H a y a l i a n z a , sí, e n e l co-
m i e n z o d e l análisis, p e r o e l p a c t o q u e sella esa
a l i a n z a es e l d e h a c e r t o d o l o p o s i b l e d e a m b a s
partes para dejar al Y o fuera de juego, para que
q u e d e n e u t r a l i z a d o c o m o e l o b s t á c u l o q u e es. Pre-
tender fortalecer al Y o e i d e n t i f i c a r l o c o n el del
a n a l i s t a n o es o t r a c o s a q u e p r o p u g n a r u n a r e a l i e -
nación d e l sujeto q u e debería r e m p l a z a r sus viejas
identificaciones y a fracasadas c o n esta nueva, adap-
t a d a y e x i t o s a , q u e se p o n e a l a l c a n c e d e s u m a n o .
Así debe entenderse el a f o r i s m o f r e u d i a n o " w o E s
war solí Ich werden" [ " D o n d e E l l o estaba deberá
Y o llegar a e s t a r " ] , D o n d e estaba l a voz sofo-
cada d e l deseo inconsciente, f u e n t e de l a energía
y de l a a c t i v i d a d d e l suj eto en s u b u s c a ciega y
s i e m p r e i n s u f i c i e n t e d e l o b j e t o d e s u d e s e o , de-
b e r á l l e g a r a e s t a r u n " y o " q u e se h a g a s u j e t o d e l
S i g m u n d F r e u d , Nuevas conferencias introducto-

rias al psicoanálisis, e n Obras completas, Rueños Aires,
S a n t i a g o R u e d a , t . x v i i , p . 55 [Standard Edition, t. x x i i ,
p . 57].
rias al psicoanálisis, c i t . , p . 74 [Standard Edition, cit.,
p . 80].
PL CAMBIO E N PSICOANÁLISIS 233
e n u n c i a d o d e l deseo y q u e , p o r esa vía, sea o t r o
en s u relación c o n e l m u n d o .
E l psicoanálisis, e n consecuencia, n o a s p i r a a lo-
g r a r c a m b i o s d e t e r m i n a d o s . E s m á s , en psicoaná-
lisis no existe el problema de la resistencia al
cambio sino el del cambio como resistencia. Así
lo sostiene F r e u d c u a n d o enuncia que " l a n o r m a
f u n d a m e n t a l d e n u e s t r a a c c i ó n " es q u e " l a c u r a
analítica h a d e d e s a r r o l l a r s e , d e n t r o de l o p o s i b l e ,
eri lá a b s t i n e n c i a " . Y l o j u s t i f i c a e n e l s i g u i e n t e
párrafo: "Recordaréis, que lo q u e hizo enfermar
a l s u j e t o f u e u n a privación y q u e sus síntomas
c o n s t i t u y e n , p a r a él u n a satisfacción sustitutiva.
D u r a n t e la c u r a podéis observar q u e t o d o alivio de
su estado patológico r e t a r d a la m a r c h a del resta-
blecimiento y disminuye la fuerza instintiva que
i m p u l s a h a c i a l a c u r a c i ó n . A h o r a b i e n , n o n o s es
posible, en m o d o alguno, r e n u n c i a r a esta fuerza
i n s t i n t i v a , y t o d a disminución de l a m i s m a signifi-
ca u n p e l i g r o p a r a n u e s t r o s propósitos terapéuti-
cos. ¿Cuál será e n t o n c e s l a c o n s e c u e n c i a obligada?
Que, p o r m u y c r u e l q u e parezca, hemos de c u i d a r
d e q u e l a d o l e n c i a d e l e n f e r m o n o a l c a n c e u n tér-
m i n o p r e m a t u r o . A l q u e d a r m i t i g a d a p o r l a des-
composición y l a desvalorización de los síntomas,
tenemos, pues, q u e i n s t i t u i r o t r a nueva, sensible
privación, pues si n o , corremos peligro de n o al-
canzar, y a nunca, más que alivios insignificantes
y pasajeros.
" E s t e p e l i g r o n o s amenaza, q u e y o sepa, p o r dos
lados. E n p r i m e r lugar, el enfermo se esfuerza
a f a n o s a m e n t e e n crearse nuevas satisfacciones sus-
titutivas exentas y a de carácter patológico, e n
l u g a r de sus síntomas. A p r o v e c h a l a e x t r a o r d i n a -
r i a facultad de desplazamiento de la l i b i d o parcial-
m e n t e l i b e r t a d a , p a r a cargar de l i b i d o las más
diversas actividades, preferencias y costumbres y
elevarlas a l a categoría de satisfacciones sustituti-
vas. E n c u e n t r a c o n s t a n t e m e n t e nuevas derivacio-
nes de este género q u e a c a p a r a n l a energía nece-
saria p a r a l a propulsión de la cura, y sabe m a n t e -
n e r l a s s e c r e t a s d u r a n t e a l g ú n t i e m p o [. . . ] "
234 LACAK Y E L PSJCOANÁLISIS
" L a actividad del médico h a de manifestarse en

todas estas situaciones c o m o u n a enérgica oposi-
ción a las satisfacciones s u s t i t u t i v a s p r e m a t u r a s . "
Y, además recuerda que, de p a r t e d e l médico, la
tentación de p r o d u c i r e i n t r o d u c i r c a m b i o s , el
furor sanandi, es t a n i n ú t i l c o m o c u a l q u i e r o t r o
fanatismo.^^^
A s í , e l c a m b i o e n p s i c o a n á l i s i s n o se d e f i n e p o r
la desaparición d e l síntoma o p o r l a modificación
de l a conducta. Se define p o r l a integración é r í l á
cadena discursiva de la exigencia pulsional mani-
festada a través d e sus r e p r e s e n t a n t e s psíquicos y
e l e s c l a r e c i m i e n t o d e l o s d e s t i n o s a q u e e s t á y es-
t u v o sometida. Desde l a represión a l a sublima-
ción, p a s a n d o p o r l a formación r e a c t i v a . Y todo
esto gobierna los avatares pulsionales corno deri-
vado de la introducción del sujeto en el m u n d o
humano, en el m u n d o del lenguaje, en el m u n d o
de l a prohibición y de la promesa, e n u n m u n -
d o q u e o r d e n a los canales y los diques d e l deseo
i n c o n s c i e n t e , e n u n m u n d o simbólico d o n d e l a rea-
l i d a d es t a l p o r q u e e s t á d e s d e s i e m p r e y p a r a
siempre categorizada p o r el lenguaje hunriano. P o r
eso se t r a t a p a r a e l p s i c o a n a l i s t a de r e s t i t u i r l a
h i s t o r i a y n o de h a c e r c u l m i n a r a l a pulsión e n
el término de u n a p r e t e n d i d a evolución natural.
P o r q u e e l psicoanálisis n o es, c o m o l o q u i e r e u n a
cierta concepción n a t u r a l i s t a , u n t r a t a m i e n t o p a r a
" r e a n i m a r el h a m b r e sexual e n los retardados de
l a g l á n d u l a " ( L a c a n ) . E n t é r m i n o s d e F r e u d , sé
t r a t a de q u e " e l r e p r e s e n t a n t e de l a pulsión p u e d a
encontrar s u lugar adecuado en u n c o n j u n t o consi-
derable, q u e d a n d o i n c l u i d o e n u n c o n t e x t o cohe-
rente".^*^ E s decir, e n l a h i s t o r i a . A c l a r e m o s : e n l a
S i g m u n d F r e u d Los caminos de la terapia psico-

analítica, e n Obras completas, Buenos Aires, Santiago
R u e d a , t . x i v , p p . 162-163.
S i g m u n d F r e u d , Observaciones sobre el amor de
transferencia, e n Obras completas, Buenos Aires, San-
t i a g o R u e d a , t . x i v , p . 158.
rias al psicoanálisis c i t . , p . 7 1 {Standard Edition, t. x x i i .
c a c i ó n , y n o e n l a crónica, m e r a acumulación de
l o s r e c u e r d o s , c a r e n t e e n sí d e s e n t i d o , c o m o l a
de los periódicos e n u n a hemeroteca. L a h i s t o r i a
quiere decir que lo real del acontecimiento, trau-
rñático o n o , h a s i d o v i v i d o p o r e l s u j e t o e n f u n -
ción de l a e s t r u c t u r a i m a g i n a r i a d e sus fantasías y
sus defensas. E s a organización i m a g i n a r i a deter-
m i n a t a n t o la represión d e l recuerdo c o m o el re-
t o r n o d e l o r e p r i m i d o b a j o lá f o r m a d e l s í n t o m a .
Y e l p s i c o a n á l i s i s es e s a a c c i ó n m e d i a n t e l a c u a l l a
palabra liberada del paciente u n i d a a las palabras
de las interpretaciones y las construcciones d e l
analista llega a escribir l a historia o r d e n a n d o lo
real del acontecimiento y lo i m a g i n a r i o de las fan-
tasías y defensas e n u n t e x t o y e n u n c o n t e x t o
amplio y coherente.
Que nos sirva la historia d e l h o m b r e de los lobos
c o m o ejemplificación: de l o real del a c o n t e c i m i e n t o
traumático, de la escena p r i m a r i a , a l a integración
d e esa e s c e n a e n l a fantasía, e l sueño d e l o s l o b o s .
D e allí a l a o r g a n i z a c i ó n d e ese i m a g i n a r i o i n a c e p -
table ( p o r lo q u e conlleva de castración) en u n a
neurosis obsesiva i n f a n t i l q u e c u m p l e l a función
de defenderle de representaciones intolei-ables. Lue-
go a u n a estructuración t o t a l de l a p e r s o n a y de
los c a m i n o s abiertos a s u búsqueda de o b j e t o c o n
u n p e r m a n e n t e r e t o m o de l o r e p r i m i d o . Para cul-
m i n a r e n u n psicoanálisis c o n F r e u d q u e recons-
truye la historia y coloca la palabra e n el p u n t o
j u s t o q u e m u e s t r a l a a r t i c u l a c i ó n d e lo real del
a c o n t e c i m i e n t o , n o sólo de la escena traumática,
sino también de las seducciones provenientes de
l a h e r m a n a y d e las c r i a d a s , d e las fantasías i n -
fantiles, de los cuentos de hadas e historias reli-
giosas, etcétera.
Conocemos el proceso. E l sujeto no recuerda y
n o sabe. P e r o e n s u d i s c u r s o d i r i g i d o a l a n a l i s t a ,
p. 76]; este párrafo, e n l a traducción de López Balles-
t e r o s , es i n c o m p r e n s i b l e .
EL CAMBIO EN PSICOANÁLISIS 237
e s t á s o m e t i d a a l a r e p r e s i ó n y n o p u e d e , p o r sí
sola, e n c o n t r a r el l u g a r q u e le c o r r e s p o n d e e n l a
c a d e n a d i s c u r s i v a . Y p o r e s t a r r e p r i m i d a es q u e
l a r e p r e s e n t a c i ó n c o s a se h a c e r e p r e s e n t a r e n l a
conciencia p o r u n derivado e m p a r e n t a d o c o n ella
(retomo de lo r e p r i m i d o ) e n t o r n o a l c u a l se
juegan nuevas operaciones defensivas. Se trata,
pues, de r e p l a n t e a r la posición del sujeto ante los
significantes de s u deseo. E s el único "cambio"
q u e se p r o p o n e e l p s i c o a n á l i s i s . " E s q u e a l t o c a r ,
p o r p o c o q u e s e a , lá r e l a c i ó n d e l h o m b r e c o n e l
s i g n i f i c a n t e [. . : ] se c a m b i a é l c u r s o d e s u h i s t o r i a
m o d i f i c a n d o las a m a r r a s de s u ser."
E n e l p r o c e s o d e l a c u r a a n a l í t i c a n o se h a c e l o
q u e se q u i e r e . L o s p s i c o a n a l i s t a s t r o p e z a r o n b i e n
p r o n t o c o n l o s l í m i t e s . A l g u n o s se d e s e s p e r a r o n y
q u i s i e r o n r o m p e r l o s . F u e e n ese m o m e n t o q u e Fe-
r e n c z i p r o p u s o l a técnica a c t i v a , q u e R a n k q u i s o
centrarse en u n t r a u m a único, el d e l n a c i m i e n t o ,
que R e i c h pretendió encarar el carácter c o m o re-
sistencia, que los psicoanalistas del yo empezaron
a c o n d u c i r a s u s p a c i e n t e s h a c i a l a happiness, que
los k l e i n i a n o s d e c i d i e r o n ser b u e n a g e n t e y a c e p t a r
el l u g a r benevolente del S u p e r y o a u x i l i a r q u i t a n d o
a los pobres pacientes l a pesada carga d e l severo
S u p e r y o q u e traían d e a n t e s . F u e e n ese m o m e n t o
c u a n d o F r e u d , y a ag<ínizante y p r e a n u n c i a n d o l o s
i n c o n v e n i e n t e s de todas estas i n n o v a c i o n e s y " s u -
p e r a c i o n e s " de s u método, lanzó u n p o s t r e r g o l p e
sobre l a mesa: las l i m i t a c i o n e s n o proceden, pare-
cía d e c i r l e s á sus c o n t i n u a d o r e s , d e v u e s t r a s ' i n s u -
ficiencias; lo q u e l i m i t a n u e s t r a acción, l a de todos
n o s o t r o s , e s a l g o i n t r í n s e c o a l o b j e t o m i s m o , es
algo i n s c r i t o en l a n a t u r a l e z a de la pulsión. Se
trata de la inaccesibilidad radical del objeto del
deseo, de la presencia c o n s t a n t e de l a m u e r t e e n
la acción d e l h o m b r e y de la r o c a v i v a p l a n t e a d a
para todo h o m b r e y toda m u j e r p o r l a inacepta-
b i l i d a d de la castración. L a tradición h a b l a desde
i^í* J a c q u e s L a c a n , " L a i n s t a n c i a d e l a l e t r a e n el
i n c o n s c i e n t e " , én-^cr/rs, p . 527 [Escritos 7 , p . 211].
entonces, desde "Análisis t e r m i n a b l e e i n t e r m i n a -

b l e " (1937), d e l " p e s i m i s m o " f r e u d i a n o . E l artículo
de F r e u d acaba ofreciendo el consuelo de pensar
q u e " b e m o s o f r e c i d o a l a n a l i z a n d o t o d o s l o s es-
tímulos posibles p a r a e x a m i n a r y p a r a m o d i f i c a r
su a c t i t u d " f r e n t e a este obstáculo insuperable
o p u e s t o p o r l a c a s t r a c i ó n . Y c r e e m o s q u e de eso
se t r a t a a n t e e s t a c u e s t i ó n d e l c a m b i o . D e l a d i f i -
c u l t a d p a r a a c e p t a r l a castración. P e r o n o splo de l a
castración d e l paciente. También de la del t e r a p e u t a
(nótese q u e v u e l v o a h a b l a r de t e r a p e u t a y pa-
c i e n t e ) . E l furor sanarídi es h u m a n o , c o m o t o d o s
los e r r o r e s , según b i e n sabemos. S i a l g u i e n v i e n e
con u n a demanda, y nosotros somos los profesio-
n i s t a s p a g a d o s p a r a a t e n d e r l a , b u e n o sería q u e n o s
o c u p e m o s e n s a t i s f a c e r l a . D o l o r o s o sería r e c o n o c e r
q u e e s t a m o s i n e r m e s . D e c e p c i o n a n t e sería p a r a e l
q u e v i e n e a p e d i r . Y s i n e m b a r g o n o h a y o t r o ca-
m i n o . P o r eso el p s i c o a n a l i s t a n o ofrece n u n c a l a
c u r a c i ó n y sí p o n e t o d a s u d i s p o s i c i ó n p a r a a y u d a r
a l p a c i e n t e a e n c o n t r a r l o r e p r i m i d o , eso q u e n i n -
g u n o d e l o s d o s c o n o c e . S i n o se h a c o m p r e n d i d o
e s t o e n l a t e o r í a y q u e e s t a t e o r í a es a l a v e z
el e f e c t o de u n a práctica d e l a q u e e l análisis d e l
p r o p i o a n a l i s t a t e s t i m o n i a , n o se p u e d e e j e r c e r e l
psicoanálisis. S i sigue a c t u a n d o c o n fantasías d e
o m n i p o t e n c i a s o b r e e l d e s e o , l a m u e r t e . . y l a cas-
tración, el a n a l i s t a seguirá q u e r i e n d o c a m b i a r a l
p a c i e n t e y q u e r i e n d o q u e el p a c i e n t e sea e l testigo
y l a o b r a c i r c u l a n t e de s u potencia. Buscará t r a n -
quilizar su inseguridad en la comprobación de los
c a m b i o s q u e él, g r a n t a u m a t u r g o , é m u l o d e C h a r -
cot, q u e nó de F r e u d , h a conseguido.
H e d i c h o q u e h a y u n a razón teórica y e s t r u c t u r a l
p a r a q u e d e b a m o s reconocer los límites de nues-
t r a acción y r e f r e n a r nuestras a m b i c i o n e s . E s t a razón
es l a n a t u r a l e z a m i s m a d e l a p u l s i ó n q u e , a p e s a r d e
su n o m b r e , q u e sugiere l a idea de i m p u l s o , de
e m p u j e , es t o d o l o c o n t r a r i o d e u n a g u i j ó n q u e h a c e
^"''^ S i g m u n d F r e u d , " A n á l i s i s t e r m i n a b l e e i n t e r m i n a -
b l e " , e n Obnas completas, Buenos Aires, Santiago Rue-
d a , t . x x i , ^. 3 5 1 .
EL CAMBIO E N PSICOANÁLISIS 239
m a r c h a r hacia adelante, hacia el cambio entendido
c o m o progreso. O t r a vez F r e u d : " L a s pulsiones or-
gánicas n o s d a n n e c e s a r i a m e n t e l a impresión falaz
de fuerzas q u e t i e n d e n hacia el c a m b i o y hacia el
p r o g r e s p , s i e n d o q u e n o se p r o p o n e n más g u e a l -
canzar u n antiguo f i n p o r caminos tanto antiguos
c o m o nuevos. Así, las p u l s i o n e s b u s c a n el r e t o m o
h a c i a l o i n a n i m a d o [ - . .] E s t o s r o d e o s e n e l c a -
m i n o que conduce a la muerte, fielmente mante-
n i d o p o r las p u l s i o n e s c o n s e r v a d o r a s , serían aque-
l l o q u e h o y se n o s a p a r e c e c o r n o f e n ó m e n o s v i t a -
les." Y p a r a a c a b a r c o n e s t a s c i t a s d e Más allá
dal principio ' del placer h a y q u e r e c o r d a r q u e es
e l p r o p i o F r e u d q u i e n d e s t a c a : " U n a pulsión sería
una tendencia propia del organismo viviente hacia
el r e s t a b l e c i m i e n t o de u n estado a n t e r i o r q u e este
ser viviente debió a b a n d o n a r b a j o l a i n f l u e n c i a per-
t u r b a d o r a d e f u e r z a s e x t e r i o r e s [. • -] s e r í a , s i s e
quiere, la manifestación de l a inercia en la v i d a
orgánica."
Y é s t e es e l p r i n c i p i o ' d e l p l a c e r , l a b ú s q u e d a
de u n e q u i l i b r i o a n t e r i o r , jamás la promoción de
u n a n u e v a situación. E s esa búsqueda l a q u e guía
a l s u j e t o , es j u s t a m e n t e l a i n s a c i a b i l i d a d d e l a p u l -
sión, l a i m p o s i b i l i d a d d e q u e e l l a e n c u e n t r e s u o b -
j e t o , e l ca r á ct er m í t i c o d e este o b j e t o , l o q u e de-
t e r m i n a el desplazamiento constante de los iDbjetos
d e l deseo, l a constitución de las c u l t u r a s h u m a n a s ,
la organización social. E s f r e n t e a esta exigencia
pulsional restauradora de equilibrios anteriores y
g u i a d a p o r e l p r i n c i p i o d e p l a c e r - d i s p l a c e r q u e se
c o n t r a p o n e n las exigencias p r o c e d e n t e s de l a rea-
l i d a d exterior, las exigencias del c a m b i o adaptativo.
T r o p e z a m o s aquí c o n el o t r o e x t r e m o de l a pul-
sión. P o r u n a p a r t e h a b í a m o s v i s t o s u n a t u r a l e z a
intrínseca, conservadora, con una insatisfacción
q u e sería i n m a n e n t e a s u e x i s t e n c i a , c h o c a n d o s i e m -
p r e c o n los escollos d e l deseo irrealizable, de l a
S i g m u n d F r e u d , Más allá del principio del placer,
e n Obras completas, Buenos Aires, Santiago Rueda,
t . I I , p p . 250-251 [Standard Edition, t . x v i i i , p . 38],
Ibid,, p . 249 [Standard Edition, p . 36],
240 LACANT Y E L PSICOANÁLISIS
m u e r t e i n e v i t a b l e y de l a castración inaceptable.
A h o r a vemos e n l a o t r a p u n t a a la h i s t o r i a y el
d e s a r r o l l o de las sociedades h u m a n a s , la o m n i p r e -
s e n c i a d e l a s e s t r u c t u r a s d e p o d e r , l a d i v i s i ó n so-
c i a l e n clases c o n l a c o n s i g u i e n t e opresión de u n a s
a otras, la insuficiencia en el saber p o r el siempre
i n a c a b a d o d e s a r r o l l o de las ciencias y p o r la pre-
sencia i n f i l t r a n t e y p e r v a s i v a de las ideologías, el
e n c u a d r a m i e n t o de los deseos h u m a n o s e n u n a
r e d de relaciones jerárquicas y de c o m p r o m i s o s
que, también desde esta p u n t a , l o c o n d e n a n a la
insatisfacción. E l e m e n t o s t o d o s q u e , p o r s u c u e n t a ,
e s t á n e x i g i e n d o q u e se c a m b i e , q u e se c a m b i e s i e m -
p r e , q u e se a d a p t e l a organización p u l s i o n a l a las
nuevas condiciones generadas e n última instancia,
lo sabemos, p o r las relaciones sociales de p r o d u c -
ción, s i e m p r e c a m b i a n t e s , a u n q u e m á s n o sea
p a r a q u e t o d o q u e d e c o m o está.
E n t r e estas d o s p u n t a s l i m i t a n t e s d e l a pulsión,
su n a t u r a l e z a intrínseca y sus límites exteriores
h i s t ó r i c o - s o c i a l e s , se u b i c a e l s u j e t o h u m a n o , d o -
b l e m e n t e j u g a d o p o r estos factores extrafios a s u
d o m i n i o y a s u c o n o c i m i e n t o . S u s e r es e l e f e c t o
q u e q u e d a e n t r e las pinzas de esa doble e s t r u c t u r a .
E s t á h e c h o p o r e l l e n g u a j e q u e se h a p o s e s i o n a d o
de s u c u e r p o y d e s u organización p u l s i o n a l ponién-
dolos a l servicio de la cultura. N o s consta, p o r
haberlo vivido p r i m e r o en carne propia, lo que
estas tesis t i e n e n de c h o c a n t e p a r a las ideologías
de l a autonomía, d e l a l i b e r t a d y de l a p e r m a n e n t e
evolución subjetiva. L o sentimos m u c h o . N o nos
es p o s i b l e e d u l c o r a r n u e s t r o d i s c q r s o . ¡ S o n t a n t a s
las r e s t r i c c i o n e s q u e d e b e m o s reconocer! Ellas n o s
q u i t a n l a ilusión d e l " c a m b i o " , d e l ser nuevos, m e -
j o r e s y d i f e r e n t e s c a d a día. N o s gustaría p r o p o -
n e r u n a solución s a l v a d o r a . U n a utopía d e l h o m b r e
n u e v o o d e l a vida e x t r a t e r r e n a o de l a e x u b e r a n t e
proliferación d e l deseo. Y n o p o d e m o s . Pero nos
r e s i s t i m o s a a p a g a r l a l u z y a d e c i r c o m o e n ese
p u n t o s u b l i m e de l a poesía m e x i c a n a :
f E L CAMBIO EM PSICOANÁLISIS 241
"Desdé m i s ojos insomnes

m i m u e r t e m e está a c e c h a n d o ,
m e a c e c h a , sí, m e e n a m o r a
c o n s u o j o lánguido.
¡Anda, p u t i l l a del r u b o r helado,
a n d a , v a m o n o s a l d i a b l o ! " ^"'^
Seguimos siendo psicoanalistas. Seguimos cre-

y e n d o q u e p o n e r a l Y o , a l y o d e l d i s c u r s o , allí
d o n d e E l l o e s t a b a , d e s c o n o c i d o ; es u n a e m p r e s a
c o n sentido. Seguimos buscando en u n a historia
q u e d e b e e s c r i b i r s e c a d a día, c o n v e n c i d o s d e q u e
l a v e r d a d , t o d a l a verdad,i'^* n a d a más q u e la ver-
d a d , c u r a de v e r d a d . Q u e sólo l a v e r d a d c a m b i a
de v e r d a d . C r e e m o s e n el p o d e r de la p a l a b r a q u e
nos ha hecho hombres.
José G o r o s t i z a , Muerte sin fin, e n Poesía, México,

F C E , 1977.
A u n s a b i e n d o q u e l a v e r d a d sólo a m e d i a s p u e d e
decirse. (Lacan, " M i - d i r e " [Decir a medias], en Lust
n ú m . O, p p . 5-13.)

Braunstein Psiquiatria Teoria Del Sujeto y Psicoanalisis 171 241

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7.

ALCUNAS INCIDENCIAS DEL

E l arte d e l psicoanalista debe ser el de

A QUIÉN M E DIRIJO Y PARA QUÉ

Partiré de dos suposiciones q u e , m e consta, s o n

FREUD, LA INSTITUCIÓN Y LACAN

Toda la obra del " p r i m e r L a c a n " puede leerse

M a u d M a n n o n i , Le psychiatre, son "fou" et la psy-

vive, e l l o sólo será a l p r e c i o d e n o i n t e g r a r s e a l

.^"^ Ibid., p . 221 [ p . 208],

LA DEGRADACIÓN D E LA TÉCNICA PSICOANALÍTICA

®2 M i c h a e l B a l i n t , Amour primaire et technique psy-

ficación y el t i e m p o de l a evocación. Y ambos

determinará también sus elecciones amorosas y

LA META D E L ANÁLISIS: LA RESTITUCIÓN DE LA

v i s t a , e l adaptativo, suponiendo que todo proceso

ellos remitían a l a castración y a l c o n s i g u i e n t e

ciones analíticas, h e c h a s c o n l o s l a d r i l l o s d e l o re-

unas palabras que el " y o " n o puede hacer propias.

o r d e n d e l a significación. Y e s t o será h a c e r l a ver-

^ el saber analítico, e n u n a p a r a n o i a c o n conte-

EL ANALISTA, SOPORTE DE LA FUNCIÓN ANALÍTICA

"Si se forma a los analistas, es para que haya

t o d o s m o d o s , e l Y o quedará allí c o m o límite de la

Jacques Lacan, Le moi dans la théorie. . . cit.,

^2t?" P o r eso l a a c t i v i d a d d e l a n a l i s t a n o con-

c u a n d o sobrevengan el a m o r y el odio inevitables

Jacques L a c a n , " L a dirección de l a c u r a . . . " , en

esencial p o r q u e u b i c a de e n t r a d a t o d o paso del

ALLÍ, E N E L D I S C U R S O , ESTARÁ LA RESISTENCIA

L a resistencia t a l c o m o aparece desde u n p r i n c i p i o

i n t e r l o c u t o r , este n a d i e q u e el m u d o pasa a ser

sitora del paciente p a r a q u e el paciente pueda

proyecciones ("Yo, e n s u l u g a r , sentiría esto y

. A b r i r s e en la escucha a los efectos del discurso

DEL SABER DEL ANALISTA

puesto, i m a g i n a r i o . P e r o q u e a r r a i g a e n que este

u n a traducción simultánea desde el lenguaje del

A FERNANDO MARTÍN ESPINOZA

en el saber, de m o d o que el analizando pueda

140 " L a e f i c a c i a d e l i n c o n s c i e n t e n o se d e t i e n e a l des-

S i g m u n d F r e u d , La interpretación de tos sueños''^

S i g m u n d F r e u d , Nuevas conferencias introducto-

" L a actividad del médico h a de manifestarse en

S i g m u n d F r e u d Los caminos de la terapia psico-

entonces, desde "Análisis t e r m i n a b l e e i n t e r m i n a -

"Desdé m i s ojos insomnes

Seguimos siendo psicoanalistas. Seguimos cre-

José G o r o s t i z a , Muerte sin fin, e n Poesía, México,

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