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Ainda antes mesmo do nascimento de Cristo o petróleo já era conhecido e possuía relevância
principalmente no médio oriente, devido aos afloramentos de petróleo sobre a forma de
betume frequentes que existiam nesta região.
Aliás, existem, no antigo Antigo Testamento, diversas referências à sua utilização, entre elas,
como dito em algumas passagens bíblicas, como óleo para revestir tanto a arca de Noé quanto
a cesta de Moisés.
Obviamente, nesta altura, o petróleo não era utilizado da forma como nós conhecemos. Bem
pelo contrário, esta matéria era utilizada sobretudo na área da construção civil auxiliando na
edificação de casas, estradas e muralhas.
Para além disso, o petróleo também era utilizado como medicamento já que lhe eram
atribuídas propriedades antibacterianas e, portanto, era utilizado no tratamento de bronquite
e reumatismo, entre outras doenças.
No entanto, a indústria do petróleo tal como a conhecemos hoje em dia apenas se iniciou em
meados do século XIX, nos Estados Unidos, mais precisamente no estado da Pensilvânia.
Nesta região, a principal fonte de iluminação era a queima de gordura animal, principalmente
das baleias. No entanto, com a pesca excessiva deste animal e consequentemente a sua
diminuição, o preço de sua gordura aumentou, o que levou as pessoas a procurarem outra
substância para substituí-la no abastecimento energético.
E foi George Bissell, conhecido por muitos como o criador da indústria petrolífera, que por
conhecer as propriedades inflamáveis do petróleo, sugeriu esta matéria como uma fonte
alternativa, fundando a primeira empresa de petróleo a Pennsylvania Rock Oil Company em
1854.
Os anos que se seguiram foram anos marcados por grandes avanços tecnológicos como a
substituição do cavalo pelos oleodutos de madeira no transporte, o desenvolvimento de novos
métodos de perfuração de solo e melhorias nas práticas de refino, que permitiram a descida
do preço médio do petróleo e o acesso da população a este recurso.
A primeira crise do petróleo ocorreu no ano de 1973 devido a um conflito militar entre os
estados árabes liderados pelo Egito e pela Síria contra Israel.
Neste conflito, os EUA apoiaram Israel com o envio de armas. Porém, em represália a
atitude ocidental, os países membros da OPEP resolveram diminuir suas exportações em 5%
ocasionando um aumento de quase 400% do preço do barril de petróleo.
Para os países exportadores, esse aumento no preço ocasionou um aumento de receita sem
precedentes. Por outro lado, para os países importadores, a elevação abrupta do preço do
petróleo, além de os levarem a grandes déficits na balança comercial,
O SEGUNDO CHOQUE – 1979
A segunda crise do petróleo teve início em 1979 quando o Irã passou pela Revolução
Fundamentalista.
Na época o Irão era o segundo maior produtor de petróleo no mundo. No entanto, a grande
maioria das receitas provenientes do petróleo apenas beneficiavam os sheiks, o que deixava a
população insatisfeita devido à grande inflação e à precariedade das cidades, o que levou à tal
revolução fundamentalista com a queda da monarquia e, consequentemente a diminuição da
produção de petróleo em mais de 5 milhões de barris por dia.
Todos sabemos que a guerra na Ucrânia trouxe sanções económicas à Rússia e fez o preço do
petróleo disparar.
Ninguém sabe, porém, o custo total para a economia nacional e para o mundo das
consequências desta guerra.
Preço do petróleo
A volatilidade crescente torna cada vez mais sensível a análise de projeções de preços do
petróleo e olhando para o gráfico, que é considerado por muitos uma 22autêntica montanha
russa, conseguimos ver precisamente isso.
Para alem disso, o valor mais baixo registado no século XXI ocorreu em 2008 devido à grande
crise económica que assolou o mundo.
Neste gráfico ainda não está presente a guerra na Ucrânia nem a Pandemia que obviamente
também impactaram o preço do petróleo.