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Recursos Humanos, da USTM Turma 3L5LGRH – 2022A– Docente Mestre Benedito Mussácula –
bemussacula@gmail.com – 84 34 54 823/86 58 53 568
Aula : 1/2
1. Apresentação do docente e discentes Vice-versa
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Apostila de Filosofia Social para uso exclusivo dos Estudantes de Licenciatura em Gestão de
Recursos Humanos, da USTM Turma 3L5LGRH – 2022A– Docente Mestre Benedito Mussácula –
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Aula : 3/4
Idade Antiga
Esta investigação deve tender a pôr o homem, cada homem individual, a claro
consigo mesmo, a levá-lo ao reconhecimento dos seus limites e torná-lo justo, isto
é, solidário com os outros. Por isso, Sócrates adoptou a famosa expressão ˝conhece-
te a ti mesmo˝ e fez de filosofar um exame incessante de si próprio e dos outros: de
si próprio em relação aos outros, dos outros em relação a si próprio.
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Portanto, para ser virtuoso, não é necessário que o homem renuncie ao prazer. A
virtude não é a negação da vida humana, mas a vida humana perfeita; engloba o
prazer e é acima de tudo o prazer máximo. A diferença entre o homem virtuoso e o
homem que o não é, está em que o primeiro sabe avaliar os prazeres e escolher o
maior e o segundo não sabe fazer essa avaliação e entrega-se ao prazer do momento.
Mas, na verdade, o que se pode censurar à Sócrates, quando pretende entrever nele a
tentativa de distinções entre a ctividades ou faculdades humanas que Platão e
Aristóteles introduziram na Filosofia.
Para Sócrates, o homem é ainda uma unidade indivisa. O seu saber não é apenas a
actividade do seu intelecto ou da sua razão, mas um modo de ser e de se
comportar total, o empenhamento numa investigação que não reconhece limites ou
pressupostos fora de si, mas encontra em si a sua disciplina. Segundo Sócrates, a
virtude é ciência, primeiro que tudo porque não se pode ser virtuoso
conformando-se simplesmente com as opiniões correntes e com as regras de vida
já conhecidas. É ciência porque é investigação, investigação autónoma dos valores
em que a vida se deve fundar.
praticar o mal, crê-se praticar algo que leve à felicidade, e, normalmente, esse juízo é
falseado por impressões e aparências puramente externas ( HODOT, 1998: 46-47).
Para saber julgar acerca do bem e do mal, é necessário conhecimento, este sim
verdadeira sabedoria e discernimento. O conhece-te a ti mesmo é esse mandamento
que inscreve como necessária a gnose interior para a construção de uma ética sólida.
Em segundo lugar, a felicidade, a busca de toda a ética, para Sócrates, pouco tem a
ver com a posse de bens materiais ou com o conforto e a boa situação entre os
homens; tem ela a ver com a semelhança com o que é valorizado pelos deuses, pois
parecem estes ser os mais beatos dos seres. O cultivo da verdadeira virtude,
consistente no controle efectivo das paixões e na condução das forças humanas
para a realização do saber, é o que conduz o homem à felicidade ( PLATÃO,
Fédon, trad., 1999, p. 131).
Depois de vários problemas políticos que ocorriam no seu tempo inclusive a morte
de Sócrates, Platão deu-se conta de que a melhoria da cidade somente poderia ser
levada a cabo pela Filosofia .
" vi que o género humano não mais seria libertado do mal se antes fossem
ligados ao poder os verdadeiros filósofos, ou os governantes do Estado não fossem
tornados, por divina sorte, verdadeiramente filósofos" (carta VII, 325 C).
multidão dos que agora se ocupam exclusivamente de uma ou da outra não for
rigorosamente impedida de o fazer, é impossível que cessam os males da cidade e
até os do género humano" (Rep., V., 473).
Segundo Platão o fim e o fundamento de uma tal comunidade é justiça. E, com efeito,
a República dirige-se explicitamente para a determinação da natureza da justiça.
À opinião sofística que queria reduzi-la ao direito do mais forte, opõe-se Platão
que nem um bando de salteadores ou de ladrões poderia realizar alguma coisa se os
seus componentes violassem as normas da justiça uns em prejuízo dos outros.
Este deve ser constituído por três classes: a dos governantes, a dos guardiões ou
gurreiros e a dos cidadãos que exercem qualquer outra actividade ( agricultores,
artesãos, comerciantes e.tc).
A sabedoria pertence a 1ª Classe- basta que os governantes sejam sábios para que
todo o Estado seja sábio.
A justiça compreende estas três virtudes: realiza-se ela quando cada cidadão se
dedica à tarefa que lhe é própria e tem o que lhe pertence.
Com efeito, num Estado as tarefas são muitas e todas necessárias à vida da
comunidade: cada qual deve escolher aquela a que se adapta e dedicar-se-lhe. Só
assim cada homem será uno e não já multiplo; e o póprio Estado será uno.
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A justiça garante a unidade e, com ela, a força do Estado. Mas garante igualmente
a unidade e a eficência do indivíduo.
1ª A parte racional, que é aquela pela qual a alma raciocina e domina os impulsos;
3ª Irascível que é o auxiliar do princípio racional e se enfurece e luta por aquilo que
a razão considera justo.
Também no homem individual a justiça terá lugar quando cada parte da alma
exercer somente a função que lhe é própria.
Segundo Platão, as duas classes superiores dos governantes e dos guerreiros não devem
possuir o que quer que seja nem ter qualquer retribuição, além dos meios para viver.
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A segunda condição é abolição da vida familiar, abolição que deriva da participação das
mulheres na vida do Estado com base na mais perfeita igualdade com os homens, pondo
como única condição a sua capacidade.
As uniões entre homens e mulheres são estabelecidos pelo Estado com vista à procriação
de filhos sãos. Os filhos são criados e educados pelo Estado, que de todos faz uma única
e grande família.
Estas duas condições tornam possível um Estado segundo a justiça, sempre que, é claro,
se verificar esta outra: que o governo seja entregue aos filósofos.
Segundo Platão, a vida do homem não pode ser uma vida fundada no prazer. Uma vida
assim, que acabaria por excluir a consciência do prazer, é do animal, não do homem. Por
outro lado, não pode ser tão - pouco uma vida de pura inteleigência, que seria divina, e
não humana. Deve ser, pois, uma vida mista de prazer e de inteligência. O importante
é determinar a justa proporção em que o prazer e a inteligência devem entremisturar-
se para constituir a forma perfeita do bem. O problema de bem torna-se aqui um
problema de medida, de proporção de conveniência. ( ABBGNANO, 1999: 127).
- Foi o primeiro a propor uma organização social de tipo comunista, assente num
modelo político não democrático, totalitário, e caracterizado nomeadamente pela
abolição do casamento e da família, e pela entrega da formação e educação dos
jovens ao monópolio exclusiva do Estado, não obstante se tratar de “... um
comnunismo da elite e para o bem do Estado , ou seja um comunismo elitista e
aristocrático”. (BASTOS, 1999: 43).