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 PARTE I

1. Da Liberdade de Imprensa ao Direito à Informação


2. Principais Conceitos
 Parte II
1. Base constitucional e do Direito Internacional;
2. Princípios-chaves da LDI.
 PARTE III: Exercício do direito à Informação:
Modalidades e Procedimentos.
 PARTE IV: Restrições e Limites
 PARTE V: Garantias de Acesso à Informação e
Impugnação de Indeferimento
 PARTE VI: Resumo Final e Desafios à frente.

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BASE HISTÓRICO-DOUTRINÁRIA

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LIBERDADE DE IMPRENSA: ʺDIREITO DE RESISTÊNCIAʺ

DIREITO À INFORMAÇÃO : ʺDIREITO DE EXIGÊNCIAʺ

JJ CANOTILHO; VITAL MOREIRA; F. CONDESSO.

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Informação designa:
 conhecimento, estatística, relatórios;
 várias formas e modos de expressão que são
registados ou codificados, incluindo livros, fitas
magnéticas, videogramas e digitação electrónica;
 todos os registos mantidos por um organismo
público ou privado definido na presente Lei,
independentemente da forma como ela é
arquivada em documentos, fita, gravação
electrónica e outras formas legalmente
permitidas, da sua fonte pública ou privada, e a
data da sua publicação".

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1. Conjunto de regras jurídicas regulando o
acesso e a disseminação de informação de
interesse público, na posse de entidades
públicas e privadas exercendo actividades
de interesse público.

1. Conjunto de garantias institucionais


visando garantir o exercício do direito nas
condições e dentro dos prazos prescritos
pela lei.

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TRÊS NÍVEIS :
1. Direito de informar: liberdade de transmitir
informações a outrem, sem impedimentos.
Ou direito a meios para informar.

1. Direito de se informar: liberdade de


recolha de informação, de procura de
fontes de informação, isto é, direito de não
ser impedido de se informar,
salvaguardadas as restrições
expressamente consagradas na lei.
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3. Direito de ser informado: direito a ser
mantido adequadamente e verdadeiramente
informado, pelos meios de comunicação social,
pelas entidades públicas ou entidades privadas
revestidas de poder público, por lei ou por
contrato.

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1. Diminuir assimetria de conhecimento entre o
Estado e o Cidadão;

2. Propiciar ao cidadão condições para a sua


participação no debate democrático sobre a
vida da Nação;

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 Órgãos e instituições do Estado, integrantes da sua
Administração directa e indirecta, e respectiva
representação no estrangeiro;

 Autarquias locais, e

 Entidades privadas que, ao abrigo da lei ou de


contrato, realizem actividades de interesse geral ou
na sua actividade beneficiem de recursos públicos e
tenham em seu poder informação de interesse
público.

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1. Conceito jurídico de Direito à informação;

1. Entidades vinculadas pela LEDI

1. O objecto da LDI.

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1. FONTES INTERNA E INTERNACIONAL
DA LEDI

2. PRINCIPIOS-CHAVE

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 A LDI regula o exercício de dois Direitos
Fundamentais: direito à participação política dos
cidadãos, o qual implica outro direito
fundamental: acesso à informação de interesse
público:

a) Direito à Informação: nº1 do art.48 da


CRM:

 "Todos os cidadãos têm direito à liberdade de


expressão, à liberdade de imprensa, bem como o
direito à informação"

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b) Direito de participação Politica: (Arts.73°
da CRM:

O povo moçambicano exerce o poder


político através do sufrágio universal,
directo, igual, secreto e periódico para a
escolha dos seus representantes, por
referendo sobre as grandes questões
nacionais e pela permanente participação
democrática dos cidadãos na vida da
Nação.

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1. A LDI corresponde a normas internacionais de Direitos Humanos:

Art.19, DUDH:

 “Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o


que implica o direito de não ser incomodado pelas suas opiniões, o de
procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteira,
informações e ideias por qualquer meio de expressão”.

Art.19 do PI dos Direitos Civis e Políticos:

 "Toda pessoa terá direito à liberdade de expressão; esse direito incluirá


a liberdade de procurar, receber e difundir informações e ideias de
qualquer natureza, independentemente de considerações de fronteiras,
verbalmente ou por escrito, em forma impressa ou artística, ou
qualquer outro meio de sua escolha".

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1. Transparência dos actos das entidades
públicas;
2. Obrigatoriedade de Publicar
3. Administração Pública Aberta
4. Participação Politica dos cidadãos
5. Proibição de excepções ilimitadas

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As entidades públicas e privadas investidas de
poder público, por lei ou por contrato, exercem
as respectivas actividades no interesse da
sociedade, devendo por isso, as mesmas, serem
do conhecimento dos cidadãos (art.7.

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1. Organização e funcionamento dos serviços
e conteúdos de decisões passiveis de
interferir na espera dos direitos e
liberdades dos cidadãos;
2. Planos de actividades e orçamentos anuais,
bem comos os respectivos relatórios de
execução;
3. Relatórios de auditoria, inquéritos,
inspecções e sindicância às suas
actividades

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4. Relatórios de avaliação ambiental;
5. Actas de adjudicação de quaisquer concursos
públicos;
6. Contractos celebrados, incluindo as receitas e as
despesas neles envolvidos.

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A permanente participação democrática do
cidadão na vida pública pressupõe o acesso à
informação de interesse público, de modo a
formular e manifestar o seu juízo de opinião
sobre a gestão da coisa pública e assim
influenciar os processos decisórios das
entidades públicas e das entidades privadas
que exercem o poder público (art.8)

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A Administração Pública aberta baseia-se na
liberdade de acesso aos documentos e
arquivos públicos, sem necessidade de o
requerente demonstrar possuir interesse
legítimo e directo no seu acesso, bem como a
finalidade a que se destina a informação,
salvo as restrições previstas na presente Lei e
demais legislação.

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Obrigatoriedade de fundamentação legal da
não divulgação ou de recusa de
disponibilização de informação

Art.56º, n.º 3, CRM:

“A lei só pode limitar os direitos, liberdades e


garantias nos casos expressamente previstos
na Constituição" .

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1. A LDI responde a normas internacionais de
Direitos Humanos e regula o exercício de
direitos fundamentais dos cidadãos,
nomeadamente o direito de participação
politica, o qual implica o direito de acesso
à informação oficial.

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1. A LDI assenta nos seguintes cinco
princípios fundamentais:

 Transparência das entidades públicas;


 Máxima divulgação de informação de
interesse público;
 Participação politica dos cidadãos;
 Administração pública aberta
 Proibição de excepções ilimitadas.

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EXERCÍCIO DO DIREITO À INFORMAÇÃO:

MODALIDADES E PROCEDIMENTOS

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1. Solicitar, procurar, consultar ou divulgar informação de
interesse público na posse das entidades vinculadas pela Lei
(cf.. Art.13°)
2. Significa, na prática:

a) Não ser impedido de se informar;


b) Ter acesso a documentos arquivados numa instituição
pública; pedir, eventualmente, fotocópia dos mesmos,
mediante condições técnicas e financeiras razoáveis;
c) Não ser impedido de divulgar qualquer informação de
interesse público, o que pode implicar acesso a meios
públicos de informação.

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1. O pedido de informação é dirigido ao dirigente ou servidor
responsável pela gestão de documentos, informação e
arquivos (art.15°)

2. O requerente deve identificar-se devidamente e dizer qual o


tipo de informação que solicita. O requerente não necessita
de provar que tem interesse directo no assunto nem explicar
para que quer a informação requerida.

1. Na maior parte dos casos, o pedido deverá ser feito por


escrito. Contudo, o mesmo pode também ser feito
oralmente, devendo o agente receptor reduzi-lo a escrito,
num duplicado: uma cópia deve ficar com o requerente.

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4. Pessoas portadoras de deficiência devem ser
apoiadas pelo agente receptor do pedido, de modo a
concretizarem o seu pedido.

5. A disponibilização de informação é gratuita,


excepto nos casos de reprodução, de declaração
autenticada ou de passagem de certidão. Nestas
casos, o requerente deverá pagar a taxa fixada pela
lei.

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1. Para que a informação solicitada possa ter o efeito
prático para que foi solicitada, ela deve ser
disponibilizada de modo célere, isto é, tão
imediatamente quanto possível.

2. As autoridades administrativas competentes devem


facultar a consulta de documentos ou processos e
passar as certidões solicitadas no prazo máximo de
vinte e um dias, a contar da data de entrada do
pedido.

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1. Oralmente, por escrito ou linguagem
gestual;
2. Reprodução de documentos;
3. Declaração autenticada, passada pelos
serviços
4. Consulta gratuita de processo, efectuada
nos respectivos serviços;
5. Passagem de certidões.

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A recusa de prestação de informação,
consulta ou passagem de documentos, deve
ser fundamentada, nos termos da presente lei
(art.31°).

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1. O Cidadão pode exercer o seu DI, solicitando
informação ou esclarecimentos; procurando e
consultando documentos oficiais;
2. Não sabendo escrever, o requerente faz o seu
pedido na sua Língua, devendo o agente que o
atende reduzir o pedido a escrito, em duas
copias, passando uma deles ao requerente.
3. O pedido pode ser respondido oralmente, por
escrito ou por gestos;

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4. A transmissão da informação é gratuita, excepto
nos casos especificados na lei;
5. Os pedidos de informação ser tratados de forma
célere; com o prazo MÁXIMO de 21 dias.
6. A recusa de prestação de informação deve ser
fundamentada na base da presente lei.

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RESTRIÇÕES E LIMITES

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1. Os direitos fundamentais não são direitos
absolutos; o seu exercício está sujeito a
limites impostos pelo respeito a outros
direitos constitucionais e constantes das
leis (cfr. Art.42).
2. O exercício dos direitos e liberdades (de
expressão e de informação) é regulado por
lei com base nos imperativos do respeito
pela Constituição e pela dignidade da
pessoa humana (cfr. Art.48, nº6).

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1. Respeito pela dignidade da pessoa humana:
Direitos de Personalidade:
 Direito à honra, reserva da vida privada, da
intimidade privada, do bom nome e
reputação, e da imagem pública;
 Resultados de violação destes direitos: crimes de
difamação, injuria e calunia, com reacções de natureza
penal e cível : penas de prisão e indeminização por
danos e perdas.

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2. Segurança interna e externa do Estado

a) Segurança Nacional
b) Segredo de Estado
c) Segredo de Justiça;
d) Protecção de negócios delicados que o
Estado realize com entidades estrangeiras
e) Sigilo sobre exercícios bancários dos
cidadãos.

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Para os efeitos da presente lei, Segredo de
Estado designa os dados, informações,
materiais e documentos, independentemente da
sua forma, natureza e meios de transmissão,
aos quais tenha sido atribuído um grau de
classificação de segurança e que requeiram
protecção contra divulgação não autorizada,
cujo conhecimento por pessoas não autorizadas
é susceptível de por em risco ou causar danos à
independência nacional, à unidade, à integridade do
Estado, e à segurança interna e externa (art.21°).

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A qualificação da informação como Segredo de
Estado é feita por lei e a sua classificação, em concreto,
compete ao funcionário que a produz, em consonância
com o estabelecido no classificador de informação.

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ʺ (A Constituição ) impõe limites aos
limites (ao exercício de direitos
fundamentais) ʺ. Cfr. Costa Andrade, 1986:45

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1. ʺA lei só pode limitar os direitos, liberdades e
garantias nos casos expressamente previstos na
Constituição" (cfr. n.º 3 do art.56º).

1. Por outras palavras: qualquer restrição de


direitos, liberdades e garantias deve ter um
fundamento constitucional, a partir da
necessidade de salvaguarda de outros direitos
ou interesses constitucionalmente protegidos.

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4. Este princípio implica o seguinte:

a) Qualquer barreira ou limitação ao acesso a informação de


interesse público deve ter fundamento na lei;

b) Tal lei deve identificar o direito ou interesse


constitucional concreto que ela pretende proteger;

c) Os limites estabelecidos em tal lei devem ser claros e


taxativos; isto é, a lei não os pode indicar de forma
ambígua, susceptível de originar dúvidas na sua
interpretação, ou através de exemplos: a lei deve
determinar tais limites ou restrições de forma explícita e
fechada (princípio do numerus clausus, como oposto a
numerus apertus) .

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 Garantias de acesso à informação (art.33°)
 Impugnação administrativa (art.34°)
 Impugnação Judicial (art.36°)

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1. O indeferimento do pedido de acesso à
informação pode ser impugnado graciosamente, por
via jurisdicional, ou pelo exercício do direito de
petição, nos termos da lei.
2. A impugnação judicial é feita nos tribunais
administrativos.

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1. A decisão de indeferimento pode ser:
a) Reclamada para o mesmo dirigente que a
tomou, no prazo de cinco dias, a contar da
data de notificação da mesma;

a) Impugnada, por recurso hierárquico, no


prazo de noventa dias, a contar da data da
notificação do indeferimento;

a) O recurso hierárquico deve ser decidido no


prazo de quinze dias.

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A impugnação judicial das decisões de indeferimento
de pedidos de acesso à informação, consulta de
processos e passagem de certidões , é regulada pelo
regime do processo administrativo contencioso e faz-
se mediante:
a) Recurso contencioso de anulação;
b) Intimação para informação, consulta de processos
e passagem de certidões;
c) Intimação de órgão administrativo, particular e
concessionário para prestar informação.

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1. A LDI é um instrumento estratégico de promoção dos
direitos dos cidadãos a tomar parte activa na governação do
País, na medida que ela ordena a administração pública a
funcionar de forma transparente e aberta, colocando a
informação na sua posse ao dispor dos cidadãos, seguindo
processos simples, céleres e de forma gratuita.

1. O Cidadão, ao requer acesso a qualquer informação oficial,


não carece nem de provar que tem interesse legitimo sobre
o assunto, nem de fundamentar para que é ele quer essa
informação.

1. A recusa de prestação da informação requerida deve ser


fundamentada, com base na própria LDI.

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4. O indeferimento de um pedido de acesso à
informação pode ser impugnado, a três
níveis:
a) Graciosamente;
b) Administrativamente e
c) Judicialmente

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1. Prontidão politica, técnica, financeira e humana
das entidades públicas e privadas vinculadas
pela Lei;
2. Mudança de atitude na Administração Pública,
tomando a máxima revelação como regra, e o
segredo como excepção;
3. Pleno conhecimento da Lei pelos cidadãos.

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Muito obrigado pela atenção dispensada.

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