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CACHAÇA:
a influência da bebida na marinada
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
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Graduanda do Curso de Tecnologia em Gastronomia do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora –
CES/JF. Endereço: Rua Evaristo de Sá Alves, Morro da Gloria, Juiz de Fora. Celular: (32)98889-6966.
Telefone fixo: (32) 3215-7842 e e-mail pessoal: amanda.soldati4@gmail.com
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Coorientador.
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Orientador.
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2.1 CACHAÇA
alcoóis superiores, de 150 para acidez volátil em ácido acético, de 200 para ésteres em
acetato de etila, de 30 para aldeídos em aldeído acético e de 5 para furfural (MASHINA;
GOMES; MORAIS, 2015).
O metanol e o cobre, ésteres que são numericamente o maior grupo de compostos
de sabor em bebidas destiladas, oriundos da fermentação, da destilação e do
envelhecimento, devem também estar limitados a 200 mg/100 mL de álcool anidro e 5
mg/L, respectivamente, para a percepção do aroma das bebidas, pois conferem aromas
característicos, possuindo papel fundamental nas notas frutais do aroma (MASHINA;
GOMES; MORAIS, 2015).
Esses ésteres são formados por reações enzimáticas da levedura durante a
fermentação e destilados junto com o etanol e sua formação depende do tipo e
quantidade de levedura, a temperatura de fermentação, a aeração, a agitação e a
qualidade do mosto (MASHINA; GOMES; MORAIS, 2015).
Os alcoóis possuem ação solvente sobre outras substâncias aromáticas,
interferindo no grau de volatilidade, o que, além de conferir corpo à bebida, esterificam
durante o envelhecimento, formando ésteres aromaticamente mais agradáveis
(MASHINA; GOMES; MORAIS, 2015).
Em suma, para a produção da cachaça é necessária a produção do caldo de cana,
puro e concentrado, que deve ser fermentado com água potável em dornas de aço de
carbono ou inoxidável, resultando na substância chamada de vinho volante, que será
destilado, armazenado, envelhecido e, por fim, envasado (SORATTO et al., 2007).
A cachaça a ser utilizada no prato apresentado é a tradição mineira de barril de
castanheira, que, de acordo com o Guia da Cachaça, é produzida desde 1982 em Juiz de
Fora em Minas Gerais, de 40% de graduação alcoólica, utilizando o fermento pé-de-cuba,
produzida em alambique e armazenada em castanheira por três anos.
Bispo (2011) aduz que a cachaça artesanal de alambique mantém suas
características artesanais, sendo toda a produção feita em unidades agroindustriais e
alambiques de cobre, o que garante ao destilado características nobres, como o aroma e
sabor mais suaves, embora a qualidade da cachaça possa ser influenciada por diversos
fatores, como matéria-prima, fermentação, destilação e envelhecimento.
da água (100 ºC), não há garantia de que o álcool seja completamente eliminado da
comida após o preparo.
O estudo americano preparou receitas com o uso de bebida alcoólica, alternando
os métodos de preparo, desde o tradicional flambado até assados e comidas que
precisavam passar a noite sob refrigeração (BURROS, 1990)
Assim, os pesquisadores descobriram que os alimentos conservam entre quatro a
oitenta e cinco por cento do álcool presente na bebida alcoólica utilizada em seu preparo,
a depender da temperatura e do tamanho do recipiente do preparo, que quanto menor,
maior a capacidade de reter a bebida (BURROS, 1990).
Burros (1990) ressalta que a diminuição da porcentagem de álcool presente no
alimento não é consequente do tempo de cozimento do prato, mas das reações químicas,
pois o álcool se liga com a água, formando uma única substância, que não pode ser
separada por um processo de destilação, por exemplo.
Esse estudo também foi utilizado na pesquisa de Austin et al. (1992), que
ressaltam que a não ser que toda a água tenha sido evaporada do prato, ele sempre
manterá um pouco de álcool.
Descrevem Austin et al. (1992) que a quantidade retida de álcool quando esta
substância é adicionada num líquido fervente e removido do calor é a de maior retenção,
com 85% de permanência; seguido do álcool inflamado (flambar) com 75%; e sem calor,
guardado por uma noite, com 70%.
Quanto ao assamento, descrevem os autores diversas variações de tempo e de
preparo, como assar por 25 minutos, em que o álcool é adicionado sem homogeneização
da mistura tem 45% de permanência e o assado-cozido em fogo baixo (simmering) e com
o álcool bem misturado, o tempo de cozimento de 15 minutos retém 40%; 30 minutos,
35%; uma hora, 25%; uma hora e meia, 20%; duas horas, 10%; duas horas e meia, 5%
(AUSTIN et al., 1992).
2.1 MARINADA
4 MATERIAL E MÉTODOS
QUANTIDAD
INGREDIENTE UNIDADE OBSERVAÇÕES
E
Copa Lombo 300 g
Cachaça 200 ml
Sal 2 g
Chimichurri 2 g
Semente de Mostarda 10 u
Pimenta do Reino 2 g
Chá de Hibisco 100 ml Concentrado
Mel 100 ml
Laranja 1 u Suco
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MODO DE PREPARO:
1.
Fonte: O autor.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O primeiro teste com o prato de Copa Lombo com Molho de Hibisco utilizou um
pedaço de 300 gramas da carne em marinada na cachaça e outro pedaço de 150 gramas
na marinada seca para comparação entre os métodos, utilizando a técnica de imersão.
Para a marinada na cachaça foram utilizados 2 g de sal, 2 g de chimichurri, 10
unidades de semente de mostarda e 1 g de pimenta do reino. O tipo cachaça utilizada foi
a tradição mineira de barril de castanheira, em 100 ml.
A marinada seca utilizou os mesmos ingredientes, diferenciando-se apenas quanto
à quantidade de semente de mostarda, em que foram usadas apenas 5 unidades, e a
ausência da bebida alcoólica.
Em ambas as preparações foram 12 horas ao todo para que as peças sem a
marinada fossem assadas envoltas por papel alumínio, em fogo baixo (180º), durante três
horas.
A carne preparada com a cachaça ficou mais macia, suculenta e saborosa, porém
um pouco seca, o que indica que, para o próximo teste, deve ser assada com a marinada
e o chimichurri será trocado por sálvia.
Para o molho foram utilizados 100 ml de mel, 100 ml de chá concentrado de
hibisco, suco de 1 laranja e 100 ml de cachaça.
Os ingredientes foram misturados em fogo baixo, resultando em uma boa
consistência, cor agradável e harmonizou com a carne, entretanto, para o segundo teste
será testada a mistura de geleia de hibisco com cachaça para o realce do sabor.
8
CONCLUSÃO
ABSTRACT
Key-words:.
REFERÊNCIAS
BURROS, Marian. Eating well. The New York Times, 23 de maio de 1990. Disponível
em: < http://www.nytimes.com/1990/05/23/garden/eating-well.html?pagewanted=print>.
Acesso em: 15 set. 2017.
FÉLEX, Suênia Samara dos Santos. Elaboração e qualidade de marinado ovino tipo
bracciola submetido a diferentes métodos de cocção. 2015. 75 f. Dissertação
(Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos)- Universidade Federal da Paraíba,
João Pessoa, 2015. Disponível em: < http://tede.biblioteca.ufpb.br/handle/tede/9448>.
Acesso em: 15 set. 2017.
<http://www3.sp.senac.br/hotsites/blogs/revistacontextos/wp-content/uploads/2016/03/
Edicao_completa.pdf>. Acesso em: 15 set. 2017