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DISCIPLINA: PORTUGUÊS
introdução.....................................................................................................................................5
1.1...............................................................................................CARACTERISTICAS GERAIS
......................................................................................................................................................6
1.2.0 Nominalização Deverbal.....................................................................................................6
1.2 Nominalizações deverbais: estrutura argumental e papéis temáticos....................................6
1.3 Estrutura argumental e papéis temáticos................................................................................7
1.4 Nominalizações deverbais em Português: algumas reflexões iniciais...................................7
2.0 Como são construídas as formas derivadas no português......................................................9
2.1 Nome denomina com o sufixo-aria........................................................................................9
2.2 Nomes e adjectivos denominam em-ista..............................................................................10
2.3 Nomes denomina em-eirBase..............................................................................................10
2.4 Bases radical ou palavra de língua bantu.............................................................................10
3. Conclusão...............................................................................................................................11
4. REFERENCIAS.....................................................................................................................12
Introdução
Os argumentos de um predicador podem ter diversas interpretações, que podem ser descritas por
papéis temáticos: podendo ser de Agente, que designa uma entidade humana que controla uma
dada situação; Fonte, entidade que está na origem da 11 situação; Experienciador, entidade que é
a sede psicológica ou física de uma propriedade ou relação; Locativo, localização espacial da
entidade; Alvo, entidade para a qual algo foi transferido; e Tema, entidade que muda de lugar,
posse ou estado; este pode ainda ser atribuído a uma entidade não controladora nem
experienciadora
Os estudos sobre formação de palavras em português indicam que a base sobre a qual se podem
formar palavras pode ser um morfema, Qualquer uma das opções tem consequências, que do
ponto de vista teórico, colocam problemas à explicação das formas derivacionais. Não cabe no
âmbito deste trabalho discutir essas implicações. No entanto, note-se que estas abordagens têm
em comum o facto de, independentemente da categoria da base, a estrutura derivada resultar da
aplicação de Regras de Formação de Palavras sobre essa base.
O modelo de construção de palavras proposto por BOOIJ (2010) apresenta uma alternativa que,
dando conta de como se processa a construção de derivados, permite explicar os processos
mentais subjacentes. Na perspectiva deste autor, certos processos mentais operam-se na mente do
falante na produção de novos produtos derivados, nos quais não intervêm regras. Para Booij
(2010), o conceito de construção deve ser entendido como uma relação entre um 'esquema' e uma
unidade lexical, que permite descrever e explicar o processo de formação de novas unidades
lexicais. O autor explica que, no processo de aquisição de uma língua, o falante começa por fazer
a representação de casos concretos de usos da língua e, gradualmente, faz generalizações a partir
de formas linguísticas com propriedades idênticas, formando assim um sistema abstracto
subjacente a esses constructos linguísticos. O conhecimento lexical de cada falante é
determinante no processo de construção das subgeneralizações. Esta análise baseia-se no
pressuposto de que as gramáticas das línguas naturais têm uma subgramática morfológica
relativamente independente de outros módulos da gramática, e assume também que as palavras
complexas, ou seja, o output de operações morfológicas pode ser listado no léxico. Existe uma
relação paradigmática entre pares de palavras como, por exemplo, recolher/recolhedor,
afiar/afiador, que pode ser projectada na estrutura interna morfológica da palavra.
Os produtos derivacionais com o sufixo - aria podem ter várias interpretações: Conjunto
relacionado com semântica da base a. bufaria buf-aria 'conjunto de bufos’ (polícia secreta)
vizinharia vizinh-aria 'conjunto de vizinhos' cunhadaria cunhad-aria 'conjunto de cunhados'
sograria sogr-aria 'conjunto de sogros' Os nomes apresentados em têm muitas vezes uma
conotação pejorativa e nesses casos não se referem a "conjunto de", mas ao indivíduo. Por
exemplo, pode-se usar o nome sograria para se referir à sogra ou bufaria para se referir a apenas
um bufo.
Base: radicais de palavras atestadas no PM, siglas e nomes próprios frelimista frelim-ista
'afiliado/adepto do partido Frelimo' renamista renam-ista 'afiliado/adepto do partido Renamo'
machelista machel-ista 'adepto do presidente Machel' chissanista chissan-ista 'adepto do
presidente Chissano' guebuzista guebuz-ista 'adepto do presidente Guebuza'
Radical da língua portuguesa Os construtos desta classe de palavras têm como base nomes, e
dividem-se em subclasses semanticamente identificáveis com o traço. Com o traço [+hum] e
interpretação agentiva foram identificadas as seguintes formas: chapeiro chap-eiro 'aquele que
conduz chapa' taxeiro tax-eiro 'aquele que conduz táxi' b. banqueiro banqu-eiro 'aquele que
financia actividades de amantes; aquele que não participa no jogo, embora convocado (suplente)'
boateiro boat-eiro 'aquele que propaga ou cria boatos' barraqueiro barraqu- eiro 'aquele que
frequenta barracas' linguareiro linguar-eiro 'aquele que fala muito ou propaga boatos.
VILLALVA, Alina (2003) – “Formação de palavras: afixação”. In: Mateus, Maria Helena et alii
(2003), Gramática da Língua Portuguesa. 5ª edição, revista e aumentada. Lisboa, Editorial
Caminho, pp. 941-967
PICALLO, Carme (1999) – “La estructura del sintagma nominal: las nominalizaciones y otros
sustantivos con complementos argumentales”. In: Bosque, Ignacio & Demonte, Violeta (Org.)
(1999), Gramática descriptiva de la lengua española. Tomo 1 Sintaxis básica de las clases de
palabras. Madrid, Espasa/Calpe, pp .363-393.