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2019
Curso de Adjunto de Comando
Direção:
Cel Heron Salomão Cardoso Angelim
Instrutor:
S Ten Luciano Rech
Divulgação e Distribuição:
Curso de Adjunto de Comando
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Nota de Aula
Gestão na Organização Militar. Nota de Aula
- Cruz Alta: EASA, 2019.
33 p. (Curso de Adjunto de Comando)
1. Exército. 2. Gestão na Organização Militar (OM)
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ÍNDICE
1. Introdução.............................................................................................................. 5
2. A Arquitetura da Gestão Organizacional................................................................. 6
2.1. Sistema de Gestão na OM.................................................................................... 7
2.2. Composição do Sistema de Excelência na Organização Militar..............................7
2.3. Visão Integrada das Ferramentas de Gestão.......................................................... 9
2.4. Visão geral do Modelo de Excelência na Gestão Pública para o Exército Brasileiro
MEGP....................................................................................................................... 10
3. Planejamento Estratégico Organizacional.............................................................. 11
3.1. Metodologia para Elaboração do Plano Estratégico Organizacional - PEO...........12
3.2. Órgão de Direção Geral do Exército....................................................................10
3.3. Órgãos de Assistência Direta e Imediata ao Comandante do Exército..................11
4. Plano de Gestão.....................................................................................................13
5. Gestão de Processos...............................................................................................14
5.1. O Ciclo PDCA....................................................................................................15
5.2. Modelagem de Processos.....................................................................................16
5.2.1. Cadeia de Valor Agregado............................................................................... 18
5.2.2. Organograma...................................................................................................18
5.2.3. Fluxo dos Processos.........................................................................................18
5.2.4. Nível de Modelagem........................................................................................19
6. Projetos.................................................................................................................20
6.1. Ciclo de Vida dos Projetos..................................................................................21
6.2. Grupos de Processos de Gerenciamento de Projetos............................................22
6.3. Partes Interessadas..............................................................................................23
7. Sistema de Medição de Desempenho Organizacional - SMDO................................26
7.1. Indicadores de Desempenho................................................................................26
8. Método de Análise e Solução de Problemas - MASP..............................................28
9. Considerações finais..............................................................................................32
10. Referências..........................................................................................................33
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UD I - Gestão na OM 2
ASSUNTO 1.1. Sistema de Gestão na OM
OBJETIVO DA APRENDIZAGEM
Ser capaz de integrar a aplicação das principais ferramentas
metodológicas do Sistema de Gestão do Exército a partir da distinção
das características de cada uma delas.
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1. Introdução
A partir dessa definição pode-se considerar que uma organização como o Exército Brasileiro
consiste em um sistema, formado por seus diversos órgãos e subdivisões, pessoas, máquinas,
etc., interdependentes, que forma um todo unitário, com um determinado objetivo,
representado por sua Visão de Futuro, e executa uma função que é determinada por sua
Missão Institucional.
O grande desafio atual, do Estado e das Organizações, está relacionado com a rapidez e a
intensidade das mudanças impulsionadas pelas frequentes inovações tecnológicas, fluxo de
informações e transformações sociais. Diante disso, faz-se necessário, cada vez mais, a busca
de novos métodos, técnicas e ferramentas que permitam que as organizações continuem sendo
reconhecidas, relevantes e desempenhando seu papel junto a sociedade onde estão inseridas.
Nesse sentido, em 2010, o Exército Brasileiro reafirmou a importância da Gestão como um dos
Vetores Estratégicos do Processo de Transformação, institucionalizando o Sistema de
Excelência do Exército Brasileiro (SE-EB) em todos os níveis.
O Comando, além de realizar o diagnóstico estratégico para verificar como está sua OM,
deve também, de acordo com os objetivos organizacionais, visualizar as suas estratégias
com foco na visão de futuro, para cumprir a sua missão com excelência. O processo de
PEO inicia com a preparação da OM para a adoção de uma cultura organizacional que
lhe permitirá manter a continuidade da gestão, independente das mudanças funcionais
decorrentes da profissão militar.
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4. Plano de Gestão
5. Gestão de Processos
O que é um processo?
Ou ainda:
- conjunto de recursos e atividades inter-relacionadas que transforma insumos (entradas)
em produtos (saídas); e
- conjunto de recursos e atividades inter-relacionadas que recebe insumos, transforma-os
de acordo com uma lógica preestabelecida e com agregação de valor, em produtos/
serviços para responderem às necessidades dos clientes.
A gestão de processos, numa concepção simplificada, é uma forma de gerenciar as
atividades de rotina. Em uma organização militar, tem o objetivo de promover melhorias e
otimizar os processos envolvidos na geração de resultados, por meio da identificação, da
padronização, da institucionalização e do controle dos processos de trabalho. Para tanto, a
OM deve ter um claro entendimento de alguns aspectos importantes para a gestão dos seus
processos.
Nesse sentido, para o alcance da Visão de Futuro e para o cumprimento de sua Missão
Institucional, estabelecidas no Mapa Estratégico do Exército e no Plano Estratégico do
Exército, a organização estabelece as estratégias, que são concretizadas por meio de
projetos e por meio de processos, os quais se viabilizam por meio das operações diárias
(tarefas e atividades).
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A modelagem é o desenho dos fluxos dos processos que podem ser feitos em diferentes
notações e ferramentas. A notação aqui utilizada é a Business Process Model and Notation
(BPMN) e o modelo adotado pelo Exército está baseado na metodologia de Gerenciamento
de Processos de Negócio do Corpo Comum de Conhecimento (BPM – CBOK), que contém
um conjunto de práticas em gerenciamento de processos e constitui a base do conhecimento
em gerenciamento de processos reconhecida mundialmente. Tem como finalidade entender
o funcionamento interno da organização – de ponta a ponta – e para isso, foram utilizados os
seguintes artefatos: cadeia de valor agregado, organograma e fluxos dos processos.
Cadeia de Valor Agregado é a reunião de atividades executadas por toda a instituição (ou
área específica) para projetar, produzir, entregar e sustentar seus produtos e/ou serviços
refletindo sua história, sua estratégia e a forma como é implementada. Proporciona uma
visão macro da interligação e/ou encadeamento dos macroprocessos e processos
subjacentes seguindo a sequência de execução.
O modelo da Cadeia de Valor Agregado adotado para o Exército Brasileiro agrupa os
macroprocessos e processos subjacentes nas seguintes categorias:
1. Macroprocessos Gerenciais – correspondem aos macroprocessos e processos que zelam
pela estratégia e pela gestão da organização. Têm como finalidade fornecer as diretrizes
organizacionais, promover a estruturação, avaliação e melhoria do funcionamento da
instituição e de seus processos.
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2. Macroprocessos Finalísticos – correspondem aos macroprocessos e processos que são a
razão da existência da organização. Estão correlacionados à missão e à visão, e agregam
valor diretamente aos cidadãos/usuários.
3. Macroprocessos da Gestão Interna – correspondem aos macroprocessos e processos
responsáveis por prover as condições operacionais necessárias à execução dos processos
finalísticos e estratégicos. Orientam o seu olhar para o ambiente interno da organização
fornecendo os subsídios para a execução de todos os demais processos.
A gestão de processos é dinâmica e, por isso, entende-se que no decorrer dos trabalhos de
mapeamento dos processos a Cadeia de Valor Agregado poderá sofrer alterações para
representar de forma mais fiel à realidade da organização.
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5.2.2 Organograma
6. Projetos
Projeto é um plano para a realização de algo. É um esforço temporário e tem objetivo pré-
estabelecido, definido e claro. Tem início, meio e fim definidos, duração e recursos
limitados e uma sequência de atividades relacionadas. Não se confunde com os processos
que são procedimentos normais, contínuos e repetitivos na organização.
Assim sendo, pode-se dizer que projeto nasce de uma necessidade, que pode ser
operacional ou administrativa. Pode, também, ser fruto de um planejamento estratégico
(Sistema de Planejamento do Exército—SIPLEx, no caso dos altos escalões, ou de um
plano de gestão da OM) e conduzir à conquista de um objetivo organizacional, provocando
uma mudança, inovação ou transformação (neste último caso, gerando uma nova
capacidade). Pode, ainda, tornar um processo mais eficiente, reduzir riscos, ser
determinado ou solicitado por uma outra autoridade ou mesmo ser parte de outro projeto
(subprojeto).
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Quando o projeto é dividido por fases, estas deverão ser precedidas de um Estudo de
Viabilidade e um plano específico, e terminar com uma ou mais entregas, o que vai facilitar
o planejamento, gerenciamento e controle. Apesar de poder ter fases parecidas, o ciclo de
vida de um projeto dificilmente será igual a outro.
Uma das responsabilidades de um gerente é a gestão das expectativas das partes interessadas. Isso
pode ser difícil, pois elas, em geral, têm objetivos muito diferentes ou conflitantes. O gerente terá
que buscar balancear esses interesses e garantir que a equipe do projeto interaja com os
interessados de uma maneira profissional e cooperativa.
No Exército Brasileiro, além do gerente e do supervisor, os principais interessados são os
seguintes:
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Autoridade Patrocinadora (AP): é o comandante, chefe ou diretor da organização mais
interessada no projeto. É quem controla e aloca os principais recursos humanos, materiais e
financeiros para o projeto, ainda que parte possa advir de outras organizações ou escalões. É
quem defende o projeto dentro e fora da organização, buscando apoio e complementando os
meios necessários. Exerce a liderança estratégica de todo o processo, motivando as pessoas.
Determina o estudo de viabilidade, expede a diretriz de implantação e aprova o escopo e o plano
do projeto. A AP também pode se envolver em outras questões importantes, como a autorização
de mudanças no escopo, análises de final de fase e decisões de continuação/cancelamento do
projeto quando os riscos são particularmente altos ou já não seja compensador.
Autoridade Solicitante (AS): Autoridade, não pertencente à organização, que solicita uma
determinada entrega à mesma. Pode ser um produto específico ou subproduto de um projeto
próprio (ou um projeto de um PEE). Neste caso, além do estreito contato entre os dois gerentes,
exigirá também a comunicação entre a AS e a AP, que poderá estar regulada em contratos. A AS
apresenta seus requisitos à AP e, normalmente, atribui recursos, que são descentralizados em
contrapartida às entregas, seguindo o cronograma contratado. Quando a AS está na cadeia de
comando da AP, a gestão de interessados fica simplificada. Na literatura existente sobre projetos,
a definição de AS confunde-se com a de “cliente”.
Usuários: são pessoas e/ou organizações que vão usar as entregas do projeto e, em consequência,
vão atribuir-lhes um valor. A equipe de projeto deverá entender as necessidades e desejos dos
usuários, pois sua satisfação será a base para percepção e atribuição do valor aos produtos e
serviços. Poderão ser internos à organização (elementos subordinados), de fora dela, mas no
âmbito do EB ou do MD, uma agência ou o Governo como um todo ou mesmo pertencer à
sociedade civil,. O comandante de uma unidade onde será implantado o projeto-piloto, por
exemplo, é um interessado importante e que deverá ser engajado ao máximo em todas as fases do
projeto.
Gerentes de programa e/ou portfólio: quando houver, a relação do gerente do projeto com a AP
poderá ser feita por meio desses gerentes, que serão as pessoas que atribuirão as prioridades na
distribuição dos recursos, além de oferecer apoio e orientação ao projeto. Aqueles gerentes
também poderão fazer, em nome da AP, o monitoramento e acompanhamento do projeto.
Gerentes funcionais: são os responsáveis por áreas funcionais da organização e vão variar, de
acordo com o escalão da AP, em chefes de seção de estado-maior, ou auxiliares, até chefes de um
ODS. Responsáveis pelas rotinas específicas da organização, poderão fornecer desde consultoria
especializada, membros da equipe do projeto, até serem responsáveis por pacotes de trabalho
dentro da estrutura analítica do projeto (EAP).
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Empresas: fornecem produtos e serviços que podem ser parte ou o todo das entregas do projeto.
Normalmente, o relacionamento com as empresas será regulado por contratos, baseados em
editais e termos de referência que, por sua vez, originar-se-ão dos requisitos das entregas. A
relação com as empresas é a ciência e a arte de transformar os benefícios desejados pela AP,
gerenciadas as expectativas das demais partes interessadas, em requisitos, e estes em termos de
referência (ou outro documento, dependendo da situação) e contratos. Quanto maior e mais
complexo o projeto, menos se poderá contar com recursos próprios e mais se dependerá de
empresas de toda natureza, de simples fornecedores de insumos até contratadas principais (main
contractors), que, por meio de uma empreitada integral ou de uma integração, entregarão (quase
que) o produto acabado. O relacionamento com as empresas começará em algum momento, ao
longo do ciclo de vida do projeto, entre o estabelecimento dos requisitos e o término do termo de
referência, e será uma decisão do gerente. Quanto mais cedo esse contato começar, mais as
empresas participarão na definição de requisitos e pode-se evitar retrabalhos e o risco de se
buscar algo extremamente complexo, caro e difícil de se conseguir no mercado brasileiro (ou
mesmo internacional).
Conhecer os projetos em andamento na OM ou perceber a necessidade de implementar novos
que possam contribuir para a efetividade dos processos e no cumprimento da missão
organizacional, é, sem dúvida, muito importante para que o Adjunto de Comando possa ter a
visão holística do gerenciamento da organização e, desse modo, contribuir para a difusão da
intenção do comandante junto às Praças.
É uma ferramenta que apresenta 8 etapas. Cada uma delas contribui para a identificação dos
problemas e para a elaboração de ações corretivas e preventivas para eliminá-los ou
minimizá-los. Esse método auxilia na solução de problemas, fornecendo subsídios para
analisá-los e priorizá-los, identificando situações que não foram bem definidas e exigem
atenção.
O método propõe a seguinte ordem na tratativa de problemas, que pode variar conforme o
caso:
1. Identificação: identificar o problema.
2. Observação: analisar as características do problema.
3. Análise: determinar as causas principais.
4. Plano de ação: conceber um plano para eliminar as causas.
5. Ação: agir para eliminar as causas.
6. Verificação: confirmar a eficácia da ação.
7. Padronização: eliminar definitivamente as causas.
8. Conclusão: recapitular as atividades desenvolvidas e planejar para o futuro.
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O MASP e o PDCA não são ferramentas distintas e sim métodos que se relacionam,
conforme pode-se perceber na figura abaixo:
Além do MASP e o do PDCA, pode-se, ainda, integrar uma terceira ferramenta, os 5 porquês
(5 Why). Os “5 Porquês” é uma técnica para encontrar a causa raiz de um problema. A razão
da técnica ser chamada de 5 porquês é porque, geralmente, quando indagados sobre o que
causa um problema, o ser humano tende a culpar alguma coisa ao invés de raciocinar e
realmente procurar a causa. Geralmente se diz que:
Dessa forma, pode-se perceber que o MASP é um método que admite a integração de várias
ferramentas de gestão, como as já citadas anteriormente e na representação da figura abaixo.
O método poderá, com certeza, ser utilizado não só para melhorar problemas pontuais da OM,
mas também para orientar a melhoria contínua dos processos e, talvez, até mesmo a tratativa de
não conformidades. Com disciplina e estruturação, o método poderá trazer grandes benefícios e
aumentar a eficiência, a eficácia e a efetividade dos processos e da gestão.
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9. Considerações finais
O objetivo principal deste breve estudo foi apresentar algumas ferramentas de gestão
para serem empregadas na melhoria da gestão na OM.
10. REFERÊNCIAS