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1 Professor da Puc Minas. Doutorando em Direito pela Puc Minas. Mestre em Direito pela Puc Minas.
Pesquisador Visitante na Universidade de Vechta- Alemanha (2015-2016)
2 Coordenador do Curso de Direito da Puc Minas Campus Arcos. Doutor em Direito pela
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A referência que se faz é em relação a Del Vecchio e Norberto Bobbio.
“Princípios são, por conseguinte, mandados de otimização, que são
caracterizados por poderem ser satisfeitos em graus variados e pelo
fato de que a medida devida de sua satisfação não depende somente
das possibilidades fáticas, mas também das possibilidades jurídicas.
O âmbito das possibilidades jurídicos é determinado pelos princípios
e regras colidentes”. (ALEXY, 2008, p. 90)
Essa diferença, Alexy também deixa claro ao definir que as regras como
normas são sempre ou satisfeitas ou não satisfeitas. Assim afirma que:
“Se uma regra vale, então, deve se fazer exatamente aquilo que ela
exige; nem mais, nem menos. Regras contêm,
portanto, determinações no âmbito daquilo que é fática e
juridicamente possível. Isso significa que a distinção entre regras e
princípios é uma distinção qualitativa, e não uma distinção de grau”.
(ALEXY, 2008, p. 91)
Para a solução de um conflito entre regras deve ser introduzida “em uma
das regras, uma cláusula de exceção que elimine o conflito, ou se pelo menos
uma das regras for declarada inválida.” (ALEXY, 2008, p. 92) Desse modo há
conflito quando duas regras que sejam aplicáveis ao caso dêem solução
contrárias para o caso concreto e não seja possível o estabelecimento de uma
cláusula de exceção, assim explica Alexy:
Nesse ponto esclarece Alexy que “ao contrário do que ocorre com o
conceito de validade social ou importância da norma, o conceito de validade
jurídica não é graduável. Ou uma norma é válida, ou não é.” (ALEXY, 2008, p.
92) Assim se “uma regra é válida e aplicável a um caso concreto, isso significa
que também sua consequência jurídica é válida.” (ALEXY, 2008, p. 92)
Aqui há divergência entre os posicionamentos de Alexy e Dworkin.
Enquanto Dworkin entende que as cláusulas são ao menos teoricamente
enumeráveis para Alexy “nunca é possível ter certeza de que, em um novo
caso, não será necessária a introdução de uma nova clausula de exceção.” p.
(ALEXY, 2008, p. 104). Ao analisar a perda do caráter definitivo das regras com
o advento da cláusula de exceção, esclarece Cezne:
“Entretanto, mesmo com essa modificação (a introdução da cláusula
de exceção), ainda permanecem diferenciados dos princípios, mesmo
tendo adquirido o caráter de prima facie. Deve-se ressaltar que o
caráter prima facie das regras é excepcional, somente ocorrendo
quando justificável a abertura de uma exceção, pois normalmente
traduzem-se por razões definitivas.” (CEZNE, 2000, p. 56)
“Se dois princípios colidem - o que ocorre, por exemplo, quando algo
é proibido de acordo com um princípio e, de acordo com o outro,
permitido -, um dos princípios terá de ceder. Isso não significa,
contudo, nem que o princípio cedente deva ser declarado inválido,
nem que nele deverá ser introduzida uma cláusula de exceção. Na
verdade, o que ocorre é que um dos princípios tem precedência em
face de outro sob determinadas condições. Sob outras condições a
questão da precedência pode ser resolvida de forma oposta”.
(ALEXY, 2008, p. 93/94)
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No presente trabalho o termo pelo qual será denominada a proporcionalidade dependerá da
tradução. Isso porque a proporcionalidade é muitas vezes denominada de princípio e outras
vezes de máxima, ambas como tradução do termo ‘Grundsatz’ em alemão. Contudo o próprio
Alexy entende o termo máxima como mais adequado para expressar a proporcionalidade visto
que ela não é sopesada contra algo. Ver nota 84 do capítulo 3 de sua obra Teoria dos Direitos
Fundamentais.
5 Tradução do seguinte trecho: El punto decisivo para a distinción entre reglas e princípios es
que los principios son mandados de optimización mientras que las reglas tienen el carácter de
mandados definitivos.
6 Tradução do seguinte trecho: En tanto mandados de optimización, los princípios son normas
que ordenan algo sea realizado en la mayor medida posible, de acuerdo con las posibilidades
jurídicas y fácticas. Esto significa que pueden ser satisfechos en grados diferentes y que la
medida ordenada de su satisfacción depende no solo de las posibilidades fácticas sino
nossa)
Desse modo quer se dizer que não está de acordo com a adequação a
adoção de uma medida que não promova um princípio P1 e ainda obstrua a
realização de princípio P2 e “isso mostra que o princípio da adequação não é
outra coisa se não a expressão da ideia do optimal de Pareto: uma posição
pode ser melhorada sem detrimento de outra”8 (ALEXY, 2003a, p. 135 -
tradução nossa).
jurídicas, que están determinadas no solo por reglas sino también, essencilamente, por los
principios opuestos.
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Tradução livre: excludes the adotem of means obstructing the realisation of at least one
principle without promoting any principle or goal for which they were adopted.
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Tradução livre: this shows that the principle of suitability is nothing other than na expression of
the idea of Pareto-optimality: One position can be improved without detriment to another.
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Tradução livre: The same applies to the principle of necessity. This principle requires that of
two means promoting P1 that are, broadly speaking, equally suitable, the one that interferes
(ALEXY, 2003a, p. 135 - tradução nossa)
less intensively in P2 ought to be chosen. If there exists a less intensively interfering and
equally suitable means, one position can be improved at no cost to the other.
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Tradução livre: of the third sub-principle of the principle of proportionality, the principle of
proportionality in the narrow sense.