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MBLBC 5
BIBLIOGRAFIA
Souza, Victor. Proteção e promoção da confiança no Direito
Previdenciário. Curitiba: Alteridade, 2018.
BIBLIOGRAFIA
CAMPOS, Marcelo Barroso Lima Brito de. Manual
dos servidores públicos: Administrativo e
Previdenciário. São Paulo: LuJur, 2020.
mblbc 6
Hermenêutica previdenciária
• Aplicação e interpretação das normas previdenciárias
• Compreensão precisa do conteúdo fá=co
• Aplicação da norma adequada e mais favorável ao beneficiário
• Caráter social x caráter financeiro do beneBcio: entre a reserva do
possível e o mínimo existencial
• Eficácia social da previdência
Relação entre os regimes
previdenciários
• Princípio da subsidiariedade (CF, art. 40, §12)
mblbc 8
AUTONOMIA
• Abandono da ideia de previdência do servidor como extensão da
polí=ca de pessoal
• Precedente STF ADI 3105 “o equívoco em que, a meu sen.r, incorrem
os defensores da alteração introduzida pelo ar.go ora em exame
consiste em confundir sistemas diversos, de um lado o sistema
estatutário a que se submetem os servidores públicos ao longo de sua
vida funcional; de outro, o sistema previdenciário para o qual
contribuem eles, quando em a.vidade e ao qual serão agregados,
quando ingressam na ina.vidade, passando a receber não mais
vencimentos, mas proventos.” (Voto Min. Ellen Gracie).
mblbc 9
AUTONOMIA
mblbc 10
Segurança jurídica
• Plurissignificados
• Segurança na mobilidade
Fundamento da tese
• a segurança jurídica, transcende à ideia de certeza, legalidade,
previsibilidade, regra, princípio, megaprincípio, subprincípio do
Estado de Direito, valor, direito fundamental ou qualquer outro
significado que deseje reduzir o seu alcance, visto que engloba todos
eles, considerando tratar-se de condição de validade e de
legi=midade no Estado Democrá=co de Direito.
• É um postulado para o Estado e condição de validade e legi=midade
do mesmo
Segurança social
• A segurança da qual se trata nesse tópico – social – tem a mesma raiz da
segurança jurídica, pois ambas derivam do mesmo ins=tuto. Considerando
que se iden=ficou a segurança jurídica como condição de validade e de
legi=midade do Estado, do Direito e da Democracia, outra não é a solução,
senão considerar a segurança social da mesma natureza.
Relação jurídica previdenciária
• A relação jurídica previdenciária é o vínculo estabelecido entre o segurado/
contribuinte e a Administração previdenciária, sobre a proteção dos riscos
inerentes à a=vidade humana
• Longa, duradoura e de sucessivo trato
Constituição de 1988
• Preâmbulo
• Direito expectado
• Direito adquirido
Direito adquirido
• MS 26646
• MS 31527
• RE 853325
• RE 805570
Direito adquirido x
expectativa de direito
• Gabba considera como direito adquirido aquele
que já se incorporou ao patrimônio jurídico de
seu =tular e como expecta=va de direito, meras
faculdades que ainda não ingressaram no
patrimônio do sujeito à época do início da
vigência da lei nova. Segundo esse autor,
expecta=va de direito, portanto, seriam meras
pretensões (GABBA, C. F. Teoria della
retroa0vità delle legge. Milão: [s.n.], 1891, v. 1.)
Expectativa de direitos
• vasta dimensão fá=ca.
• Pontes de Miranda entende que seria um erro “se tratássemos como sendo
no mesmo plano todas as expecta.vas”. MIRANDA, Pontes de. Tratado de
direito privado: parte geral. t. 5. Rio de Janeiro: Borsoi, 1955.p. 282
Expectativa de direitos x
direitos expectados
• Assim, Pontes de Miranda, diferencia as
expecta=vas de direitos conforme o seu grau de
expectação. As meras expecta=vas não sendo
direitos, seriam irrelevantes para a ordem
jurídica. Ao contrário, os direitos expectados,
devido ao seu grau elevado de expectação,
probabilidade de se tornar direitos adquiridos,
mereceriam proteção pela ordem jurídica
• Em lugar da bipolaridade radical – direitos adquiridos, que
seriam ina.ngíveis pelo direito novo, opostos às meras
expecta.vas de direito, totalmente desprotegidas contra as
inovações – as Cortes de Jus.ça dos países mais desenvolvidos,
em especial a européia e a Corte Cons.tucional Alemã,
inseriram defini.vamente um terceiro ponto mediano, os
direitos de transição, como direito fundamental. A Jus.ça
prospec.va pode designar assim tanto os direitos de transição,
como mecanismos impostos ao legislador, ao juiz ou ao
administrador, garan.dores da previsibilidade do direito.
DERZI, Misabel de Abreu Machado. Jus=ça prospec=va no
Imposto de Renda. Revista Internacional de Direito Tributário.
Belo Horizonte: Del Rey, v. 5, p. 163-202, jan./jun. 2006.
Fundamentos de proteção do direito
previdenciário expectado
• Segurança: jurídica e social
• A boa fé
• A confiança legí=ma
• Princípio da juridicidade
DIREITOS PREVIDENCIÁRIOS
EXPECTADOS EM ESPÉCIES
TEMPO DE SERVIÇO/
CONTRIBUIÇÃO
• O servidor público que exerce tempo de serviço público
tem direito expectado em relação a esse tempo já
exercido e expecta=va de direito no tempo a ser
exercido.
• A proteção do tempo decorrido foi feita por meio das
regras de transição.
• As normas de transição são direitos fundamentais para
a estabilidade jurídica e social da relação previdenciária
do servidor, demonstrando que pode exis=r confiança e
boa-fé recíprocas.
A EXPECTATIVA DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO
EO
DIREITO PREVIDENCIÁRIO EXPECTADO
mblbc 41
DECADÊNCIA PARA REVISÃO DE
BENEFÍCIOS DOS SERVIDORES
PÚBLICOS
O RPPS
• Servidores públicos =tulares de cargos efe=vos
Simples?
Composto? Complexo?
STF
• É pacífica a jurisprudência da Corte no senKdo de que o ato
concessivo de aposentadoria, pensão ou reforma configura ato
complexo, cujo aperfeiçoamento somente ocorre com o registro
perante a Corte de Contas, após submissão a juízo de legalidade
Precedentes:
• MS 33669, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 01.02.2018
• MS 34695, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 13.12.2017
• MS 26132, Rel. Min. Dias Toffoli, Segunda Turma, Dje 01.12.2016
• MS 30.916, Rel. Ministra Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 08.06.2012;
• MS 25.525, Rel. Ministro Marco Aurélio, Tribunal Pleno, DJe 19.03.2010;
• MS 25.697, Rel. Ministra Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJe 12.03.2010.
Dormien.bus non sucurrit jus
Decadência
O Direito não socorre aos que
contra o RPPS dormem
Lei 9.784/99
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administra=vos de
que decorram efeitos favoráveis para os des=natários decai em cinco
anos, contados da data em que foram pra=cados, salvo comprovada
má-fé.
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais con~nuos, o prazo de decadência
contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.
§ 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de
autoridade administra=va que importe impugnação à validade do
ato
Qual a data de início do prazo
decadencial do art. 54, da Lei
9.784/99?
• Ato de concessão?
• Ato de homologação?
• Outro momento?
Do ato de registro no Tribunal de
Contas
• O ato de aposentadoria de agentes públicos é complexo e somente
se aperfeiçoa após o seu registro junto ao Tribunal de Contas da
União. A parKr desse momento é que começa a correr o prazo
decadencial estabelecido pelo art. 54 da Lei 9.784/1999.
• Precedentes:
• MS 33561, Rel. Luiz Fux, Primeira Turma, Dje 07/11/2016
• MS 27722 AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, Segunda Turma, DJe 22/06/2016;
• MS 27628 AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 06/11/2015;
• MS 28.604 AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe 21/02/2013
Não se aplica à aposentadoria
• DECADÊNCIA – ATO ADMINISTRATIVO – DESFAZIMENTO –
APOSENTADORIA – INADEQUAÇÃO. O disposto no arKgo 54 da Lei
nº 9.784/99, a revelar prazo de decadênciapara a Administração
Pública rever os próprios atos, por pressupor situação jurídica
consKtuída, não se aplica à aposentadoria, no que reclama atos
sequenciais.
• MS 31823, Rel. Min. Marco Aurélio, J em 29/03/2016
Da data da chegada no Tribunal de
Contas*
• Nesses casos, conforme o entendimento fixado no presente julgado,
o prazo de 5 (cinco) anos deve ser contado a parKr da data de
chegada ao TCU do processo administraKvo de aposentadoria ou
pensão encaminhado pelo órgão de origem para julgamento da
legalidade do ato concessivo de aposentadoria ou pensão e
posterior registro pela Corte de Contas.
• STF, MS 24781 / DF, Relatora Min. ELLEN GRACIE, Relator(a) p/
Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Pleno, DJe 09-06-2011
Tema de Repercussão Geral
• 445 - Incidência do prazo decadencial previsto no art. 54 da Lei 9.784/1999
para a Administração anular ato de concessão de aposentadoria.
• Recurso extraordinário 656.553, em que se discute, à luz dos ar=gos 5º,
XXXV e LV; 37, caput; 71 e 74 da Cons=tuição Federal, sobre a incidência do
prazo de 5 anos previsto no art. 54 da Lei 9.784/1999 para a Administração
anular ato de concessão de aposentadoria, notadamente acerca do termo
inicial do prazo decadencial: se da concessão da aposentadoria ou se do
julgamento pelo Tribunal de Contas da União. [-]
• Tese fixada: Em atenção aos princípios da segurança jurídica e da confiança
legí=ma, os Tribunais de Contas estão sujeitos ao prazo de 5 anos para o
julgamento da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma
ou pensão, a contar da chegada do processo à respec=va Corte de Contas.
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou os
efeitos de acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) na parte em que
determinou a revisão e o cancelamento de beneBcios previdenciários de
pensão por morte concedidos a filhas solteiras maiores de 21 anos de
servidores públicos civis, com base numa lei de 1958, que tenham
atualmente outras fontes de renda. A decisão do ministro foi tomada no
Mandado de Segurança (MS) 35032 e estendida a outros 215 processos que
discu=am a mesma matéria. O ministro observou ainda que o acórdão do
TCU viola a Lei 9.784/99, cujo arKgo 54 fixou em cinco anos o prazo para a
revisão do ato de concessão de benevcios previdenciários a servidor
público ou a seus dependentes. Embora esteja pendente de julgamento
pelo STF o Recurso Extraordinário (RE) 636553, em que se discute o termo
inicial do prazo decadencial para revisar atos de pensão ou aposentadoria
pelo TCU - se da concessão da aposentadoria/pensão ou se do julgamento
pela Corte de Contas -, Fachin observou que o acórdão impugnado diz
respeito a beneBcios previdenciários decorrentes de óbitos anteriores a
dezembro de 1990, “sendo muito provável que o prazo de cinco anos,
contados da concessão ou do julgamento, já tenha expirado”.
Existe decadência contra o segurado?
No RPPS: Inexiste previsão legal prevendo decadência
contra o servidor para rever seu ato de aposentadoria ou em
relação aos seus dependentes no que se refere à pensão.
No RGPS: art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de
todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário
para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do
dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira
prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar
conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito
administrativo.
O que se aplica é a prescrição
do fundo do direito.
• DECRETO Nº 20.910, DE 06 DE JANEIRO DE 1932.
Regula a Prescrição Quinquenal
mblbc 83
Readaptação após a EC 103/2019
CF, art. 37 (...) § 13. O servidor público =tular de cargo efe=vo poderá
ser readaptado para exercício de cargo cujas atribuições e
responsabilidades sejam compa~veis com a limitação que tenha
sofrido em sua capacidade Bsica ou mental, enquanto permanecer
nesta condição, desde que possua a habilitação e o nível de
escolaridade exigidos para o cargo de des=no, man=da a remuneração
do cargo de origem.
Readaptação
mblbc 95
Ordem Constitucional
Só RPPS
Ordem constitucional
RPPS RPC
Não há previsão constitucional
RGPS
RPC
Servidor
Não há previsão constitucional
Município
RGPS
complementação
Servidor
Tesouro
TESE 1
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTATUTÁRIO.
APOSENTADORIA SOB A REGRA DO ART. 40, §3º, COM A
REDAÇÃO DA EC Nº 20/98. INEXISTÊNCIA DE REGIME
PREVIDENCIÁRIO MUNICIPAL. CONTRIBUIÇÃO PARA O
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. OBRIGAÇÃO DO
MUNICÍPIO COMPLEMENTAR OS PROVENTOS. RECURSO
PROVIDO. Se o Município, após o advento da Emenda
Cons.tucional nº 20/98, não criou ou ex.nguiu o regime
próprio de previdência, fica obrigado a complementar os
proventos da aposentadoria do servidor estatutário pela
diferença entre o valor pago pelo Regime Geral da
Previdência Social e a úl.ma remuneração no exercício do
cargo público (TJSC, Apelação Cível 2005.024727-0, Rel.
Desembargador Newton Janke, julg. 30.3.2006)
mblbc 100
TJSC pela complementação
• Leanding case: TJSC, Apelação Cível 2005.024727-0, Rel.
Desembargador Newton Janke, julg. 30.3.2006.
• Citado como referência de outros casos de São Miguel do
Oeste, Des. Cid Goulart, 2ª Câmara de Direito Público:
• 2011.075168-2 (J. em 20/03/2012) – REx/REsp
• 2011.062807-7 (J. em 20/03/2012) – Rex/REsp
• 2011.063336-0 (J. em 20/03/2012) – REx/REsp
• 2011.096336-6 (J. em 20/03/2012) – REx/REsp
• 2011.059861-9 (J. em 20/03/2012) – REx/Resp
TJSC IRDR
Incidente de Resolução de Demandas Repe==vas n.
0001986-53.2013.8.24.0013/50001, de Campo ErêRelator
Designado: Desembargador Odson Cardoso Filho INCIDENTE DE
RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS (IRDR). TEMA N. 14.
COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA DE SERVIDOR PÚBLICO
MUNICIPAL VINCULADO AO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA
SOCIAL. NECESSIDADE DE PREVISÃO EXPRESSA EM LEI LOCAL. Tese
Jurídica firmada: "O servidor público aposentado pelo Regime
Geral de Previdência Social, após a Emenda ConsKtucional n.
41/2003, ressalvada a hipótese de ter adquirido o direito à
aposentação antes da vigência da respecKva emenda, somente
tem direito à complementação dos proventos de aposentadoria
mediante a existência de legislação específica, respeitado o
princípio da legalidade, o caráter contribuKvo e o equilíbrio
atuarial e financeiro previdenciário". V (TJSC, Incidente de
Resolução de Demandas Repe==vas n. 0001986-53.2013.8.24.0013,
de Campo Erê, rel. Des. Paulo Henrique Moritz Mar=ns da Silva,
Grupo de Câmaras de Direito Público, j. 26-06-2019).
TJMG – Tese fixada no IRDR 8.13.000017
proc.n° 1.0672.13.037458-6/003
A Lei Municipal de Sete Lagoas sob nº 6.544/2001, que
prevê o custeio da complementação de aposentadoria
exclusivamente pelo município, não foi recepcionada
pela Cons=tuição Estadual, após redação dada ao art. 36
pela ECE 84/2010, por violar o caráter contribu=vo do
sistema previdenciário então ins=tuído pela EC nº 20/98
e reiterado pela EC nº 41/2003. O juízo de não recepção
produzirá efeitos ex nunc para preservar o direito dos
servidores municipais que já auferiam o beneBcio até o
julgamento deste IRDR, para assegurar que con=nuem a
recebê-lo, bem como para desonerá-los de devolver os
valores já percebidos de boa-fé.
STJ AgInt no AREsp 1011225/
MG
Min. Assusete Magalhães
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. SERVIDOR
PÚBLICO. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA.
MUNICÍPIO DE IPATINGA/MG. LEI MUNICIPAL
1.311/94. ALEGADA OFENSA AO ART. 535 DO CPC/
73. INEXISTÊNCIA. ACÓRDÃO COM FUNDAMENTO
EM LEI LOCAL. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE.
SÚMULA 280/STF.
AGRAVO INTERNO IMPROVIDO (Dje 27/06/2017)
AgInt no AREsp 924638/MG
Min. Herman Benjamin
P R O C E S S U A L C I V I L . A D M I N I S T R A T I V O .
CONSTITUCIONAL. SERVIDOR PÚBLICO. MUNICÍPIO DE
IPATINGA. LEI MUNICIPAL QUE PERMITE A
COMPLEMENTAÇÃO DA APOSENTADORIA OBTIDA
PELO SERVIDOR PÚBLICO NO INSS.
INCONSTITUCIONALIDADE AFASTADA PELA CORTE
ESPECIAL DO TRIBUNAL DE ORIGEM. COMPETÊNCIA
DO STF. EXAME DE LEI MUNICIPAL. SÚMULA 280/STF.
RECURSO QUE DEIXA DE ATACAR ESPECIFICAMENTE
OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA
182/STF (DJE 01/02/2017)
STF ARE 1092011
Min. Alexandre de Moraes
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Direito
Administra=vo. Preques=onamento. Ausência. Servidor público
municipal. Complementação de aposentadoria. Legislação local.
Ofensa reflexa. Fatos e provas. Reexame. Impossibilidade.
Precedentes. 1. É inadmissível o recurso extraordinário se o
disposi=vo cons=tucional que nele se alega violado não está
devidamente preques=onado. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/
STF. 2. O recurso extraordinário não se presta para a análise de
matéria ínsita ao plano norma=vo local, tampouco para o reexame do
conjunto fá=co-probatório dos autos. Incidência das Súmulas nºs 280
e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido. 4. Majoração da verba
honorária em valor equivalente a 10% (dez por cento) do total
daquela já fixada (art. 85, §§ 2º, 3º e 11, do CPC), observada a
eventual concessão do beneBcio da gratuidade da jus=ça. (DJE
16/03/2018) (No mesmo sen=do: RE1073017/MG, Min. Dias Toffoli;
ARE1051588/MG, Min. Roberto Barroso; ARE1049620, Min. Cármen
Lúcia).
Complementação
aposentadoria depois da EC
103/2019
CF, Art. 37 (...) § 15. É vedada a complementação de
aposentadorias de servidores públicos e de pensões por
morte a seus dependentes que não seja decorrente do
disposto nos §§ 14 a 16 do art. 40 ou que não seja
prevista em lei que ex=nga regime próprio de
previdência social." (NR)
A r t . 7 º O d i s p o s t o n o
§ 15 do art. 37 da Cons=tuição Federal não se aplica a
complementações de aposentadorias e pensões
concedidas até a data de entrada em vigor desta
Emenda Cons=tucional.
(ambas de aplicabilidade imediata U, E, M e DF)
VANTAGENS PECUNIÁRIAS DO
SERVIDOR PÚBLICO: CRIOU
REGRAS DE TRANSIÇÃO
Veda incorporação de vantagens
CF, art. 39 (...) § 9º É vedada a incorporação de
vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao
exercício de função de confiança ou de cargo em
c o m i s s ã o à r e m u n e r a ç ã o d o c a r g o e f e = v o .
(aplicabilidade imediata U, E, M e DF)
Reproduz a ON 2/2009 MPS - Art. 43. É vedada a inclusão
nos beneBcios de aposentadoria e pensão, para efeito de
percepção destes, de parcelas remuneratórias pagas em
decorrência de local de trabalho, de função de confiança,
de cargo em comissão, de outras parcelas temporárias
de remuneração, ou do abono de permanência de que
trata o art. 86
Direito adquirido à incorporação de
vantagens
E C 1 0 3 / 2 0 1 9 , A r t . 1 3 . N ã o s e a p l i c a o d i s p o s t o n o
§ 9º do art. 39 da Cons=tuição Federal a parcelas remuneratórias
decorrentes de incorporação de vantagens de caráter temporário ou
vinculadas ao exercício de função de confiança ou de cargo em
comissão efe=vada até a data de entrada em vigor desta Emenda
Cons=tucional. (aplicabilidade imediata U, E, M e DF)
Permite inclusão na base de
cálculo
ON 2/2009 MPS Art. 29. A lei do ente federa=vo definirá as parcelas da
remuneração que comporão a base de cálculo da contribuição,
podendo prever que a inclusão das parcelas pagas em decorrência de
local de trabalho, de função de confiança, de cargo em comissão, ou de
outras parcelas temporárias de remuneração, será feita mediante
opção expressa do servidor, inclusive quando pagas por ente
cessionário
Permite inclusão na base de cálculo
Lei 10.887/2004 – Art. 4° (...) § 2º O servidor ocupante de cargo
efe=vo poderá optar pela inclusão, na base de cálculo da
contribuição, de parcelas remuneratórias percebidas em
decorrência de local de trabalho e do exercício de cargo em
comissão ou de função comissionada ou gra=ficada, da Gra=ficação
Temporária das Unidades dos Sistemas Estruturadores da
Administração Pública Federal (GSISTE), da Gra=ficação Temporária
do Sistema de Administração dos Recursos de Informação e
Informá=ca (GSISP), da Gra=ficação Temporária de A=vidade em
Escola de Governo (GAEG), da Gra=ficação Específica de Produção
de Radioisótopos e Radiofármacos (GEPR), da Gra=ficação de Raio
X e daquelas recebidas a ~tulo de adicional noturno ou de adicional
por serviço extraordinário, para efeito de cálculo do beneBcio a ser
concedido com fundamento no art. 40 da Cons=tuição Federal e
n o
art. 2º da Emenda Cons=tucional nº 41, de 19 de dezembro de
2003, respeitada, em qualquer hipótese, a limitação estabelecida
n o § 2 º d o a r t . 4 0 d a C o n s = t u i ç ã o F e d e r a l .
(Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)
Relembrando
Readaptação: sem regra de transição
Rompimento de vínculo: com regra de transição
parcial (direito adquirido)
Complementação de aposentadoria: com regra de
transição parcial (direito adquirido)
Vantagens pecuniárias: com regra de transição
parcial(direito adquirido)
APOSENTADORIA COMPULSÓRIA:
REGRAS DO RGPS PARA
SERVIDORES NÃO EFETIVOS, NÃO
ESTABELECEU REGRAS DE
TRANSIÇÃO
Aposentadoria compulsória
CF, art, 201 (...)§ 16. Os empregados dos consórcios públicos, das
empresas públicas, das sociedades de economia mista e das suas
subsidiárias serão aposentados compulsoriamente, observado o
cumprimento do tempo mínimo de contribuição, ao a=ngir a idade
máxima de que trata o inciso II do § 1º do art. 40, na forma
estabelecida em lei."
REGRAS DE TRANSIÇÃO
quadro resumo
EC 40/2019 CONSTITUIÇÃO DO ESTADO
EC 103/2019 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE SÃO PAULO
• Servidor federal • Servidor estadual
Tempo no cargo 5 5
Soma: idade e TC 86 (a par=r de 2020 +1 até 96 (a par=r de 2020 +1 até
100) 105)
Cálculo proventos Média 100% ou totalidade Média 100% ou totalidade
remuneração se ingressou remuneração se ingressou
antes da EC 41, não =ver RPC antes da EC 41, não =ver RPC
e =ver 62 anos e =ver 65 anos
Tempo no cargo 5 5
Soma: idade e TC 81 (a par=r de 2020 +1 até 92) 91 (a par=r de 2020 +1 até
100)
Cálculo proventos Média 100% ou totalidade Média 100% ou totalidade
remuneração se ingressou remuneração se ingressou
antes da EC 41, não =ver RPC antes da EC 41, não =ver RPC
e =ver 62 anos) e =ver 65 anos)
‘ Idade
Tempo de contribuição
57
30
60
35
Tempo no cargo 5 5
Tempo de contribuição 25 30
Tempo no cargo 5 5