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SUSTENTAÇÃO ORAL

Na qualidade de advogado/advogada do autor, ora apelado, deverá


fazer a sustentação oral junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Acre.

A sustentação oral deverá ser gravada e disponibilizada no Youtube.


Após enviar o link de acesso para o e-mail uninorte.estagio2@gmail.com até o
dia 24 de junho de 2022.

O tempo mínimo da sustentação oral é de 5 (cinco) minutos.

Não é permitido editar o vídeo.

Os senhores deverão estar trajados conforme a tradição forense, ou


seja, homens trajados com terno e gravata e mulheres com roupa social.

O caso prático para a sustentação segue abaixo.

Quaisquer dúvidas, estou à disposição.


CASO PRÁTICO-PROFISSIONAL

Diante de grave crise econômica que assolou os cofres municipais, o


Prefeito do Município de Rio Branco resolveu, em 31 de dezembro de 2021,
editar o Decreto nº 1.234/21, que determinava a atualização da base de cálculo
do Imposto sobre a Propriedade Territorial e Predial Urbana (IPTU) em
percentual superior ao índice oficial de correção monetária e a majoração da
alíquota do IPTU para todas as propriedades localizadas na zona urbana do
Município de Rio Branco.
O decreto entrou em vigor no dia 1º de abril de 2022, e o Município de
Rio Branco imediatamente iniciou a emissão dos carnês de IPTU.
Robson Batistinha Canuto Uszacki, proprietário de um imóvel localizado
na área urbana do Município de Rio Branco, em 20 de abril recebeu o carnê de
IPTU do ano de 2022 já com as alterações previstas no Decreto nº 1.234/21.
Preocupado, uma vez que o imóvel está prestes a ser vendido e a
existência de um débito de IPTU pode afastar compradores e impedir a
concretização do negócio, e não querendo realizar o pagamento por discordar
da cobrança, Robson Batistinha Canuto procura você, como advogado(a), para
apresentar medida judicial para a desconstituição do crédito tributário.
Robson Batistinha Canuto ingressou com Ação Anulatória com o fim de
desconstituir o lançamento tributário. Na inicial, alegou que o Decreto nº
1.234/21 contraria a Súmula nº 160 do STJ, “é defeso, ao Município, atualizar o
IPTU mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção
monetária”. Juntou laudo pericial comprovando que a atualização da base de
cálculo foi superior ao índice oficial de correção monetária. No pedido,
requereu a desconstituição do crédito tributário.
A Sentença julgou improcedente o pleito do autor, afastando todos os
fatos constitutivos de seu direito, bem como os documentos colacionados, sob
o argumento de que o Município de Rio Branco deixaria de recolher o imposto
de forma atualizada neste ano, o que geraria redução de receita e um rombo
de R$ 40 milhões.
Inconformado, Robson Batistinha Canuto interpôs recurso de apelação
alegando que a R. Sentença:
(i) Violação ao princípio da legalidade, uma vez que é vedado ao
Município aumentar tributo sem lei que o estabeleça, conforme o Art. 150,
inciso I, da CRFB/88, e o Art. 97, inciso II, do CTN;
(ii) O laudo pericial acostado aos Autos comprova que a atualização da
base de cálculo foi superior ao índice oficial de correção monetária;
(iii) Devido ao fato de a atualização da base de cálculo ter sido superior
ao índice oficial de correção monetária, o Decreto nº 1.234/21 contrariou a
Súmula nº 160 do STJ, “é defeso, ao Município, atualizar o IPTU mediante
decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária”; e
Ao final, requereu:
(iv) O pedido de concessão de tutela antecipada para suspender a
exigibilidade do crédito tributário, na forma do Art. 151, inciso V, do CTN; e
(v) O provimento do recurso de apelação com o fim de desconstituir o
crédito tributário.

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