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DUTRA VARGAS ADVOCACIA E CONSULTORIA JURÍDICA

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO


DA __ VARA DA FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL DA COMARCA DE
GOIÂNIA – ESTADO DE GOIÁS.

AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL C/C TUTELA DE


URGÊNCIA

GEAZI EZEQUIEL DE SOUZA, brasileiro, viúvo,


1
contador, RG nº 1527236 e CPF nº 360.268.751-15, domiciliado
profissionalmente no endereço Avenida C-15, n.º 19, 3º andar, Qd.
147, Lote 12, Setor sudoeste, Goiânia, Goiás, Goiás neste ato
representados por seus Advogados e Procuradores bastantes que
esta subscrevem, vem propor, com fulcro no artigo 186 e 389 do
Código Civil e artigo 38 da Lei Federal nº 6.830/80 e artigo 300 do
CPC/2015 a presente

AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL C/C

TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA

em face do ESTADO DE GOIÁS (FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL),


pessoa jurídica de direito público, com sede na Praça Pedro
Ludovico Teixeira, 26, Centro, Goiânia, Goiás, representado por
sua Procuradoria Fiscal, pelas razões de fato e de direito a seguir
expostas, pelos fatos a seguir aduzidos para requerer o que lhes é
de direito.
_____________________________________________________________________________
Rua 1.130, nº 335, Qd. 228, Lt. 25, Setor Marista, Goiânia, Goiás, CEP: 74.180-090,
Telefone: (62) 3095-5257.
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I – DOS FATOS:

O Autor é Contabilista e presta serviços


contábeis a várias empresas no Estado de Goiás, dentre elas a
empresa Comercial Panda LTDA.

Ocorreu que no dia 28/10/2010, a empresa


Comercial Panda LTDA fora autuada pela Superintendência da
Receita Estadual – SEFAZ/GO pelo Auditor Fiscal Sr. Daniel Mathias
Ribeiro, matrícula nº 22519, pois, segundo a descrição do fato
constante do Auto de Infração e PAT nº 4011003574862:

“Omitiu o pagamento de ICMS, na importância


de R$ 909.163,58, em razão da escrituração
indevida de valores, a título de crédito de ICMS
correspondente processo n.º 28108922 em que
alegava autorização especial, processo este
não apresentado. Em consequência, deverá
pagar o ICMS omitido, juntamente com 2

penalidade e acréscimos legais conforme


demonstrativo e documentos anexos”

Pela descrição supra o Representante do Fisco


estadual imputou infração descrita, no referido AI, da seguinte
forma: “Arts. 64 da Lei 11651/91, c/c Art. 57, IV, Decreto nº
4.852/97.”

Diante disso aplicou a seguinte penalidade: “Art.


71, VI, “a”, da Lei 11651/1991 c/ redação da Lei 14.634/2003.”

Além de ser a empresa autuada, fundamentou


o agente do Fisco a inclusão do Autor e contador responsável
pela contabilidade da empresa autuada, na qualidade de sujeito
passivo coobrigado/solidário, tipificando sua inserção no artigo 45,
inciso XIII da Lei 11.651/1991 (Código Tributário de Goiás) com a
seguinte fundamentação fática:
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“O sujeito passivo coobrigado ou responsável


concorreu para a prática da infração tributária
mediante a(s) seguinte(s) conduta(s): Escriturou
créditos sem documentação comprobatória
resultando em omissão de impostos.

Diante da lavratura do Auto de Infração, os


sujeitos passivos apresentaram Impugnação em primeira instância,
sendo que, na defesa própria e particular do Contador solidário,
foi requerida a sua exclusão como solidário da obrigação
tributária, não prosperando tal defesa na primeira fase
administrativa.

Em seguida, fora apresentado Recurso


Voluntário à Segunda Instância junto ao órgão julgador fazendário
- CAT, sendo acolhido e procedente o recurso do Autor,
excluindo-o da lide, na condição de coobrigado.
3
Inconformado com a decisão proferida em
segunda instância, favorável ao aqui Autor, a Representação
Fazendária apresentou Recurso ao Conselho Pleno do CAT para
que fosse reincluído o Autor no polo passivo, fato este que
lamentavelmente ocorreu, em calorosa discussão e debates dos
membros julgadores daquela Casa, ficando o resultado final a
critério do Presidente do Conselho, já que o julgamento restou
empatado pelos membros julgadores. O Presidente votou pela re-
inclusão do autor na condição de solidário.

Com a sua errônea inclusão na polaridade


passiva do PAT em questão, teve o Autor várias sanções que estão
restringindo a normalidade de sua vida pessoal.

Por tal ato de ter de forma absolutamente


equivocada seu nome no polo passivo de um Auto de Infração da
SEFAZ-GO, uma vez encerrada a fase administrativa, o Autor
encontra-se com seu nome e CPF inclusos na Dívida Ativa
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Estadual, o que lhe impossibilita a emissão de certidão negativa


de débito com o Estado de Goiás.

Há também o grave equívoco do Estado de


Goiás em incluir o CPF e o nome de quem possui débitos na Dívida
Ativa do Estado em Cartório de Protestos e também em órgãos de
proteção ao crédito, como SERASA e SPC, o que é
manifestamente ilegal, diante do equivocado julgamento
ocorrido na fase administrativa.

Portanto diante dos fatos narrados, pela errônea


inclusão do Contador no Processo Administrativo Tributário nº
4011003574862 e também pela consequente ilegalidade de incluir
o nome e CPF do Requerente em Cartório de Protestos, SERASA e
SPC, imensos transtornos têm ocorrido, não restando alternativa
senão a propositura da presente ação para ver assegurado seus
direitos.

II - DA TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA

Conforme narrado em linhas pretéritas, diante


do erro do julgamento do Conselho Administrativo Tributário CAT-
GO, em manter o Autor no polo passivo do Auto de Infração o
aqui Requerente, tal ato está gerando sérios danos e restrições à
vida do Autor.

Nota-se que de forma ilegal, vem o Estado de


Goiás incluindo, além da Dívida Ativa, o nome e CPF de
devedores em Cartório de Protestos, SERASA e SPC. Tais restrições
vêm causando um verdadeiro caos, que se viu da noite para o
dia cerceado do acesso ao crédito bancário, em virtude de
débito proveniente da solidariedade em Processo Administrativo
Tributário.

A princípio, importante é relatar que no Auto de


Infração no qual fora incluído como solidário, a fundamentação

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se deu no artigo 45, inciso XIII do CTE, o que por si só já é um


completo erro.

Tal inciso, que embasou toda a inclusão do


contabilista, traz que são solidários “o contribuinte ou o substituto
tributário, a pessoa que por seus atos ou omissões concorra para a
prática de infração à legislação tributária”.

É notório que em momento algum no corpo do


supracitado artigo há qualquer especificação objetiva de que o
Contador se torne coobrigado de crédito tributário, não havendo
assim a menor fundamentação jurídica para que esta inclusão
ocorresse.

Ou seja Excelência, o auto de infração lavrado


traz insegurança na determinação da infração, em especial, não
traz o enquadramento legal correto e aplicável, hábil a justificar o
enquadramento da responsabilização do Contador.

Claramente a legislação a qual fundamentou a 5


inclusão do contabilista na lide, inciso XIII, do artigo 45 do CTE, é
absolutamente genérica, e para que se inclua Autor/Contador da
empresa com base nele, está se interpretando tal dispositivo com
uma abrangência muito além do que seria o real desejo do
legislador.
Prova maior disso, que tal inciso XIII fora alterado
em 2014, incluindo-se alíneas que por fim acabaram com a
abrangência de tal inciso, restringindo ao real interesse do
legislador quando dizia em seu texto legal a palavra “pessoa”,
vejamos:

XIII - com o contribuinte ou o substituto tributário,


a pessoa que por seus atos ou omissões
concorra para a prática de infração à
legislação tributária, notadamente a que

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tiver: (Redação acrescida pela Lei nº


18.195vigência: 09.02.14)
a) fabricado, fornecido, instalado, cedido,
alterado ou prestado serviço de manutenção a
equipamentos ou dispositivos eletrônicos de
controle fiscal, bem como as respectivas partes
e peças, capacitando-os a fraudar o registro de
operações ou prestações; (Redação acrescida
pela Lei nº 18.195 vigência: 09.02.14)
b) desenvolvido, licenciado, cedido, fornecido,
instalado, alterado ou prestado serviço de
manutenção a programas aplicativos ou ao
“software” básico do equipamento emissor de
cupom fiscal -ECF-, capacitando-os a fraudar o
registro de operações ou prestações; (Redação
acrescida pela Lei nº 18.195 vigência: 09.02.14)
c) praticado ato com excesso de poder ou
infração de contrato social ou estatuto, ou
6
ainda com abuso da personalidade jurídica,
caracterizado pelo desvio de finalidade ou
confusão patrimonial; (Redação acrescida
pela Lei nº 18.195 vigência: 09.02.14)
d) praticado ato ou negócio, em infração à lei,
na condição de sócio ou administrador, de fato
ou de direito, de pessoa jurídica, com a
finalidade de dissimular a ocorrência do fato
gerador do tributo ou a natureza dos elementos
constitutivos da obrigação tributária, sobretudo
nas hipóteses de interposição fraudulenta de
sociedade ou de pessoas e de estruturação
fraudulenta de operações mercantis,
financeiras ou de serviços; (Redação acrescida
pela Lei nº 18.195 vigência: 09.02.14)
e) participado, de modo ativo, de organização
ou associação constituída para a prática de
fraude fiscal estruturada, realizada em proveito

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de terceiras empresas; (Redação acrescida


pela Lei nº 18.195 vigência: 09.02.14)
f) promovido a ocultação ou alienação de
bens e direitos da pessoa jurídica com o
propósito de impedir ou dificultar a cobrança
do crédito tributário. (Redação acrescida
pela Lei nº 18.195 vigência: 09.02.14)
O § 1º VIGOROU COMO PARÁGRAFO ÚNICO DE
01.01.97 À 28.12.11, QUANDO FOI RENUMERADO
TACITAMENTE PELO ART. 1º DA LEI Nº 17.518, DE
29.12.11.
§ 1º. Considera-se, também, ter interesse
comum na situação que constitua fato gerador
de obrigação principal:
I - o alienante ou remetente, com o adquirente
ou o destinatário, de mercadorias ou bens, em
operações realizadas sem documentação
fiscal; 7

II - o prestador, com o tomador de serviço, na


mesma situação do inciso anterior.

Nota-se Excelência que em momento algum


fora citado ato de contabilista no teor de tal inciso, isso porque
este inciso nunca foi capaz de embasar qualquer inclusão de
contador como solidário.

QUANDO A INCLUSÃO DO CONTABILISTA COMEÇOU A OCORRER


NA LEGISLAÇÃO DE GOIÁS:

Esse tema, a inclusão do contador em polo


passivo da lide, motivou, inclusive, uma alteração do texto do
Código Tributário Estadual.

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Nesse mesmo artigo 45, foi acrescentado o


inciso XII-A e o §2º do inciso XIII, onde se passou de forma clara a
tratar dessa matéria.

A vigência de tal dispositivo se deu a partir de


29/12/2011, momento muito posterior ao da lavratura do auto de
infração em debate, sendo que o mesmo foi lavrado em
28/10/2010, reportando-se a fatos geradores de novembro e
dezembro de 2009.

Ademais, tão absurda é tal inclusão, que mesmo


não reconhecendo a inexistência de lei que previsse a inclusão de
contabilista à época da lavratura do Auto de Infração, fora
determinado pela inclusão do § 2º no inciso XIII que taxativamente
determinou que para responsabilizar o contabilista deve haver
respeito ao devido processo legal, para que que tenha apurado
dolo ou fraude praticado por este, vejamos:

8
Art. 45. São solidariamente obrigadas ao
pagamento do imposto devido na operação
ou prestação as pessoas que tenham interesse
comum na situação que constitua o fato
gerador da obrigação principal,
especialmente:

XII-A - com o contribuinte ou com o substituto


tributário, o contabilista que, por seus atos e
omissões, concorra para a prática de infração à
legislação tributária;

§ 2º A responsabilização do contabilista de que


trata o inciso XII-A somente se dará no caso de
dolo ou fraude, apurada mediante o devido
processo legal.

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Não há o que se falar, tal inclusão fere todos os


princípios legais possíveis, como o da ampla defesa, contraditório,
e ultratividade da lei mais benéfica.

Diante da ampla afronta à legislação, fica claro


que a inclusão do contabilista ocorre de forma equivocada, e a
consequente inscrição de seu nome e CPF em dívida ativa e
cadastros de proteção ao crédito gera ao Autor transtornos
inegáveis, que devem de forma urgente e antecipada serem
tutelados pelo Judiciário.

O CPC/2015, em seu artigo 300 e 303 traz que:

Art. 300. A tutela de urgência será


concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil
do processo. 9

Art. 303. Nos casos em que a urgência for


contemporânea à propositura da ação, a
petição inicial pode limitar-se ao
requerimento da tutela antecipada e à
indicação do pedido de tutela final, com a
exposição da lide, do direito que se busca
realizar e do perigo de dano ou do risco ao
resultado útil do processo.

Diante do que fora apresentado, claro é a


PROBABILIDADE DO DIREITO BEM COMO O PERIGO DE DANO. O
Autor é vítima de erro em julgamento que afronta toda a
legislação pátria, conforme relatado em linhas anteriores.

Pelo ato praticado pela SEFAZ-GO, teve seu


nome inserido em rol de maus pagadores como SERASA, SPC e
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Cartório de Protestos, bem como também incluso na dívida ativa


do Estado de Goiás, o que o impossibilita de emitir Certidão
Negativa de Débitos, pois consta como débito o Auto de Infração
nº 4011003574862 (doc. anexo).

Inegável que a probabilidade do direito se deu


com o fato da inclusão do contabilista ter sido efetuada por inciso
que não previa qualquer ato de contador, qual era o inciso XIII;
bem como pelo fato da lei que incluía de forma expressa o
contabilista como coobrigado, a saber o artigo 45, inciso XII-A do
CTE, tenha sido promulgada e a sua vigência tenha se dado
apenas a partir de 29/12/2011, momento muito posterior ao da
lavratura do auto de infração, valendo mais uma vez dizer que a
autuação ocorreu em 28/10/2010, reportando-se a fatos
geradores de novembro e dezembro de 2009.

A probabilidade do direito se fundamenta


também, no fato de que tal lei que teve vigência apenas em
2011, tenha trazido de forma específica e taxativa de que maneira 10
pode-se incluir o contabilista no polo passivo, informando o § 2º do
artigo 45 do CTE, que somente após apuração de dolo ou fraude,
mediante o devido processo legal que se pode incluir o contador
no polo passivo.

Fato em momento algum observado ao longo


da instrução processual administrativa.

Ora Excelência, claro é que em momento algum


a legislação foi respeitada, seja pelo desrespeito à lei no tempo,
seja pelo desrespeito aos requisitos legais que devem ser
preenchidos para que tal solidariedade fosse justificada.

Não há no Processo Administrativo Tributário em


nenhuma de suas páginas qualquer apuração ou investigação
que vincule ao Autor, condição de dolo ou fraude mediante
apuração prévia de devido processo legal.

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Não houve sequer abertura de investigação


para apurar os requisitos legais do § 2º, sendo completamente
ignorados os princípios da ampla defesa, contraditório, presunção
de inocência e devido processo legal.

Diante do apresentado, claro é a probabilidade


do direito do autor, que se vê acuado pelo Estado, em seus atos
ditatoriais que ignoram por completo a legislação vigente.

Quanto ao Perigo de Dano, este é evidente. A


medida que o Estado ignora a legislação e pratica sanções como
protesto e inscrições em dívida ativa, SERASA e SPC, traz à vida do
Autor danos que se não forem cessados em caráter de tutela de
urgência, trarão ao mesmo danos irreversíveis.

O Autor encontra-se restringido de todo o tipo


de crédito bancário possível com as inscrições de seu nome e CPF
efetivados pelo Estado de Goiás.

A situação se tornou tal insustentável e absurda, 11


que até seu cartão pessoal de crédito foi cortado pelo banco, em
virtude das restrições já amplamente informadas.

Diante de tudo o que foi apresentado,


indiscutível é que os requisitos do artigo 300 do CPC/2015 foram
atendidos, sendo necessário e URGENTE A CONCESSÃO DE TUTELA
A FIM DE COMPELIR O ESTADO DE GOIÁS A SUSPENDER A
EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO NOS TERMOS DO ARTIGO
151, V DO CTN, PARA RETIRAR IMEDIATAMENTE TODAS AS
RESTRIÇÕES EFETIVADAS EM NOME DO AUTOR GEAZI EZEQUIEL DE
SOUZA, CPF nº 360.268.751-15, EM ESPECIAL A RETIRADA DE SEU
NOME DA DÍVIDA ATIVA PARA QUE ESTE POSSA EMITIR CERTIDÃO
NEGATIVA ou POSITIVA COM EFEITO DE NEGATIVA, TAMBÉM A
SUSPENSÃO DOS EFEITOS DO PROTESTO NO 2º CARTÓRIO DE
PROTESTO DE GOIÂNIA EXISTENTE EM NOME DESTE E POR FIM QUE
SEJA TAMBÉM RETIRADO O NOME E CPF DO AUTOR DE TODOS OS
ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO E RESTRIÇÃO AO CRÉDITO (SERASA, SPC

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ETC.), ALUSIVOS AO DÉBITO ORIUNDO DO AUTO DE INFRAÇÃO Nº


4011003574862.

III – DO DIREITO CORRESPONDENTE

DA INEXISTÊNCIA DE LEI AUTORIZADORA DE INCLUSÃO DO


CONTABILISTA À ÉPOCA DO FATO (ULTRATIVIDADE DA LEI)

Novamente se traz à baila do processo fato


completamente ignorado pelo Conselho Pleno em seu julgamento
no CAT-GO.

Conforme já dito em linhas pretéritas o artigo


utilizado pelo Fisco para embasar a inclusão de contabilista fora o
art. 45, inciso XIII. 12

Observa-se claramente que tal artigo em


momento algum cita a pessoa do contabilista, sendo inclusive
objeto de alteração do CTE em 2011 (inclusão do inciso XII-A) e
2014 (alteração do inciso XIII) para que deixasse claro a forma e as
causas que pudessem imputar a contabilista solidariedade em
cobranças tributárias.

Ocorre Excelência, que tal artigo entrou em


vigor apenas em 2011, sendo que se trata o Auto de Infração de
fato gerador de 2009, autuado em 2010, vejamos o que diz o CTN:

Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato


pretérito:

I - em qualquer caso, quando seja


expressamente interpretativa, excluída a
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aplicação de penalidade à infração dos


dispositivos interpretados;

II - tratando-se de ato não definitivamente


julgado:

a) quando deixe de defini-lo como infração;

b) quando deixe de tratá-lo como contrário


a qualquer exigência de ação ou omissão,
desde que não tenha sido fraudulento e
não tenha implicado em falta de
pagamento de tributo;

c) quando lhe comine penalidade menos


severa que a prevista na lei vigente ao
tempo da sua prática.

13

Com as alterações do CTE demonstra-se


claramente que os artigos utilizados à época da lavratura do Auto
de Infração não embasavam qualquer inclusão de contabilista no
referido PAT. Além do mais o CTN em seu artigo 106 assegura ao
autor o benefício da lei mais benigna, sendo tão claro que em
julgamento de Recurso Voluntário de Segunda Instância, favorável
ao Autor, fora dito o seguinte:

“QUANTO À PRELIMINAR DE EXCLUSÃO DO PÓLO


PASSIVO SOLIDÁRIO DA LIDE ARGUIDA PÕE ELA NO
SEU DEFENSÓRIO, POR VOTAÇÃO MAJORITÁRIA, EU
ACOLHO COM O CONVENCIMENTO DE QUE ELE
EMBORA SEJA O PROFISSIONAL CONTÁBIL
CONTRATADO PELA EMPRESA, VEJO QUE ELE NÃO
DEMONSTROU INTERESSE COMUM NA CONSTITUIÇÃO
DO FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA,

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TANTO NO MOMENTO DA OCORRÊNCIA DO FATO


GERADOR DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA NÃO HAVIA
NORMA ESPECÍFICA PARA SUPORTAR A SUA
INDICAÇÃO PASSIVA SOLIDÁRIA PARA RESPONDER,
JUNTO COM O SUJEITO PASSIVO PELO CRÉDITO
TRIBUTÁRIO, ORA EM DEMANDA.

A LEI Nº 11651 FOI ACRESCIDO O INCISO XII-A AO


ART. 45, PELA LEI Nº 17.519 DE 29/12/11, PORÉM A
COM VIGÊNCIA A PARTIR DE 29/12/11 E O FATO
GERADOR DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA OCORREU
NOS MESES DE NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2010

NA ÉPOCA DA OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR DA


OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA, NÃO HAVIA A PREVISÃO
LEGAL PARA A INCLUSÃO DO PROFISSIONAL
CONTÁBIL PARA RESPONDER PELO CRÉDITO
TRIBUTÁRIO, QUE POR SI SÓ, LHE GARANTE A SUA
EXCLUSÃO DA LIDE.

COM ISSSO, ACOLHO A TESE DO RECORRENTE E 14

APLICO A BENIGNIDADE DA ALÍNEA “C” DO INCISO II


DO ARTIGO 106 DO CTN E APLICO A ESTA AUTUAÇÃO
PARA EXCLUIR DA POLARIDADE PASSIVA SOLIDÁRIA
DA LIDE.”

Irretocável foi o entendimento da IV Câmara


Julgadora do CAT em seu Acórdão nº 1862/2014, ao analisar o
que fora apresentado em sede recursal, e não poderia ser
diferente, pois há claramente um abuso na inclusão do
Autor/Contador como sujeito passivo no Auto de Infração em
questão, fato julgado mediante manifesta ilegalidade pelo
Conselho Pleno, pois o próprio CAT-GO em julgamentos pretéritos
obteve o mesmo entendimento, vejamos:

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Processo: 3027721408662

GOIAMIDO AGROINDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA -


Sujeito Passivo: SOLIDÁRIOS: HENRIETTE MARGREET SALOMONS VAN
KEMPEN, MARCEL ADRIAAN CAESAR VAN KEMPEN,
MAGDA RODRIGUES GOMES - JARAGUÁ(GO)
Nome/Número Recurso da Fazenda Pública para o Conselho
da Peça: Pleno 00271/12 - Julga :Conselho Pleno

Advogado: IRINEU CORDEIRO DA SILVA

Conselheiro
Relator: LUIS ANTÔNIO DA SILVA COSTA

Representante
Fazendário: FÁBIO EDUARDO BEZERRA LEMOS E CARVALHO

Nº do Acórdão: 00873/12
15
ICMS. Questão processual. Recurso da Fazenda
Pública pedindo reinclusão de solidário na lide.
Pedido não acolhido por maioria de votos. I - Resta
claro que não havia previsão específica de
solidariedade por parte do contador da empresa
no momento da ocorrência da irregularidade
Ementa: apontada na exordial, pois somente a partir da
edição da Lei 17.519/2011 é que tal matéria se
encontra devidamente regulamentada; II - Cabe
destacar que nela (Lei 17.519/2.011) está
consignada exigência de realização de
investigação, através do devido processo legal,
onde se permita inferir de forma incontestável a
ocorrência do dolo ou da fraude por sua iniciativa.

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Perceba este Juízo que o próprio órgão julgador


administrativo, ora aplica a Lei de forma correta, ora a
desrespeita, como acontecido no presente caso.

Não há como prosseguir tal sujeição passiva


sendo que não há no Auto de Infração embasamento legal para
que isso ocorra, sendo que a não retirada do aqui Autor do polo
passivo do Auto de Infração suprimirá o princípio da ultratividade
da lei mais benéfica, bem como manterá uma decisão sem
fundamento legal válido, o que causará a este danos
imensuráveis.

DA AUSÊNCIA DE APURAÇÃO DE DOLO OU FRAUDE BEM COMO DO


DEVIDO PROCESSO LEGAL

16

Nota-se também no Auto de Infração em


questão que além de não haver embasamento legal correto, pois
a inclusão de contabilista veio a ser regulamentada apenas em
2011, há também uma supressão nos requisitos legais para que se
mantenha o contabilista como sujeito passivo da lide.

Há no CTE em seu artigo 45, § 2º no inciso XIII,


parágrafo este que complementa o inciso XII-A do mesmo artigo,
que taxativamente determinou que para a responsabilização do
contabilista ocorrer, deve haver processo que tenha apurado dolo
ou fraude praticado por este, vejamos:

Art. 45. São solidariamente obrigadas ao


pagamento do imposto devido na operação
ou prestação as pessoas que tenham interesse
comum na situação que constitua o fato

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gerador da obrigação principal,


especialmente:

XII-A - com o contribuinte ou com o substituto


tributário, o contabilista que, por seus atos e
omissões, concorra para a prática de infração à
legislação tributária;

§ 2º A responsabilização do contabilista de que


trata o inciso XII-A somente se dará no caso de
dolo ou fraude, apurada mediante o devido
processo legal.

Claro é Excelência que o CAT-GO coleciona no


julgamento do presente PAT erros crassos, ignorância do
procedimento legal bem como de princípios constitucionais.

É inegável que não há nos Autos do PAT nº


4011003574862 qualquer procedimento que atenda os requisitos 17
do § 2º o qual complementa o inciso XII-A do artigo 45 do CTE. Em
nenhum momento houve nos autos instauração de investigação
que apresentasse dolo ou fraude por parte do contabilista, muito
menos oportunidade de contraditório como prevê o devido
processo legal trazido no texto legal.

O fato é que não há como manter o contabilista


como sujeito passivo, pois não há nos autos do processo
administrativo qualquer indício de apuração de dolo ou fraude
por parte deste, sendo que sua inclusão se deu apenas no
“achismo” e suposição da autoridade fiscal que efetuou a
autuação e o lançamento, o que fere completamente os
princípios legais já elencados.

Portanto, todos os artigos levam a uma única


conclusão de que a inclusão do aqui Autor/Contador no PAT nº
4011003574862 na figura de solidário se deu de forma equivocada,
precipitada, ao arrepio da lei e ignorando princípios
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constitucionais e se baseando em suposições, devendo, portanto,


ser julgado procedente o pedido de anulação do Auto de
Infração que incluiu o Autor/Contador Geazi Ezequiel de Souza
como sujeito passivo coobrigado do crédito tributário.

IV) DA DESNECESSIDADE DE DEPÓSITO PREPARATÓRIO:

Apesar do art. 38 da Lei 6.830/80 (LEF) afirmar


que a ação anulatória de débito fiscal deve ser precedida do
depósito preparatório do valor que se pretende discutir, não
remanescem dúvidas de que a ausência do mesmo não é causa
impeditiva para apreciação da lesão ao direito, pelo Poder
Judiciário.
A própria Constituição Federal, em seu art. 5°
XXXV, garante este direito, nos seguintes termos: "A lei não excluirá
da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito." 18

O Superior Tribunal de Justiça já se manifestou


acerca do assunto:

“A doutrina e a jurisprudência enraizaram a


compreensão de que o depósito prévio
ditado no artigo 38, Lei 6.830/90, não
constitui indispensável pressuposto de
procedibilidade de ação anulatória de
débito fiscal.” (Acórdão REsp 183.969/SP, DJ
de 22/5/2000, relator Milton Luiz Pereira, 1ª
Turma do STJ)

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Neste sentido, o Supremo Tribunal Federal


consolidou o entendimento por meio de sua súmula vinculante n.º
28:

Súmula Vinculante 28: É inconstitucional a


exigência de depósito prévio como requisito
de admissibilidade de ação judicial na qual
se pretenda discutir a exigibilidade de
crédito tributário.

Desta feita, a Súmula Vinculante adquire força


de lei e cria um vínculo jurídico, não podendo mais, portanto, ser
contrariada.
Assim, exigir o depósito é o mesmo que obstar a
defesa da Autora e de qualquer outro cidadão, na contramão
dos princípios que regem o sistema jurídico brasileiro.
19

V – DOS REQUERIMENTOS:

Ao teor de todo o exposto requer de Vossa


Excelência:

a) Seja deferido o pedido de Tutela de Urgência,


conforme artigo 300 do CPC/2015, em favor de Geazi Ezequiel de
Souza, CPF nº 360.268.751-15, para determinar em seu favor a
suspensão da exigibilidade do crédito tributário do Auto de
Infração n.°4011003574862 nos termos do artigo 151, V, do CTN,
determinando ao Estado de Goiás que se abstenha doravante de
praticar qualquer ato alusivo à cobrança do tributo em questão,
bem como, para que expeça, quando solicitado, certidão positiva

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com efeito de negativa, promover a retirada do nome e CPF do


autor de registro de protesto em cartório competente e também
de CADIN, SERASA e SPC ou qualquer outra que possa restringir o
acesso ao crédito do mesmo, enquanto não for julgado o mérito
da presente demanda, sob pena de incorrer na prática de crime
de desobediência;

b) Seja a presente AÇÃO JULGADA TOTALMENTE


PROCEDENTE, para o fim de decretar a anulação do débito fiscal
constante do Auto de infração n.° 4011003574862, em relação ao
Solidário Geazi Ezequiel de Souza, por erro na identificação do
sujeito passivo, com fulcro nos artigos 106 do CTN e 45, inciso XII-
A, e XII § 2º do CTE;

c) A citação do Estado de Goiás, na pessoa de


seu Representante legal, no endereço indicado
20
preambularmente, para que, querendo, no prazo previsto no
artigo 335 do Código de Processo Civil, apresentar Contestação,
caso queira;

d) A condenação do Estado de Goiás ao


pagamento das custas processuais integrais, bem como, dos ônus
sucumbenciais em que a verba honorária deve ser fixada em sua
dosimetria máxima, nos termos do artigo 85, §3º, III do Código de
Processo Civil, o que requer-se desde já;

Protesta provar o alegado mediante prova


documental, testemunhal, pericial e demais meios de provas em
direito admitidas.

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Atribui à causa o valor de R$ 2.548.225,67 (dois


milhões quinhentos e quarenta e oito mil duzentos e vinte e cinco
reais e sessenta e sete centavos), para meros efeitos fiscais. Custas
iniciais, integralmente pagas.

Termos em que pede deferimento.

Goiânia/GO, 25 de maio de 2016.

MARCOS DUTRA VARGAS FLÁVIO XAVIER DE CASTRO


OAB/GO nº 30.802-A OAB/GO nº 36.916 21

RAFAEL MENDES MATEUS

OAB/GO 38.267

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