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Pedro, auditor fiscal do estado de Minas Gerais, em suas ações fiscais se deparou com quatro
situações. É necessário detalhar cada uma delas.
Na situação 1, a remessa em bonificação segundo o STJ não entra na base de cálculo do ICMS,
todavia segundo a lei instituidora do ICMS/MG, lei n. 6763/2005, art. 6º, VI, incide o ICMS, na
saída de estabelecimento, inclusive em decorrência de bonificação, logo, a atuação está correta.
Na situação 4, comodato é o empréstimo gratuito de bem infungível, para que seja comprovado
deve haver contrato, por escrito, com reconhecimento de firma. A falta de prova pelo
contribuinte da formalização do contrato permite que o fisco entenda haver mudança de
titularidade sobre o bem sem haver sido pago o ICMS na situação, neste caso, é cabível a
autuação devendo o contribuinte comprovar o contrário, de que se trata de comodato que
segundo a lei estadual, trata-se de hipótese de não incidência (art. 7º Lei ICMS) e conforme a
jurisprudência, súmula n. 573 do STF.
TURMA DE DISCURSIVAS – SEFAZ MG – PROVA 6 – PROFESSOR TUDÃO
O advogado da empresa Alfa em conversa com o auditor fiscal do estado de Minas Gerais, Pedro,
fez algumas afirmações, as quais passamos a detalhar:
A segunda afirmação está errada, pois a LC 160/2017 permite conceder remissão de débitos
tributários relativos, somente, ao ICMS, não cabendo tratar dos outros impostos estaduais.
A terceira afirmação está correta, conforme art. 1º da LC 160/2017, pois mediante convênio, a
referida lei complementar permite a remissão de créditos tributários, decorrentes de benefícios
fiscais instituídos por legislação estadual, publicada até a data de início de produção da referida
Lei Complementar, em desacordo com o disposto na alínea “g” do inciso XII do § 2º do artigo
155 da Constituição Federal.
A quarta afirmação está errada, está incorreta porque, embora a Lei Complementar nº 160/2017
permita a concessão de benefícios tributários entre estados, não dispensa as restrições previstas
nos artigos 14 e 16 da Lei Complementar nº 101/2000, conhecida como Lei de Responsabilidade
Fiscal. Esses artigos estabelecem, respectivamente, limites de endividamento e de gastos com
pessoal para os estados e municípios. Portanto, a concessão de benefícios tributários deve ser
feita dentro dos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, mesmo com a
autorização prevista na LC 160/2017.
A quinta afirmação está errada, conforme Informativo 756 do STJ que afirma não ser possível a
inclusão de créditos presumidos de ICMS na base de cálculo do Imposto sobre a Renda da Pessoa
Jurídica - IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, não tendo a LC 160/2017
aptidão para alterar a conclusão de que a tributação federal do crédito presumido de ICMS
representa.
TURMA DE DISCURSIVAS – SEFAZ MG – PROVA 6 – PROFESSOR TUDÃO
A questão trata de uma sociedade de economia mista que presta, de forma exclusiva, serviço
público de caráter essencial (abastecimento de água potável e coleta e tratamento de esgotos
sanitários).
Sim, a sociedade de economia mista que presta serviço público de abastecimento de água
potável e coleta e tratamento de esgotos sanitários faz jus à imunidade tributária recíproca. Isso
porque a imunidade recíproca é prevista no artigo 150, VI, "a", da Constituição Federal e se
estende às empresas públicas e sociedades de economia mista que prestam serviço público,
desde que o imposto incidisse sobre o patrimônio, renda ou serviços relacionados com suas
finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
Se a sociedade de economia mista passasse a ter suas ações negociadas na bolsa e fosse voltada
à remuneração do capital de seus controladores ou acionistas, deixaria de ser aplicável a
imunidade tributária recíproca. Isso porque a empresa passaria a ter fins lucrativos, o que
afastaria sua condição de entidade prestadora de serviço público. Nesse caso, a empresa seria
tributada como qualquer outra empresa privada.
Em regra, as sociedades de economia mista não são alcançadas pela imunidade tributária
recíproca. No entanto, quando essas entidades prestam serviços públicos e são exploradoras de
atividade econômica, podem se beneficiar da imunidade tributária recíproca nos termos do
artigo 150, VI, "a", da Constituição Federal. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem
reiteradamente reconhecido a possibilidade de extensão da imunidade recíproca às empresas
públicas e sociedades de economia mista que prestam serviço público, desde que o imposto
incida sobre o patrimônio, renda ou serviços relacionados com suas finalidades essenciais ou às
delas decorrentes (RE 407.099/SP, RE 407.660/SP, RE 419.692/SC).
TURMA DE DISCURSIVAS – SEFAZ MG – PROVA 6 – PROFESSOR TUDÃO
Onde:
P(A) = 1/3
P(B/A) = 1/2
Portanto,
Então, a probabilidade é de 0,17 ou 17% de a pessoa ver a face vermelha e a plateia ver a
amarela.