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TRABALHO EM GRUPO – TG

Operadores Argumentativos

Aluno(s):
Carina Strapazzon Cunico RA 1751235

POLO
Faculdades João Paulo II Unip Passo Fundo

2017
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................03

1.1 CONSIDERAÇÕES CONSEITUAIS..................................................................04

1.2 PRINCIPAIS OPERADORES ARGUMENTATIVOS.......................................06

CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................10

REFERÊNCIAS.........................................................................................................11
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1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por finalidade estabelecer o que são operadores argumentativos que
são palavras que estabelecem diferentes tipos de conjunção entre expressões ou frases, são
centrais na formação do discurso conforme o enunciado aonde são utilizados seus diferentes
tipos de uso, são também responsáveis pela ligação, pela coesão de duas orações. Amplia a
compreensão e o alcance ao seu estudo e sua estrutura nas contínuas mudanças pelas quais a
língua passa.
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1.1 CONSEIDERAÇÕES CONSEITUAIS

Conforme as necessidades do homem de querer saber mais e se aprofundar sobre os


diferentes tipos de conhecimentos na linguagem foi também necessária a ampliação da
compreensão no que diz respeito ao estudo e a estrutura da linguagem.

“...a linguagem passa a ser encarada como uma forma de ação, ação sobre o mundo
dotada de intencionalidade, veiculadora de ideologia, caracterizando-se, portanto pela
argumentatividade.” (KOCH, 1996 : 17)

A linguagem passou a ser identificada como um elemento mediador entre os seres


humanos, quando falamos ou escrevemos ou até agimos verbalmente nosso discurso é dotado
de intencionalidade. Desse modo ao passar do tempo foi se intensificando o estudo a partir da
argumentação.

“De um lado a idéia de um valor argumentativo situado a um nível semântico mais


profundo que um ato de argumentação; de outro lado a idéia de que este valor está fundamentado na
mobilização de topoi graduais suscetíveis de receber duas formas tópicas recíprocas,” (DUCROT –
1989:34-5)

Dessa forma os operadores argumentativos consiste em fundamentar ou reforçar a


intensidade do assunto dirigido, introduzem uma significação da representação das coisas do
mundo e em seu contexto de discussão introduzem marcas de pressuposição.

Gouvêa (2002) afirma que os operadores argumentativos são morfemas que imprimem,
nos enunciados, o poder de operar como argumentos para dadas conclusões. Segundo ela, a
NGB agrupa esses morfemas, basicamente, sob dois rótulos: (1) como “palavras denotativas”
ou denotadoras de inclusão (até mesmo, também, inclusive) e de exclusão (só, somente,
apenas); e (2) como conectores relacionais (conjunções coordenativas e subordinativas).

Sabe-se, contudo, que essas palavras são dotadas de força argumentativa e que, quando
empregadas nos enunciados, têm por função direcioná-los a conclusões compatíveis com a
intenção comunicativa do enunciador.

Koch (1992), apoiada nos estudos de Ducrot, reúne e desenvolve estudos acerca dos
operadores, e dois conceitos que aponta como salutares para entender seu funcionamento nos
enunciados são as noções de escala argumentativa e de classe argumentativa. Segundo ela,
“uma classe argumentativa é constituída de um conjunto de enunciados que podem igualmente
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servir de argumento para [...] uma mesma conclusão”. Já “quando dois ou mais enunciados de
uma classe se apresentam em gradação de força crescente no sentido de uma mesma conclusão,
tem-se uma escala argumentativa” (KOCH, 1992, p.30).

Operadores argumentativos são palavras cujo estabelecem sinalização da argumentação


se esta discordando ou não, se mantem a mesma linha de pensamento ou não. Estabelecem
expressões nas frases “ligações”, conectores ou conectivos exemplo:

Conectores ou conectivos são palavras que estabelecem ligações ou associações de


ideias:

 Adição: pois, além disso, finalmente, também, primeiramente, ultimamente, da mesma


forma, de igual forma...
 Alternativa: ou, ora...ora, quer...quer...
 Certeza/afirmação: certamente, é evidente que, com certeza, sem dúvida, é obvio que...
 Conformidade: como, de acordo com...
 Comparação: como, também, conforme, tal como, assim como, bem como...
 Concessão: embora, mesmo que, se bem que, apesar de, ainda assim, ainda que, mesmo
assim, de qualquer forma...
 Conclusão/ resumo: pois, portanto, enfim, concluindo, conclusivamente, em
conclusão, em síntese...
 Condição: se, caso, a menos que, exceto se...
 Confirmação: com efeito, efetivamente, na verdade, de facto, factualmente, verdade,
verdadeiramente, óbvio, obviamente…
 Consequência: pelo que, de modo que, de tal forma que...
 Dúvida: talvez, possivelmente, provavelmente, é possível que, é provável que, acaso…
 Opinião - na minha opinião, a meu ver, em meu entender, parece-me que, estou em crer
que…
 Oposição: mas, porém, todavia, contudo, no entanto...
 Proporção: ao passo que, à medida que, à proporção que...
 Reafirmação: ou seja, ou melhor, por outras palavras, efetivamente, na verdade, de
fato, resumidamente…
 Reformulação: quer dizer, mais corretamente, mais precisamente, ou melhor, dito de
outro modo, numa palavra, noutros termos, por outras palavras…
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 Sequência: começando, primeiramente, para começar, em primeiro lugar, antes de, em


segundo lugar, em seguida, logo após, depois de, finalizando…
 Tempo: quando, enquanto, até que, antes que, logo que, depois que, desde que, desde
quando, todas as vezes...
 Negação: não, nunca, tampouco, jamais, nada, ninguém, de modo algum, em hipótese
alguma
 Ordem: ultimamente, primeiramente, antes, depois...
 Inclusão/exclusão: também, até, mesmo, inclusive...
Estes são alguns exemplos de conectores que ligam proposições. Determinam algo que
é dito. Portanto, ao fazer essa ligação, eles indicam que tipo de relação: causa e consequência,
conclusão, oposição ou ressalva, soma de duas ideias, objetivo ou finalidade, e assim por diante.

Por isso, há vários tipos desses operadores argumentativos, que indicam argumentos
diferentes e sentidos diferentes no texto. Vejamos o esquema:
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1.2 PRINCIPAIS OPERADORES ARGUMENTATIVOS

a) Operadores de adição que somam elementos através de uma mesma conclusão: e,


também ainda nem. Exemplo: Leonardo é o melhor eletricista. Tem cursos elétricos e também
muita experiência no cargo.

b) Operadores que introduzem uma conclusão relativa a argumentos apresentados em


enunciados anteriores: portanto, logo, pois, em decorrência, consequentemente... Exemplo: A
poluição do meio ambiente está em decorrência da falta da conscientização da população
mundial aumentando cada dia mais, consequentemente a vida útil da população logo diminui.

c) Operadores que estabelecem relações de comparação entre elementos, com vista a


uma dada conclusão: mais que, menos que, tão...como. Exemplo: A professora Clara é tão
competente quanto a Diretora Íngridy.

d) Operadores que indicam uma causa, justificativa ou explicação: porque, já, que, pois,
por causa de... Exemplo: A minha mãe teve de levar minha avó ao médico pois estava com
dores fortes na coluna.

e) Operadores que introduzem argumentos alternativos que levam a conclusões


diferentes ou opostas: ou, ou então, quer...quer, seja...seja, ora...ora... Exemplo: Carolina não
fique triste Pitoco logo volta, ora ele foge e ora está aqui.

f) Operadores que assinalam o argumento mais forte de uma escala orientada no sentido
de determinada conclusão: até, mesmo, até mesmo, inclusive... Exemplo: Anita levou tudo para
sua casa até mesmo a sabonete do banheiro.

Ou de escala submetida: ao menos, pelo menos, no mínimo... Exemplo: Maria estava


jogando futebol muito bem no mínimo tinha que ter ganho o campeonato.

g) Operadores que introduzem argumentos que se contrapõe a outro visando uma


conclusão contrária: mas, porém, todavia, ainda que, apesar de... Exemplo: Marcos trabalha em
um banco porém gosta de jogar futebol.
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O usuário da língua deve se conscientizar no valor argumentativo da língua enquanto


está se colocando num assunto verbal com o interlocutor. Dessa forma a percepção e o
entendimento do discurso do outro é utilizado com eficácia.

Não há uma divisão formal, são estruturas ou expressões que tem uma finalidade do
discurso que tem uma finalidade e característica no seu texto ou enunciado.

Dentro dos organismos argumentativos existem coerências e coesões textuais. Quando falamos
em coesão textual, falamos de mecanismos linguísticos que permitem uma sequencia lógico
semântica.

Entendem, então, coesão como um conceito semântico referente às relações de sentido


que se estabelecem entre os enunciados que compõem o texto; assim, a interpretação de um
elemento depende da interpretação de outro. O sistema lingüístico está organizado em três
níveis: o semântico (significado), o léxico-gramatical (formal) e o fonológico ortográfico
(expressão). Os significados estão codificados como formas e estas, realizadas como
expressões. Desse modo, a coesão é obtida parcialmente através da gramática e parcialmente
através do léxico. LOPES (1983, p.9)
Dentro da coesão textual existem dois tipos. A coesão por substituição, que é aquela
referente ao modo como as palavras e expressões substituem umas às outras no texto. Entre os
elementos que garantem a coesão, temos:

 Pronomes

 Sinônimos

 Hiperônimos/Hipônimos

 Epítetos

 Advérbios

 Numerais

 Metonímias
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A coesão por ligação que trata de como os termos são encadeados dentro do texto.
Quem faz essa ligação e determinam a linha argumentativa são os operadores
argumentativos.

A coerência é tudo aquilo que tem lógica na coesão. Quando um conjunto de


ideias apresenta um texto uniforme.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluo este trabalho tendo em vista que os elementos argumentativos tem como
finalidade indicar a argumentatividade dos enunciados. As palavras que funcionam como
operadores argumentativos são conectivos. E eles introduzem vários tipos de argumento. O
usuário da língua deve se conscientizar do valor argumentativo dessas marcas para que as
perceba no discurso do outro e as utilize com eficácia no seu próprio discurso.
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REFERÊNCIAS

DUNCROT, Oswald (1989). “Argumentação de Topoi Argumentativos”. In: GUIMARÃES,


Eduardo (org). História e Sentido na Linguagem. Campinas, São Paulo: Cortez.

FÁVERO, L. Leonor. Coesão e Coerência textuais.


https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/123829/mod_resource/content/1/LIVRO%20OK%2
0Coes%C3%A3o%20e%20coer%C3%AAncia%20textuais%20Leonor%20F%C3%A1vero.pdf

FERNANDES, Clarice. Cascavel: 2013.


https://portuguesemdestaque.blogspot.com.br/2013/06/operadores-
argumentativos_12.html

KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. A inter-ação pela linguagem. São Paulo : Contexto, 1992.

KOCH, Ingedore Grunfeld Villança (1996). Argumentação e Linguagem. São Paulo: Cortez.

MACEDO, Sandra. Conectivos. 2006. http://www.infoescola.com/portugues/conectivos/

GOUVÊA, Lucia Helena Martins. Perspectivas argumentativas pela concessão em sentenças


judiciais. Tese (Doutorado em Língua Portuguesa) – Faculdade de Letras, UFRJ, Rio de
Janeiro, 2002

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