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| 1 o ANO – ENSINO MÉDIO |

LITERÁRIO NÃO LITERÁRIO

ÊNFASE NO PLANO DA EXPRESSÃO (poética) ÊNFASE NO CONTEÚDO (referencial)


CONOTAÇÃO/ figurado DENOTAÇÃO / literal
FRUIÇÃO ESTÉTICA; LÚDICO; ELEVAÇÃO ESPIRITUAL; UTILITARISMO/ INFORMATIVIDADE (PRAGMATISMO)
CONHECIMENTO; CULTURA; SOCIAL (denúncia)
SUBJETIVIDADE
FICÇÃO OBJETIVIDADE/ SUBJETIVIDADE
VEROSSIMILHANÇA – MÍMESE (imitação criativa/ recriadora) FACTUAL/ VERDADE

! ESTE QUADRO NÃO É UMA ESTRUTURA FECHADA, PRONTA E/OU ACABADA. TRATA-SE DE UMA SISTEMATIZAÇÃO DIDÁTICA.

FUNÇÕES DA LITERATURA: cognitiva (informações/ conhecimentos sobre o contexto da obra); social


(explora lado crítico/ texto como instrumento transformador da realidade) ; lúdica (fruição estética/ evasão
= despertar o belo artístico pela linguagem); catártica (sentimentos de angústia e tensão = descarga emotiva
= purificada).

ATENÇÃO!!!
! SUBJETIVIDADE x OBJETIVIDADE
SUJEITO (POSICIONAMENTO DO “EU”) – OPINIÃO/ EMOÇÕES FATOS/ REFERENCIALIDADE
EXPRESSIVA ou EMOTIVA REFERENCIAL ou INFORMATIVA

O PROCESSO COMUNICATIVO E AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM


! Predominância de certos aspectos no processo de comunicação (elementos que participam do processo)
! USA-SE a linguagem para quê? QUAL É A FUNÇÃO?

CÓDIGO
METALINGUÍSTICA

EMISSOR MENSAGEM RECEPTOR = [INTERLOCUTORES]


EMOTIVA POÉTICA APELATIVA

CANAL CONTEXTO
FÁTICA REFERENCIAL

1. Destaca o “como” se elabora a mensagem, considerando- se a seleção, combinação e sonoridade do texto ! POÉTICA
2. Coloca o foco no “com o quê” se constrói a mensagem, sendo o código utilizado o seu próprio objeto ! METALINGUÍSTICA
3. Focaliza o “quem” produz a mensagem, mostrando seu posicionamento e suas i mpressões pessoais. ! EMOTIVA
4. Orienta-se no “para quem” se dirige a mensagem, estimulando a mudança de seu comportamento. ! APELATIVA ou
CONATIVA
5. Enfatiza sobre “o quê” versa a mensagem, apresentada com palavras precisas e objetivas. ! REFERENCIAL
6. Enfatiza a efetividade, o meio “canal” pelo qual versa a mensagem. ! FÁTICA
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FIGURAS DE LINGUAGEM

SIGNO LINGUÍSTICO

Saussure –> SIGNO LINGUÍSTICO = composto de significante (sequência fonética) // significado (conceito).

!Interprete a tirinha abaixo explicando como se dá a relação significante e significado na obtenção do


efeito de humor.
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INTERTEXTUALIDADE
(diálogo entre textos) – pressupõe conhecimento de mundo

As relações intertextuais entre os diferentes discursos são manifestadas sob várias modalidades.
- A paráfrase, a qual consiste em uma nova recriação, mantendo, porém, a essência discursiva referente ao texto original.
- A paródia, que consiste também numa recriação, contudo, o discurso é voltado à desconstrução, à ironia e à crítica.
- A alusão ou referência, caracterizada pela menção que se atribui a um personagem, a um fato histórico ou até mesmo a um
acontecimento marcante, mediante o ato de interlocução.
- A epígrafe, representando um pensamento ou reflexão filosófica, proferida por uma figura de bastante representatividade,
podendo ser um filósofo, escritor, cientista, estudioso de maneira geral, entre outros.
- A tradução que, como o próprio conceito já retrata, consiste em reproduzir, para outro idioma, as ideias presentes em um outro
discurso.
- A citação, que se trata da transcrição, uma vez demarcada, das ideias já ditas por outrem.
- O pastiche: diferente da paródia, o pastiche artístico e literário trata-se da imitação (criativa) de um estilo ou gênero e,
normalmente, não apresenta um teor crítico ou satírico. O termo “pastiche” é derivado do latim (pasticium), que significa “feito
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de massa ou amálgama de elementos compostos”, uma vez que produz um texto novo, oriundo de vários outros.

TIPOS TEXTUAIS GÊNEROS TEXTUAIS


1. construtos teóricos definidos por propriedades 1. realizações linguísticas concretas definidas por
linguísticas intrínsecas; propriedades sócio-comunicativas;
2. constituem sequências linguísticas ou sequências 2. constituem textos empiricamente realizados
de enunciados e não são textos empíricos; cumprindo funções em situações comunicativas;
3. sua nomeação abrange um conjunto limitado de 3. sua nomeação abrange um conjunto aberto e
categorias teóricas determinadas por aspectos; praticamente ilimitado de designações concretas
lexicais, sintáticos, relações lógicas, tempo verbal; determinadas pelo canal, estilo, conteúdo,
4. designações teóricas dos tipos: narração, composição e função;
argumentação, descrição, injunção e exposição. 4. exemplos de gêneros: telefonema, sermão, carta
comercial, carta pessoal, romance, bilhete, aula
expositiva, reunião de condomínio, e-mail, crônica,
horóscopo etc.

GÊNEROS LITERÁRIOS

O estudo dos gêneros literários preocupa-se em agrupar as diversas modalidades de expressão literária
pelas suas características de forma e conteúdo.
! A classificação básica dos gêneros compreende: o lírico, o dramático e o épico (narrativo).

A)Gênero Lírico (elegia = melancólico/ lamento// ode = elogio/ exaltação)


" No gênero lírico predomina o sentimento, a emoção, a subjetividade, a expressão do EU. É a
manifestação do mundo interior através de uma visão pessoal do mundo. ! Função emotiva ou
expressiva

O lirismo identifica-se com a própria poesia, mas pode ocorrer num romance, num filme, num
quadro e em outras formas de arte.

B)Gênero Dramático - A palavra drama em grego (drao = fazer) significa ação. O gênero dramático
abrange os textos em forma de diálogo destinados à encenação.
! realiza-se no momento mesmo da encenação.
Estrutura: 1) personagens ligados com lógica uns aos outros e à ação; 2) pela ação dramática (trama,
enredo), que é o conjunto de atos dramáticos, maneiras de ser e de agir das personagens encadeadas à
unidade do efeito e segundo uma ordem composta de exposição, conflito, complicação, clímax e desfecho;
3) pela situação ou ambiente, que é o conjunto de circunstâncias físicas, sociais, espirituais em que se situa a
ação; 4) pelo tema, ou seja, a ideia que o autor (dramaturgo) deseja expor, ou sua interpretação real por
meio da representação. COUTINHO, A. Notas de teoria literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1973 (adaptado).

!Os fatos não são narrados como num romance em que os autores assumem papel das personagens
diante de um público que assim é envolvido com os acontecimentos.

!Uma peça é uma obra literária como texto destinado à leitura. Por outro lado, como espetáculo teatral
depende dos meios técnicos empregados na apresentação: imposição de voz, maquilagem, cenário,
figurino, iluminação.

A comédia, que para Aristóteles era a “imitação de homens inferiores, não quanto a toda a espécie de
vícios, mas só quanto àquela parte do torpe que é o ridículo”. De caráter cômico, tinha o cotidiano como
temática, satirizando os defeitos humanos e a sociedade como um todo, representada por personagens
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estereótipos das debilidades humanas, como o rabugento, o avaro, o apaixonado e o mesquinho. Sua
estrutura consiste em uma situação complicada inicial, mas no final tudo acaba bem.

A tragédia, que para o filósofo, era “a imitação de uma ação de caráter elevado, suscitando o terror e a
piedade. Tendo como efeito a purificação dessas emoções”. Retratada por um caráter mais sério e solene,
com personagens humanos pertencentes às classes nobres, como reis, príncipes, que sofriam nas mãos dos
deuses e do Destino. Sua estrutura consistia em uma ação inicial feliz, todavia com um final trágico, na qual
a temática era baseada no sofrimento e na desgraça do protagonista.

O drama retrata as pereferências, interesses e conflitos cotidianos mais próximos da burguesia.

A Tragicomédia, na qual o drama mesclava elementos trágicos e cômicos.

O Auto, uma peça curta, geralmente de conteúdo religioso ou profano, e, sobretudo, simbólico, uma vez
que seus personagens (tipo – representam estereótipos) não eram humanos, e sim, entidades abstratas,
caracterizadas pela hipocrisia, bondade, luxúria, virtude. Eram representadas por ocasião das grandes festas
religiosas, nos pátios ou no interior das igrejas, e muitas vezes nas praças.

A farsa, representada por uma pequena peça teatral, surgida por volta do século XIV, cujo objetivo era
despertar o riso por meio da representação de situações ridículas, grotescas ou engraçadas e criticar ou
satirizar os costumes -> personagens caricaturais em ações corriqueiras, burlescas.

C)Gênero Épico (ou Narrativo) - Ao gênero narrativo pertencem aqueles textos em que alguém narra
uma história, procurando retratar o mundo exterior.

! versos/ narrador em 3a pessoa (observador)


Na antiguidade a forma narrativa consagrada era a épica em que se faziam relatos de versos sobre as
origens das nacionalidades, os acontecimentos históricos que mudaram o curso da humanidade. Os heróis
épicos eram personagens históricas ou semideuses que se destacaram por excepcionais façanhas.
!As mais célebres epopeias: a Ilíada e a Odisseia de Homero; a Eneida de Vergílio; Os Lusíadas, de Camões.

As formas narrativas modernas resultam da evolução do gênero épico. São elas: o romance, o novela, o
conto e a crônica. O romance e a novela apresentam uma estrutura de múltiplos conflitos, em que se
caracteriza a pluralidade de ações. Em contrapartida, o conto gira em torno de um único conflito, decorre
disso a unidade de ações. A crônica, nascida das colunas dos jornais, exploram fatos da atualidade.

Elementos da narrativa:
P – personagens [simples (planas)/ complexas (redondas)]
E – enredo ! situação inicial/ conflito (complicação)/ clímax/ desfecho
N – narrador [personagem/ observador/ onisciente]
T – tempo [cronológico/ psicológico]
E – espaço [ físico/ psicológico]

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