Você está na página 1de 14

ELLEN PRISCILLA DE LIMA SILVA

WANDERLÉIA SANTOS SILVA

Análise da Postura em escolares de uma instituição do


ensino público da cidade de Maceió- Al

MACEIÓ/AL

2015/23

4
ELLEN PRISCILLA DE LIMA SILVA

WANDERLÉIA SANTOS SILVA

Análise da Postura em escolares de uma instituição de


ensino público e privado da cidade de Maceió- Al

Projeto de pesquisa apresentado como requisito


parcial, para conclusão do curso de Fisioterapia do
Centro Universitário Cesmac, sob a orientação da
Professora Sandra Adriana Zimpel e co-orientação da
Fisioterapeuta Luana Rosa Gomes Torres

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL JAYME DE ALTAVILA – FEJAL


CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

MACEIÓ/AL

2015/23

5
ELLEN PRISCILLA DE LIMA SILVA

WANDERLÉIA SANTOS SILVA

Análise da Postura em escolares de uma instituição de


ensino público da cidade de Maceió- Al

Projeto de pesquisa apresentado como requisito


parcial, para conclusão do curso de Fisioterapia de
Fisioterapia do Centro Universitário Cesmac, sob a
orientação da Professora Sandra Adriana Zimpel e
co-orientação da Fisioterapeuta Luana Rosa Gomes
Torres.

______________________________________________
Orientador

APROVADO EM: ___/___/___

BANCA EXAMINADOR
________________________
________________________
________________________

6
Prevalência de desvios posturais em escolares de uma
instituição de ensino público da cidade de Maceió- Al
Inglês

Ellen Priscilla de Lima Silva

Graduanda em Fisioterapia pelo –CESMAC

Ellen.priscilla@hotmail.com

Wanderléia Santos Silva

Graduanda em Fisioterapia pelo –CESMAC

Leia-0505@hotmail.com

Sandra Adriana Zimpel

Professora Mestra

sandrazimpel@uol.com.br

Luana Rosa Gomes Torres


Graduada e Pós graduanda
lua-rgomes@hotmail.com

Resumo

INTRODUÇÃO Postura pode ser definida como a posição ou o jeito do corpo


em disposição estática ou o conjunto hormônico das partes corporais em situações
dinâmicas, podendo ser influenciada por maus hábitos, que acarretam maior tensão
sobre as estruturas de suporte. Os desvios posturais caracterizam-se pelo aumento
do ângulo das curvaturas fisiológicas da coluna vertebral, as lordoses e as cifoses.
OBJETIVO: , o objetivo da presente pesquisa foi identificar a prevalência dos
desvios posturais em escolares de 8 a 14 anos do ensino público de uma escola da
cidade de Maceió-Al. O estudo caracteriza-se por ser transversal do tipo descritivo, onde

7
foram avaliadas 34 crianças de 8 a 14 anos de idade, ambos os sexos, matriculado
na escola inclusa na pesquisa.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

2 MATERIAL E MÉTODO

3 RESULTADO

4 DISCUSSÃO

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

APÊNDICES

ANEXO

8
1 INTRODUÇÃO
Postura pode ser definida como a posição ou o jeito do corpo em disposição estática
ou o conjunto hormônico das partes corporais em situações dinâmicas, podendo ser
influenciada por maus hábitos, que acarretam maior tensão sobre as estruturas de
suporte (Santos et al 2009; Melo et al 2012. Considera-se postura correta a posição
na qual o mínimo de estresse é exigido das articulações, fazendo-se necessário um
menor esforço muscular para mantê-las ( Quixadá et al 2011).

Uma boa postura é resultante da capacidade que os ligamentos, cápsulas e


tônus muscular possuem de suportar o corpo ereto, permitindo sua permanência em
uma mesma posição por períodos longos, sem desconforto e com baixo consumo
energético (Santos et al 2009).

Na sua normalidade, a coluna vertebral apresenta curvaturas próprias e os ossos


dos membros inferiores ficam em alinhamento ideal para a sustentação de peso. A
posição neutra da pelve acarreta em um bom alinhamento do abdome, do tronco e
dos membros inferiores. O tórax e a coluna superior se posicionam de forma que a
função ideal dos órgãos respiratórios seja eficiente. A cabeça fica ereta, bem
equilibrada, minimizando a sobrecarga sobre a musculatura da região cervical
(Santos et al 2009; Martelli, Traebert 2006).

Os desvios posturais caracterizam-se pelo aumento do ângulo das curvaturas


fisiológicas da coluna vertebral, as lordoses e as cifoses. Em crianças, as alterações
posturais são normalmente encontradas no período do crescimento e
desenvolvimento, sendo subsequente a vários ajustes, adaptações e transformações
corporais e psicossociais que marcam essa fase (Santos et al 2009).

Autores alertam para a realidade de que a postura da criança e do


adolescente pode ser influenciada por fatores intrínsecos e extrínsecos, como
9
hereditariedade, ambiente e condições físicas nas quais o sujeito vive, assim como
por fatores emocionais, socioeconômicos e por alterações advindas do crescimento
e desenvolvimento humano (Santos et al 2009). além das posições adotadas para
assistir televisão, utilizar o computador, como também às posturas adotadas para
estudar e, principalmente com o transporte do material escolar ( Moura, Fonseca,
Paixão 2009).

Hábitos posturais errôneos são passados de geração para geração. A


princípio, as crianças copiam as atitudes posturais dos adultos, sejam elas corretas
ou não, e, posteriormente, as incorporam ou as transformam (Santos et al 2009).
Vários problemas posturais, principalmente os relacionados com a coluna vertebral,
possuem sua origem no período de crescimento e desenvolvimento corporal, sendo
assim, na infância e na adolescência ( Moura, Fonseca, Paixão 2009).

Atualmente, tem-se observado um aumento importante na incidência de


problemas posturais em crianças de todo o mundo, tendo como causas mais
recorrentes a postura inadequada durante as aulas, a utilização incorreta de mochila
escolar, o uso de calçados inadequados, o sedentarismo e a obesidade (Santos et al
2009).Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o peso das mochilas e outros
materiais não devem exceder 10% do peso do aluno de ensino fundamental ( Moura,
Fonseca, Paixão 2009). Outro dado importante da (OMS) é que cerca de 80% da população
sofrem ou sofreram com algum tipo de incômodo na região das costas.

Crianças são seres em desenvolvimento e crescimento, assim, as rápidas


alterações que ocorrem durante a adolescência fazem com que seus tecidos
tornem-se estruturalmente mais frágeis à ação do acúmulo de cargas mecânicas
quando comparados com indivíduos maduros, sendo assim as cargas submetidas
durante o período de crescimento podem alterar o tamanho, o formato e a
estruturação da coluna vertebral levando ao surgimento de curvaturas posturais
anormais do indivíduo jovem quando tais cargas forem aplicadas frequentemente
( Moura, Fonseca, Paixão 2009).

Para Santos et al 2009 o comportamento postural infantil no período dos


primeiros anos de escola é o grande responsável pelos maus hábitos posturais
adquiridos, levando-se em consideração a evolução da sua postura ereta, suas

10
conjunturas anatômicas, sua coluna vertebral e as comunicações tidas com o meio
social em que vive. Com uma avaliação detalhada da postura é provável observar
modificações localizadas em vários segmentos do corpo como: protrusão de
ombros, aumento da cifose torácica, inclinações e rotações pélvicas e o aumento do
ângulo valgo de joelho. Tais modificações, normalmente acarretam em
consequências prejudiciais à função de sustentação e mobilidade e, desse modo,
seu diagnóstico precoce permite uma intervenção eficaz, principalmente tratando-se
de um sistema músculo- esquelético complacente, como o da criança.

Baseado neste contexto, o objetivo da presente pesquisa foi analisar a


postura dos escolares de 8 a 14 anos do ensino público de uma instituição da
cidade de Maceió- Al.

2. MATERIAL E METÓDO

O estudo caracteriza-se por ser transversal do tipo descritivo. O mesmo foi realizado
na Escola Municipal Pompeu Sarmento na cidade de Maceió – Al, com crianças da
faixa etária entre 8 e 14 anos. Foram avaliadas 34 crianças matriculadas na escola
supracitada, no período de 11 de Agosto a 16 de Outubro de 2015. O recrutamento
foi realizado pelas pesquisadoras através de convite nas salas de aula onde foram
esclarecidas todas as etapas da pesquisa. Foram excluídas as crianças que
apresentaram diagnóstico de alguma doença psiquiátrica ou musculoesqueléticas
congênitas.

Todos os Termos de Consentimento Livre e Esclarecidos(TCLE) foram


assinados pelos responsáveis, assim como os Termos de Assentimento pelos
alunos, segundo a Resolução Nº 196/96, do Conselho Nacional de Saúde, do
Ministério da Saúde (CNS/MS), antes do início da realização da pesquisa.
Os alunos inclusos foram conduzidos a um local reservado nas dependências
da Escola. onde foi aplicado um questionário que contemplou perguntas sobre
hábitos de vida diária, forma de carregar o material escolar e prática exercício físico.
Posteriormente foi realizada uma pesagem das mochilas, em uma balança digital
com capacidade de 150 kg, tendo uma precisão de 100g (Glass Eletronic
Personalscale, Recife-PE, Brasil), identificando se o peso éideal para cada aluno.

11
A medição da massa corporal foi realizada por uma balança mecânica com
capacidade de 180 kg, tendo uma precisão de 100g (Balança Personal180; Filizala
São Paulo, Brasil). A cada início de coleta de dados a balança era aferida e a
medida registrada em quilogramas, com duas casas decimais. A estatura foi medida
com um antropômetro fixado à balança e ajustado com um nível, para evitar uma
coleta errada devido ao posicionamento do mesmo, e os valores aferidos em
centímetros. As crianças foram posicionadas em pé de frente para a escala de
medida da balança com os braços ao longo do corpo e com o olhar num ponto fixo à
sua frente.
A avaliação das alterações podálicas foi realizada por meio do plantígrafo, um
aparelho que registra as pressões exercidas pelos pés, individualmente, durante a
realização de uma descarga de peso unipodal e estática com o pé descalço sobre o
aparelho referido, proporcionando a visualização das possíveis alterações de apoio
plantar dos indivíduos. Com as impressões plantares foi observada a descarga de
peso do pé, dividindo em três regiões: antepé, retropé e istmo. As impressões foram
feitas em papel sulfite de tamanho A4210x297 mm,e foram calculadas da seguinte
forma: foi traçada uma linha tangente à borda medial do ante-pé e na região do
calcanhar Ilfeld ( 1944); Staheli, Chew, Corbett (1987).

Foi calculado o ponto médio dessa linha. A partir desse ponto traça-se uma
perpendicular que cruza a impressão plantar. O mesmo procedimento é repetido
para o ponto de tangência do calcanhar. Dessa forma obtemos a medida da largura
do apoio da região central ao pé (A) e da região do calcanhar (B), em centímetros .
O índice do arco plantar (IP) é obtido pela divisão do valor A pelo valor B (IP = A/B)
(5).
Foi realizada perimetria real e aparente com uma fita métrica de 1,5 metros
para identificar possíveis assimetrias de membros inferiores e sua origem (muscular
ou óssea).

Utilizou o Simetrógrafo para fazer a demarcação dos segmentos corporais. O


indivíduo foi orientado a ficar em posição ortostática sobre uma superfície retilínea
com os pés descalços para a avaliação com a câmera fotográfica da marca Galaxy
Samsung EKGC100- Zoom Lens 21x posicionada a 3 m do avaliado e a uma altura
de 1,5 m do solo para registrar a visão do avaliador quanto as alterações posturais.

12
3. RESULTADO E DISCUSSÃO

Foram alocadas 36 escolares para participarem da presente pesquisa, destes foram


exclusos 2 crianças por desistirem de realizar a avaliação postural, totalizando 34
crianças que participaram do estudo sendo 23 meninas( 67,64%) e 11 meninos
(32,35%).

Na tabela 1 pode observar as características das variáveis numéricas dos


escolares, tais como seus dados antropométricos e peso da mochila.

Tabela 1 – Característica das variáveis numéricas dos escolares.

MENINAS MENINOS

N= 23 N = 11

Média DP Média DP

Idade Cronológica (anos) 11,78 1,44 12 1,18

Peso (gramas) 44,68 12,40 46,14 9,69

Altura (centímetros) 1,52 0,09 1,58 0,10

IMC 18,88 3,85 18,22 2,58

Peso da mochila 2,33 0,89 3,05 0,82

Fonte: Dados da pesquisa.


Legenda: N: número de indivíduos; DP: desvio padrão, IMC: índice de massa corpórea.

Pode-se observar que a média da idade cronológica entre os gêneros foi bem
aproximada e que o peso e a altura dos meninos foram superiores.
13
Segundo Bergmann et al (2006) nos meninos há um aumento médio de Massa
Corporal de 5,94 Kg durante o Pico de velocidade em Peso, já nas meninas esse
aumento é de 4,84kg o que corrobora com o presente estudo que relata um maior
peso corporal no gênero masculino. Ao se tratar de estatura, os meninos
aumentaram 25,95 cm, e as meninas 15,72 ao longo de 5 anos de
acompanhamento. No estudo de Gonçalves et al ( Não tem ano- é um TCC) no sexo
masculino, a massa muscular cresce de maneira desproporcional, resultando uma
maior porcentagem de massa magra, enquanto as meninas apresentam um maior
percentual de gordura corporal, obtendo um resultado semelhante ao estudo
supracitado.

O peso das mochilas foi menor nas meninas e em média menor do que 10% da
media do peso corporal de ambos os gêneros, o preconizado pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) (Moura, Fonseca, Paixão 2009).

. Relata-se no entanto que 4 meninas ( 17,39%) e 2 meninos ( 18,18%)


apresentaram o peso da mochila igual ou superior a 10%.

Estudo de Quixadá et al (2011) relata que em muitos estudos fica evidenciada uma
grande freqüência de alterações posturais em escolares, sendo uma das teorias a
utilização da mochila, evidenciando alterações posturais com o peso da mochila de
11% da massa corporal da criança n seu estudo que relata não haver alterações
posturais com tal porcentagem de peso da mochila .

Outro estudo relata que para Moura, Fonseca e Paixão (apud MIORANZA, 2007), os
problemas de deformidades na postura são causados por inúmeros fatores, mas
sem dúvida alguma o peso das mochilas é um fator extremamente evidente. Dessa
forma, os mesmos acrescentam que a fase mais crítica é no período em que a
criança está na fase de maior crescimento, quando dizemos que ela “esticou”. Ela
ainda ressalta que o agravante é o ato repetitivo, uma vez que a criança carrega o
material cinco vezes por semana, ao longo de muitos anos.

A obesidade na infância é um problema de saúde pública, tornando-se


progressivamente mais importante nos últimos anos . Por sua vez, é associado a

14
doenças crônico-degenerativas, à morbidade e à mortalidade (Ricardo; Araújo
2002). O IMC tem como objetivo determinar se a pessoa apresenta alterações de
peso, sendo utilizado para aferir se o peso do indivíduo é normal ou acima do normal
(OMS 1999). O calculo do IMC é realizado através do peso do sujeito dividido pelo
quadrado da sua altura ( IMC= Peso/Altura²) Santos, Santos, Maia (2009).

na presente pesquisa observou-se maiores valores de IMC nas meninas o que pode
ser observado no gráfico 1 abaixo.

Colocar gráfico

Gonçalvez et al ( não tem ano-tcc) identificou que 2% das meninas estavam com
obesidade; 14% com sobrepeso; 32% com o peso adequado e 52% abaixo do peso
considerado dentro da normalidade. Com relação aos meninos, a obesidade estava
presente em 6% deles, enquanto que 10% estavam com sobrepeso; 54% com o
peso normal e 30% abaixo do peso adequado, tendo A maior parte das meninas e
uma parcela dos meninos com o IMC abaixo do adequado para a idade, não
corroborando com o presente estudo que relata maior IMC no gênero feminino.
Segundo Dos Anjos, Da Veiga e De Castro (1998) As diferenças sexuais no ritmo
de amadurecimento, como a precocidade feminina em relação aos estagiamentos
maturacionais , explicam o padrão encontrado nas curvas brasileiras, onde os
valores medianos para meninas, que são sistematicamente superiores aos valores
encontrados para meninos apresentam diferenças cada vez maiores até os 15 anos
— período de maior contraste entre os dois sexos —, decrescendo depois, à medida
em que os estagiamentos de meninos e meninas se aproximam, corroborando com
o presente estudo.

A tabela 2 apresenta as variáveis categorias dos escolares como realização de


atividade física, perimetria real e aparente e o tipo de pé.

15
MENINAS MENINOS

N= 23 N = 11

N % N %

Atividade física

Sim 6 26,08 9 81,81

Não 17 73,91 4 36,36

Perimetria Real (cm)

Normal 17 73,91 10 90,90

Anormal 6 26,08 1 9,09

Perimetria Aparente (cm)

Normal 21 91,30 8 72,72

Anormal 2 8,69 3 27,27

Tipo Pé ( Unipodal)

Normal

Cavo

Plano

Fonte: Dados da pesquisa.

Legenda: N: número de indivíduos; % : porcentagem, cm: centímetros.

Observou-se que as meninas não patricam exercício físico além de ter sido
verificado que as mesmas estão em sobrepeso.

A partir do estudo de Santos; Santos; Maia (2009) indivíduos que praticam atividade
física regular, minimizam os riscos de apresentarem doenças crônico-degenerativas
como também o exercício físico é importante para promover um adequado balanço
energético, pois a energia gasta durante a atividade física é importante para que
ocorra um efeito positivo sobre a taxa metabólica de repouso e a melhora da
composição corporal, ajudando na perda de peso. Tal estudo corrobora com a
presente pesquisa que mostra maior aumento ponderal nos indivíduos não

16
praticantes de atividade física, as meninas. Segundo Galdino (2008) em crianças e
adolescentes, um maior nível de atividade física contribui para melhorar o perfil
lipídico e metabólico e reduzir a prevalência de obesidade, além de ser mais
provável que uma criança fisicamente ativa se torne um adulto também ativo, tendo
o mesmo consenso que o estudo citado anteriormente.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

17

Você também pode gostar