Você está na página 1de 4

3.

RESULTADO E DISCUSSÃO

Foram alocadas 36 escolares para participarem da presente pesquisa, destes


foram exclusos 2 crianças por desistirem de realizar a avaliação postural,
totalizando 34 crianças que participaram do estudo sendo 23 meninas( 67,64%)
e 11 meninos ( 32,35%).

Na tabela 1 pode observar as características das variáveis numéricas dos


escolares, tais como seus dados antropométricos e peso da mochila.

Tabela 1 – Característica das variáveis numéricas dos escolares.

MENINAS MENINOS
N= 23 N = 11
Média DP Média DP

Idade Cronológica (anos) 11,78 1,44 12 1,18

Peso (gramas) 44,68 12,40 46,14 9,69

Altura (centímetros) 1,52 0,09 1,58 0,10

IMC 18,88 3,85 18,22 2,58

Peso da mochila 2,33 0,89 3,05 0,82

Fonte: Dados da pesquisa.


Legenda: N: número de indivíduos; DP: desvio padrão, IMC: índice de massa corpórea.

Pode-se observar que a média da idade cronológica entre os gêneros foi bem
aproximada e que o peso e a altura dos meninos foram superiores.

Segundo Bergmann et al (2006) nos meninos há um aumento médio de Massa


Corporal de 5,94 Kg durante o Pico de velocidade em Peso, já nas meninas
esse aumento é de 4,84kg o que corrobora com o presente estudo que relata
um maior peso corporal no gênero masculino. Ao se tratar de estatura, os
meninos aumentaram 25,95 cm, e as meninas 15,72 ao longo de 5 anos de
acompanhamento. No estudo de Gonçalves et al ( Não tem ano- é um TCC) no
sexo masculino, a massa muscular cresce de maneira desproporcional,
resultando uma maior porcentagem de massa magra, enquanto as meninas
apresentam um maior percentual de gordura corporal, obtendo um resultado
semelhante ao estudo supracitado.
O peso das mochilas foi menor nas meninas e em média menor do que 10% da
media do peso corporal de ambos os gêneros, o preconizado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) (Moura, Fonseca, Paixão 2009).
. Relata-se no entanto que 4 meninas ( 17,39%) e 2 meninos ( 18,18%)
apresentaram o peso da mochila igual ou superior a 10%.

Estudo de Quixadá et al (2011) relata que em muitos estudos fica evidenciada


uma grande freqüência de alterações posturais em escolares, sendo uma das
teorias a utilização da mochila, evidenciando alterações posturais com o peso
da mochila de 11% da massa corporal da criança n seu estudo que relata não
haver alterações posturais com tal porcentagem de peso da mochila .

Outro estudo relata que para Moura, Fonseca e Paixão (apud MIORANZA,
2007), os problemas de deformidades na postura são causados por inúmeros
fatores, mas sem dúvida alguma o peso das mochilas é um fator extremamente
evidente. Dessa forma, os mesmos acrescentam que a fase mais crítica é no
período em que a criança está na fase de maior crescimento, quando dizemos
que ela “esticou”. Ela ainda ressalta que o agravante é o ato repetitivo, uma vez
que a criança carrega o material cinco vezes por semana, ao longo de muitos
anos.

A obesidade na infância é um problema de saúde pública, tornando-se


progressivamente mais importante nos últimos anos . Por sua vez, é associado
a doenças crônico-degenerativas, à morbidade e à mortalidade (Ricardo;
Araújo 2002). O IMC tem como objetivo determinar se a pessoa apresenta
alterações de peso, sendo utilizado para aferir se o peso do indivíduo é normal
ou acima do normal (OMS 1999). O calculo do IMC é realizado através do peso
do sujeito dividido pelo quadrado da sua altura ( IMC= Peso/Altura²) Santos,
Santos, Maia (2009).

na presente pesquisa observou-se maiores valores de IMC nas meninas o que


pode ser observado no gráfico 1 abaixo.

Colocar gráfico

Gonçalvez et al ( não tem ano-tcc) identificou que 2% das meninas estavam


com obesidade; 14% com sobrepeso; 32% com o peso adequado e 52%
abaixo do peso considerado dentro da normalidade. Com relação aos meninos,
a obesidade estava presente em 6% deles, enquanto que 10% estavam com
sobrepeso; 54% com o peso normal e 30% abaixo do peso adequado, tendo A
maior parte das meninas e uma parcela dos meninos com o IMC abaixo do
adequado para a idade, não corroborando com o presente estudo que relata
maior IMC no gênero feminino. Segundo Dos Anjos, Da Veiga e De Castro
(1998) As diferenças sexuais no ritmo de amadurecimento, como a
precocidade feminina em relação aos estagiamentos maturacionais , explicam
o padrão encontrado nas curvas brasileiras, onde os valores medianos para
meninas, que são sistematicamente superiores aos valores encontrados para
meninos apresentam diferenças cada vez maiores até os 15 anos — período
de maior contraste entre os dois sexos —, decrescendo depois, à medida em
que os estagiamentos de meninos e meninas se aproximam, corroborando com
o presente estudo.

A tabela 2 apresenta as variáveis categorias dos escolares como realização de


atividade física, perimetria real e aparente e o tipo de pé.

MENINAS MENINOS
N= 23 N = 11
N % N %

Atividade física
Sim 6 26,08 9 81,81

Não 17 73,91 4 36,36

Perimetria Real (cm)

Normal 17 73,91 10 90,90

Anormal 6 26,08 1 9,09

Perimetria Aparente (cm)

Normal 21 91,30 8 72,72

Anormal 2 8,69 3 27,27

Tipo Pé

Normal

Cavo

Plano
Fonte: Dados da pesquisa.

Legenda: N: número de indivíduos; % : porcentagem, cm: centímetros.


Observou-se que as meninas não patricam exercício físico além de ter sido
verificado que as mesmas estão em sobrepeso.

A partir do estudo de Santos; Santos; Maia (2009) indivíduos que praticam


atividade física regular, minimizam os riscos de apresentarem doenças crônico-
degenerativas como também o exercício físico é importante para promover um
adequado balanço energético, pois a energia gasta durante a atividade física é
importante para que ocorra um efeito positivo sobre a taxa metabólica de
repouso e a melhora da composição corporal, ajudando na perda de peso. Tal
estudo corrobora com a presente pesquisa que mostra maior aumento
ponderal nos indivíduos não praticantes de atividade física, as meninas.
Segundo Galdino (2008) em crianças e adolescentes, um maior nível de
atividade física contribui para melhorar o perfil lipídico e metabólico e reduzir a
prevalência de obesidade, além de ser mais provável que uma criança
fisicamente ativa se torne um adulto também ativo, tendo o mesmo consenso
que o estudo citado anteriormente.

Você também pode gostar