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b) é incapaz de explicar o movimento e

a mudança verificados tanto no mundo


quanto no pensamento.

c) é interna nas coisas objetivas, que só


podem crescer e perecer em virtude de
contradições presentes nelas.
DISCIPLINA: FILOSOFIA
PROFESSOR: ELIAS LIMA d) é um método (procedimento) a ser
aplicado ao objeto de estudo do
1. (Ufu 2012) O botão desaparece no pesquisador.
desabrochar da flor, e poderia dizer-se
3. (Uem 2013) “A filosofia de Hegel
que a flor o refuta; do mesmo modo que
constitui, assim, exemplo de um
o fruto faz a flor parecer um falso ser-aí
grandioso e radical investimento
da planta, pondo-se como sua verdade
especulativo, qualificado como Ideia de
em lugar da flor: essas formas não só se
liberdade. Ao mesmo tempo em que
distinguem, mas também se repelem
tem a pretensão de analisar a liberdade
como incompatíveis entre si [...].
segundo um modo conceitual (lógico-
HEGEL, G.W.F. Fenomenologia do
ontológico), quer, também,
Espírito. Petrópolis: Vozes, 1988.
compreendê-la como uma forma
histórica de sua manifestação. Ou, dito
Com base em seus conhecimentos e na
de outro modo, sem abandonar o seu
leitura do texto acima, assinale a
caráter autorreferencial (subjetivo), o
alternativa correta segundo a filosofia
filósofo pretende efetivá-la na sua
de Hegel.
necessária forma institucional
a) A essência do real é a contradição
(objetiva). (...) se a liberdade subjetiva
sem interrupção ou o choque
não alcançar essa dimensão e se
permanente dos contrários.
circunscrever no âmbito dos interesses e
b) As contradições são momentos da
desejos particulares dos indivíduos nas
unidade orgânica, na qual, longe de se
suas relações privadas, o próprio
contradizerem, todos são igualmente
princípio da liberdade se vê ameaçado.”
necessários.
c) O universo social é o dos conflitos e (MARÇAL, J. [org.] Antologia de
das guerras sem fim, não havendo, por textos filosóficos. Curitiba: SEED-PR,
isso, a possibilidade de uma vida ética. 2009. p. 309).
d) Hegel combateu a concepção cristã
da história ao destituí-la de qualquer Com base na citação anterior, assinale o
finalidade benevolente. que for correto.

2. (Ufu 2013) A dialética de Hegel: a) O livre arbítrio constitui uma ameaça


para a realização da liberdade.
a) envolve duas etapas, formadas por
opostos encontrados na natureza (dia- b) A liberdade deve ser pensada em dois
noite, claro-escuro, frio-calor). planos distintos: o primeiro,
autorreferencial ou subjetivo, e o uma visão linear e progressiva da
segundo, institucional ou objetivo. História, sendo que, para ele, ela é
processo, depende da organização dos
c) A efetividade do Estado e das homens para a superação das
instituições sociais constitui um contradições geradas na produção da
obstáculo para os desejos particulares vida material, para transformar ou
dos indivíduos. retroceder historicamente.

d) O exercício da liberdade é 5. (Uel 2005) Analise a figura a seguir.


característico de um processo
historicamente definido.

e) A liberdade é uma síntese da religião


com o autoconhecimento.

4. (Ufu 2007) Qual é a diferença entre o


conceito de movimento histórico, em
Hegel, e o de processo histórico, em
Marx?

a) Para Hegel, através do trabalho, os


homens vão construindo o movimento
A figura ilustra, por meio da ironia,
da produção da vida material e, assim, o
parte da crítica que a perspectiva
movimento histórico. Para Marx, a
sociológica baseada nas reflexões
consciência determina cada época
teóricas de Karl Marx (1818-1883) faz
histórica, desenvolvendo o processo
ao caráter ideológico de certas noções
histórico.
de Estado. Sobre a relação entre Estado
b) Para Hegel, a História pode sofrer e sociedade segundo Karl Marx, é
rupturas e ter retrocessos, por isso correto afirmar:
utiliza-se do conceito de movimento da
a) A finalidade do Estado é o exercício
base econômica da sociedade. Marx
da justiça entre os homens e, portanto, é
acredita que o modo de produção
um bem indispensável à sociedade.
encaminhe para um objetivo final, que é
a concretização da Razão. b) O Estado é um instrumento de
dominação e representa,
c) Para Hegel, a História tem uma
prioritariamente, os interesses dos
circularidade que não permite a
setores hegemônicos das classes
continuidade. Para Marx, a História é
dominantes.
construída pelo progresso da
consciência dos homens que formam o c) O Estado tem por finalidade
processo histórico. assegurar a felicidade dos cidadãos e
garantir, também, a liberdade individual
d) Para Hegel, a História é teleológica, a
dos homens.
Razão caminha para o conceito de si
mesma, em si mesma. Marx não tem
d) O Estado visa atender, por meio da a) o materialismo explica que as
legislação, a vontade geral dos condições materiais de existência não
cidadãos, garantindo, assim, a harmonia são fatores determinantes para o modo
social. de ser e pensar de cada um.

e) Os regimes totalitários são condição b) a sociedade e a política surgem da


essencial para que o Estado represente, ação da natureza e não da ação concreta
igualmente, os interesses das diversas dos seres humanos no tempo.
classes sociais.
c) o materialismo explica que são as
relações sociais de produção que
6. (NUCEPE – 2015) Identifique a determinam o modo de ser e pensar de
alternativa que corresponde ao conceito cada indivíduo. É um modo histórico, já
de ideologia desenvolvido por Karl que a sociedade e a política surgem da
Marx. ação concreta dos seres humanos no
tempo.
a) A ideologia é uma forma de mascarar
ou ocultar as contradições sociais e a d) a História é um processo contínuo e
dominação. A ideologia não tem linear, logo a realidade é estática e o
história, pois no lugar da história real é movimento da história possui uma base
colocada uma história imaginária. material e econômica, mas não obedece
a um movimento dialético.
b) A ideologia é o conjunto de
representações que apresenta a realidade e) a base material ou econômica
tal qual ela é, tornando o processo de constitui a “superestrutura” da
dominação visível aos dominados. sociedade, que exerce influência direta
na “infraestrutura” da sociedade, ou
c) A ideologia corresponde às ideias seja, nas instituições jurídicas, políticas
predominantes em determinada e ideológicas.
sociedade, logo expressa a realidade tal
qual ela é na sua objetividade. 8. (UECE 2018) “É o saber da história
como possibilidade e não como
d) A ideologia resulta da percepção determinação. O mundo não é. O
completa do funcionamento da mundo está sendo. Como subjetividade
sociedade, assumindo caráter positivo curiosa, inteligente, interferidora na
de verdadeira consciência. objetividade com que dialeticamente me
relaciono, meu papel no mundo não é só
e) Constitui um corpo não sistematizado o de quem constata o que ocorre mas
de normas e representações que nos também o de que intervém como sujeito
de ocorrências. Não sou apenas objeto
ensinam a pensar e agir em sociedade.
da História mas seu sujeito igualmente.
No mundo da História, da cultura, da
7. (NUCEPE – 2015) O materialismo
política, constato não para me adaptar
histórico dialético é o método de análise mas para mudar.”
da sociedade criado por Karl Marx. A FREIRE, Paulo. Pedagogia da
respeito desse método, é possível autonomia. São Paulo: Paz e Terra, p.
afirmar que 76-77.
O trecho acima apresenta uma visão C) concebe que os padrões absolutos do
acerca da história, que pode ser cristianismo são supraestéticos,
associada à concepção suprassensíveis, e por isso valorizam a
arte.
A) hegeliana, que compreende a história
no sentido teleológico, e cujo sujeito é o D) critica a concepção moral da
Espírito absoluto em busca de existência em defesa do caráter sensível,
autoconhecimento ‒ contemplação ‒ no estético do mundo, tal como se
tempo. configura na arte.

B) materialista histórica, em que a ação 10. Vi os homens sumirem-se numa


humana se constitui como fundamento grande tristeza. Os melhores cansaram-
da história, capaz de transformá-la ao se das suas obras. Proclamou-se uma
mesmo tempo em que a conhece.
doutrina e com ela circulou uma crença:
C) positivista, segundo a qual a história Tudo é oco, tudo é igual, tudo passou!
é um processo evolutivo que o homem O nosso trabalho foi inútil; o nosso
deve conhecer e nela conduzir-se em vinho tornou-se veneno; o mau olhado
um movimento racional de adaptação. amareleceu-nos os campos e os
corações. Secamos de todo, e se caísse
D) conservadora, que se funda na fogo em cima de nós, as nossas cinzas
existência de valores universais
voariam em pó. Sim; cansamos o
absolutos e em que a tradição é
fundamental para a manutenção de tais próprio fogo. Todas as fontes secaram
valores. para nós, e o mar retirou-se. Todos os
solos se querem abrir, mas os abismos
9. “[N]ão existe contraposição maior à não nos querem tragar! NIETZSCHE,
exegese e justificação puramente F. Assim falou Zaratustra, Rio de
estética do mundo [...] do que a doutrina Janeiro. Ediouro, 1977.
cristã, a qual é e quer ser somente
moral, e com seus padrões absolutos, já
com sua veracidade de Deus, por O texto exprime uma construção
exemplo, desterra a arte, toda arte, ao alegórica, que traduz um entendimento
reino da mentira – isto é, nega-a, da doutrina niilista, uma vez que
reprova-a, condena-a.”
NIETZSCHE, F. O nascimento da
tragédia, ou helenismo e pessimismo. – a) reforça a liberdade do cidadão.
“Tentativa de autocrítica”. São Paulo: b) desvela os valores do cotidiano.
Companhia das Letras, 1992, p. 19. c) exorta as relações de produção.
d) destaca a decadência da cultura.
Nessa passagem, Nietzsche
e) amplifica o sentimento de ansiedade.
A) apoia a valorização moral da obra de GABARITO
arte, negando que seja possível obras de 1.A 2.C 3.B 4.D 5.B
arte divergentes da moral cristã. 6.A 7.C 8.B 9.D 10.D

B) defende uma arte verdadeira, contra


a arte cristã, que adere à mentira, pois
não passa de uma moral.

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