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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS – CECH
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
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AGRADECIMENTOS
Os anos de graduação sem dúvida alguma são os anos mais decisivos na vida de
um estudante e, a mim só foi possível trilhar essa caminhada porque tive em minha vida
duas pessoas que sonharam comigo e acreditaram na possibilidade de concretização
dessa etapa: meus pais, Paulo e Lúcia. A eles meus sinceros e profundos
agradecimentos, não só por todo apoio emocional dado em todos os momentos difíceis
passados, mas, sobretudo, por terem financiado esse sonho com o duro trabalho dia após
dia, mês após mês, ano após ano até a presente data.
Ao meu professor e orientador Dr. Flávio Caetano da Silva, pela chance e pela
sinceridade em todas as fases que se sucederam a esse trabalho.
Ao meu amado e querido João Ricardo por ser muito além de um amigo, ser
meu presente e meu futuro. Aquele que me deu a mão, o colo, as certezas e alentos nos
tempos difíceis e, compartilhar comigo dos tantos outros momentos felizes. Por nunca
ter duvidado ou desanimado, pelo contrário, por encontrar novas maneiras para
permanecer ao meu lado.
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RESUMO
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SUMÁRIO
Agradecimentos
Resumo
Introdução e Justificativa...............................................................................................6
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INTRODUÇÃO e JUSTIFICATIVA
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outros trabalhos na área. Vale ressaltar que materiais específicos ao tema ainda são
muito escassos, por isso outras palavras chaves também foram utilizadas, tais como:
educação não-formal, educação não-escolar, pedagogo do trabalho, pedagogia na
empresa, atuação de pedagogos para além da escola, diferentes práticas educativas,
treinamento e desenvolvimento, recursos humanos entre outros.
A possibilidade de escolher uma temática para este trabalho tão desafiante como
este, foi o de buscar e compreender quais outros caminhos o pedagogo pode vir a ter
que não a docência dos anos iniciais de ensino, a qual a profissão está tão intimamente
ligada e automatizada na ótica popular. Pesquisar e entender, por meio da literatura,
quais as outras possibilidades de atuação do pedagogo em um contexto corporativo,
onde certamente se deparará com uma contradição: adaptar-se a cultura organizacional,
visto que as empresas têm um objetivo específico baseado no lucro ou se ater as raízes
de sua formação e promover uma educação reflexiva e teórica. Mas não se pode negar
que o pedagogo, com toda sua bagagem teórica-prática, tem seu horizonte ampliado,
não reduzido apenas a um compromisso político com a “escola”.
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Capítulo I - Pedagogia: Identidade e Formação
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Doutora pela Faculdade de Educação da UNICAMP e Docente da Faculdade de Educação da PUC-
Campinas.
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Foi da palavra PEDAGOGO - que começou como simples condutor ou guardião da
criança e acabou por se transformar em um preceptor (mestre encarregado da educação
no lar) - que derivou o termo PEDAGOGIA, vocábulo que aparece para designar uma
ciência e uma arte que tinha raízes antiqüíssimas, quase tão velhas como a própria
humanidade - a da educação das pessoas. (HOLTZ, 2006)
No século XVIII surge, pela primeira vez, no Dicionário da Língua Francesa, o
vocábulo PEDAGOGIA, como Ciência da Educação, que já se usava na linguagem
corrente2. Hoje o termo pedagogia é assim definido pela Língua Portuguesa3:
pe.da.go.gi.a sf (gr paidagogía) 1 Estudo teórico ou prático
das questões da educação. 2 Arte de instruir, ensinar ou
educar as crianças. 3 Conjunto das idéias de um educador
prático ou teorista em educação: A pedagogia de Froebel, a
pedagogia de Rui Barbosa. 4 ant Escola de primeiras letras.
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Informações retiradas da Enciclopédia Barsa On line.
3
Definido de acordo com dicionário Michaelis da Língua Portuguesa
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A partir deste levantamento é possível perceber que, desde sua criação, o curso de
Pedagogia desenvolve foco prioritário nos processos que envolvem o ofício docente em
instituições formais e regulares de educação. Assim a figura do pedagogo é cada vez
mais associada à do professor. Ao longo da história, a pedagogia vem buscando sua
identidade (ora geral, ora tecnicista), enquanto ciência ou ciências da educação. Muitas
foram as regulamentações ocorridas no curso de Pedagogia – 1939, 1962 e 1969 que
apresentaram um currículo mínimo como referência nacional e em 1996 deixa de existir
este currículo mínimo cedendo lugar às diretrizes curriculares para as diferentes
licenciaturas, menos para a Pedagogia – somente em 2005 é aprovada as “Diretrizes
Curriculares para os Cursos de Pedagogia” com o Parecer CNE/CP 05/20054. Diz o
documento que “a formação do licenciado em Pedagogia fundamenta-se no trabalho
pedagógico realizado em espaços escolares e não-escolares, que têm a docência como
base”.
Dessa maneira, abriu-se o caminho para o reconhecimento da dimensão
educativa que existe em outras instâncias da vida social, fora da escola regular e da
docência. Entende-se que onde houver uma prática educativa intencional, haverá aí uma
ação pedagógica (LIBÂNEO, 1996). Apesar disso, o pedagogo tem-se ainda
caracterizado como profissional responsável pela docência e especialidades da
educação, como: direção, supervisão, coordenação e orientação educacional, entre
outras atividades específicas da escola.
1.2 O pedagogo e sua atuação além dos espaços formais de ensino: sua importância e
sua prática
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Informação retirada do site CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação
http://www.cnte.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=334&Itemid=136 acessado em
10/06/2009
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De acordo com Torres5, a prática educativa formal – observada em instituições
específicas – se dá de forma intencional e com objetivos determinados, como no caso
das escolas. Por outro lado, a escola não é a única instituição capaz de educar. Educa-se
através das organizações (sindicatos, associações, clubes, empresas, partidos etc.).
Educa-se através das práticas sociais. Ainda de acordo com Torres, entende-se como
prática social as relações que se estabelecem entre as pessoas, entre estas e a
comunidade ou grupos, entre grupos ou grupos e a sociedade.
Pode-se compreender então que as práticas educativas não se dão de forma isolada
das relações sociais que caracterizam a estrutura econômica e política de uma
sociedade, mas estão subordinadas a interesses de grupo e de classes sociais. O objeto
de estudo da Pedagogia é o fato educativo. A partir dele, é tecida uma rede de
informações necessárias ao entendimento de como esse fato se dá. A Pedagogia
preocupa-se não apenas com o fato educativo, dissociado do contexto onde ocorre, mas
interpreta e analisa a realidade social. Estuda ainda as teorias educacionais que mostram
como a criança, o adolescente e o adulto aprendem; estuda também sistemas de gestão
administrativa e, nas disciplinas básicas, de caráter geral como Sociologia, Filosofia,
Psicologia, História da Educação; estuda o mundo, os sujeitos sociais e toda a sua
especificidade.
O curso de Pedagogia tem seu centro nos processos educativos, nos métodos, nas
maneiras de ensinar, no entanto, não se restringe a isto, assume significância mais
ampla. Na escola, na sociedade, na empresa, em espaços formais e não-formais,
escolares e não-escolares, as pessoas constantemente aprendem e ensinam. Não há
forma nem modelo exclusivo de educação, nem é a escola o único lugar em que a
educação acontece. Vale ressaltar então que o pedagogo é um profissional capacitado
para lidar com fatos e situações diferentes da prática educativa em vários segmentos
sociais e profissionais. O profissional pedagogo com a democratização do acesso a
escola e a outros espaços e instituições públicas vem, aos poucos, rompendo o conceito
de que só poderia atuar em uma instituição de ensino.
Libâneo (2002) escreve que o pedagogo tem identidade própria, seu campo de ação
compreende a ação educativa e os processos de ensino e de aprendizagem. A
confluência de outras ciências existentes no curso permite-lhe refletir e compreender as
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TORRES, Tércia Z. – A prática de bordar e os processos educativos nela inseridos. Relatório da disciplina
“Práticas Sociais e Processos Educativos”. UFSCar, 2004
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questões relacionadas à sociedade e ao ser humano. Sua formação multidisciplinar
confere-lhe a possibilidade de implementar ações interdisciplinares. A atuação
profissional do pedagogo é tão grande quanto são as práticas educativas na sociedade,
pois é “o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou
indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação ativa
de saberes e de modos de ação, tendo em vista objetivos de formação humana definidos
em sua contextualização histórica”. (p.52)
As possibilidades de exercício profissional do pedagogo são amplas, uma vez que o
objeto principal do seu trabalho é o ato educativo, a aprendizagem humana. Aprender
significa tomar conhecimento, tornar-se apto ou capaz de fazer alguma coisa, em
conseqüência de estudo, observação, experiência. Projetos que estimulem aprendizagens
são cada vez mais requisitados nos locais de trabalho e podem representar uma mudança
radical nas organizações e nas relações que nela acontecem. O Conselho Federal de
Educação, na indicação 70/76, artigo 2°, define o pedagogo como um dos especialistas
em educação "que se aprofunda na teoria, nos fundamentos ou metodologia da
educação” (SILVA, 2003, p. 60). O conceito de pedagogia e o fazer do pedagogo têm se
modificado ao longo dos tempos, hoje se entende que a pedagogia ocupa-se da “reflexão
teórica a partir e sobre as práticas educativas” (LIBÂNEO, 2002).
Atualmente as Diretrizes Curriculares para o curso de Pedagogia6, pela Resolução
nº01 de 15 de Maio de 2006, mostra a ampliação da formação inicial para o exercício da
docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de
Ensino Médio, na modalidade Normal, e em cursos de Educação Profissional na área de
serviços e apoio escolar, bem como em outras áreas, nas quais sejam previstos
conhecimentos pedagógicos, pois a base da formação do pedagogo é a construção de
saberes que permite fazer a leitura do mundo sob múltiplos ângulos e olhares. Entre as
diferentes áreas elencadas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais encontra-se a
possibilidade da atuação do pedagogo em atividades educativas em instituições não-
escolares, comunitárias e populares. Para atuar nestes espaços, o pedagogo conta com
sua formação, a qual se fundamenta no trabalho pedagógico que tem como base a
docência.
Os conhecimentos trabalhados no Curso de Pedagogia permitem que os acadêmicos
construam saberes e competências que os habilitam a atuar em diversos espaços
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Disponível: <www.ministeriodaeducacao.gov.br> Acesso em junho de 2009
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educacionais. O pedagogo não pode perder de vista os problemas sociais, especialmente
num tempo em que eles são potencializados por reflexos e implicações da globalização,
pela desigualdade e pela pobreza. Em função destas questões, é preciso ampliar o debate
sobre a formação educativa, refletir sobre a possibilidade e a necessidade de os sujeitos
(re)construírem saberes. A ética da condição humana tem sido muito debatida
atualmente no fazer profissional, por isso, insere-se no processo educativo de
desenvolvimento do ser humano e passa, fundamentalmente, pela formação de
consciência de todos os sujeitos na esfera social, profissional (GRISNPUN, 2003).
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Capítulo II - Breve panorama sobre educação formal, informal e não formal
Segundo Libâneo (2002), por Educação Informal entende-se que “o ser humano
educa-se pelo simples fato de viver e conviver com outras pessoas, desenvolvendo-se e
transformando-se por efeitos de sua interação com o meio no qual está interagindo.
Trata-se nesse caso de um processo espontâneo, não intencional e não formal, no qual se
observa a aprendizagem de experiências nem sempre conscientes, que preexistem e que
provavelmente formarão os suportes físicos, emocionais e sociais do individuo.
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São estas situações do dia-a-dia das pessoas que afetam e influenciam, segundo
Lopes (p.19), a Educação de modo inevitável, formando hábitos, atitudes de pensar e
agir do homem e, consequentemente, formando a sociedade em que se vive.
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educação, em que o tempo da aprendizagem não é fixado e são respeitadas diferenças de
assimilação de conteúdos.
É importante lembrar que no Brasil, tal modalidade de educação está vinculada às
classes mais baixas economicamente, pois visa suprir deficiências referentes à qualidade
do ensino que lhes é oferecido. Consequentemente, a educação não-formal acaba por ter
como objetivo a inserção de crianças e adolescentes, clientela essa majoritariamente
atendida, na sociedade, uma vez que foram excluídas desde o processo de seleção do
sistema escolar, em que a educação é destinada a poucos, e não é para o ensino público
na realidade brasileira.
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Além dessas atitudes necessárias, o investimento no capital intelectual dos
colaboradores da empresa também é fundamental. É inconcebível que uma empresa
moderna não veja que o investimento no seu capital intelectual é que faz a diferença.
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Pedagogia é a ciência que estuda de forma sistematizada o ato educativo, isto é, a
prática educativa concreta que se realiza na sociedade. Assim a educação é um conjunto
de ações, processos, influências e estruturas que intervêm no desenvolvimento humano,
na sua relação ativa com o meio natural e social, em um contexto de relações entre
grupos e classes sociais.
Assim, diante dos níveis de exigência ocorrida no mundo empresarial, surge um
novo cunho para a pedagogia, denominada Pedagogia Empresarial, um ramo da
Pedagogia que se ocupa em delinear frentes para que ocorra o desenvolvimento dos
profissionais como um diferencial entre as empresas. Ela - de acordo com alguns
autores consultados ao longo do levantamento bibliográfico feito -, procura favorecer
uma aprendizagem significativa e o aperfeiçoamento do capital intelectual para o
desenvolvimento de novas competências que atendam ao mercado de trabalho. Isso tudo
aliado às competências dos profissionais da área administrativa e psicológica.
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Capítulo III - O Pedagogo Empresarial e a busca pelo seu conceito.
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desenvolvimento social inter relacionando a área de educação com diferentes campos
temáticos: saúde, esporte e lazer, cultura, profissionalização, meio ambiente, direitos
humanos e outros.
Nos conceitos propostos pelos autores e, nas bibliografias pesquisadas, notei que o
pedagogo atuante nas organizações, embora com denominações diferentes, desenvolve
atividades de orientação, condução e operacionalização da educação do trabalhador nas
empresas.
Apenas para fins didáticos, será adotado o termo pedagogo do trabalho, muito
embora o termo pedagogia empresarial aparecer vez ou outra e, ser de cunho mais
popular ao se fazer pesquisas nesta área.
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profissionalização dos trabalhadores para acompanhar as mutações que estavam
ocorrendo no mundo do trabalho, decorrentes de transformações tecnológicas. A escola
encontrava-se despreparada para oferecer contribuições na profissionalização dos
trabalhadores para que atendessem as perspectivas de desenvolvimento industrial.
Sendo assim, buscaram-se outros mecanismos situados fora da escola formal para
formar o trabalhador viável àquele momento. A formação profissional passou a ter seu
âmbito cada vez mais definido no local de trabalho ou através de treinamentos
intensivos, coordenados por instituições ou pela própria empresa. (Figueiredo, 2004)
Neste atual cenário, embora não seja política das empresas, tampouco da sociedade,
a democratização e a disseminação generalizada do conhecimento, as formas de
organização do trabalho e os modelos de gestão de pessoas, trazem pressupostos de
novas formas de valorização do saber do trabalhador e implicam numa necessidade de
qualificação e requalificação constante (Souza 1981). As relações sociais sempre foram
tratadas de forma marginal nas empresas, não havia preocupação de relacionar
sistematicamente as relações sindicais com as relações com os empregados e, muito
menos com as relações com a comunidade (Teixeira, p. 90). Os conflitos sociais nas
empresas acabavam focados de fora para dentro, como se causados unicamente por
algum agente externo e tratados apenas na sua dimensão jurídica. Pouca ou nenhuma
importância foi dada aos fatores oriundos das relações com os empregados, da vida no
interior das empresas. Dentro deste enfoque, até por volta de 1990, as empresas não se
interessavam por gastar tempo, dinheiro e energia na preparação de seus funcionários
para corresponder as exigências do mundo corporativo. Se até agora foi suficiente uma
abordagem taylorista da realidade social, retalhando-a em suas diferentes facetas e
distribuindo os pedaços para os diferentes especialistas (administradores, psicólogos,
engenheiros e etc;), a compreensão de que o sistema social é complexo e imprevisível
encaminha as empresas para uma postura estratégica onde se integram concepções de
diferentes áreas das ciências, balanceadas pela progressiva adoção da política como o
referencial para a tomada de decisões.
O termo pedagogia empresarial e todo seu cunho prático surge como aliado para
estabelecer parcerias entre universidades e institutos, pois a educação deve preocupar-se
em integrar, produtivamente, o homem a sociedade, em prepará-lo para seu
desenvolvimento – preparo para a vida e pela vida. Se de um lado ela pode ser
institucionalizada e exercida de modo organizado e sistemático (nos diversos tipos de
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escola e obedecendo a planos pré- estabelecidos), ela é também desenvolvida, de modo
difuso, na família, na sociedade e nas empresas.
Percebe-se então que a ação pedagógica pode se apresentar das mais diversas
formas, e nos mais diversos contextos da atividade humana. A pedagogia tem no ser
humano o foco de seu trabalho e vê nas pessoas a possibilidade de transformar também
a sociedade. Na sua função de preparar indivíduos para a vida, o pedagogo ampliou sua
visão de educação e foi se aproximando do ser humano, nos mais diversos contextos
sociais, onde quer que o capital humano se faça presente. O conhecimento é
indispensável no mundo do trabalho e, para que os recursos investidos na educação do
trabalhador tragam os retornos desejados pelo capital é necessário que o processo
pedagógico seja planejado, implantado e desenvolvido de maneira eficaz, demandando
profissionais aptos para sua operacionalização, assim sendo, a presença do pedagogo na
empresa tem sido bastante discutida e evidenciada. Por exercer funções educativas num
ambiente em que as ideologias e os valores vigentes são diferenciados dos vivenciados
pela escola, a compreensão do contexto no qual e para o qual se desenvolve o trabalho
educativo é imprescindível para o pedagogo do trabalho.
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“O Pedagogo Empresarial precisa de uma formação
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Conhecer e trabalhar na direção dos objetivos particulares e sociais da Empresa
onde trabalha.
Conduzir com atividades práticas, as pessoas que trabalham na Empresa -
dirigentes e funcionários - na direção dos objetivos humanos, bem como os
definidos pela Empresa.
Promover as condições e atividades práticas necessárias - treinamentos, eventos,
reuniões, festas, feiras, exposições, excursões, etc... -, ao desenvolvimento
integral das pessoas, influenciando-as positivamente (processo educativo), com
o objetivo de otimizar a produtividade pessoal.
Aconselhar, de preferência por escrito, sobre as condutas mais eficazes das
chefias para com os funcionários e destes para com as chefias, a fim de
favorecer o desenvolvimento da produtividade empresarial.
Conduzir o relacionamento humano na Empresa, através de ações pedagógicas,
que garantam a manutenção do ambiente positivo e agradável, estimulador da
produtividade.
Ainda de acordo com a autora, quem pretende educar (orientar, influenciar, ensinar),
só consegue com os conhecimentos de Pedagogia - que é o conjunto das experiências
práticas e estudos sistematizados do fato educativo -, pois ela estabelece:
Aquilo que se deve fazer.
Estuda os meios de realizá-lo.
Põe em prática aquilo que concebeu.
Percebe-se que a ação pedagógica pode se apresentar das mais diversas formas, e
nos mais diversos contextos da atividade humana. A pedagogia tem no ser humano o
foco de seu trabalho e vê nas pessoas a possibilidade de transformar também a
sociedade. O conhecimento é indispensável no mundo do trabalho, assim sendo, a
presença do pedagogo na empresa é de fundamental importância; pois para efetivar seu
crescimento, a empresa depende da qualidade dos seus funcionários, se o capital
humano estiver bem preparado a instituição aumentará a sua produtividade.
Porém há que se ressaltar que por exercer funções educativas num ambiente em que
as ideologias e os valores vigentes são diferenciados dos vivenciados pela escola, a
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compreensão do contexto no qual e para o qual se desenvolve o trabalho educativo é
imprescindível para o pedagogo do trabalho.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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trabalho pedagógico (ensino) e a atividade profissional do pedagogo, que se desenvolve
em um amplo leque de práticas educativas (informais, não formais e formais).
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
HAID, Regina Célia C. Curso de Didática Geral. SP: Série Educação, Editora Ática,
2004.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 2002.
___________________. Que destino os educadores darão à pedagogia? In: PIMENTA,
Selma Garrido. (Coord.). Pedagogia, ciência da educação? São Paulo: Cortez, 1996
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As pessoas na organização. São Paulo: Editora Gente. 2002 . Vários Autores.
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