sanguíneo para os diversos tipos de tecidos
CARIOLOGIA determina a rapidez dessa distribuição. O rim, em
TOXICIDADE DO
FLUORETO
Dose provavelmente tóxica (DTP): 5,0 mg F/kg
de peso corpóreo.
⚠️Bochecho para crianças: alto risco de
ingerir⚠️
FARMACOCINÉTICA DO FLUORETO
Absorção
- Após a ingestão, o flúor é rapidamente absorvido
no plasma sanguíneo, predominantemente no
estômago. O conteúdo e composição estomacal são
importantes na determinação da taxa de absorção.
- O leite, os alimentos do café da manhã ricos em
cálcio e mesmo o almoço podem reduzir o grau de
absorção de 90% para 60%.
- Estômago vazio: 100% absorvido
- Ingerido com leite: 70% absorvido
- Se a absorção do flúor for alta, a fonte principal
de remoção será pelos rins.
- Para ser absorvido, precisa estar solúvel;
- A absorção pode ser reduzida dependendo do
conteúdo gástrico;
- Qualquer medida voltada para diminuir absorção
do F deve ser realizada RAPIDAMENTE.
- O flúor é distribuído por todo o organismo pelo
plasma, predominantemente na forma de flúor
iônico.
- Com o passar da idade, os níveis de flúor no
plasma aumentam gradualmente porque existe uma
relação direta entre a quantidade de flúor que se
acumula nos ossos que, com o passar do tempo,
aquela que é gradualmente liberada como parte do
remodelamento ósseo.
Distribuição
- O flúor é distribuído do plasma para todos os
tecidos e órgãos do corpo. A taxa de fluxo
geral, possui uma concentração maior de flúor que
a concentração correspondente no plasma. Em
contraste, o sistema nervoso central, como o tecido
adiposo, contém apenas 20% da concentração
presente no plasma.
- O flúor é um agente altamente reativo e reage
rapidamente com os tecidos mineralizados. Ao
longo do tempo, o flúor gradualmente se incorpora
à estrutura do cristal na forma de flúor-
hidroxiapatita. É durante a fase esquelética de
crescimento, na mineralização ativa, que a maior
proporção de flúor ingerido será depositada.
Assim, a retenção de flúor nas crianças pode chegar
até 80%, enquanto nos adultos apenas 50% do flúor
pode ser retido pelos ossos.
Eliminação
Por urina, fezes, suor.
- O tempo após alimentação é crítico.
- Rim faz excreção.
EXCREÇÃO DO FLUORETO EM CASOS
ODONTOLÓGICOS
1. via renal
Recomendações:
* Criança sentada com a cabeça inclinada para
frente;
* Pequena quantidade de gel na moldeira;
* Retira excesso do gel com algodão;
* Uso de sugador durante TODO O
PROCEDIMENTO;
* Até 5mg F/kg: cálcio via oral (leite) + observação
* Acima de 5mg F/kg: cálcio via oral (leite,
gluconato de cálcio) + induzir vômito + levar ao
hospital (se necessário);
* Acima de 15mg F/kg: hospitalar imediata;
enquanto aguarda o socorro: induzir vômito com
eméticos, ministrar hidróxido de alumínio ou cálcio
via oral.
 FLUOROSE DENTÁRIA
- Clinicamente, a porosidade do esmalte com
fluorose é refletida na sua opacidade. Assim, as
mudanças no esmalte induzidas pelo flúor durante
a erupção variam desde linhas opacas finas e
esbranquiçadas, correspondendo às periquimáceas
até uma superfície com aspecto de giz inteiramente
branca. Dependendo do grau de hipomineralização,
esse esmalte branco com aspecto de giz pode se
transformar, depois da erupção, em função do dano
mecânico, resultando em formas mais severas
(esteticamente desagradáveis) de fluorose.
- A primeira manifestação da fluorose dentária é
um aumento na porosidade do esmalte ao longo das
estrias de Retzius. Com a exposição aumentada ao
flúor durante a formação dentária, o esmalte exibe
uma porosidade aumentada ao longo de toda sua
porção superficial.
- Esse esmalte severamente hipomineralizado
ficará muito frágil e, então, quando o dente
erupcionar, poderá ocorrer um dano superficial em
função da mastigação, atrição ou abrasão.
- A fluorose dentária era uma hipomineralização do
esmalte em um processo de maturação outrora
normal. Assim, sugeriu-se que o flúor afetava o
esmalte retardando os processos de maturação
normal pré-eruptiva. Além disso, os estudos
mostraram que as fissuras de esmalte resultavam do
dano mecânico ao esmalte pela erupção dentária.
- Entretanto, o flúor pode modular a cinética de
degradação enzimática das proteínas da matriz no
ambiente extracelular e interferir diretamente nas
atividades da protease pela diminuição da
concentração de cálcio livre no ambiente
mineralização.