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Clínica de pequenos  A dragea tem uma película envolvendo o princípio ativo prensado,

não sendo possível fracionar


 Animal com hiperadreno costuma cursar com hipertensão  A cápsula é gelatinosa, sendo dois lados que se unem ou uma bolsinha
 Não confundir ritmo cardíaco com frequência cardíaca contendo o princípio ativo
 Algumas cápsulas são gastroresistentes
 A cápsula assim que abre já libera o princípio ativo, enquanto o
Terapêutica clínica geral comprimido tem que dissolver
 O medicamento genérico no Brasil nem sempre funciona como o de
 Animal hipotenso (muitas vezes desidratado) sem perda de volume referência, não tendo necessariamente a msm quantidade
pode ocorrer por hipoalbuminemia (hepatopatia) - faz uma colóide,  Alguns medicamentos têm efeito diretamente no organismo e outro de
que é composto por moléculas, que vão conseguir expandir o volume formas secundários
- também dá pra transfundir plasma - se fizer soro, ele não vai parar  Os indiretos podem ser sintomáticos, dietéticos
no vaso  Imunoestimulantes fornecem para o corpo os substratos necessários
 Duas principais vias excretoras, que vão depender das características para produzir os glóbulos brancos e os anticorpos
das substâncias - a eliminação renal precisa de uma substância  Sulfato de bário é o contraste mais usado no TGI e os iodados de
hidrossolúvel e polar - o fígado faz essa transformação das substância forma intravenosa
em hidrossolúveis e polares  Levamisol é um antiparasitário que serve como imunoestimulante, a
 Algumas substâncias já são naturalmente hidrossolúveis (como os cada 48 horas
aminoglicosideos), atingindo altas concentrações nos rins, muitas  No início da receita vem o cabeçalho, com informações da clínica, do
vezes sendo eliminado de forma inalterada - isso é bom quando tutor e do animal. Depois vem o uso externo (pele e mucosa) ou
precisamos atingir um microrganismo nos rins, mas é ruim se o interno (enteral (sublingual, oral, retal) ou parenteral (subcutâneo,
animal já for nefropata intramuscular, intravenosa)) - pode colocar direto a via. Depois vem o
 Muitas vezes no início da doença renal crônica (primeiro estágio), o nome do medicamento e a forma de administração (clara)
animal se mostra assintomático (apenas com poliúria e polidpisia)  Colocar o intervalo de administração em HORAS (mais preciso, para
 O fígado é o principal órgão responsável pela metabolização - em manter o medicamento em uma concentração estável, dependendo de
hepatopatas, não usar prodrogas, como o enalapril, mas opitar pelo sua meia vida, sem doses muito altas)
lisinopril - além de não conseguir o efeito desejado, vai sobrecarregar  É importante ter o peso no cabeçalho para registrar e tbm para ajustar
 Metahemoglobinemia ocorre quando há mudança estrutural da doses
hemoglobina, mudando o estado do ferro, causando deficiência no  O uso IV e IM é restrito para ambiente hospitalar e o SC apenas em
transporte de oxigênio - cianotico, taquicardia, taquipnéia, síncope, alguns casos
desorientação, torpor  A subscrição é uma parte presente em receitas de medicamento
 Antes da metahemoglobinemia ocorre sedimentos nas hemácias, magistral (manipulado), especificando a forma farmacêutica e a
vistos no microscópio, chamados corpúsculos de Heinz, que indicam quantidade a ser aviada - se escrever uso continuo a farmácia pode
que o processo é irreversível replicar sem o tutor precisar ficar voltando já clínica
 Gatos tem deficiência nas enzimas glicoronil transferases de  Sempre deixar claro se o medicamento pode ou não ser administrado
conjugação de segunda fase de metabolização com alimento - alguns interagem com o alimento, diminuindo a
 Dosagem envolve a dose e o tempo absorção - indicar quando for em jejum
 O edema pulmonar pode ser difuso ou ... - posição ortopneica,  Cuidado com as associações entre farmácos - doxiciclina e
estertor, mucosa pálida ou cianotica, FR muito alta suplemento alimentar com ferro, formando um quelato, que não vai
 O animal pode ter uma parada respiratória, se você submeter ele ao ser absorvido
estresse da contenção para o acesso  Animal com anemia hemolitica não precisa de suplemento de ferro,
 Se o animal está desidratado, demora mais para absorver na via porque ele não tem hemorragia, então o ferro das hemácias lisadas
subcutânea está sendo reciclado
 O tempo de absorção na via subcutânea é em média 15-20 minutos -  A hemorragia por hematozoario ocorre por deficiência nas plaquetas
pode demorar demais (coagulação primária)
 Para o animal engolir alguma coisa ele tem que fechar a glote e parar  O animal com sangramento nasal fica agitado por isso, liberando
de respirar noradrenalina, que aumenta a pressão, causando mais sangramento -
 A absorção intramuscular demora em torno de 10-15 minutos colocar em um ambiente mais frio, bolsa de gelo, antihemorragicos
 O que determina a passagem da água de um compartimento para o que causam vasoconstrição e pode sedar
outro é o gradiente de concentração e a osmolaridade  Normal é de 200 a 400 mil plaquetas - sangramentos espontâneos
 Fenotiazinicos diminuem a pressão, por vasodilatação, ajudando a abaixo de 50 mil (problema medular, secundário aos hemoparasitas) -
distribuir o líquido e controlar o edema - nitroprussiato também, mas fazer transplante de plasma
ele é muito potente  Hematocrito abaixo de 17% já tem indicação de transfusão, se o
 A via subcutânea é útil quando se quer uma determinada concentração animal estiver grave - se estiver bem, esperar, porque é arriscado
por um tempo - absorção lenta e constante  O cão dificilmente tem anticorpos contra os tipos sanguíneos na
 Quando eu quero um efeito rápido, a IV é melhor - mas substâncias primeira transfusão, mas na segunda, agora o gato pode ter na
oleosas não podem ser aplicadas na veia, então se usa a IM primeira
 Quando se dá medicação por via oral, ele interage com as moléculas  A hemorragia se caracteriza como grave quando se perde 30% do
existentes no TGI, com absorção intestinal, demorando uns 30 volume sanguíneo rapidamente
minutos pra fazer efeito
 Por via oral, as enzimas recebem atuação do ácido clorídrico e da
proteína, no estômago, que inicia a digestão de proteínas - usar uma
Aspectos a serem considerados na prescrição
cápsula para proteção
 Via intraossea geralmente no fêmur proximal, pq o acesso é mais  Para quem vai receitar: espécie, porte e peso, sexo, raça, idade e tipo
fácil, podendo fazer com agulha mesmo e não cateter - animal em de doença
estado crítico, fazendo só um bloqueio local  Um animal castrado costuma ter mais gordura, fazendo reserva
 Alguns medicamentos se depositam em tecido adiposo e isso deve ser  Um animal mais velho tem mais dificuldade para biotransformar e
considerado em tratamentos prolongados (fenobarbital) excretar o fármaco, além de ter menor volume circulante, menos
 O fenobarbital também ativa o mecanismo microssomal, musculatura e mais gordura - doses baixas
superativando o citocromo p450, com mais enzimas e degradação  Tomar mais cuidado com extremos de idade - procurar uma tabela
mais rápida específica para essa faixa etária
 Alguns antiarrítmicos devem ter diminuída sua dose, porque eles  Em um paciente com síndrome cardiorenal é necessário suspender os
começam a ativar a membrana diuréticos, para não piorar os rins
 Existem comprimidos grandes e longos usados de forma intravaginal,  Algumas raças são sensíveis a alguns medicamentos
chamados vela, mais em grandes
 As avermectinas são muito efetivas contra sarna demodecica - B = peso X % desidratação X 10
cuidado em collies, pode ser uma um tipo de avermectina preparada
em laboratório (amoxidectina) e existem outras moléculas boas, tipo o
sarolaner (simparic)
C= perdas contínuas
 A via retal não sofre efeito de primeira passagem, porque não
atravessa a veia porta, indo para a cava - isso se for bem caudal, na Vômito = peso X 40
ampola retal, mas se colocar mais fundo, aproxidamente 40% vai para
cava e 60% para a porta Diarreia = peso X 50 ml
 A maior vantagem da via IV é o efeito imediato, já que não há a fase
absorção Vômito e diarréia = peso X 60 ml
 Existe diferença na velocidade de absorção subcutânea de um cão
magro e obeso, que varia com vascularização e superfície de contato -
pode aplicar um volume maior (em um cão de 10 kgs, mais de 250 ml
Volume a ser infundido em 24 horas = A+B+C
no SC e de 1,5 a 2,5 na IM)
 Medicação oleosa e irritante é melhor via IM, porque na SC forma
granuloma - pós vacina antirrabica
 Via intraperitoneal pode ser muito interessante em animais muito Exemplo: cão adulto (2 anos), macho, 12 kg, V+D 3 dias, 8% de
pequenos, porque tem uma superfície de contato muito grande, desde desidratação
que não use medicação oleosa irritante, quando não é possível pegar
acesso - hidratação
 Em um animal desidratado, a via SC demora muito
A= 12 X 40
 A via peritoneal é feita uns dois dedos abaixo da cicatriz umbilical
(cuidado com a bexiga), com cuidado com a assepsia - mesmo lugar A = 480
para fazer drenagem peritoneal, que ajuda a diminuir os valores de
uréia e creatinina, usando uma solução saturada, que puxa esses
metabolitos
 Se a bexiga estive cheia e não der pra sondar, a gente faz um pouco a B = 12 X 80
cima da cicatriz umbilical, porque o risco é espetar o fígado, mas se
B = 960
ele não tá palpável, ele tá protegido pelo gradil costal
 A paracentese deve ser feita na linha alba, que não tem vascularização
nem inervação - a hora que passar a linha alba, a resistência para e a
gente tira o mandril C = 12 X 60
 A velocidade de fluido quando o animal está desidratado é 10/ml/kg/h
- se estiver desidratado, pode fazer 60/ml/kg na primeira hora C = 720
 O hepatopatas e o nefropata em estágios terminais tem
hipoproteinemia, por falta de produção e excesso de excreção,
respectivamente, com derrame de líquidos - usa plasma ou coloide
Volume em 24 horas: 2.160 ml
 Se o animal estiver hipotermico, pode mornar um pouco o soro para
diálise (coloca, espera e tira o soro) - até 37 graus
 Nunca usar abreviaturas na receita, só no prontuário
 Para melhorar a adesão do proprietário Na primeira hora pode fazer até 60 ml/kg = 720 ml
 Discutir a doença, incentivar perguntar, verificar a compreensão,
O restante se divide em 23 horas = 62, 6 mL/h, o que é aproximadamente
escrever o que é complicado e solicitar a cooperação do familiar
10 ml/kg/h msm
 Informação mínima ao proprietário
 Efeito do medicamento - pq é necessário?, quais os sintomas que No cardiopata, a infusão máxima é de 4 mL/kg/h - mais ou menos o
desaparecem e quais não desaparecem?, quando começará o efeito?, o nefropata crônico
que pode acontecer se tomado de forma incorreta ou não tomado?
 Efeitos colaterais - quais, como reconhecer, quanto tempo, qual a Se fizer muito fluido em um curto espaço de tempo muda a frequência
seriedade e o que fazer? respiratória e a mucosa conjuntiva fica ingurgitada
 Instruções: como deve ser tomado?, quando?, por quanto tempo?,
como guardar o medicamento e oq fazer com as sobras?
 As sobras devem ser encaminhadas para a farmácia, para descarte
 O soro fisiológico é ácido porque o cloreto com hidrogênio forma
ácido clorídrico
 O ringer é mais básico, pq é o precursor do bicarbonato
A = água de manutenção - toda a água consumida para manter o organismo  O animal desidratado de fundo renal pode ter acidose - usar ringer
em condições normal em 24 horas  Um animal com vômito e diarréia tá perdendo água e eletrólitos
 Quando o animal parar com a perda, o cálculo deve ser refeito
A adulto = peso X 40 ml(+1 ano, 1,5) - idoso tbm fica aqui

A jovem = peso X 50 ml
Dia 17/02
A muito jovem = peso X 60 ml

Dermatologia parasitárias e fúngicas


B= % de desidratação
 Escabiose
Leve 5%: alteração discreta no turgor, histórico de não beber água, não tem
 Popularmente conhecida como sarna (sarcóptica)
perda contínua
 É uma zoonose
Moderada 8% = tempo de turgor aumentado, enoftalmia, mucosas  Extremamente contagiosa
ressecadas  Pode acometer cães, roedores, gatos, animais de grande porte
 É mais raro em grande, pela espessura da pele
Severa 10% = mucosa ressecada, enoftalmia severa, TPC mais de 3  Em cães e gatos, se tem de 3-4 camadas de queratina na pele
segundos, alteração grave de turgor  Animais com a pele sensível ou alérgica são mais predispostos
 Agente etiológico: ácaro Sarcoptes scabiei var.canis
Maior sintoma é o prurido, específico e biopsiante, que lacera, corta a pele,  Em uma biópsia, para histopatológico, também pode-se encontrar o
não só pela ação do parasita, mas também pelo atrito do coçar – diuturno ácaro – melhor exame de pele, encontrando ácaro, fungo e alergia,
(prolongado) sendo o mais completo
 Pode-se fazer diagnóstico sorológico, ELISA ou histopatológico
Áreas de eleição para exames parasitológicos (raspado): pavilhão auricular,  A biopsia retira um fragmento de pele, em suas três camadas, para
articulação rádio ulnar e femurotibiopatelar (local de maior atrito com o análise no microscópio – pode servir como uma suspeita de atopia
ambiente, possuindo queratina) e extremidades de membros, porque são
 Em 1-2 meses, pode-se recuperar um animal muito mal
regiões em que o parasita se prolifera mais, devido a pele mais fina (sempre
 Animal em toxemia pode apresentar mucosas cianóticas, assim como
onde coça primeiro, onde começa a alergia)
em uma insuficiência renal, com excesso de ureia
 Tratar todos os contactantes, sintomáticos ou assintomáticos  Os antifúngicos são hepatotóxicos
 Regiões de pregas cutâneas são favoráveis ao crescimento  Não ficar sobrecarregando o rim do animal com corticoide – só usar
 Raspado de pele: vira o bisturi no sentido vertical e raspa a pele do quando necessário
animal até sangrar  Esperar uma semana ou duas entre um raspado e outro
 Tipo de sarna superficial – ás vezes nem precisa raspar muito  Não encontrar com tratamento até fechar o diagnóstico
 Depois de raspar, passa na lâmina, coloca uma solução fisiológica e  Um vermífugo também irá afetar no raspado
olha no microscópica  Tratamento: amitraz, avermectinas (ivermectina, abamectina,
 Também existe a possibilidade de se colocar um durex e puxar, doramectina, selamectina), milbemicinas (milbemicina oxima e
porque o ácaro está superficial, em um exame chamado de citologia moxidectina)
por decalque (imprint), que também vai para a lâmina  O amitraz (triatox) não é seguro – usar outras
 Isso é deferente do demodex, que tem que raspar até lá embaixo  Lembrar de quem não pode tomar ivermectina: collie, pastores,
 Animal chegou coçando, pergunta qual a nota de 0-10 hepatopata – isso vale para qualquer avermectina, mas a selemectina é
 Com nota de 7 a 10 o animal acorda para se coçar – intenso a mais segura (pode associar um protetor hepático), mas existem
outras opções mais seguras
 Primeira coisa a se pensar é ectoparasitas (carrapato, pulga) e,
principalmente, alergopatias (banho excessivo, perfume...), em 70%
dos casos
 Animal coçando muito, com pele crostosa, cheiro ruim, inflamação, a
primeira hipótese não é a sarna, mas ela é uma possibilidade
 O animal pode ter alergia de contato
 As alergias de pele podem ser até de parasitas, como pulga, carrapato,
fungo
 A inflamação e a contaminação na pele doem e incomodam o animal
 O citopoint (vacina) e o apoquel funcionam muito para animais
atópicos, mas não para infecções ou sarnas
 Cloro, removedor e lisoforme causam muita alergia em animais
 A positividade de raspado cutâneo de é 50-60% dos pacientes
raspados
 Se o tutor usou um ectoparasiticida há 1 mês, o animal tem lesões, e
se fizer o raspado, ele pode dar negativo e ele ser positivo – fazer mais
de um raspado
 Os antiparasiticidas de depósito diminuem a carga de ácaros
 A sarna contamina o ambiente
 Tratar todos os contactantes, mesmo os sem sintomas, porque eles
podem ter uma baixa carga parasitaria ou maior resistência
 Existem animais sintomáticos e assintomáticos
 O agente adentra o extrato córneo em menos de 30 minutos – pega
muito fácil e rápido
 Penetra em 2-3 mm – superficial, fácil de achar
 Deposita ovos embaixo da pele, com eclosão de larvas, que se
alimenta de queratina (restos celulares), até amadurecer
 Sinais após dias ou horas após a exposição
 Intensidade máxima de 21-30 após a exposição
 Se for feito o uso de corticoide, tópico ou sistêmico, ele não vai
diminuir a coceira – mas tende a aumentar, pela imunossupressão
 Prurido muito intenso, chegando a exaurir o animal
 O prurido é decorrente da conjunção de vários fatores, como
hipersensibilidade a presença do ácaro, irritação mecânica, pelo
escavar epidérmico das femeas, persença de subtancias pruridogênicas
acariana liberadas e, principalmente, resposta inflamatória local
 Em algumas situações, em que já se fez mais de um raspado e eles
dão negativos, pode-se tentar um diagnóstico sintomático, fazendo um
tratamento com antialérgico e corticoide, para ver se ele melhora, fica
na mesma ou piora
 Ocorre liberação de histamina, ativação de macrófagos, recrutamento
celular
 Pele inflamada, quente, vermelha e coçando
 Ocorre vasodilatação
 Pesquisa de reação otopodal: dobra a orelha e raspa a pele, em uma
porção contra outra, para ver se o animal coça
 Dignóstico definitivo quando se encontra alguma das formas Escabiose felina
evolutivas do ácaro ou de suas fezes, ao exame parasitológico de
raspado  Igual a de cachorro
 Diagnóstico terapêutico quando temos vários indícios de anamnese e  Também pode acometer outra espécie
sintomas, mas sem o encontro de ácaros nos exames parasitológicos  Também extremamente contagiosa
de raspado  Também pega no cachorro e no homem
 Agente: sacoptídeo Notoedres cati
 Se encontrar no cachorro, suspeitar que veio do gato
 Não é tão comum
 Exame de raspado em região cefálica e bordas de pavilhão Demodicose canina
 Tratar todos os contactantes, tendo sintomas ou não
 Problema dermatológico parasitário de maior frequência na clínica
 Felinos com problemas alérgicos ou com sarna fica com as piores
 Características de contaminação de mãe para filho
lesões na cabeça, pescoço e orelhas, porque eles se machucam muito
 Agente: demodex canis
 Fazem lesões bem crostosas, fáceis de achar o ácaro
 Transmissão a partir de fontes de infecção – fêmeas enfermas,
 É menos comum usar antipulgas em gatos, então há menos
portadoras ou convalescentes
interferência
 Adentra no estrato córneo nas primeiras horas após o nascimento e
 A pulga que parasita cães e gatos é Ctenocephalides canis ou felis
pode ser observado nos folículos pilosos em 16 horas
 Sarna é menos comum em gatos
 Todo o ciclo biológico ocorre na derme, com larva, ninfa e adulto
 Em gatos bravos, em busca de escabiose, pode-se coletar apenas as
 Fator genético envolvido – animais predispostos geneticamente, em
escamas (material secretado desidratado), com a base do pelo
geral, naqueles de raça definida e pelame curto
 Positividade em torno de 80%
 Nítido envolvimento do sistema imunomediado celularmente
 Tutores que deixam o animal na rua, também não dão antipulgas,
 Não existe transmissão direta do ácaro de um paciente para o outro
então se encontra um animal com exacerbação dos sintomas
 Não ocorre de forma transplacentária, mas o filhote pode pegar da
 A pulga pode ficar até 1 ano escondida em casulo
mãe no momento do parto
 Depois que formou o casulo, nem a dedetização mata a pulga - pode
 Ácaro relativamente comum
esperar até um ano para sair
 Em indivíduos sem resistência imunológica, ele se replica muito,
 O que estimula a pulga a sair do casulo é vibração do solo (animais
causando inflamação, prurido, muitas lesões, dor
andando), concentração de CO2 no ambiente (liberada por mamíferos)
 Difícil de achar no raspado - tem que raspar várias vezes bem
e temperatura ambiente - não saem todas de uma vez
profundo
 Depois que a pulga sai do casulo, ela vai em busca do animal - só vai
 Característica de ?? - alergia também pode causar
no ser humano, se o animal não estiver lá
 Ocorre em animais predispostos
 A pulga de cão e gato não parasita aves
 Principalmente, em animais de pelo curto
 Apenas 5% das pulgas são adultas e ficam no animal
 Animais adultos tendem a ter lesões e sintomas muito mais
 O carrapato fica no animal e não ambiente - sobe, se alimenta, desce,
exagerados, com o tratamento mais demorado, porque já foi tratado
digere, fica na haste mais alta do capim e gruda de novo em que
antes e já tem infecções secundárias - infecções mistas
passar na frente
 O maior órgão do sistema imune é a pele, então quando se perde
 Dependendo do carrapato, ele parasita as aves
integridade da pele, se perde a proteção imune
 Uma pulga vive em média 28 dias e coloca de 2.000 a 100.000 ovos
 Animais mais velhos com uma série de outros problemas, que
 Orientar o tutor sobre antipulgas - alexandre não gosta de dar
também precisam ser tratadas
antipulga de forma preventiva, porque também pode gerar resistência
 A demodicose generalizada cursa com alopecia e lesões de alteração
de princípio ativo -> Dar antipulgas apenas quando for necessário,
de cor (eritema ou malanodermia) e espessura (edema, queratose e
como em uma viagem para a roça, por exemplo
lignificação), formações sólidas (pápulas, nódulos), perda e reparação
 Em 30-40 minutos, os antipulgas modernos já agem
tecidual (escamas, colarinho, fístulas e crostas) e coloções líquidas
 A principal doença transmitida por carrapatos é a erliquiose e a das pústulas - não são exclusivos dessa patologia, pode ocorrer em
babesiose, passada por qualquer espécie de carrapato contaminado - o alergias crônicas, piodermite ou infecção bacteriana, fúngica ou mista
antipulga mais eficiente para prevenir a doença do carrapato não
 Sempre investigar o paciente que chega coçando e fechar o
existe, porque os antipulgas evitam que o carrapato fique no animal,
diagnóstico antes de tratar - quando apareceu, é a primeira vez, já
mas não que ele pique o animal
tratou antes, melhora com algum medicamento
 O carrapato não morre pelo contato com o animal protegido, mas pela
 Se os sintomas melhoram com corticoide, pensamos em alergia – não
picada, que já é o suficiente para transmitir
melhora ácaro
 O antipulgas evita a infestação, mas não a picada
 A presença de pústulas costuma indicar a presença de infecção
 A sarna ocorre principalmente em animais jovens, até um ano de bacteriana
idade, com contato com outros animais  Alopecia parcial, causando quadro queratoseborreico – shihtzu, lhasa,
 Desencadeia um processo inflamatório, que causa prurido intenso sheep dog, sharpei, buldogue inglês, boxer....
 Lesões de prurido intenso biopsiante  Esse quadro também parece de leish, então tem que investigar antes
 Não sazocional  Como sintomas gerai, na forma generalizada, o animal pode
 A sazonalidade pode estar relacionada com alergia apresentar claudicação e/ou impotência funcional, linfoadenomegalia,
 Diagnóstico igual: anamnese, exame clínico, raspado, reação edemaciação cervical e de membros, anorexia e prostação
otopodal, ELISA e histpatológico  A cura clínica precede a cura parasitológica – informar o tutor
 Tratamento: amitraz (tóxico), avermectina (ivermectina, doramectina  Exceções quando o quadro ainda é leve e o animal é hígido, sendo a
extrabula - não diz que pode usar em gatos – e selamectina) e primeira vez, ainda nunca tratato, aí pode-se já instituir uma terapia,
milbemcinas (moxidectina) para diagnóstico terapêutico, sem precisar ficar fazendo um milhão de
 As sarnas em geral apresentam uma melhora incrível na aparência do exames logo de cara
animal, após tratamento  Padrão ouro: coleta material para cultura e antibiograma, para evitar
 Se dar banho no animal com amitraz, ele vai se lamber, se intoxicando resistência bacteriana – só que a cultura demora em média de 7-15
 Diagnóstico com raspado dias, dependendo da bactéria e do laboratório, podendo ser tempo
demais para o animal e o tutores incomodados
 Até sair o resultado da cultura e antibiograma, já entro com um
antibiótico de largo espectro, que age bem em pele, como uma
cefalexina
 Às vezes, no retorno, o animal já volta top, sem precisar do resultado
da cultura, mas as vezes, ele volta pior, e esperar isso para coletar,
demoraria ainda mais
 Se o tutor não tiver condições de fazer o exame, a gente deve informar
ele que pode haver resistência e o animal não melhorar, a gente pede
um retorno mais rápido para ver se o animal tá melhorando – também
posso associar dois antibióticos, de classes diferentes, como
amoxicilina+clavulanato e quinolona, porque as chances de funcionar
são melhores
 O raspado confirma o diagnóstico, mas a biópsia de pele também
 Se continuar na dúvida ou o tratamento for muito demorado/caro, a
gente encaminha para um especialista
 Não pode ficar com dó de raspar, porque a pele tá sensível, porque o
ácaro fica super profundo
 O animal com sistema imunológico hígido, pode ter lesões bem mais
leves
 O ácaro entra pelo folículo, destrói a pele e as larvas começam a cavar
em direção profunda
 Ácaro super pequeno, bem menor que o sarcoptes
 Diferencial: piodermites, fungo, atopia, dermatite autoimune –
exclusão
 Diagnóstico definitivo pela visualização do demódex, pelo raspado,
biópisia, tricograma (puxa o pelo com o folículo junto), fita adesiva
 Cadelas no cio entram normalmente em imunossupressão, podendo
piorar a pele – não só na demodicóse, mas na atopia também
 Em uma ninhada, nem todos os filhotes vao apresentar sinais clínicos Otocaríase
– alguns podem ser subclínicos
 Exame parasitológico do cerúmen pode encontrar  Muito comum mesmo
 Também pode ser feita microscopia de exsudato lesional  A famosa sarna de ouvido
 A otodemodicoce está presente em 38% dos cães acometidos – pode  Também chamada de otodecidose, otocariose, sarna otodécido ou
fechar diagnóstico pela orelha sarna de ouvido
 Fazer 3 raspados, com intervalo de 2 semanas, após tratamento das  A otocaríase engloba também a otodemodicose, a forma localizada da
lesões, e se os 3 derem negativos, alta do paciente – se tiver sarna demodécica
imunossupressão, pode apresentar novamente os sintomas  Agente: ácaro amastigota Otodectes cynotis
 Acompanhar o animal por 1 ano, porque o animal pode recidivar  Eventualmente, é uma antropozoonose
 Terapia com avermectinas  Reservatório e fonte de infecção (humana e animal) = felídeos,
 Terapia com antibioticoterapia sistêmica, tratamento antisséptico e principalmente, domésticos
acaricida tópico e parasiticida (lactonas macrocílica: avermectinas e  Acontece muito por conta do banho e tosa – uso da mesma pinça para
milbemicinas) sistêmica limpar todas as orelhas
 Manifesta prurido, deposição ceruminosa e borra de café e,
eventualmente, oto-hematoma
 Reflexo oto-podal pode estar presentes
 Lesões cutâneas que incluem alterações de cor, perdas teciduais, e,
por vezes, alopecia
 Realização de otoscopia e exame parasitológico do cerumen
 As sarnas podem contaminar o ambiente, mas não são a maior fonte
 Cerúmen seco escuro de borra de café – em malassezia, é mais
grudento
 Pode-se passar esse cerúmen na lâmina e olhlar no microscópio – da
para ver o ácaro andadndo
 Em gatos, é muito comum em abrigos
 Transmissão direta fácil – principalmente em filhote
 Cava galerias e vive na superfície do conduto auditivo
 Parasita bastante ativo
 Sua presença está associada ao prurido e aumento da produção de
cerume
 Potencial zzonótico
 Tratamento: pode ser feito de uso sistêmico ou tópico, com
ivermectina, selamectina, imidacloprid, fipronil, diazinon, d-fenotrina,
tiabendazol e amitraz
 Todos os contactantes devem ser tratados
 Higiene do local é de suma importância, porque os ácaros sobrevivem
Demodicose felina fora do hospedeiro por meses
 Controle dificultado em canis, gatis e locais de aglomeração ou
 Demodex cati não é contagioso entre os gatos – exceto recém mantença de animais
nascidos  As vezes, so com um otoscópio, é possível ver o acaro andando
 Espécie gatoi pode ter transmissão entre os gatos, principalmente, em  Ovo adere ao substrato, formando a larva, que se alimenta de 3 a 10
superpopulações – acredita-se que seja por contato direto, mas não se dias e repousa de 10 a 30 horas, formando a proninfa, que passa um
conhece seu método de transmissão, então todos os contactantes período ativa e um de descanso, que dá origem a deutoninfa, que é
devem ser tratados abordada pelo macho, ficando os dois juntapostos pelos pares de
 Mesma coisa do cachorro sugadores dorsais. – ciclo rápido, com reprodução e vida em torno de
 O problema no gato é que ele vai se lacerar, principalmente, orelhas e 2 meses
olho  A maioria dos antipulgas trata
 Não é comum – rara e de bom prognóstico  Tratamento tópico
 Patogenia pouco clara, eventualmente associada a quadros  A maioria dos produtos otológicos tem um corticoide (anti
imunossupressores (autoimunes, neoplásicos, endócrinos ou inflamatório e anti pruriginoso), antibiótico e antifúngico e alguns tem
iatrogênico) ou metabolitopatias lidocaína – não pegam o ácaro
 Dexodex cati é mais fácil de evidenciar  Pode-se tratar com avarmectinas
 Só faço antibiótico se eu ver pus saindo do ouvido
 Não é possível tratar só com produto otológico, mas se a base dele for
bem oleosa e grudenta, ele pode grudar no ácaro e impedir que ele
respire – também diminui a coceira
 O tratamento tópico demora um pouco mais
 Pode-se associar o tratamento tópico e o antipulgas, para agir mais
rápido
 Só associar esse tratamento tópico se for realmente necessário
 Se é recorrente, ocorrre reinfestação, ou pelo ambiente ou pelo
contato com outros animais
 Na malazessia é importante usar um bom ceruminolídico, poruqe o
cerúmen é grudento
 Antipulgas tópicos também agem – pode pingar uma gota em cada
orelha e o resto colocar no dorso

 Na anamnese, perguntar frequência de passeio, contactantes, rota de


Pulíase
felinos, utilização ou não de ectoparasiticidas e qual, tipo de piso e
residência, presença ou não de pruridos e manobra de Mackenzie
 Em condições adequadas, uma fêmea adulta pode dar origem a 20 mil
(jogar agua oxigenada nas fezes da pulga)
adultos e mais de 160 mil formas imaturas intermediárias em 60 dias
 Diferencial: Otodectes cuanotis, Cheyletiella sp. Felicola substratos
 Nenhum antipulga pega pupa, nem dedetização – precisa esperar ela
ou Linognathus sethosus, L. radovskt, escabiose e ixodidiose
sair do casulo
 Todos os animais acometidos e contactantes devem ser submetidos a
 Pode desencadear prurido intenso
tratamento regular e periódico
 As pulgas de felinos e caninos são hospedeiros intermediários de
 Manejo ambiental de crucial importância – controle no animal e no
Dipilidium caninum e vetores de Rickettsia spp.
ambiente
 Alem do quadro tegumentar, pode desencadear um quadro
 Agentes antiparasitários: carbamatos, organofoforados, fipronil,
hemopatico
imidacloprid, piretrina e piretroides, selamectina, nitepiram,
 A ausência de pulgas no exame físico não exclui a possibilidade de
afoxolaner, fluralaner e spnosad
puliciose
 Diferencial para outros ectoparasitas
 As espécies mais importantes são Ctenophalides felis, Ctenophalides
canis e Pulex spp.
 Depois de sair do casulo, tem que comer em meia hora, para não
morrer – se não tiver cachorro nem gato, ela pica você
 A pulga só sai do animal, se ele bater a pata ou ela pular para outro
 Lesões características do animal alérgico: triangulo na região dorsal
do animal, com alopecia, formando pela boca do animal, pela
mordedura, em formato de triangulo porque o animal consegue
morder uma área maior em região mais caudal
 As pulgas ficam mais na região dorsal, sendo onde mais coça
 Começar a usar o antipulgas spray da cabeça para a cauda, para que as
pulgas não comecem a entrar nas orelhas, boca, nariz...
 Quando o animal chega coçando, a primeira coisa a fazer é caçar Leishmaniose
pulga
 Se o animal for preto e peludo, pode-se procurar as fezes da pulga  Uma das seis endemias mais importantes do mundo (dengue,
(uns pontos pretos), para ver se cai na mesa – higienizar a mesa entre leishmaniose, febre amarela, influenza, febre maculosa e leptospirose)
um paciente e outro  Transmissão por Flebotomideos do gênero Lutzmyia
 Para diferenciar sujeira de fezes de pulga, joga água oxigenada,  Flebotomo é um mosquito, que não é um pernilongo, porque tem ciclo
porque ela é feita de sangue, borbulhando na terra – pode ciclar em qualquer matéria orgânica
 Não ficar caçando a pulga em si, porque ela é muito ágil  Transmissão no repasto sanguíneo
 Existem dois tipos: visceral e cutânea
 Visceral causando organomegalia, ascite, insufiencia hepática, renal,
cardíaca
 Cutânea parece com qualquer outro problema de pele
 Diagnóstico achando o parasita (biópsia de pele) ou por sorologia – o
ideal é fazer os dois juntos
 As alterações dermatológicas são as manifestações clínicas mais
comns
 Difícil diagnostico por ter sintomas não específicos e grande
quantidade de animais assintomáticos
 De maneira geral, faz-se PCR, para estágios mais iniciais, e sorologia,  Lesão circular
para casos mais avançados  Muito chato de tratar – demora muito
 É muito difícil achar por raspado  Toda medicação anti-fungica causa alteração hepática – monitorar
 Deve-se fazer duas sorologias distintas, como PCR, ELISA,  Prurido entra 11 e 50% dos pacientes caninaos e felinos – nem todos
imunohistoquímica – muito difícil de achar, porque depende da fase coçam
do ciclo  Alergia sempre coça – se não coça, descarto
 Antigamente, ficava só em norte e nordeste, mas agora já está  Não e tão frequente em canídeos
espalhado  Gatos podem ser portadores assintomáticos e devem ser identificados
 A recomendação é não levar o animal para área endêmica – lembrar e tratados
que pega na gente também  O fungo permanece viável por 18 meses – higienização ambiental
 Prevenção evitando contato com mosquito: tela, coleira, repelente  Não basta melhora clínica, mas deve-se ter cultivo negativo pós
 Existe vacina terapia
 As coleiras são as formas mais recomendadas
 Onde tem dengue, pode ter leishmania
 Antes de fazer a vacina, preciso fazer, por lei, dois exames
sorológicos, porque depois esses exames podem dar positivo, por
conta da vacina
 Paciente positivo, com o laboratório comumnicando a vigilância
sanitária e a gente também
 Se der positivo, nós temos que orientar o tutor para a eutanásia –
inclusive na sorologia pré vacinal
 Reforço com exato 21 e terceira dose também – todo reforço anual em
365, com o tutor e o vet podendo responder por falhas
 Reforço com 21, porque é o pico de produção de anticorpos Malasseziose ototegumentar
 Se o animal passa dos 21 di5as em qualquer vacina, não precisa
começar do 0 – o ideal seria sempre fazer sorologia  Muito frequente
 A lei manda eutanásia, para evitar resistência bacteriana, porque só  Muito comum ter otite malassezica
existem 4 antibioticos que tratam – tratamento proibido na vet  A malassezia e um habitante comensal da pele de inúmeras espécies
 Foi desenvolvido um antibiótico próprio para a vet, mas ele não mata de mamíferos e aves
o parasito, só da uma sobrevida maior, com menos desconforto  Malasseziose primarias são raras
 O animal tratado, sem sintomas, também pode transmitir  As lesões ocorrem preferencialmente em região ventral do tronco e
 A vacina também não é 100%, dependendo do animal – se estiver dobras de pele
muito estressado ou com dor, pode não desenvolver reação imune  Melanodermia
 A coleira é a base de deltametrina, das famílias das pimetrinas, um  Prurido em 80% - sem resposta a corticoides
dos primeiros inseticidas usados, sendo um veneno  Fungo oportunista
 Coleiras para controle de pulga e carrapto são eficientes, mas  Normalmente está na pele, mas aproveita casos de alteração de pele
demoram mais e não são nada seguras  As lesões se manifestam como áreas alopécicas, escamocrostosas,
 Nessas coleiras, o animal é afetado e o ser humano também, porque discronicas, queratolignificadas, em pele normalmente untuosa,
tem contato intimo – um animal pode morder a coleira do outro exalando, odor rançoso
 O repelente funciona pelo cheiro, porém se houver vento ou água, isso  Posso encontrar no microscópio sem o animal ter a doença
aumenta a evaporação e diminui o tempo de funcionamento  Lignificação, pele grossa e enegrecida, quente, descamativa, cheira
 Não existe um teste 100% especifico e sensível mal – mesma cara da demodicose e as vezes pode ter os dois ao
 Animal caquético, lesão em ponta de orelha, crescimento exagerado mesmo tempo
das unhas, perda muscular  Otite manifestada com meneios cefálicos, otorreia, odor acético,
 O tratamento de cães em áreas endêmicas deve ser criteriosamente prurido, cerúmen em borra de café, lesões discômicas em pavilhões e
avaliado, porque os cães tratados permanecem como reservatórios meatos acustucos, acompanhados por hiperplasia até estenose do
 No hemograma, encontra-se anemia não regenerativa ramo vertical – comum
 Podem ser usadas 3 categorias de diagnóstico, os parasitológicos, os
sorológicos e os moleculares

Criptococose

 Muitas lesões em cabeça, com transmissão por brigas e arranhões


 Pode ser transmitida pelas fezes do pombo (passa mais de 200
doenças – por lei não podemos cuidar, temos que eutanásiar)
 Não zoonótica
Dermatofitose
 Felinos, caninos
 Agente etiológico isolado com maior frequencia e o Microsporum  Suscetíveis: caninos, felinos, bovinos e equinos
canis  A infecção e preoteiforme, acarretando lesões cutâneas, coo
 Lesões extremamente variáveis em sua manifestação clinica formações sólidas (pápula, nódulo, goma), perdas (erosão, ulceração,
 M.canis, que passa fácil apara a gente fistula) e reparação tecidual (crostas), por vezes acompanhadas de
 Diagnóstico por cultivo micológico linfoadenomegalia e manifestações neuro ou oftálmicas
 Vem o animal e o tutor com lesão  Lesões sólidas, de paúlas e perdas, como erosões
 Tratamentos com antifúngicos  A dermatopatia mais comum é a DAPP (dermatite alérgica a picada
 Comum sinais nasais: corrimento, dispneia, de pulga)
 Não há comprovação de aumento de suscetibiidade por FIV e FeLV,  O animal pode ter alergia a vários alérgenos, então pode ocorrer
mas sempre deve-se pensar em imunossupressão – teste de triagem diferentes tipos de dermatites ao mesmo tempo – difícil
(miou, testou)  Também é comum hipersensibilidade alimentar e dermatite atópica
 Diferencial: leishmania, esporococose, neoplasia, micobacteriose –  Existem alguns reflexos inficadores de prurido, como o otopodal
sorologia e biópsia  Na pratica, se pegam muitos casos recorrentes, que se tratou uma
 Diagnostico por cultivo microbiológico e histopatológico coisa e melhorou, mas o animal não tinha só aquilo
 Tratamento com itraconazol  Na grande maioria dos casos, se tem otite recorrente, porque a pele
recobre o conduto auditivo
 Existem sinais na pele que indicam doença crônica:
hiperpigmentação, hiperqueratose e liquenificação
 Algumas vezes, o diagnóstico ocorre apenas por exclusão, como é o
caso da dermatite alimentar
 Na atopia existem testes para identificação de alergenos, com
inoculação intradérmica - quando se descobre o alérgeno, é possível
fazer vacinas que vão dessensibilizar o animal
 Para diferenciar a dermatite alimentar da atopia, se faz a dieta de
exclusão, para ver se melhora ou não a coceira
 O animal não morre disso, mas vai ficar apresentando aquele
incomodo para o resto da vida

Esporotricose

 Zoonótico Hipersensibilidade humoral


 Tratamento demorado Tipo 1: IgE – reação imediata
 Suscetíveis: felinos, equinos e caninos
 Exames laboratoriais: citodiagnóstico e cultivo microbacteriológico Tipo 2: IgG + ação tissular – citotoxicidade
 Lesões cutâneas com perdas teciduais
 Dor, apatia, dispneia Tipo 3: IgG/M + Ag solúvel – imunocomplexos (pode causar vasculite ou
 Principalemte, em felinos domésticps, vegetação e solo – contamina outras alterações)
tudo
 Citologia, cultura e histopatológico para fechar diagnostico
 Lesão deformante e desfigurante – necrosante Hipersensibilidade celular
 Terapia com itraconazol
 Bons resultados com ozonioterapia Tipo IV: tardias, linfócitos T, não envolvem ac – retardada

Boa parte das dermatopatias estão associadas a duas ou mais reações de


hipersensibilidade, melhorando muito com o corticoide ou
imunossupressores (ciclosporinas), mas isso precisa ser mantido por muito
tempo e deixa o animal suscetível a infecções
Alergopatias

 O maior desafio é o diagnostico, pq as lesões são semelhantes


DAPP (dermatite alérgica a picada de pulga)
 Todas tem em comum o prurido, que é desencadeado pela ação de
citocinas, que devem ser bloqueadas para aliviar o prurido  Ocorre por reação alérgica à saliva da pulga
 O problema está em conseguir diminuir a interleucina responsável  Não é só a pulga que causa, mas qualquer inseto
pelo prurido, sem diminuir todas e afetar o sistema imune  Muito comum
 O método mais recente de controle do prurido é feito, a partir do  Prurido intenso, assim como na escabiose – usar os reflexos
citopoint, que contém anticorpos policlonais, contra a interleucina 31  Geralmente sazonal, principalmente, no verão, em que há mais
 Os felinos apresentam um padrão reacional cutâneo (granuloma parasitas no ambiente
eosinofilico), frente a diferentes injúrias alérgicas – mesmas  Coça muito
alterações (úlceras, placas e granulomas), em regiões semelhantes
 Se olhar por cima, se vê um triangulo, chamado de triangulo da
(placas em qualquer região, mas úlceras em cavidade oral, lábios e
DAPP, que demonstra o local em que o animal mais se coça
palato)
 Dermatite pruriginosa e papulo crostosa em animais sensibilizados a
 Dependendo da reação, ocorrerá sinais de forma aguda, no caso da
alergenos da saliva da pulga
reação de hipersensibilidade tipo 1
 Reação do tipo 1
 Angioedema: reação de hipersensibilidade tipo 1, com formação de
 As regiões mais comuns são: axiliar, inguinal, lombossacral dorsal,
edema de maior intensidade na região acometida – mediado por
coxal, caudo-medial, abdominal ventral, flanco e pescoço
histamina, que não tem uma meia vida longa, com os sintomas
 A região lombossacra é o hot spot, onde há maior lesão, porque o
abreviando
animal se coça muito
 Uma das formas de controlar a reação do tipo 1 é o uso de anti-
histamínicos
 Quando se passa a mão no sentido contrário do pelo se nota que ele hipersensibilidade a parasitos intestinas – nos felinos, incluir
está mais grosso pq o animal está se mordendo dermatofitose, foliculite bacteriana e dermatite miliar idiopática
 As pulgas ficam em lugares mais quentes, como axilar e inguinal, mas  O raspado é mais para encontrar ácaros e o tricograma mais para
pode-se encontrar no corpo todo, dependendo do nível de infestação encontrar fungos
 É muito importante tratar o ambiente  Alguns hematógenos liberam antígenos que podem causar reações
 Puliase é só uma infestação por pulgas, não causando alergia brônquicas ou cutâneas
 A picada de apenas 1 pulga pode deflagrar a doença – o animal não  A infecção primária por Demodex não causa prurido, mas se houver
precisa estar infestado infecção secundária, causa
 Para se comprovar se o animal teve pulga pode-se ver partículas de  Deve-se coletar material para raspado de lesões recentes
resquício de pulga, mas elas podem se assemelhar a poeira, então  Geralmente, as reações alérgicas já começam no animal jovem
coloca um algodão umedecido com água (a poeira não dissolve, o  Dificuldade para aderir ao tratamento, principalmente, se o tutor não
resto de pulga, sim) ou água oxigenada vê a pulga
 O maior desafio é fazer o tutor acreditar, porque muitas vezes o  No gato, existe risco de transmissão da micoplasmose pela pulga
animal engole aquela pulga e não se ve nd
 Aparentemente não há predileções
 No início do processo, as alterações geralmente estão só na região
lombossacra – eritema, alopecia ou rarefação pilosa e erosões e
ulceras alto inflingida
 Na área de erosões e ulceras se tem exsudação – dermatite úmida
aguda
 As ulceras quebram a barreira da pele, podendo causar uma
piodermite secundária, geralmente, por oportunismas (S. intermedius
e S. aureus, muitas vezes já resistentes as penicilinas – associar com o
clavulanato ou usar cefalosporinas)
 A mais usada é a cefalexina em uma dose muito maior do que para
outras patologias, por pelo menos 21 dias
 Período de tratamento mínimo de antibióticos é de 3-4 semanas
 Pode-se fazer uso de shampoos antissépticos com clorexidine, que
tem um bom efeito contra bactérias e leveduras – também pode fazer
aplicação local
 As vezes não é necessário fazer a terapia sistêmica, dependendo da
extensão da lesão da piodermite e dermatite aguda
 No caso da malassesia, pode-se associar a clorexidina com miconazol
 Ao longo de algumas semanas começa a ocorrer reações locais, como
aumento do sebo (seborreia seca), que pode ser diminuído com
peróxido de benzoila
 Pode ocorrer mudança da coloração do pelame com a evolução do
quadro, pelo contato com a saliva
 Perguntar sobre o tempo de evolução das lesões – foi depois de sair?
 As lesões não ocorrem o ano todo, são recorrentes, então deve-se
perguntar se já teve antes e quando foi (foi no verão?)
 Perguntar se faz controle de parasitas periódico e com qual produto
 Perguntar sobre acesso a rua sozinho ou com o tutor
 Cuidado em escolher um medicamento que seja knock down, ou seja,
não deixe a pulga picar
 A maioria das dermatopatias hormonais cursam sem prurido (exceto
se houver infecção secundaria), de forma bilateral e simétrica
 Diagnóstico: história, exame físico e resposta a terapia – é importante
considerar a distribuição das lesões
 Mesmo se o animal tiver outras patologias, eu tenho que controlar o
mais simples, que seria a DAPP e ver se melhora, para depois
continuar as investigações
 Tratamento: controle das pulgas com medicações, de distribuição
contínua, e no ambiente – fipronil, lufenuron, selamectina, sorolaner,
etc
 O tempo de eficácia do medicamento depende do nível de infestação
 No começo, principalmente, em reações intensas, pode-se usar
antihistaminicos (hidroxizine, cetirizina, etc)
 Controle de prurido com corticosteroides e oclacitinib – importante
para diminuir auto lesões
 Se passar de 7 dias de corticoide, deve-se fazer desmame por pelo
menos duas semanas
 O apoquel pode ser usado por até duas semanas seguidas e dps deve
ser interrompido
 Os piretroides tem efeito apenas nas pulgas adultas e o efeito residual
é muito pequeno
 Às vezes, pode ser necessário dedetizar a casa
 Se a casa tiver jardim, terra, não tem como controlar no ambiente,
então a resposta é mais lenta
 Pode ser necessário controlar o prurido até o medicamento fazer efeito
– usar um anti-histamínico, que vai diminuir o prurido, mas não vai Dermatite trofoalimentar
acabar com ele
 Diagnóstico diferencial: hipersensibilidade alimentar,  Ocorre por pequenas partículas que estão no alimento
hipersensibilidade medicamentosa (farmacodermia),  Hipersensibilidade alimenta ou dermatite trofoalérgica
 Ocorre o ano todo de forma semelhante
 Desordem cutânea pruriginosa e não sazonal, associada  Tratamento: evitar os alimentos agressores, dietas hipoalergênicas
presumivelmente ao material antigênico presente na dieta (caseira ou comercial), imunoterapia, corticoides em prurido muito
 Alergeno está no alimento intenso, antibióticos ou antifúngios, em casos de piodermites
 Também precisa de exposição prévia secundárias ou infecção por Malassezia
 Dificuldade de explicar para o tutor porque o animal sempre comeu
aquela ração e nunca teve aquele processo
 A água também pode passar alérgenos, inclusive resquícios de
microrganismos, como fungos e metabólitos – inclui água mineral na
dieta de exclusão
 Normalmente, são moléculas de alto peso molecular, principalmente,
glicoproteínas
 Etiologia: proteínas (glicoproteínas) e peptídios absorvidos intactos
através da mucosa
 Os alérgenos dietéticos suspeitos ou confirmados de causar são os
mais comuns de alimentação, como carnes bovinas e suínas, ovos,
soja, trigo
 Reações do tipo 1,3 e 4 – sinais se iniciam rápido e se perpetuam
continuamente enquanto houver contato com a fonte
 Diferenciar da intolerância alimentar, que causa sinais
gastrointestinais
 Normalmente ocorre em região interdigital, com otite recorrente – ás
vezes é só isso
 Podem mimetizar numerosas síndromes cutâneas
 Alteração da coloração do pelo das patas, ficando cor de cobre, pela
lambedura
 Prurido intenso em pés, orelhas, face e axilas – autotraumatismo, com
lesões secundárias de pele
 É comum ocorrer blefarites, ficando avermelhado, com o animal se
esfregando
 Baixa reatividade ao uso de corticoides
 Antes de entrar com dieta de eliminação, trata-se todas as outras
possíveis causas
 Anti histamínico minimiza um pouco, mas não acaba
 Causa otite externa crônica recorrente, mas não é patognomonico Atopia
 Aspectos clínicos: otite externa crônica, pápulas, pústulas, eritema,
escoriações, escamas, crostas, colarinhos epidérmicos, etc, sintomas  Reação alérgica a alergenos ambientais e dependendo do que
gastrointestinais (10-15%), sintomas nervosos, com convulsões desencadeia a reação, pode piorar em determinadas épocas do ano
(raros)  Não tem terapia específica, exceto a imunoterapia (vacina contra os
 Quando tem convulsões geralmente tá associado com imunocomplexo alérgenos)
 As vezes o espessamento da pele é tão evidente que oblitera o conduto  Presença de interleucina 31 como um grande produtor de prurido
auditivo, criando uma casinha para os microrganismos la dentro –  O apoquel (oclacitinib) inibe citocinas, para diminuir o prurido
necessário ablação de pavilhão  Difícil de diagnosticar – excluir todas as outras possibilidades
 Quando há um espessamento importante, com estenose, é importante  Dermatite pruriginosa programada geneticamente, de ocorrência
fazer glicocorticoide, porque o material não tem para onde drenar comum, onde o animal torna-se sensibilizado com antígenos
 É importante coletar material do conduto e fazer cultura e ambientais predominantemente inalados (vem com o ar)
antibiograma, porque esse ouvido já recebeu muitos princípios ativos  Sempre procurar a malassezia, mas lembrar que ela faz parte da
– é possível corar e olhar na lâmina, para ver mais ou menos o tipo de microbiota – precisa achar várias
bactéria e escolher melhor o antibiótico  O alérgeno pode ter contato pela pele, pode ser inalado ou ingerido
 Antes de usar um aminoglisodío, é necessário ter certeza que a  Etiologia: animais predispostos geneticamente e contato com diversos
membrana timpânica está integra, porque uma única aplicação pode alérgenos inalados, ingeridos ou absorvidos percutaneamente
gerar síndrome vestibular (andar em circulo, cabeça pendida, perda de  Existem alguns microrganismos que liberam partículas muito
equilíbrio) imunogênicas, recebendo o nome de superantígenos, que induzem
 É importante ressaltar que o animal tem otites bilaterais uma intensa resposta imune – S. intermedius e M. pachidermatis
 Diagnóstico: os testes intradérmicos com antígenos de alimentos  Esses superantígenos podem causar sepse e reações sistêmicas –
ainda não funcionam muito bem, o RAST (funciona melhor) e o geralmente, infecções hospitalares
ELISA são pouco úteis, biópsia é pouco feita – o principal é a dieta de  Patogenia com reação de hipersensibilidade do tipo 1
eliminação  Pode ser sazonal ou não sazonal (depende da sazonalidade do
 Antes da dieta de eliminação, eu preciso melhorar clinicamente esse antígeno)
animal  Raças mais predispostas: Golden retrivier, Cocker spaniel, scottish
 Pode-se antes de entrar com a dieta de eliminação, utilizar uma dieta terrier, lhasa apso, pug, dálmata, fox terrier, schnauzer
hipoalergênica, que vai ser mantida, caso haja melhora clínica – se  Idade do aparecimento dos sinais clínicos de 6 meses a 7 anos –
aparecer os sintomas de novo, trata outra vez e faz a dieta de aproximadamente 70% entre 1-3 anos
eliminação (muito cara)  Prurido é o sinal preponderante
 Faz 30 dias da dieta, vê se o animal melhorou e continua mais 30 dias  Lesões cutâneas principalmente em cabeça, face interna do conduto,
– caso não melhore, interrompe e dá o diagnóstico de atopia região perilabial,, nas patas, região ventral, ao redor do olhos e na
 Se manteve 60 dias, se faz o desafio, voltando as coisas aos região axilar – praticamente as mesmas coisas da alergia alimentar
pouquinhos e deixando por 7 dias, para avaliar se o animal piora –  Pústulas estão associadas a infecções bacterianas (folicuite)
identificar o alergeno  Se a foliculite for difusa, ela é uma piodermite
 Algumas rações usam proteína hidrolisada, para diminuir essas  Normalmente, se tem uma blefefarite e uma ceratoconjuntive seca
reações secundária – auto inflingida, se iniciando com edema de córnea (se
 Pode-se fazer a dieta caseira para conseguir fazer o desafio – se em 4 mais branca azulada)
semanas não diminuir o prurido, pode interromper  Avaliar se tem presença de úlcera de córnea – usar fluresceina
 Diagnostico diferencial: atopia, DAPP, farmacodermia – em gatos  A córnea integra é revestida de um epitélio simples pavimentoso
foliculite bacterinaa, dermatofitose e dermatite miliar idiopática translúcido – a fluoresceína não adere a esse epitélio, escorrendo, mas
se houver lesão, ela entra no conjuntivo e pigmenta
 Se a úlcera é profunda, há exposição da camada de Descemet, que  Dependendo do adjuvante da vacina o animal pode desenvolver
também não cora, mas fica com um buraco na córnea reações, que podem ser sistêmicas – pode mudar o fabricante
 A camada de Descemet é uma das camadas que impede que o humor  O adjuvante da vacina serve para estimular o sistema imune, mas as
aquoso extravase, mas se não existir as outras camadas, ela começa a vezes ele estimula demais e ocorre essa reação alérgica
sair pra fora (descemetocele) – se faz um flap de terceira pálpebra,  Plantas geralmente dão reações locais, onde ele teve contato – se
fixando ela na comissura do olho e deixando ali até que a córnea comeu, geralmente, fica em região de face, que se for muito intensa,
cicatrize pode causar edema de glote (monitorar, principalmente, na primeira
 Se a camada de descemet romper, o olho começa a vazar hora)
 Diagnostico: principalmente por eliminação dos diferenciais, mas  Se na primeira hora não reduzir o edema, provavelmente, ele não vai
também existe o teste cutâneo intradérmico – histórico, exame físico e reduzir tão cedo ou até aumentar
ELISA  Geralmente, ocorre em filhotes, por isso evita-se os corticoides,
 Não adianta fazer o teste e não fazer a imunoterapia usando anti-histamínicos – prometazina e fenergan
 Se não fizer halo, o animal não tem alergia – se fizer, vc mede e  Envolve também o tipo 3, com formação de imunocomplexos
produz a vacina  Nenhuma predileção de raça, sexo ou idade, mas principalmente, o
 Tratamento: exclusão dos alergenos (todos que conseguir), controle angioedema, ocorre em filhotes
do prurido, antihistaminicos, corticosteroides, oclacitinib,  Sinais clínicos agudos, principalmente, com aumento de volume na
imunoterapia (hiposensibilização), ciclosporina região
 O apoquel é usado apenas no começo do tratamento  Aspectos clínicos da urticária: pápulas ou placas, macias ao toque,
 A ciclosporina demora para fazer efeito, então no início se associa assumindo aspectos bizarros (serpinginosos, lineares, anulares),
corticoides eritematosas, pruriginosas, por vezes, drenando serosidades das lesões
– normalmente, vista em locais com menos pelo
 Quando o animal começa a coçar, começa a formar erosões
 As vezes a medicação é mais para o animal não se machucar
 É importante classificar a lesão como focal, difusa, generalizada,
universal
 A maioria das vezes, as lesões são localizadas, em locais próximos ao
contato com o alergeno – pode se difundir
 Desenhar a lesão, pra ir acompanhando sua evolução
 A forma da lesão é variada de acordo com o que infligiu a lesão
 Aspectos clínicos do angioedema: tumefações localizadas ou
generalizadas, principalmente, na face, presença ou não de prurido,
podem levar a quadros sintomáticos gerais como dispneia inspiratória
– monitorar se há alteração do padrão respiratório
 A presença de colarete epidérmico sugere uma lesão mais crônica,
ocasionada pelo rompimento de vesículas
 A melanina impede a visualização do aumento da vascularização
 Diagnostico: anamnese pormenorizada, exame físico (edema e
eritema local), investigação dos fatores etiológicos e histopatologia
 Biópsia cutânea: padrão variável (graus variáveis de edema, por
afastamento das fibras da derme) vasodilatação e hemorragia
epidérmica) – não precisa fazer pra isso
 Alguns animais tem alergia a vasilhas de água de plástico, com lesão
em face e lábios
 É fácil fazer o diagnóstico, mas não saber o porque
 Diagnóstico diferencial: foliculite, celulite, vasculite e neoplasias
(linfo e mastocitoma)
 O colarete epidérmico é uma lesão característica de uma foliculite, em
que havia uma vesícula preenchida por liquido seroso ou pus, que se
rompe – geralmente, em extremidades de membros
 Vasculite em infecções mais profundas ou inoculações, com região
espessada no trajeto do vaso
 Mastocitoma apresenta uma lesão elevada, circunscrita ou não, na
forma de placa, eritematosa, mas que não involui, como acontece no
angioedema
 Linfoma cutânea com aspecto de placa elevada, com lesões
arredondadas ou em placas, quando se fundem
 Tratamento: eliminação da causa de base, adrenalina (2,5 a 5 mg/kg,
via SC ou IM), corticoides (prednisona ou prednisolona (1-2 mg/kg
SID, VO), anti histamínicos (para o angioedema, como hidroxizine e
setirizina e clemastina)
Urticária e angioedema  Os anti histamínicos deixam o animal sonolento, o que ajuda a
diminuir a coceira auto infligida
 Desordens cutâneas variavelmente pruriginosas e edemaciantes  Se o animal está com um pouco de dificuldade respiratória, pode fazer
 Dermatopatia aguda: podem resultar de diversos estímulos, dexa
imunológicos ou não, associadas a reação de hipersensibilidade tipo I  Para casa, geralmente se manda a predinisona para casa nos primeiros
 Essa reação pode ocorrer por qualquer antígeno que já tenha dias – em cães no começo da manha e em gatos a tarde, pela produção
sensibilizado o animal – geralmente, ocorre por proteínas e endógena de corticoides
glicoproteínas, de alto peso molecular  Usar adrenalina só se o animal tiver dispneia
 Pode ocorrer em picadas de inseto ou dermatopatias de contato  As lesões auto infringidas podem não deixar a lesão principal sumir
(principalmente, polímeros)  Pode ocorrer blefarite, pela ação do sol nas pálpebras despigmentadas
 Dermatite de contato forma placas (elevadas pelo edema) eritematosas  Pode-se usar corticoides tópicos, tentar melhorar a hidratação da pele
na região, com prurido e restringir a causa e a capacidade de auto lesão
 Fatores etiológicos variados, como medicamento (penicilina,  Linfoma e mastocitoma não coçam
ampicilina...), vacinas, alimentos, picadas e ferroadas de insetos,
plantas, etc
 As vezes só melhorar a hidratação da pele já funciona, com hidroviton Complexo granuloma eosinofílico
(manipulado na forma de shampoo com aminoácidos), óleos, como de
amêndoa  Placa, ulcera e granuloma eosinofílico
 Padrão reacional cutâneo em felinos
 Etiopatogenia controversas – causas aventadas no desencadeamento
(quadros alérgico, virais, bacterianos, parasitários e idiopáticos) e
aspectos clínicos e histopatológicos diferentes
 As vezes não da pra diagnosticar só vendo, porque pode se confundir
– ulcera parece tumor
 Muitas vezes vem associada com outras doenças, mas pode estar
sozinha
 Causa multifatorial, ou seja, não se sabe
 A ulcera e o granuloma tem um aspecto muito parecido, dependendo
da extensão, na cavidade oral, no lábio...
 Pode ser causar por infestação por Chenychela
 Pode estar relacionada com o Otodex (visível na otoscopia, como uns
pontinhos brancos que se movem)
 Ao se colher material de Otodex, deve-se coletar, colocar no olho
mineral e olhar rápido, porque ele anda
Farmacodermia  Placa: lesão ampla e elevada, placas alopécicas, bem delimitadas,
brilhantes, circulares ou ovoides, aspecto erosão ou ulcerado – a que
 Menos frequente
mais coça, com auto traumatismo
 Constitui-se de um quadro mórbido pleomorfico de pele e/ou de
 O aspecto e a dimensão das placas variam e elas podem se fusionar,
mucosas, moderada ou intensamente pruriginoso, infrequente em
ficando grandes
termos de ocorrência, recidivante, de prognose variável, acompanhado
 Um dos diferenciais são as neoplasia, principalmente, carcinoma –
de lesões cutâneas, de tipos e configurações variáveis e de sintomas
parece muito
gerais, por vezes alarmantes e fatais
 O carcinoma espinocelular no gato geralmente dá em áreas
 Reação a fármacos
despigmentadas, com exposição solar – pode invadir a cavidade oral
 Principalmente antibióticos
por continuidade com o nariz
 Alteração bem severa, profunda
 Ulcera eosinofilica ou indolente: lesão elevada, não doi, vai se
 Etiologia: rogas administradas em qualquer via difundindo, sendo mais comum no lábio superior, bordas bem
 Nem sempre a reação ocorre onde foi a aplicação parenteral definidas
 Pode haver só manifestação cutânea ou sistêmica também  Quando ocorre granuloma no lábio, geralmente é no inferior
 Envolve os 4 tipos de hipersensibilidade  A ulcera pode começar a invadir a mucosa oral, então o animal tem
 Aspectos clínicos: erupções pruriginosas dificuldade de fechar a boca, para de comer e saliva muito
 Sem predileções  Granuloma: lesões elevadas e isoladas, que podem se fundir
 Começa a soltar pedaços da pele  Diagnóstico: histórico, exame clinico, cito/histopatologia, busca de
 Lesão em forma de arco, linear ou serpentiforme causa de base (infecções, parasitas), raspado, biópsia
 Muito eritematoso  Confirmação se encontrar uma causa de base e não identificar no
 Diagnostico: histórico, sem achados característicos, suspensão da histopatológico uma neoplasia
droga e observação  O tratamento é voltado em eliminar a causa primária
 Pode-se fazer um histopatológico  Pode-se associar medicação para reduzir o desconforto – corticoide
 O tratamento também envolve suspensão da droga – medicação  O granuloma causa reação inflamatória local, por isso doi
sintomáticas  Tratamento pode demorar de 30-40 dias, dependendo da resposta
 Respondem muito pouco aos corticoides  Se não tiver resposta, pode-se associar um imunomodulador
 Principalmente causada por penicilinas e cefalosporinas  Tiro a causa base, uso corticoide e depois uso imunomodulador

 Dermatopatias bacterianas e otopatias


 De dermatites bacterianas, temos: piodermites, nocardiose tegumentar
e micobaceriose tegumentar
Piodermites  Maior incidência em raças de pelame denso e com subpelo, como
Chow chow, Golden retrivier, Labrador, Pastor Alemão, São
 As maiores casuísticas das clínicas veterinárias Bernardo e Rotweiler
 O que mais contribui para o grande aparecimento de consultas  Existem raças com apenas uma camada de pelo, em que todos são
dermatológicas são erros de manejo (banhos, falta e excesso de iguais, em espessura e comprimento, mas existem raças que tem o
higiene) e alimentação incorreta subpelo, com uma camada de pelo mais densa e uma parte mais baixa
 São agrupadas em superficiais e profundas, considerando a lanosa, para proteger do frio (subpelo)
profundidade cutânea em que o processo se origina e se instala  Todas as camadas de pelo fazem troca, caindo, mas o que mais cai é o
 Cloro, removedor e lisorme geram muitas alergias, principalmente, subpelo
em cães  Labrador e rotweiler fazem muito em região de cabeça, na lateral, em
 Piodermites superficiais: impentigo, foliculite bacteriana, dermatite bochechas (masseter)
piotraumática e piodermites mucocutâneas e esfoliativas  Nessa dermatose, as lesões são auto infringidas, resultantes de
 Piodermites profundas: nasal, mentoniana, interdigital e foliculite- lambedura, mordedura e roçadura, visando aliviar o foco de algia ou
foliculose-celulite prurido
 A piodermite superficial pode evoluir para uma profunda, se não fizer  A ausência ou diminuição de ventilação no pelame pode predispor ao
o tratamento no tempo e da forma correta aparecimento da doença, situação mais comum em épocas quentes e
 A piodermite constitui a principal dermatopatia que leva à busco do úmidas do ano – quando o pelo é longo, aí incomoda, o animal lambe,
atendimento clínico especializado o pelo embola e tudo se inicia
 Na microbiota natural, já existem bactérias residentes, que se  Cães e gatos não transpiram, apenas um pouco nos coxins e
aproveitam quando quebra a maior barreira de proteção (pele), por interdígito – troca de temperatura pela mucosa oral
imunossupressão, traumas, lesão cutânea – secundárias, a uma causa  As vezes o tutor vai dizer que o animal está transpirando e fica fedido
de base, como uma alergia, que inflama a pele e abre a queratina, – explicar que é transudato
destruindo a barreira de proteção  Também pode ser induzida por picada de inseto, contato com
 Também podem ocorrer infecções múltiplas, com presença de fungs produtos químicos, como de limpeza – qualquer coisa que incomode o
 Apresenta etiologia multifatorial e as infecções secundárias são as animal e ele lamba ou bata a pata
mais corriqueiras
 O sucesso da terapia medicamentosa fundamenta-se na escolha do
fármaco (grande problema com resistência), na obediência da dose e
posologia adequada, além da execução da terapia antimicrobiana pelo
menor tempo recomendado
 Saber DL50, a dose mínima de cada fármaco, para tratar o animal,
sem causar danos
 Saber a frequência de uso e a dose, segundo as recomendações do
fabricante e o peso do animal – explicar certinho para o tutor
 O mínimo da azitromicina é 3 dias, mas seu efeito se potencializa por
3-6 dias
 O período mínimo da antibioticoterapia é de 3-6 semanas,
respectivamente, para as piodermites superficiais e profundas
 Uso dos antibióticos para esse caso não costuma ser menos de 10 dias
– colocar na receita uma prescrição inicial, mas avaliar o animal antes
de parar o antibiótico
 É muito importante a manutenção profilática, prolongando a  A tosa não alivia o calor, exceto se realmente zerar o pelo (não fazer,
antibioticoterapia por 10 dias na piodermite superficial e 20 na porque irrita a pele e corre risco de cortar o animal), de outra forma,
profunda – ir avaliando o animal no retorno não faz diferença
 Doxiciclina não pode ser aplicada com derivados de leite ou com  Meio centímetro de pelo isola a pele de vento da mesma forma que 20
cálcio, porque sua resposta se torna inadequada – ver como o tutor centímetros, de pele
está dando  Vejo o pelame todo babado, tirando pelo, com evolução super rápida
 Mesmo que o animal volte sem sintomas aparente, manter a  Animal lambe, morde, raspa nos lugares
antibioticoterapia por mais dias  As vezes precisa usar corticoide, ainda que por período mínimo
 Os riscos da pulsoterapia antibiótica incluem: efeitos adversos,  Fazer higiene da lesão todos os dias
decorrente do uso prolongado, e o aumento das piodermites por cepas  Usar produtos tópicos adequados
multirresistentes e a sua disseminação – hoje em dia, não é incomum  Se não usar colar protetor, o animal continua lesionando e o problema
pegar na antibioticoterapia bactérias resistentes a tudo só aumenta, independente se seu tratamento está sendo ótimo
 Pulsoterapia é um uso de antibiótico de forma preventiva, quando o
vet já fez o tratamento com o antibiótico, o animal já voltou bem e
está de alta, mas sua pele ainda não está reestabelecida, então se
mantém uma repetição do antibiótico, a cada 3 ou 5 dias, para Impetigo
prevenir novas infecções, por mais um tempo, até reestabeler a
 Também chamado de Impetigem
integridade da pele – predisposição a resistência bacteriana
 Representa dermatose bacteriana pustular, sem envolvimento folicular
 Os medicamentos têm efeito de absorção, distribuição, pico de ação
– bolhas de pus, que não envolvem o folículo piloso
(pico plasmático), que vai caindo e fim dos efeitos, com
 Acometimento predominante de jovens (jovens), pré-púberes ou
readministração
pubescentes, com idade geralmente inferior a seis meses
 Raramente em animais adultos
 Não existe nítida predisposição sexual ou racial
Dermatite piotraumática (DP)  Animais jovens, em fase de vacinação, mudança de ambiente,
desmame, alto nível de estresse, parasitose intestinal, as vezes
 Também chamada de dermatite úmida aguda (DUA) ambiente inadequado, baixa imunidade, as vezes com parasitas em
 Enfermidade de natureza aguda e autoinduzida pele – ou ambientes extremamente limpos, com exagero de produtos
 Comum em cães e de rara ocorrência em felinos (normalmente, por de limpeza
conta de DAPE, em crânio e pescoço)  Nos jovens, frequentemente se relaciona a processos inflamatórios
 Não há uma predispoçao sexual, etária u racial que se instalam em áreas cutâneas de deposição ou acúmulo de fezes e
 A topografia da lesão está intimamente ligada a doença de base ou ao urina, de enovelmaneto de pelame ou com presença de ectoparasitas
fator desencadeante  A etiologia está principalmente relacionada ao parasitismo intestinal,
doenças virais, desnutrição e incorreção de manejo e alimentar ou de
ambiente de criação – também pode envolver a presença de toxinas
esfoliativas esafilocócicas
 O estafilococus pode produzir enzimas esfoliativas – toxina, que em
contato com a pele do animal, geram esfoliação e o impetigo
 Geralmente, próximo da virilha, na barriga, principalmente, de fêmeas
– antigamente, se pensava em cinomose ou parvo

Piodermite esfoliativa (PE)

 Também chamada de piodermite superficial dissemina


 Erosão do tecido, pelas bactérias, causando inflamação e abrindo uma  Dermatose bacteriana pouco frequente entre os cães e muito rara nos
porta de entrada para outras lesões felinos
 Lesão em região desprovida de pele – muito na barriga  A maior parte dos pacientes são cães da raça Pastor de Shetland,
Collie e com menor frequência Border Collie e Pastor Australiana
 Tem como agente causal e habitual o S. pseudointermedius, que
produz toxina esfoliativa causadora de esfoliação epidérmica
Piodermite mucocutânea (PMC)

 Caracteriza-se pelo envolvimento predominante de regiões


transicionais mucocutâneas
 Apresenta baixa prevalência na rotina dermatológica veterinária
brasileira
 Não há predisposição sexual, racial ou etária, mas é relativamente
comum em cães da raça Pastor alemão, mas hoje em dia, eles já vêm
de linhagens melhores, com menos lesões
 Por não existir um quadro mórbido sintomaticamente alarmante,
aliada a sua baixa incidência, pouco se conhece sobre sua patogenia
 Aliado a sua resposta relativamente rápida a antibioticoterapia, em
casos de recidivar, deve-se investigar a imunidade do paciente
Parece que jogou um ácido na pele
 Principalmente em comissura labial, na boca
 Muito comum em pacientes com alergia de contato (produtos de  Lesão central que vai indo para a periferia, abrindo o halo, com
limpeza) e alergias a plástico (muito comum em cães) rompimento de púsula e formação de colarete epidérmico – saída de
 Lesões entre a mucosa e a pele líquido inflamatório e lesão de queratinócitos

Piodermites profundas

Representam infecção bacteriana da pele, em que existe acometimento de


camadas teciduais profundas, além do limite distal do folículo piloso, com
envolvimento dérmico e até da hipoderme – vai até camadas mais
profundas

Caso o processo se manifeste de forma localizada, a suspeita deve residir


em trauma externo (corpo estranho, mordedura e ferida por objeto
penetrante)

Foliculite bacteriana (FB) Se houver lesões envolvendo áreas corporais mais extensas ou
disseminadas, certas causas de base devem ser investigadas, como
 Infecção bacteriana sediada na porção superficial do folículo piloso incompetência imune do hospedeiro, injurias ao nível folicular e dérmico,
 Inflamação do folículo determinados por detamatopatias primárias, como trauma contínuo por
 Maioria dos casos de piodermite superficiais em cães pressão, mordiscamento, lambedura ou coçadura repetitivas, terapia
 Além de se a mais frequente piodermite, é também a segunda antimicrobiana ou emprego abusivo, por períodos longos de corticoides
dermatopatia mais comum em cães
 Não há predisposição racial, sexual ou etária Corticoide por muito tempo ou em dose muita alta diminui a inflamação,
 Pode evoluir para as camadas mais profundas, furunculoses ou ainda que é a resposta do indivíduo contra agressores
piodermite esfoliativa
 Entretanto, para que se instale, colonize e origine as lesões
características, o patógeno se aproveita de enfermidades de base, Foliculite-forunculose-celulite (FFC)
como as alergopatias tegumentares, as diqueratinizações, as
disfunções sebáceas, as genodermatoses foliculares, as  Dermatose relativamente comum
endocrinopatias e as ascarioses foliculares, sem contar ainda com as  Antigamente chamava foliculite-furunculose do pastor alemão,
condições pruriginosas de diversas etiologias, os porque antigamente era muito comum nessa raça
imunocomprometimentos e também erros de manejo higiênico  Infecção bacteriana com sede, de início, folicular, que se dissemina
 Geralmente, na dermmato nunca é uma coisa só, mas uma coisa que para camadas mais profundas, ocasionando furunculose e
leva a outra eventualmente celulite
 Alteração do folículo piloso, com queda de pelo, porque a estrutura  Há outras variantes da FFC em determinadas raças, como a variante
que mantém o pelo no lugar inflamou e o pelo cai com muita muito frequente nas raças Bullterrier e American PitbBullTerrier –
facilidade falta de seleção genética
 Desenvolve-se a partir de uma infecção folicular superficial, de
origem bacteriana, fúngica ou mesmo parasitária
 Dentre os possíveis fatores desencadeantes da FFC, deve-se  Por definição é a modelidade piodérmica profunda que se localiza nas
considerar: demodicose, dermatofitose, farmacodermia e enfermidade regiões distais de membros, com especial acometimento de áreas
oriundas de imunossupressão e também de terapias esteroidais interdigitais
 Também denominada foliculite-furunculose podal
 Grandes números de diagnósticos diferenciais devem ser feitos
 Apresente um grande caráter recidivante
 Normalmente nas raças american pit bull terrier, boxer, buldog inglês,
bull terrier, labrador (especialmente nos de pelagem preta) e
weimaraner
 É uma pododermatite

 São alopécicas, doloridas, profundas

Interdigito edemaciado, dor, sensibilidade nas unhas, animal evitando pisar,


Piodermite nasal crescimento das unhas, pode formar abcessos, possível sangramento
 Também chamada de furunculose nasal
 Modalidade incomum de infecção cutânea profunda
 Acometimento principalmente da região nasal Otopatias
 Observada com maior frequência em animais de pelagem brancas, em
raças com áreas nasais rarefeitas de pelame e naquelas com ponte  Frequentemente associadas a dermatopatias
nasal de maior amplitude, o que explica a alta incidência em cães da  A pele mais sensível do animal é a do conduto interno
raça bullterrrier  Primeiro lugar que coça, onde a alergia começa
 Não existe predisposição sexual, racial ou etária, mas atualmente é  O quadro ótico mais frequente em cães é a otite externa
bem mais comum nos cães das raças bullterrier, american pitullterrir e  O diagnóstico não pode ser estabelecido apenas pela coloração do
dogo argentino cerúmen – borra de café de cheiro característico, costuma ter
 A radiação solar pode ter um papel relevante no desencadeamento das malasseziose envolvida, mas nem sempre é isso, porque as vezes uma
lesões, mna medida em que ocasiona inflamação cutânea infecção bacteriana causa inflamação e aumenta a produção
 É imprescindível a caracterização sintomática e morfológica para a
proposição da etiopatogenia
 De 30-50% das otopatias externas crônicas evoluem para casos de
otite média
 Animais com otite media não necessariamente apresentam
sintomatologia neurológica – alguns tem head tilt e perda de
equilíbrio
 A avaliação da integridade timpânica é fundamental para escolha do
protocolo terapêutico, porque não são todos os medicamentos que
podem ser usados – ir com o otoscópio até ver a membrana
 As vezes ta muito sujo e edemaciada, então se limpa hoje
 Otites de animais atópicos devem ser tratadas ad eternum, com
prevenção para não recidivar – pele sempre ruim, tende a produzir
Piodermite mentoniana mais cerúmen, precisa hidratar, a proteção acaba virando um meio de
cultura para microrganismos
 Dermatose também conhecida como foliculite ou furunculose do
 Tutor reclama de cabeça lateralizada, meneios de cabeça, coceira,
mento
secreção
 Piodermite profunda de caráter crônico, que envolve a região
 O vet deve conhecer o potencial ototóxico dos medicamentos que
mentoniana
costuma prescrever
 Em geral, pouco frequente
 Exame clínico: identificação, anamnese, exame físico, inspeção direta
 Envolve animais jovens, particularmente de pelagem curta – american
e indireta, palpação e olfaçao
pit bull terrier, bulldog inglês e francês, dobermam, rotweiler e
 É legal pedir pra pessoa não dar banho uns 3 dias antes, para não tirar
weimaraner
fatores da inspeção e olfação
 No início, ocorre uma inflamação folicular, sem um efeito
 Podem ser ceruminosas, eczematosas, bacterianas, hiperplásicas e
componente de infecção bacteriana, causando perda da barreira da
estenosantes
pele
 Otite ceruminosa por excesso de produção de cerúmen ou por
 A medida que o processo progride, há envolvimento de uma maior
otocaríase (prurido intenso e inflamação)
quantidade de folículos pilosos e a participação de bactérias possa
 Muitos filhotes já chegam do canil com a patologia
existir
 É legal fazer um citológico
 Pode ser causada por traumas ou picadas de insetos
 Em otites crônicas, pode-se ter um pequeno tumor, que sangra,
 Costuma responder bem a antibioticoterapia
causando inflamação local
 Lesão purulentas doem muito, mas aquelas típicas de malassezia não
doi (coça muito)
 Pode existir infecção mista
 Pode ocorrer de bactérias resistentes – o ideal é coletar amostra e
fazer cultura e antibiograma
 Apresentar os exames e tratamento e deixar o tutor falar se consegue
 Ceruminolítico é uma solução adstringente, para limpar os ouvidos
 Os tratamentos tópicos oleosos, em creme ou gel, que são compostos
geralmente de antibiótico, antifúngico e antinflamatório (geralmente,
corticoide, para diminuir a coceira e não causar otohematoma) – o
auritop também tem lidocaína, para causar analgesia local
Piodermite intedigital
 Se o animal não tem dor e o tutor não tem condições, apresenta-se o  O processo crônico diminui o estado geral, podendo diminuir
padrão ouro, mas pode-se entrar com o tratamento, para avaliar a linfócitos
resposta  Stafylococos coagulase positiva é um tipo de bactéria que adquiri
 Geralmente, se trata bem em 10-15 dias, sem recidivas resistência bacteriana com muita facilidade
 A maioria é alérgica, de excesso de limpeza do ambiente ou vinda do  Só parar o antibiótico quando tiver remissão clínica e exames
banho e tosa negativos
 Pode passar por contato direto
 Secreção purulenta é forte indicativo de infecção bacteriana, que doi
muito – trata primeiro, diminui a dor e depois de uns 2 dias volta,
limpa e passa o tratamento tópico Afecções do sistema digestório
 Otite purulenta mantendo terapia sistêmica e tópica, com analgésico,
 O mais comum na clínica é o animal ir por conta de vômito e também
antiflamatório e antibiótico, para evitar evolução para ouvido medio
por conta de periodontites avançadas
 As otites alérgicas costumam apresentam reflexo otopodal e o animal
 Infestação parasitária normalmente em animais jovens, no intestino –
resmunga de coceira
vai causar manifestação clínica se for grande, mas pode ser
 Cerúmen seco, crostoso, coçando demais, gerando com otocaríase
assintomático
 Conduto edemaciado, escuro, lignificação com muito em otite
 Parvovirose é uma infecção viral que acomete principalmente o
alérgica
intestino de animais jovens
 Otite crônica causando equimose, lignificação, alteração do tecido,
 A cinomose também causa manifestação clínica gastrointestinal
edema, crescimento de tumores e estenose do conduto – já demorou
 Para diferenciar se está acometendo intestino delgado ou grosso
demais, agora é remoção cirúrgica ou ablação
podemos avaliar a consistência da diarreia e seu volume
 Limpar a orelha apenas se for necessário –
 Diarreia de intestino delgado tem um volume maior e um número de
 A inflamação, infecção, prurido começam no conduto interno, que é o
episódios menor do que o intestino grosso
local quentinho, escurinho e úmido, aumentando a produção de
 Tenesmo e disquesia estão mais associados a problemas de intestino
cerúmen
grosso
 A função natural do cerúmen é proteção e lubrificação, permitindo
 Na diarreia do intestino delgado crônica a tendência é o animal estar
que a membrana timpânica vibre – óleo hidratante natural do tímpano
mais magro, porque a inflamação faz com que o alimento passe muito
 O cerúmen gruda no microrganismo, expelindo
rápido e os nutrientes não sejam absorvidos
 Conduto externo em L, com conduto interno lá no meio do crânio, lá
 Na diarreia de intestino groso crônica o animal pode ter o estado geral
embaixo
normal
 Se eu to vendo a secreção lá fora, é porque lá dentro já está entupido
 Os tutores geralmente levam o animal com periodontite em estado já
 Não tem problema em usar cotonete, desde que seja de uma boa bem grave, quando ele não está conseguindo comer ou está com uma
marca halitose severa
 Só o cotonete ou a gaze seca não limpa, porque só alcança a parte
externa – o que ta dentro sai de novo
 Produtos de limpeza são essenciais – não adianta passar na ponta do
cotonete, porque só limpa fora de novo Cavidade oral
 O bico dos produtos são projetados anotomicamente injetar o produto
lá dentro – faz uma leve pressão na bisnaga  Anatomia: lábios e bochechas, língua (lambedura, sucção e deglutição
– papilas), dentes, palato duro, glândulas salivares
 Alguns produtos de limpeza são muito ácidos, para prevenir a
reprodução de fungos e bactérias, mas esses não podem ser usados se  Dentes cão: 28 decíduos, sendo 3 incisivos, 1 canino, e 3 pré molares
a barreira timpânica estiver rompida em cada quadrante – 42 permanentes, sendo 3 incisivos, 1 canino, 3
pre molares em cada quadrante, além de 2 molares em cada antímero
 Ao colocar o líquido, o paciente tem reflexo de meneio cefálico e por
superior e 3 molares em cada antímero inferior
gravidade tudo sai – segura a cabeça, coloca um chumaço de algodão
e vira a cabeça, para o líquido descer e massageia  Dentes gato: 26 decíduos, sendo 3 incisivos e 1 canino em cada
quadrante, além de 3 pré molares em cada lado superior e 2 em cada
 Quando o jato chega lá embaixo, ela vai desprender o cerúmen do
lado inferior – 30 permanentes, iguais ao decíduos, adicionando 1
canal
molar em cada quadrante
 Depois de jogar o ceruminolítico, o cerúmen de la de dentro sai e aí
 A periodontite é bem frequente
sim a gente passa o cotonete ou o algodão na pinça
 Problemas em glândulas salivares (sialocele ou ranula) associada a
 O algodão tem que ser de marca boa, para não soltar fiapo lá dentro
traumas em animais jovens, lesionando os ductos salivares
 Passa o algodão de dentro para fora, para ir tirando – se necessário,
 Lacerações de língua ou ulcerações de língua associada a lambedura
repetir, até não vim mais cerúmen e só nessa hora se faz o tratamento
de substâncias irritantes, como água sanitária ou soda caustica, em
 Se tiver pouco cerúmen, só a limpeza por uns 3 dias já tira os
filhotes
microrganismos residentes e esse meio impede a proliferação, não
 Úlceras na cavidade oral e necrose de ponta de língua por doença
necessitando do uso de outros medicamentos
renal crônica, em animais velhos – pode ter necrose hemorrágica e
 Não colocar algodão na orelha, durante o banho, porque o que se
tem vômito, poliúria, polidpsia, desidratação
coloca puxa a água – a face interna da orelha tem que lavar
 Úlceras em cavidade oral também podem ocorrer por intoxicação por
 Cair água na orelha não vai causar uma infecção, mas se a água e o
planta, principalmente, comigo ninguém pode
conduto não estiverem contaminados, o animal vai chacoalhar e vai
 Síndrome uremica associada a sinais gastrointestinais
tudo sair – pode favorecer, se a barreira não estiver íntegra, como em
um atópico  Lembrar que muitas doenças que acontecem fora do sistema
 Independente do tanto que você coloca o cotonete ou a pinça, não se digestório apresentam manifestações gastrointestinais
chega na membrana timpânica, mas é necessário tomar cuidado para  Para considerar um dente decíduo, temos considerar a formular
não ficar empurrando cera lá para dentro dentária – uma dentição temporária e uma permanente
 A violeta é um antisséptico bom, mas resseca muito a pele  Os caninos são os dentes mais comuns de ficarem retidos
 As narinas também podem ser afetadas por continuação de problema  A troca de dentes ocorre de 5-6 meses
de pele, com secreção e obstrução – limpeza nasal jogando bastante  A indicação do dente retido é a extração (exodontia)
soro e tirando as crostas com gaze, deixa boca e olho fechado, levanta  Os incisivos são os primeiros a serem substituídos, geralmente entre
um pouco a cabeça e dá jatos na narina, para o animal espirrar e 3-4 meses
limpar  Os dentes pré molares ou molares tem mais de uma raiz e na hora de
 Gatos que usam sílica tem muita rinite e pode-se limpar desse jeito remover, devemos nos certificar de que não sobrou nada de raiz – nos
 Um animal que não se movimenta pode ter acumulo de bilirrubina na pré molares, elas podem ser bifurcadas
urina, porque ele segura a urina (+ ou ++ cruzes)  Se existe osteólise, uma das indicações é a extração – ás vezes, tem
 O animal pode não ficar em pé fratura de raiz e devemos ter certeza de que tiramos tudo
 Se eosinófilo está baixo, começamos a dar uma descartada na alergia
como causa base
 O dente está inserido no alvéolo dentário, que é um osso esponjoso, e
ligado ao ligamento periodontal, que está ajustado ao osso alveolar e
na superfície da raiz, onde está ao cemento
 Periodontite com inflamação do ligamento periodontal, da gengiva
próxima da transição coroa raiz e da superfície da raiz, onde fica o
cemento – quanto mais tempo demora para tratar, mais a inflamação
aumenta e mais chances de osteólise e aumenta o risco de osteomielite
 O tártaro é um composto formado por uma placa bacteriana, restos de
alimento, e restos celulares do organismo e de bactérias, com
mineralização
 O tártaro vai se infiltrando na gengiva, que age como uma porta de
entrada – proximidade com a cavidade nasal, formando uma fístula,
com sinais respiratórios, como espirros e secreção, por vezes,
unilateral
 Quando a periodontite é muito severa, devemos fazer um RX para ver
se não há osteólise
 As fístulas oronasais são muito difíceis de tratar, assim como a
osteomielite, com infecções – antibióticos por pelo menos de 2-4
semanas
 Abcessos periodentais com contaminação bacteriana
 A exodontia depende do tamanho da lesão e se tinha contaminação
secundária
 O tempo de reparo da fístula é de 4-5 dias após a extração, mas isso
depende do tamanho e se tinha contaminação secundária
 Pode ser necessário fazer uma lavagem nessa fístula
 Furca é a divisão entre as raízes e se ela está exposta nem precisa da
radiografia para decidir extrair, porque já tem lise óssea e retração
gengival
 Não adianta só tirar o tártaro, eu preciso fazer a radiografia para ver
os dentes que já tem osteólise, para que eles não fiquem como fontes
de infecção, formando abscessos
 O ligamento periodontal é feito de conjuntivo fibroso, deixando bem
firme e sem espaço – quando começa a ter lise óssea, só ele fica  As glândulas salivares são: parótida, mandibular, sublingual,
segurando o dente zigomática e, em gatos, molar - pode ocorrer rânula/mucocele salivar,
 O osso alveolar, por ser esponjoso, se remodela facilmente, dependo com acúmulo de saliva
da pressão – se adapta ao espaço maior, ficando mole e as vezes  Não é comum ter problemas de glândulas salivares – mais comuns por
caindo quando o animal vai comer traumas nos ductos
 A melhor idade para começar a desmamar os animais é entre 3-4  Os ductos desembocam no assoalho da cavidade oral ou no vestíbulo
semanas, porque os dentes começam a nascer, incomodando a mãe da boca, próximo dos pré molares
 Quanto maior o animal, mais demora para trocar  O gato tem uma glândula salivar extra, a molar
 Pode ficar o dente decíduo e o permanente  Pode ocorrer obstrução ou rompimento do ducto
 Os incisivos é mais comum ficarem retidos em braquicefálicos,  Se houver obstrução, a saliva fica restrita na glândula e se houver
porque não tem atrito entre as duas partes e é o atrito que desloca os rompimento, fica acumulado na cavidade
dentes  As vezes a mucosa fica ressecada, causando lesões/erosões
 Aumento de volume, que dificulta a deglutição
 Muitas vezes ocorre entrada de bactérias da mucosa oral, causando
infecção
 Ranula para designar a siatocele ou mucocele com infecção
 O tratamento é a remoção da glândula salivar, o que é difícil porque
tem nervos passando e é difícil de ver, geralmente, canula o ducto e
coloca um corante
 Aumento de tecido macio, faz antinflamatório e ve de novo, pode
fazer citologia, vindo saliva, também pode injetar um contraste dentro
 Área muito contaminada, com risco de infecção, então deixa um
dreno
 As glândulas que sobraram compensam a produção das outras
Periodontite

 Bem frequente
 Progressão de uma gengivite
Afecções dos dentes
 Inflamação do espaço periodontal: cemento, osso alveolar, ligamento
Tártaro: placa bacteriana – tratamento e profilaxia periodontal
 Etiologia: restos alimentares, placa bacteriana e tártaro
Gengivite  Presença de bactérias gram negativas anaeróbicas
 Abcesso apical (rinite e/ou fístula infraorbitária)
 Exposição de furca: destruição do osso alveolar e tratamento com
 Sinais clínicos: halitose, sangramento e dentes frouxos
exodontia
 Muitas vezes não é a queixa principal
 Manchas: uso de tetraciclinas, quando usadas em animais jovens – as
 Muito em animais mais velhos
vezes, altera até a formação do esmalte
 Fratura: exposição de polpa e fístula infra-orbitária
 Hipoplasia de esmalte: cinomose, com lesão nos ameloblastos
 Persistência de dente decíduo: acúmulo de alimentos, placa
bacteriana, tártaro
 Retenção de dentição decídua é comum em animais jovens
 Profilaxia do tártaro é a escovação, pelo menos 3x por semana
 Os ossos naturais desgastam o esmalte dos dentes
 Os ossos sintéticos ajudam a limpar a área que ele apreende, mas não
tira tudo
 Gengivite geralmente vem associada com a deposição do tártaro,
sendo vista como uma linha vermelha na zona de transição
 Hoje em dia, já existem vets que fazem canal e coroas, então
dependendo da fraturas, é possível tratar
 Fraturas associadas a infecção podem gerar fístulas, com indicação de
exodontia
 Em animais jovens, principalmente, associado ao vírus da cinomose,
existe uma alteração na formação do dente, sem formar o esmalte,
ficando com o dente acinzentado não totalmente desenvolvido
 Quando o dente fica retido isso altera a oclusão da mandíbula com a
maxila, desviando o eixo dentário e favorecendo lesões na mucosa e o
acúmulo de alimentos e a formação da placa e tártaro

Tratamento:

Limpeza/exodontia
Espiramicina + metronidazol (stomorgyl 2 e 10 ou periodontil)
Antibioticoterapia de 7-10 dias
Amoxicilina + ácido clavulânico BID
Amoxicilina + metronidazol
Perioxidil gel TID, por 15 dias – antisséptico, a base de clorexidina
Exercícios de mastigação, com ossos e brinquedos
Escovação 3 x/semana, com creme dental veterinário
Alimentação seca e firme

 Indicação exodontia: degradação intensa (cárie), coroa ou raiz


fraturadas (exposição de polpa), periodontite avançada, dentes
supranumerários, mal-oclusão, dentes decíduos retidos, dentes em
linha de fratura, abscesso periapical
 Não da para fazer o tratamento só com sedação, tem que anestesiar
mesmo – retirada de cálculo subgengival também
 O ideal é intubar o animal, porque vai sair muita bactéria e se ele
aspirar ele vai ter uma pneumonia aspirativa
 Normalmente, as fístula tem que fechar por segunda intenção
 O tártaro também é chamado de cálculo dentário
 Muitas vezes o acúmulo de saliva vai causando compressão do tecido
mole, gerando fragilização do tecido
 Associado a periodontite temos principalmente bactérias gram
negativas anaeróbicas, mas também pode-se encontrar gram positivas
(estroptomicina + metro ou amoxicilina com clavulanato + metro) –  Pode-se fazer crioterapia dos papilomas maiores (os menores tendem
pseudômonas a diminuir) ou remover o tumor, picotar, diluir em solução salina e
 Discussão sobre o tratamento com antibiótico profilático antes do fazer aplicação subcutânea, para ativar a imunidade
tratamento periodontal – apenas em casos de moderado a severo, 72  A incisão cirúrgica do papiloma sangra muito
horas antes, para diminuir a carga bacteriana e reduzir o risco de  Papilomas de pele geralmente em animais mais velhos
bacteremia  Quando o papiloma é isolado, pode-se causar uma isquemia no local,
 Discussão sobre associação de periodontia e endocardite – Raduan fazendo uma ligadura na base do papiloma, causando necrose
disse que não acontece na vet, apenas na med humana (piodermite sim  O fibrossarcoma cresce principalmente para os tecidos em volta, então
tem associação com endocardite) msm não tendo metástase, ele tem bastante recidiva – principalmente,
 Pode ocorrer insuficiência renal associada a periodontite, com em membros, em especial, nos dedos (as vezes, se faz indicação de
deposição de embolos bacterianos nos glomérulos, causando amputação)
glomerulonefrite – grande parte dos animais com doença renal crônica  O aspecto do melanoma amelânico é muito difícil de diferenciar dos
tem doença periodontal outros tumores (o melânico fica preto) e geralmente faz metastase (o
 Principais sinais da periodontite: gengivite, halitose, sangramento, espinocelular é raro de fazer metástase)
frouxidão e queda dos dentes, pode ocorrer processo inflamatório dos  O espinocelular pode ir se infiltrando e se disseminar
lábios (dermatite úmida aguda)  Os tumores são comuns na cavidade oral
 A inflamação intensa quebra a barreira da pele, causando risco de
bacteremia, que aumenta quando vai remover, principalmente
subgengival
 Ocorre hiperplasia de mucosa
 A radiografia intraoral e a tomografia são bem úteis
 Ração seca com menor deposição de resíduo, aumentando o intervalo
entre os tratamentos e o tempo para o primeiro – por sorte, a
periodontite é mais incomum (ou seria só a casuística menor?)

Malignas: melanoma maligno (gengiva e tecido ósseo), carcinoma


epidermoide (gengiva de cães e ventral à língua em gatos), fibrossarcoma
(mesmos locais do CE) e tumor venéreo transmissível (tratamento com
vincristina)

Neoplasias orais

 Cães: melanoma maligno e carcinoma epidermoide


 Gatos: carcinoma epidermoide e fibrossarcoma
 Fatores predisponentes: idade, sexo, raça, porte e pigmentação da
mucosa oral
 Benignas: papiloma oral canino e epúlides
 Papiloma oral canino de etiologia viral, com lesões pálidas, lisas ou
rugosas, auto-limitantes – possibilidade de criação de vacinas
autógenas
 Epúlides: gengiva (próximo aos incisivos), fibrosa, assificante e
acantomatosa
 Malignas: melanoma maligno (gengiva e tecido ósseo), carcinoma
epidermoide (gengiva de cães e ventral à língua em gatos),
fibrossarcoma (mesmos locais do CE) e tumor venéreo transmissível
(tratamento com vincristina)
 Dois grandes grupos de neoplasias em cavidade oral – em cães e
gatos, os mais comuns são os carcinomas epidermoides,
principalmente, em gatos de pelagem clara e espelho nasal e lábios
despigmentado
 Em cães, também existe maior frequencia de melanomas – seguido
por linfomas, também relativamente comuns
 Os melanomas podem ser melânicos ou amelânicos
 Carcinoma epidermoide mais suscetivel em mucosas despigmentadas
 Em gatos, se tem descrição de fibrossarcomas na boca, mas em cães é
mais comuns nos membros
 Em gatos, pode ocorrer linfomas (mais comum os multicêntricos) Outras afeções: fenda palatina/lábio leporino, fístula oronasal, laceração de
 Fatores predisponentes semelhantes aos das outras neoplasias língua, queimaduras (filhotes), ulcerações (Candida albicans, uremia, por
 Em felinos, relação do vírus da leucemia felina com o linfoma IR, como por uso de aminoglicosídeos)
 O linfoma geralmente se apresenta em animais jovens FeLV positivo
ou em animais idosos FeLV negativo
 Predisposição em animais da raça boxer e também pitbull,
principalmente de pelagem clara, para carcinoma epidermoide
 Carcinoma espinocelular mais em animais mais velhos
 Em animais jovens, existe com certa frequência papilomas orais
(extremos de idade), com velocidade de crescimento muito baixa, de
etiologia viral (papilomavírus), com crescimento exofídeo (couve
flor), branco ou branco acinzentado, podendo sangrar, quando o
animal coça - remoção se o lugar for de muito atrito
 Quando o papiloma sangra, o vírus sai junto, podendo se implantar na
região vizinha
 Na boca, geralmente, quando tenho um papiloma, eu tenho um monte
 Fístula oronasal principalmente em osteólitos em região de raiz do  Pode-se fazer diagnóstico terapêutico
dente  Uso de anticolinesterásico IV ou IM para diagnóstico da miastenia, ao
 As ulceras associadas a Candida formam uma placa parecida com disponibilizar mais acetilcolina na fenda sináptica, degradando a
nata, que encobre uma úlcera, principalmente, em filhotes, em torno acetilcolinesterase – resultado rápido, com mais tempo para a
de 40 dias contração
 As ulceras por doença renal são comuns na IRC  Geralmente, pneumonia severa, cursando com secreção nasal e ocular,
 Os animoglicosídeos podem levar a sindrome uremica, geralmente purulenta, pela aspiração desse material, que vem cheio de
principalmente, em felinos bactérias
 Boa parte das periodontites estão associadas a gram negativos e  Diagnóstico: histórico, sinais clínicos, hemograma, RX simples e
anaeróbiccos contrastado (esôfago dilatado. Deslocamento ventral da traqueia,
esôfago caudal torácico em forma de V)
 Se houver pneumonia, podemos encontrar leucocitose, por neutrofilia,
com desvio a esquerda ou direita (mais severo)
 Antibioticoterapia: amoxicilinas, sulfametoxazol + trimetoprin,  Dependendo da origem, podemos ver uma dilatação até a base do
cefalexina, cefalotina, ceftriaxona, metronidazol, espiramicina + coração (persistência de ducto)
metronidazol (stomorgul ou periodontil)  O esôfago passa dorsal a traqueia e se ele está dilatado, ele empurra
ela pra baixo
 Inicialmente, fazemos o RX simples e dps fazemos o contraste com
Afecções do esôfago sulfato de bário (misturar com um pouco de ração, para evitar falsa
via)
 O esôfago é formado por 4 camadas (mucosa, submucosa, muscular e  Animal geralmente com fome, porque o alimento que ele ingere não
adventícia/serosa) tá chegando no estomago nem absorvendo – apetite depravado
 Parte da musculatura do esôfago é esquelética, em que há junção  Animal ativo, porém bem magro
neuromuscular – em problemas neurológicos (doença sistêmica que  Quando associado com miastenia, pode-se fazer o teste com etrofonio
cursa com alteração de receptor nicotínico, como por destruição – animal volta a andar muito facilmente
direta), ele também é afetado, causando astenia (fraqueza) com  A diminuição dos receptores nicotínicos faz com que não haja
hipomotilidade e acumulo de alimento (megaesôfago) contração suficiente para que o animal consiga se mexer
 Esofagites são processos inflamatórios, que podem estar associados a  Se ele fosse só de musculo liso, não teria problema, porque não
gastrite crônica depende dos receptores nicotínicos, mas apenas do estiramento
 O mais comum é o megaesôfago

Megaesôfago
 Tratamento:
 Dilatação e hipomotilidade esofágica, decorrente de uma desordem  Tratar a causa primária - determinar a causa
primária ou secundária a uma obstrução ou disfunção neuromuscular  O animal vai ter que tomar o anticolinesterásico para o resto da vida –
 Pode ou não estar associada com hipomotilidade, dependendo da isso é ruim, porque é generalizado, com efeito exacerbado da
causa acetilcolina no organismo todo, com diarreia, por exemplo
 Etiologia: congênita, idiopática ou adquirida (obstrução, miastenia  A maioria dos animais morre rápido, por pneumonia aspirativa
gravis, cinomose, botulismo e trauma craniano)  Colocar o alimento elevado, para que o animal coma com a cabeça
 Sinais clínicos: regurgitação de alimento ou água, hipersalivação, elevada e a gravidade ajude o alimento a chegar no estômago de
perda de peso, fraqueza e dipneia (pneumonia aspirativa) forma mais rápida e fácil
 Diagnóstico: histórico, sinais clínicos, hemograma, RX simples e  Dar alimento em porções menores, um maior número de vezes
contrastado (esôfago dilatado. Deslocamento ventral da traqueia,  Se estiver relacionado com timoma, temos que fazer a remoção
esôfago caudal torácico em forma de V)  Bloqueador de H2: cimetidina e ranitidina - não usa mais
 Persistência de arco aórtico com diminuição do lumen do esôfago,  Inibidor da bomba de prótons: omeprazol – diminuir a gastite
restringindo a passagem do alimento, apesar da motilidade ser normal  Metoclopramida é um pró cinético de uso recomendado
– sem comprometimento contrátil (sem substituição de musculo por  Cisaprida também é um pró cinético usado
conjuntivo), com prognóstico melhor, se diagnosticado precocemente  Antibióticos, no caso de pneumonia aspirativa
 Geralmente, a queixa principal é em via aérea, como pneumonia  Fluido paraenteral para fluidificar as secreções e uso de mucolíticos
recorrente
 Educação do cliente para alimentação pastosa
 Geralmente, em animais jovens
 Possível cirurgia – se dilatou uma vez é porque já não tem tecido
 A persistência de arco aórtico pode ser completamente resolvida – muscular, então vai dilatar de novo
geralmente, começa só com a dilatação, mas com o tempo, o tecido
 Explicar pro tutor que isso é irreversível
muscular começa a ser substituído por conjuntivo, aí a parte motora é
 O ideal seria que o animal comesse em pé mesmo, mas isso é bem
alterada e o quadro não é mais reversível e mesmo com a ressecção
difícil, então a gente aumenta o máximo possível
cirúrgica, ela pode recidivar, com tendencia a dilatar de novo
 Pode ocorrer por obstrução ou doença na junção neuromuscular
(miastenia)
 A miastenia pode ter origem genética (golden) ou secundárias a
alterações imunomediada, com destruição de receptores nicotínicos
(timomas são uma das causas dessa produção de anticorpos com
afinidade por receptores nicotínicos)
 O botulismo está muito associado com a ingestão de materiais em
resíduo de lixo em cães
 Traumas cranianos e cinomose por atingir locais responsáveis pela
atividade motora
 As vezes, o animal demora algumas horas para regurgitar, o que
geralmente acontece quando ele começa a ficar mais ativo – sem
mímica, se contração vigorosa da musculatura abdominal (pedir para
filmar)
 Muitas vezes, o animal come de novo, porque o alimento ainda não
foi digerido (não chegou no estomago) e o tutor não vê
 Sialorreia apenas em alguns casos
 É comum perda de peso e fraqueza (casos de miastenia)
 A fraqueza pode ser manifestada na hora de levantar e sentar e na
marcha (animal meio duro)
 Fezes amareladas indicando alergia, parasitas, problemas hepáticos ou
pancreáticos
Estômago e intestino  Fezes brancas, esfarelando, super ressecada sendo indício de ingestão
de ossos
 O vômito com um conteúdo gástrico amarelado, que vem da bile,
 O problema não está em comer o osso, mas em comer inteiro, ficando
pode ser por um problema hepático – algo que comeu e não caiu bem
pontudo – ossos pneumáticos, de aves
para o estômago ou fígado
 O vômito pode estar associado com alterações em outros lugares,
como intestino - não é apenas problema no estômago
 A maior parte do que vemos não é vômito, mas por regurgitação, que Fígado e pâncreas – glândulas anexas
é fisiológico de cães e gatos e comum, quando o animal fica há muito
tempo sem comer, de forma voluntária – nesse caso, o animal não está
se sentindo bem, mas apenas elimina o excesso de ácido que ficou no
estômago, por ele estar sem comer (na natureza, não comem todos os
dias)
 Cães e gatos são naturalmente carnívoros estritos, de alimentação
noturna
 O estresse na natureza não causa todo o problema que causa em casa,
porque o animal gasta todos os hormônios que ele está produzindo
 O melhor método diagnóstico é a endoscopia para estomago e
intestino, porque avaliamos a mucosa e podemos fazer biópsia –
difícil acesso, caro, envolve anestesia, por isso usamos muito US
 A US é prática e barata, podendo identificar inflamação, presença de
massas, espessura de mucosas, gastrites intensas, motilidade (o que o Fígado
RX não mostra), gases (no RX, eu já penso em motilidade diminuída)
– limitação, porque não vê esôfago cervical nem torácico  Principal função é o metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas
 A maior parte dos casos é de animais que vem com vômito, porque – homeostase da glicose, síntese de colesterol, mobilização dos ácidos
comeram coisas inapropriadas graxos, síntese de proteínas (albumina e globulinas), síntese de ureia e
 Mesmo se não houver alteração de espessura de mucosa, pode haver síntese dos fatores de coagulação, etc
gastrite leve  Também realiza a desintoxicação e excreção de bilirrubina, amônia,
 Verificar se o animal tem sensibilidade abdominal medicamento, drogas, etc
 O esôfago cervical eu até posso palpar, mas o torácico, não  Também realiza funções hematológicas
 A endoscopia seria o padrão ouro, mas o acesso é difícil e demora,  Realiza função digestivas, na produção dos ácidos biliares
então fazemos triagem no US e no RX  Função de armazenamento de vitaminas, ferro, lipídeos, glicogênio,
 Nem toda diarreia vem, porque o animal comeu errado etc
 Animal com vômito e diarreia crônicas pode ser renal
 Sempre perguntar se o animal comeu alguma coisa diferente
 Maior ocorrência de vômitos e diarreias e SP são venenos e fezes de
pombo
 Perguntar sobre o ambiente, para ver se o animal tem acesso a algo,
que ele possa ter comido
 Se o animal passeia de peitoral, ele tem acesso a rua com o focinho e
pode comer algo, sem você notar
 Sempre que possível, fazer o máximo de exames que puder, mas com
noção do que se está pedindo, explicando para o tutor a necessidade
deles e suas suspeitas
 No RX, podemos ver megaesôfago, processo obstrutivo,
organomegalia, corpo estranho intussuscepção... – na US vemos
processo inflamatório e neoplasias
 Vômitos e diarreia também podem ter relação com atraso em vacina e
vermífugo, mas isso varia de região para região
 Para avaliar tamanho, o RX é mais confiável
 Abdômen distendido pode ser por aumento de órgãos, ascite, corpo
estranho, neoplasia ou problemas hormonais (como hiperadreno e
hipotireoidismo) – não adianta só palpar, preciso de exames
 Cachorro tem muito hiperadreno iatrogênico (alexandre falando de
castração de novo, dizendo que ela força a adrenal a liberar cortisol
em excesso....)
 Melena: sangue nas fazes em abundancia – geralmente, quando
comeu besteira na rua, mas o animal chega esperto, as vezes nem tem
vômito
 Hematoquezia: pontos de sangue nas fezes Lipidose hepática felina (LHF)
 Sangue digerido é o quadro mais grave (sem considerar a clínica),
deixando as fezes enegrecidas  Importante causa de hepatopatias em felinos, caracterizada por
 O sangue fica enegrecido quando é digerido, tendo contato com suco acúmulo maciço de gordura em mais de 50% dos hepatócitos
gástrico – sangue que veio do estômago e ID, geralmente, duodeno –  Patogênese: alta ingestão ou deficiência na oxidação de ácidos graxos,
problema mais sério, com gastrite, tumor sangrando no estomago... excesso de síntese de lipídeos, deficiência na síntese e/ou secreção de
 O tutor se preocupa muito mais quando vê hematoquezia e não lipoproteínas e principalmente lipólise (jejum)
percebe que as fezes enegrecidas acabam sendo mais graves  Histórico: períodos de anorexia (dias a semanas), alteração brusca
 Fezes ressecadas e duras quando o animal está desidratado para uma dieta menos palatável, doença crônica, mudança de casa e
 Hematoquezia ocorre quando o sangue saiu do IG ou reto, sem obesidade
contato com suco gástrico  Sinais clínicos: vômitos, perda de peso, depressão, diarreia, graus
 Pontos brancos nas fezes indicando vermes variáveis de desidratação, salivação, icterícia e hepatomegalia
 Fezes esbranquiçadas indicando giárdia  A dieta dos animais com hepatopatia deve ter uma dieta com bastante
 Fezes esverdeadas indicando parasitas, alergia, consumo de ervas proteína e carboidrato, mas pouca gordura
 Existem sites de empresas de ração que fazem uma conta de  Pode ser necessário repor potássio, porque a hipocalemia aumenta a
requerimento energético padrão chance de alterações hepáticas
 A ideia básica da alimentação tem que ser reverter a lipólise – o  Pode-se fazer reposição vitamínica
problema é como dar essa alimentação para o animal, porque ele não  Também pode fazer dieta caseira, com base no requerimento
está comendo energético, mas melhor é usar a comercial mesmo
 Quanto mais tempo manter o animal na sonda, melhor é o prognóstico  O mirtz (mirtazaprina) é um remédio orexígeno bom, mas não
– sonda nasal com calibre muito pequena e podendo manter por funciona quando o processo ta muito avançado, aí precisa da sonda
poucos dias, por isso se faz a esofágica ou gástrica mesmo – originalmente, é um antidepressivo
 Primeiro coloca a sonda nasal, estabiliza o animal e depois entra em  Só tirar a sonda quando o animal estiver apresentando apetite de
procedimento para colocar as outras comer sozinho por pelo menos de 3-5 dias
 Mortalidade é alta
 Geralmente, o animal já chega muito ruim
 A primeira reserva é glicogênio, depois é gordura e proteína
Insuficiência hepática aguda
 Se o fígado não está sintetizando a apoproteína que se liga no lipídeo,
ele fica acumulado no hepatócito, para onde ele vai depois da  Um quadro mais grave
alimentação  Perda súbita de 75% de massa hepática funcional, excedendo a
 As vezes se encontra aumento de triglicérides, mas nem sempre, capacidade de reserva funcional do órgão – sinais clínicos de
porque eles podem estar infiltrados no fígado insuficiência hepática
 O aumento de proteínas na dieta ajuda a remover os lipídeos que estão  Sinais clínicos mais importantes
no hepatócito – resgatar os lipídeos de volta para o adipócito, pela  Pode ser desencadeada pela própria lipidose
formação de proteínas carreadores
 Causas: hepatotoxinas (medicamentos e agentes químicos), agentes
 O deslocamento do núcleo celular para a periferia é um marcador de infecciosos ou parasitários (hepatite infecciosa canina, peritonite
irreversibilidade – esses já vão morrer infecciosa felina, leptospirose, abscesso hepático, histoplasmose,
 O fígado tem uma alta capacidade de regeneração, mas em processos toxoplasmose e dirofilariose), distúrbios sistêmicos ou metabólicos
crônicos, ele cicatriza (pancreatite aguda, anemia hemolítica aguda e lipidose hepática
 A cirrose hepática é uma cicatriz extensa felina) e lesões traumáticas (traumatismo abdominal e torção de lobo
 Parênquima homogêneo hepático)
 Na cirrose, se tem uma ecogenicidade heterogênea, dependendo do  As vezes uma única aplicação de corticoide em dose elevada pode
tecido causar
 A sonda deve ficar de 3-4 semanas  Toxoplasmose raramente em gatos – mais em cães
 Pode-se usar estimulantes de apetite  Colangiohepatite por parasita Platinosomo, que tem como um dos
 Algumas pessoas usam diazepam IV para estimular o apetite, mas ele hospedeiros intermediários a lagartixa, que é ingerida pelo gato,
tem que ser metabolizado no fígado, então isso não é legal ficando nas vias biliares e causando processo inflamatório intenso –
 A sonda gástrica parece ser mais eficaz do que a esofágica, mas ela é muitas vezes, diagnóstico acidental, em US, vendo dilatação
mais complexa de colocar – tem menos chance de infecção, porque excessiva dos tubos biliares
ela tem um mecanismo que evita a passagem de alimento pela borda  Os medicamentos que podem ser hepatotóxicos em cães são
da sonda carprofeno, halotano, glicocorticoides e acetaminofen e em gatos o
diazepam, griseofulvina e tetraciclina
 Os agentes químicos podem ser aflatoxinas ou micotoxinas,
dinitrofenol, metais pesados, etc
 Um dos quadros associado a tríade felina é a colangite ou
colangiohepatite, podendo levar a insuficiência hepática aguda
 Pancreatite, pela própria continuidade anatômica, com uma
inflamação gerando outra
 Trauma abdominal geralmente leva a hemorragia intensa não dando
tempo do animal apresentar aquela disfunção massiva, sendo muito
Diagnóstico: histórico, sinais clínicos, hemograma e bioquímica sérica rápido
(ALT, AST e FA) – também podem ser feito RX, US e citologia aspirativa
e/ou biópsia

Tratamento: fluidoterapia (com NaCl 0,9% - RL demanda o fígado para


metabolizar o lactato), manejo nutricional adequado (sonda esofágica ou
gástrica, segundo o requerimento energético basal), orexígenos (cipro-
heptadina, que é o princípio do cobavital ou apevitin, 2mg/gato, como
estimulante de apetite, mas tem efeito limitado) e antibióticos (em caso de
infecções secundárias)

 Evitar soluções glicosadas


 O requerimento energético basal (REB) é de 60 a 80 kcal/kg/dia,
podendo ser calculado da seguinte maneira: REB = (30 X peso kg) +
70 Sinais clínicos: Anorexia, depressão, vômito, diarreia e poliúria/polidipsia –
 O REB depende da fonte de energia icterícia, especialmente na ausência de anemia
 Uso de antibióticos, para controlar infecções secundárias, geralmente
 Na crônica, vemos mais alteração no estado geral e nos fatores de
o metronidazol, para diminuir as bactérias produtoras de amônia,
coagulação – os fatores duram por uns dias na coagulação, então é
diminuindo as chances de encefalopatia
difícil ver nos quadros agudos
 Geralmente, a glicemia mantém normal, não precisando do
 Nesses quadros, raramente vemos derrames cavitários, porque a meia
fornecimento de glicose
vida da albumina é de uns dias – na crônica, é comum
 É essencial fazer o animal voltar a comer e existem várias dietas
 Animal com estado nutricional bom
comerciais específicas
 Para ser crônico, passa de três semanas
 O ideal é lavar a sonda após a alimentação, para ela não entupir –
existem algumas soluções próprias para isso, mas podemos usar água  Hepatomegaliaistórico de surgimento agudo e animal em bom
mesmo histórico nutricional
 Normalmente, não fazemos nenhum antiflamatório  Às vezes ocorre uma hemólise severa associada a uma lesão hepática,
com deposição de imunocomplexos e aí podemos encontrar anemia,
 Uso de antieméticos, para diminuir o vomito
mas geralmente, a icterícia vem sem anemia severa, com deficiência
na conjugação da bilirrubina e aumento da bilirrubina não conjugada  Estágio final de uma moléstia hepática crônica, independentemente de
no sangue sua causa
 Icterícia vista principalmente na face interna do pavilhão auricular  Qualquer processo que cause inflamação, necrose e fibrose hepática
podem resultar em cirrose
 Necrose severa
 Causas: exposição a toxinas ou medicamentos (primidona em felinos),
infecção, colestase (colangiohepatite em gatos), lesão imunológica e
hipóxia (insuficiência cardíaca)
 Sinais clínicos: icterícia, hipertensão portal/ascite, anorexia, vomito,
perda de peso, letargia, hipoalbuminemia, coagulopatia e
encefalopatia hepática
 Muito mais comum ter encefalopatia hepática
 Órgão bem reduzido
 É irreversível
 Alteração estrutural severa, com substituição por conjuntivo, o que
aumenta a resistência ao fluxo sanguíneo, gerando hipertensão portal,
o que aumenta a ascite – todo o sangue que vem da veia porta tem
Encefalopatia hepática: acúmulo de amônia - depressão, alterações mais dificuldade de entrar no fígado e ir para a veia porta, diminuindo
comportamentais, demência, ataxia, andar em círculos, cegueira, o retorno venoso, o que piora a clínica do animal, associada a hipóxia
hipersalivação, convulsões e coma – distúrbios hemorrágicos (menos  Animal caquético
frequentes) e sinais compatíveis com a enfermidade primária  Uso de lactulona, que reduz a microbiota do colón, onde tem as
principais bactérias produtoras de amônia, diminuindo a absorção
 Diagnostico com base em achado laboratorial intestinal de amônia – pode usar antibiótico
 Níveis de ureia tendem a ficar diminuída ou próxima do limite  Muitas vezes tem que entrar com anticonvulsivantes – cuidado com
inferior, pelo aumento de amônia ajuste de dose, porque o metabolismo é hepático
 Sinais neurológicos pelo acúmulo de amônia no sistema nervoso  Muita ascite amarela - transudato
central
 Convulsão, estorpor e coma são as mais graves – precedidas por
depressão e confusão mental
 A encefalopatia pode ocorrer em qualquer alteração hepática
 Diagnóstico: histórico, exame físico, hemograma e bioquímica sérica,
RX abdominal e torácica (dirofilariose), US, abdominocentese
(neoplasia) e biópsia hepática (padrão ouro)
 Na bioquímica sérica: aumento de ALT (necrose hepática) e FA
(obstrução intra-hepática), aumento da bilirrubina sérica total (baixa
absorção, conjugação e excreção) e valor de proteínas variável
 Distúrbios hemorrágicos são menos frequentes
 Sinais associados a causa primária
 Animal não vacinado, com acesso a rua, pensando em adenovírus
Diagnóstico: ALT normal ou aumentada, proteína plasmática total
 Pode estar associado a leptospira, quando o animal tem acesso a
(albumina) baixa, RX (diminuição no tamanho do órgão – difícil no animal
ambientes com roedores – gatos não costumam apresentar casos
com ascite), US e biópsia (diagnóstico definitivo)
clínicos
 Albumina próximo do normal – no crônico, hipoalbuminemia Áreas de cicatriz com hiperecogenicidade
 Aumento mais severo de ALT, que indica lesão celular
 O US é variável dependendo da causa – muitas vezes, a ecogenicidade
está normal, mas o tamanho está aumentado
 Se tiver ascite, fazer paracentese e citologia do líquido – proteínas
baixos (transudato)

Insuficiência hepática crônica

 Causas: infecciosas (hepatite infecciosa canina – adenovírus 1 – e


leptospirose), imunomediada e tóxicas (medicamento, drogas e metais
pesados)
 Sinais clínicos: anorexia, letargia, vômito, perda de peso, diarreia,
poliúria/polidpsia e ascite
 Diagnóstico: histórico, exame físico, hemograma, bioquímica sérica,
RX abdominal e torácico, US e biópsia hepática (cirrose)
 Vômito amarelado, com chance de hematoemese (coagulação baixa)
 Primeiro acumula no abdômen, depois no tórax, depois nos membros
e depois anasarca
 Parênquima heterogêneo, com órgão de tamanho normal ou
diminuído
 As vezes a ALT não está tão aumentada, porque não tem mais
hepatócitos
 Bilirrubina e fosfatase aumentada
 Infiltrado inflamatório de tecido conjuntivo entre os hepatócitos, na
biópsia
 É muito comum presença de petéquias ou sufusões, pela diminuição Insuficiência hepática – tratamento
dos fatores de coagulação
 Antibióticos para tratamento da causa primária – penicilinas,
cefalosporinas e metronidazol
 No caso de encefalopatia hepática: lactulose, metronidazol, manitol e
Cirrose hepática
anticonvulsivantes
 Silimarina muito maior que gera um gradiente osmótico que vai atrair líquido, distende
 Vitamina C e E a alça. Se há muito nutriente dentro da alça as bactérias terão acesso a uma
 Metoclopramida em infusão contínua grande quantidade de substratos, o que gera a formação de muito gás,
 Cimetidina resumindo, com presença de gás, líquido e massa maior ocorre o aumento
 Fluido – se proteína estiver muito baixa, faz coloide ou transfusão de do peristaltismo, sendo comum o animal produzir grande quantidade de
plasma fezes, podendo ser líquida ou pastosa e, muitas vezes, por conta da fome do
 Uso de diuréticos, principalmente, espironolactona, que tem baixa animal, que continua pois o animal não reabsorve os nutrientes (centro da
depleção de potássio, podendo intercalar com a furosemida, para fome e saciedade trabalham juntos), o animal come qualquer coisa que
controlar derrame cavitário avista, sendo inclusive um dos sinais a ingestão das próprias fezes.
 Drenagem periódica Além da pancreatite levar a um quadro de insuficiência pancreática
 O efeito do anticonvulsivante é reduzido pelo edema cerebral – pode exócrina, possui outras causas, podendo ser desconhecidas, decorrente de
precisar usar o manitol, desde que não tenha hemorragia cerebral má formação (quantidade de ácido reduzido, animal nasce com isso) ou
 Se o diazepam não funciona, podemos usar o tiopental, que também decorrente de outras causas. Devido à não absorção de nutrientes, o animal
diminui a PIC – também pode usar o propofol acaba tendo perda de peso crônica, as fezes são volumosas, para ocorrer o
processo de digestão de gorduras depende de duas coisas, da bile para
Pâncreas
emulsificar a gordura e da lipase pancreática. Com isso, terá como sinal a
Achados ultrassonográficos: espessamento de parede duodenal é um dos não reabsorção desses lipídeos as vezes brilhantes, também haverá grande
achados importantes por conta da ecogenidade do ducto pancreático?? E presença de gases.
quando é possível visualizar o pâncreas vê-se alteração de ecogenicidade.
O diagnóstico é baseado na história clínica, em relação a exames
As vezes, os achados ultrassonográficos são inespecíficos, pois não se
complementares pode ser feito teste específico de amilase e lipase,
enxerga – em sua maioria – o pâncreas diretamente, algumas vezes se
rotineiramente é bastante utilizado exame coprológico funcional (se houver
enxerga o duodeno com suas paredes espessadas com presença de gás, que
presença de enzimas como ocorre em condições normais há mudança no
pode ser um forte indicativo de pancreatite ao somar com os sinais clínicos
aspecto do filme radiográfico, como se tivesse sofrido ação enzimática,),
que o animal está apresentando. No laudo não se constata pancreatite e sim
ele pode ser feito em uma emulsão radiográfica ou em emulsão de gelatina
descreve os achados ultrassonográficos, não é tão comum fazer teste de
(muda de coloração e a gelatina acaba ficando liquefeito quando há
pancreatite... (1min19), ou seja, o tratamento será determinado através dos
enzimas). O teste mais atual, que serve como padrão ouro da insuficiência
sinais clínicos e dos achados ultrassonográficos.
renal hepática, é a imunorreatividade tanto a tripsina quanto ao
O tratamento visa reestabelecer as condições locais, reduzindo o processo pepsinogênio depois de um jejum de 12 horas a fim de dosar essa reação
inflamatório, tentando diminuir ao máximo nos primeiros momentos a (valores inferiores a 2mcg/L fecha o diagnóstico de insuficiência
secreção pancreática (para isso deve-se reduzir o oferecimento de alimento pancreática).
enquanto o animal estiver apresentando vômito, a reintrodução alimentar é
Quanto a alterações imaginológicas: raio X é inespecífico, já o ultrassom
realizada após – pelo menos – 24 horas após o animal ter cessado vômito),
em alguns casos demonstra redução de volume do órgão, contudo, em
utilização de anti-hemético para tentar cessar vomito (como o marupitam,
neoplasias isso pode não acontecer, mas normalmente, quando é substituído
possui eficiência melhor que a metoclopramida e que a ondasetrona), a água
por tecido cicatricial o (20:36 lúmen???) sempre tende a reduzir em termos
pode ser reintroduzida mais precocemente que a alimentação (com 12 horas
de volume, o que deixa o parênquima todo heterogêneo.
após cessado vômito). A administração de medicamentos deve ser realizada
via parenteral (principalmente nas primeiras 24 horas), importante realizar Tratamento: mo problema primário (sem neoplasia), tendo lesão acinar,
também reposição volêmica para melhorar o fluxo local e analgésicos processo já foi rebelado, animal sem produzir enzima pancreática, com isso,
(sendo os mais utilizados o butorfanol e buprernorfina, preferencialmente deve-se iniciar suplementação. O tratamento específico é a reposição das
via subcutânea, caso animal esteja desidratado pode fazer IM). enzimas pancreáticas, a pancreatina é utilizada para este fim (podendo ser
necessário para o resto da vida do animal). Pode-se reduzir a microbiota
É necessário reestabelecer condição básica para o animal começar a voltar a
intestinal para regredir o desconforto, reduzir a fermentação, normalmente,
se alimentar, com o intuito de evitar secreção pancreática pode-se –
pode-se utilizar medicamentos como metronidazol. O tratamento possui
procedimento não frequentemente realizado – introduzir uma cânula/sonda
como objetivo reestabelecer a atividade enzimática intraluminal, tentar
diretamente no jejuno e fixá-la, a fim de realizar a alimentação diretamente
reverter os desequilíbrios nutricionais, deve-se também prescrever dieta
por essa via, seria o procedimento ideal, porém, é incomum de se fazer
balanceada para o animal em conjunto com as enzimas pancreáticas
(dessa forma, o alimento não passaria pelo local onde se controla a secreção
(pancreatina), o uso de metronidazol, por exemplo, não é para uso contínuo,
pancreática). Na prática o que se realiza é tentar cessar o vômito e a diarreia
em cerca de 3 semanas a tendência é modificar a microbiota.
é através da administração de antieméticos, caso a diarreia esteja com
sangue em consequência de uma infecção secundária deve-se associar ao Alimentação: dieta de alta digestibilidade, proteínas hidrolisadas ajudam
tratamento um antibiótico também. nesse processo, pois precisa de menor quantidade de enzimas para degradar,
necessário reduzir a quantidade de fibra a fim de diminuir a velocidade de
A analgesia deve ser mantida, pelo menos, por 48 a 72 horas, esse processo
passagem desse alimento ao longo do tubo digestivo (com isso haverá mais
provavelmente não terá melhoria em menor tempo que esse, a dieta do
tempo para que o processo de absorção ocorra) e menor quantidade de
animal deve ser alterada para uma alimentação mais específica como rações
gordura, também é benéfico fracionar a quantidade de ração.
hepáticas (alimentos com baixa quantidade de gordura). Durante o
tratamento o fluido de escolha é o Ringer com Lactato, a antibioticoterapia
de primeira escolha são as quinolonas, para analgesia os mais utilizados o
butorfanol e buprernorfina (mais difícil de se conseguir). Afecções pancreáticas exócrinas

Nos casos de pancreatite crônica, há uma lesão contínua, há infiltração de  Funções do pâncreas endócrino: secreção de insulina e de glucagon
gordura só que em pequena escala o que vai ocasionando alteração crônica,  Funções do pâncreas exócrino: secreção de enzimas digestivas,
os sinais são vômitos esporádicos - não é do tipo coercível/tenso que leva a secreção de bicarbonato e modulação da função da mucosa intestinal
uma desidratação severa no primeiro momento – apetite caprichoso, animal  Fatores relacionados: obesidade, dietas ricas em gordura,
mais fica mais prostrado/triste e o emagrecimento que também é um sinal hipovolemia, CID, traumatismo abdominal, PIF e doença inflamatória
importante. O tratamento visa mais tentar reduzir o fator predisponente, intestinal
principalmente dieta lipídica, a fim de emagrecer o animal e controle da dor  Patogenia: enzimas na forma inativa (zimogênios), autodigestão,
quando demonstrado pelo animal, como o cessar da alimentação ou quando aumento da permeabilidade capilar/necrose, polipeptídeos vasoativos
se nota que animal fica mais prostrado, mas, normalmente, a abordagem é (edema pulmonar, miocardia, CID...), em cães de meia idade ou
restringir os fatores predisponentes. idosos
 Sinais clínicos: depressão/dor, anorexia/vômito, febre, diarreia,
Se o pâncreas está insuficiente, a digestão também não será efetiva. O que
icterícia, melena, peritonite/choque
ocorre em um cão que possui uma pequena quantidade de secreção
 Diagnóstico: hemograma (estresse), com leucocitose/desvio a
pancreática, como primeiro reflexo ele terá uma redução da absorção dos
nutrientes que são ingeridos, se o animal está comendo e não está esquerdo discreto, além de bioquímica sérica (ureia/creatinina, com
absorvendo, o alimento ficara na luz intestinal, gera uma massa/volume azotemia pré renal, glicose, com hiperglicemia moderada, ALT e FA
aumentados)
 Diagnóstico: lipase pancreática canina (cPLI) é o teste específico para  Nesse caso, ocorre uma hiperglicemia, apesar de se pensar em repor
essa doença, mas também se faz urinálise, RX e US insulina, nem sempre é necessário
 Tratamento: restaurar e manter o volume intravascular e a perfusão  A mesma coisa que se pode notar com essa hiperglicemia mimetizando a
pancreática, reduzir a secreção pancreática (NPO), aliviar a dor, tratar diabetes, tem que se analisar com outros olhos que também ocorre
as complicações que retardam a recuperação completa do anima, sintetização de proteínas que podem levar a uma redução dos níveis de seu
fornecer suporte nutricional, fluidoterapia com RL, antibioticoterapia produto e refletir na atividade orgânica, que é a tireoide.
parenteral (enrofloxacino e ampicilina), analgésicos (butorfanol) e  Importante lembrar que mesmo em diabetes não insulina dependentes as
manejo nutricional (feline w/d e canine i/d) ilhotas estão integras, o que ocorre é uma redução da sensibilidade das
células a insulina. Os receptores insulinérgicos muitas vezes não ficam na
Insuficiência pancreática exócrina (IPE) superfície da membrana da célula, acabam se invaginando na bicamada,
impedindo a conexão.
 Causas: atrofia acinar pancreática (idiopática, obstrução do ducto
pancreático, isquemia, infecção viral, etc), pancreatite crônica,
congênita, hereditária (pastor alemão) e neoplasia pancreática  Hiperadrenocorticismo (Síndrome de Cushing)
 Sinais clínicos: perda de peso crônica, ótimo apetite, coprofagia, fezes  Muitas vezes em pacientes com hiperadreno, também é diagnosticado
volumosas, esteatorreia, flatulência com hipotireoidismo, possuindo uma afecção denominada de síndrome do
eutireoideo doente
 Ao analisar um paciente com hiperadreno, muitos deles terão redução
dos hormônios tireoidianos (os hormônios tireoidianos são proteicos, então
o substrato básico é a tireoglobulina que é uma proteína, se há catabolismo
celular há redução de síntese de hormônio tireoidiano)
 Em animais com essa patologia, há com certa frequência - estimativas de
50/60% - também uma hipertensão arterial sistêmica (HAS), com ritmo e
frequência cardíaca normal
 Em um paciente com HAS, como com hiperadreno, é comum que
possua hipertrofia miocárdica. Já em um cão com hipotireoidismo, apesar
de apresentarem algumas coisas muito comuns, normalmente há dilatação
da câmara cardíaca com bastante frequência.

O hiperadreno pode se confundir com uma doença renal pois causa sinais
Diagnóstico: histórico clínico, sinais clínicos, exames laboratoriais
gastrointestinais e acidose metabólica como observado na doença renal. Se
(amilase e lipase normais ou discretamente reduzidas, exame coprológico
há redução de íon hidrogênio, consequentemente, aumenta a concentração
funcional e dosagem da imunorreatividade sérica da tripsina e do
sendo comum a ocorrência de acidose.
tripsinogênio após jejum de 12 horas.
Como direcionar/diferenciar ambas as patologias?
Tratamento: reestabelecer a atividade das enzimas pancreáticas
 Em ambos os casos pode haver obesidade, contudo, no hiperadreno o
intraluminais, reverter os desequilíbrios nutricionais, enzimas pancreáticas
que pode auxiliar é a ocorrência de alopecia mais comum em cães
(pancreatina), dieta de alta digestibilidade, pobre em fibras e gorduras, com
com hipotireoidismo
3 ou 4 pequenas refeições/dia, uso de metronidazol para controle da má
 A dosagem de triglicérides e colesterol pode dar elevados nos dois
absorção induzida pela proliferação bacteriana
 Hiperadreno – sinais clínicos: polidipsia, poliúria, polifagia
Adrenal  Hipotireoidismo – sinais clínicos: animal roliço, sem ingestão
excessiva de alimento relatado pelo tutor, baixa atividade metabólica
Uma das afecções mais comum são alterações relacionadas ao aumento da (tudo que ingere vira depósito)
produção de cortisol. A adrenal tem origem embriológica mista, tem a  Hiperadreno: em alguns casos para fechar o diagnóstico precisa-se
região central que é a medula da adrenal, onde também há afecções realizar teste de supressão com baixa dose de dexametasona
relacionadas, principalmente, a neoplasias de medula, como a - Para esse teste de considerar alguns indícios: como aumento de
feocromocitoma. Quanto a afecções da glândula adrenal, deve-se considerar triglicérides, colesterol e de fosfatase alcalina, baixa densidade
o eixo de modulação da secreção dos hormônios produzidos, há uma urinária (por conta da poliúria e da polidipsia). No ultrassom,
modulação que tem início no hipotálamo, que depois por uma produção de constata-se aumento da dimensão de polo caudal.
hormônio (CRH) ocorre a secreção de ACTH que irá estimular a secreção
do córtex da adrenal. Existe uma interação entre o hipotálamo, produzindo o hormônio liberador
da corticotropina, atuando na adeno-hipófise estimulando a secreção do
Essa alça de modulação é o que se utiliza como ferramenta diagnóstica, ACTH, que irá estimular a região cortical da adrenal a produzir,
levando isso em consideração, quando a afecção é principalmente principalmente, o cortisol. Com o nível de cortisol elevado na circulação irá
hipofisária, que atende grande parte dos cães, ocorre alteração na hipófise fazer um feedback negativo do hipotálamo, o diagnóstico é baseado nessa
que leva a uma alteração funcional da adrenal. É importante lembrar da alça de feedback. Por isso há o teste de supressão com baixa dose de
simetria em relação das adrenais quando é realizado exame dexametasona, o teste de estimulação de ACTH, visa saber se haverá
ultrassonográfico, quando há simetria em conjunto com todo o resto de aumento ou não/se há ou não resposta a esses estímulos.
exames laboratoriais indicando que há um hipercortisonismo e se for
espontâneo ou primário (não foi induzido), as adrenais irão se apresentar de
maneira simétrica.

A região cortical é responsável por produzir dois principais hormônios, os


mineralocorticoides (dentre os quais a aldosterona é o principal) e os
glicocorticódeis (sendo ocortisol o principal), a corticosterona é outro
produto que é secretado. As afecções de córtex da adrenal têm relação com
o aumento exacerbado ou a redução desses dois produtos.

No caso de alteração medular, que é o mais comum (feocromocitoma), há


secreção principalmente de catecolaminas e de adrenalina, levando a uma
repercussão sistêmica principalmente para o coração e para os vasos,
desencadeando alterações cardíacas e vasculares, que clinicamente são
vistas por meio das taquicardias, taquiarritmias e hipertensão sistêmica.

 Hipoadrenocorticismo (Síndrome de Addison): cursa com sinais


muito semelhantes aos encontrados na doença renal, desequilíbrio
eletrolítico e sinal gastrointestinal.
Como o efeito dos hormônios corticais adrenais ocorre em diferentes
órgãos e locais é esperado que tenha alterações multissistemicas (tanto
quando há aumento quanto quando há redução). O hiperadrenocorticismo é
decorrente da redução da síntese dos mineralocorticoides e dos
glicocorticoides, ocorrência pouco frequente nos cães. Atualmente houve
uma mudança no fármaco utilizado para tratamento de
hiperadrenocorticismo, poderia ter durante o tratamento o uso de mitotano
(causa necrose seletiva das células adrenocorticais, induzindo um quadro
mais severo, o hipoadreno), hoje em dia é menos usado, sendo mais usado
em casos de tumores de adrenal.

Adrenal: córtex

 Glicocorticóides: cortisol (hidrocortisona) e corticosterona agem no


metabolismo proteico, lipídico e dos carboidratos (tipo de hormônio
que promove o catabolismo celular induzindo ao aumento dos níveis
glicêmicos)
- Quando há aumento severo do cortisol ocorre catabolismo
- Em quadro de hiperadreno pensa-se em catabolismo celular
 Mineralocorticóides: aldosterona estimula reabsorção de sódio, etc
(elamodula a absorção e secreção desses eletrólitos principalmente
nos túbulos renais em sua porção mais distal)
 Andrógeno: deidroepiandrosterona (efeito masculinizante e
anabolizante)
 Ações dos glicocorticoides: estimula a gliconeogênese, estimula a
proteólise (catabólico), estimula a lipólise, diminui a utilização de
glicose pelas células e diminui a sensibilidade à insulina
 Ações dos mineralocorticoides: aumenta a reabsorção de Na+,
aumento da secreção de K+ e aumento da secreção de H+

Um animal que tem nível aumentado de glicocorticoide, o mais comum é


que ocorra um aumento da disponibilidade de energia, podendo ser na Anormalidades da secreção Córtico-adrenal: Hipoadrenocorticismo
forma de glicose, ou seja, há degradação de glicogênio, degradação e (Síndrome de Addison) e Hiperadrenocorticismo (Síndrome de Cushing)
mobilização lipídica e uma redução na síntese proteica. Ao invés de
sintetizar proteína ocorrerá sua degradação para ser utilizada como forma
de energia. Hipoadrenocorticismo

Os glicocorticóides atuam no metabolismo proteico/lipídico de “... síndrome multi-sistêmica resultante da deficiência de secreção de
carboidratos, ou seja, aumenta a disponibilidade de carboidratos na glicorticóides e/ou mineralocorticóides.
Pouco comum em cães e rara em gatos
circulação, é um hormônio hiperglicemiante. Por isso, é comum encontrar
valores aumentados de glicose sérica. A redução na síntese proteica pode Cadelas jovens à meia-idade (média de 4 anos; variação, 2 meses a 12 anos)
refletir na produção de hormônios proteicos como, por exemplo, da tireoide Primário: associado a afecções da glândula adrenal
Secundário: associado a alterações no eixo hipotálamo – hipófise –adrenal
e na mobilização das reservas lipídicas. É comum ter infiltrado gorduroso
→ ↓ CRH ou ↓ ACTH
no fígado e congestão hepática, por isso tem aumento de fosfatase alcalina.
Primário
Em relação aos mineralocorticoides, é importante lembrar do papel da
aldosterona no equilíbrio dos níveis de sódio e potássio séricos, existe uma
 Quando está associado principalmente a uma alteração funcional
estimativa de normalidade sendo acima de 27:1. Quando animal tem
específica com o sítio ...(54:20) da adrenal
hiperadreno essa relação cai para 20:1, sendo um forte indicativo de
 Idiopático
desequilíbrio desse processo que está relacionado diretamente com a
 Auto-imune
redução desses hormônios.
 Iatrogênico: uso prolongado de mitotano (hiperadrenocorticismo),
cetoconazole o acetato de megestrol
 Causas menos comuns: infecções (coccidioidomicose, blastomicose,
Adrenal: medula ou tuberculose), infartos hemorrágicos, neoplasias metastáticas e
traumatismo
 Catecolaminas: (efeito hiperglicemiante)
 Adrenalina (80%):
 Glicogenólise: hepática e mm ativos Secundário
 Lipólise: adipócito e mm ativos
 Noradrenalina (SNA Simpático):  Quando acontece no eixo hipotálamo-hipofisário que pode ser por
 Lipólise: adipócito uma disfunção no hormônio liberador ou mesmo do ACTH
 Inativadas pelas enzimas: MAO = monoaminoxidase CONT = hipofisário (podendo estar associado a neoplasias ou a massas que
catecolamina-o-transferase podem estar comprimindo as células corticotróficas que produzem o
ACTH ou até mesmo uma disfunção dessas células, levando a uma
redução da estimulação, ou seja, há menor secreção dos hormônios
adrenais)
 Ocorrência natural: falta de estimulação adrenal normal CRF ou  Teste de estimulação com ACTH: consiste na determinação do
ACTH, e implica numa insuficiência hipotalâmica ou pituitária cortisol plasmático antes e 1 h após a administração IV de ACTH
primária. sintético (0,25mgcães ou 0,125 mg/gatos) ou antes e 2 h após ACTH
 Muitos decorrentes de inflamação, tumores, traumatismo, e defeitos gel IM (20 UI cães ou 10 UI gatos)
congênitos do hipotálamo ou da glândula pituitária.
 Iatrogênica Tratamento - Agudo
 Menos comum: administração de glicocorticóides exógenos suprime a
produção normal do ACTH hipofisário, levando a uma atrofia  Corrigir hipovolemia: NaCl0,9%, 60-80 ml/kg /h IV nas primeiras
bilateral da adrenal duas horas, dependendo da resposta reduzir o volume administrado
- Uso crônico de glicocorticóides pode causar supressão do eixo (Monitorar a micção)
hipotálamo-hipofisário severo, isso pode ocorrer quando não se faz a  Dexametasona2-4mg/kg IV, repetindo em 2 e 6 horas; manutenção
redução paulatina desses fármacos com prednisona 0,2mg/kg VO sid
 Glicose (1,5ml/kg de glicose 50%)e insulina para redução na [ ] sérica
de K (bradiarritmias)
 Acidose (bicarbonato, 25% da dose IV nas primeiras 6 h de terapia)

Tratamento - Crônico

 Corrigir hipovolemia: NaCl 0,9%, 60-80 ml/kg / h IV nas primeiras


duas horas, dependendo da resposta reduzir o volume administrado
 Suplementação com mineralocorticóide: Acetato de Fludrocortisona:
0,01-0,02 mg/kg VO sid (monitorar os eletrólito, uréia e creatinina
por uma vez por semana até estabilizar)
 Suplementação com glicocorticoide - prednisona: 0,2mg/kg VO sid

Hiperadrenocorticismo (síndrome de Cushing)

“... é uma das endocrinopatias mais comuns no cão, e se refere ao conjunto


de anormalidades clínicas e químicas que resultam da exposição crônica a
concentrações excessivas de glicocorticóides. “
Glândula adrenal não funcional, consequentemente, terá nível de cortisol Cães e gatos de meia idade a idosos, mas pode ocorrer animais jovens
bastante reduzido ou ausente, o que diminui a função hepática, diminui a (HAC hipófise-dependente)
função enzimática gástrica, há alteração clínica que pode ser visível através Raças predispostas:
de sinais como vomito e diarreia, redução do nível glicêmico que pode estar Cães: Poodle, Dachshund, Boxer, Beagle, Pastor Alemão e Boston Terrier
extremamente baixo e levar a sinais neurológicos (estupor, coma e morte). Gatos: não há predisposição racial
Em contrapartida, em consequência da redução de mineralocorticoides
(pode estar muito baixa ou ausente), há uma perda de grande quantidade de Etiologia
sódio e água que leva uma redução volêmica, podendo desencadear um Hipófise dependente: adenoma ou hiperplasia das células corticotrópicas
quadro de choque (pode levar a coma e morte). Além disso, essa alteração
Tumores na adrenal: adenoma ou carcinoma
do equilíbrio sódio/potássio, acontece aumento dos níveis de potássio em
relação a quantidade de sódio disponível, levando a arritmias cardíacas, Iatrogênica: devido administração de glicocorticóides
ocasionando redução do débito cardíaco, redução da PA podendo levar ao
choque.

Sinais clínicos: letargia, fraqueza, tolerância reduzida ao estresse (baixo


nível de cortisol) e a várias alterações gastrintestinais, como anorexia,
vômito, diarréia, dor abdominal e perda de peso (↓cortisol) - desidratação,
bradicardia e pulsos femorais fracos (↓aldosterona)

Sinais e sintomas clínicos


Poliúria, polidipsia e polifagia (PPP)
Abdômen penduloso; fraqueza muscular; hepatomegalia
Letargia; obesidade; respiração ofegante;
Anestro; atrofia testicular
Alopecia simétrica bilateral e hiperpigmentação cutânea

Diagnóstico: anamnese, exame físico e patologia clínica


Hemograma – Anemia, eosinofilia e linfocitose

 Exame bioquímico: Hipercalemia e hiponatremia (95%) no caso do


tipo primário (↓na relação Na:K, que normalmente varia de 27:1 a
40:1)
 Hipercalcemia, hipoglicemia, ↑ ALT e FA,acidose
 Azotemia pré-renal
 Urinálise
 RX: microcardia, estreitamento da veia cava caudal, hipoperfusão dos
campos pulmonares e fígado diminuído
 Ultrassom
 ECG (hipercalemia)
 Apesar do crescente aumento na incidência de obesidade e diabetes
mellitus em cães nos últimos 40 anos, diversos fatores genéticos,
inflamatórios, hormonais e imunológicos podem estar associados ao
surgimento da doença em cães – essa tendência parece estar associada
a maior contato com fatores ambientais adversos, perante complexos
fatores genéticos em segundo plano
 Aumento de glicemia, com diminuição da insulina
 Tipo 1 nasceu com o problema e tipo 2 desenvolveu
 O 2 é o mais comum
 Causada pela baixa produção de insulina no pâncreas e outros fatores
 O tratamento é corrigir a dieta e fazer aplicação de insulina - o melhor
tratamento é a prevenção
 Anatomicamente, o pâncreas endócrino é composto de diversos
pequenos grupamentos celulares, denominados ilhotas de langerhans,
uma vez que são como ilhas dispersas em meio ao tecido exócrino
pancreático
 Histologicamente, largerhans podem ser subdivididas em 4 tipos
celulares: alfa, betal, delta e PP – cada uma responsável pela secreção
Diagnóstico: anamnese, exame físico e patologia clínica de um hormônio em particular
Hemograma: leucocitose com neutrofilia, eosinopenia e linfopenia
 A principal funcional do pâncreas endócrina é atuar em conjunto com
↑ ALT, FA, colesterol e glicose outros mecanismos fisiológicos na manutenção da glicemia
Urina: ↓ densidade; proteinúria, hematúria e piúria
 A glicose, além de servir como fonte de energia por sua total oxidação
Rx
no processo de glicólise, também serve como precursor de uma série
Ultra-som
de moléculas não menos importantes, como diversos aminoácidos,
ácidos nucleicos, lipídeos e carboidratos complexos, como o
Tratamento glicogênio
 HAC: Mitotano(Lisodren®), que provoca necrose seletiva das zonas  O principal efetor no controle da glicemia é o fígado, que tem sido o
do córtex adrenal; Trilostano(inibidor da esteroidogenese; 1 a 3 primeiro envolvido no metabolismo da glicose, uma vez que ele pode
mg/Kg bid) secretar glicose para a corrente sanguínea por 2 mecanismos distintos:
 Considerações cirúrgicas: hipofisectomia e adrenalectomia a glicogenólise e a gliconeogênese
 O diabetes mellitus é uma doença crônica sistêmica, decorrente de
deficiência relativa ou absoluta de insulina e resulta em hiperglicemia
Tratamento - HAC hipófise-dependente e em uma série de sintomas progressivos, que, se não controlados,
Indução: Mitotano(Lisodren®) 30-50 mg/kg/dia SID PO, por 7 a 10 dias podem evoluir para a morte
com alimento e prednisolona 0,15 -0,25mg/Kg/dia  Diversos fatores estão envolvidos na etiopatogênese do DMC, sendo
Diante de efeitos colaterais (anorexia) suspender o mitotano, mantendo
considerada uma doença multifatorial: predisposição genética,
somente o glicocorticóide até que o paciente estabilize.
imunomediada, pancreatite, obesidade, doenças ou fármacos
Teste de ACTH no décimo dia e dosagem de cortisol.
Manutenção: Mitotano(Lisodren®) 50 mg/Kg semanalmente em 2 a 3 antagônicos a insulina (hiperadrenocorticismo, acromegalia,
doses glicocorticoides, progestágenos, IR, doença cardíaca, hiperlipedemia e
Recidiva = retorna a fase de indução síndrome metabólica) são implicados, como fatores predisponentes
Teste com ACTH a cada 3 meses  Fatores predisposição: obesidade (alimentação, falta de exercícios,
castração), estresse e castração
Tratamento - HAC adrenal (considerar cirurgia!)  Os principais hormônios do estresse são o cortisol e a adrenalina
Indução: Mitotano (Lisodren®) 50-75 mg/Kg/dia e prednisona 0,2  Lutar ou correr faz o corpo precisar de mais energia, para que seja
mg/Kg/dia. possível ter explosão
Manutenção: Mitotano (Lisodren®) 75-100mg/Kg semanalmente e mantém
 O problema do estresse é não usar a energia em excesso - energia em
prednisona na mesma dose da fase de indução.
excesso vira gordura
Na presença de efeitos colaterais, descontinuar o mitotano e baixar a dose
em 25 a 50%.  Se ficar aumentando a dose de insulina o paciente pode ter resistência
Monitorar com teste de estímulo de ACTH. insulínica
 Alimentação com consumo excessivo de energia, que é armazenada
Diagnóstico em adipócitos, deixando o animal obeso - força fígado e pâncreas
Teste de estimulação pelo ACTH  Os animais não têm libido, tem instinto – um animal sobe no outro
HAC naturalmente adquirido (hipófise-dependente ou tumores adrenais, para mostrar dominância
porém não diferencia um do outro).  A queda da testosterona aumenta outros hormônios, como o cortisol,
Teste de supressão com baixa dose de dexametasona aumentando o estresse, com maior deposição de gordura, menor
Teste de supressão com alta dose de dexametasona: usado após deposição de musculatura (coração tbm diminui)
confirmação do diagnóstico de HAC (auxilia diferenciação entre HAC
 Fazer só a glicemia só vai me falar se o paciente é diabético -
hipófise-dependente ou por tumor adrenal)
hemoglobina glicada (excesso de energia) e dosagem de insulina
 A insulina e a hemoglobina glicada sabem para tentar diminuir a
Teste de supressão com baixa dose de dexametasona glicemia
Coletar amostra basal  Se o cortisol basal, a insulina e a hemoglobina glicada estão altas, mas
Aplicar 0,01 mg/Kg dexametasona IV a glicemia ainda está normal, dá para reverter
Coletar amostras “pós-dexametasona”  Cortisol alto pode sugerir diabetes, hiperadreno, hipertireoidismo
4 horas  No gato, pedir glicose e frutosamina (não altera com estresse)
8 horas  Resistência à insulina quando os receptores não se ligam mais na
insulina
 Insulinoma é um tumor no pâncreas, com anta liberação de insulina e
Diabetes Mellitus hipoglicemia
 Pode acontecer tbm a produção de anticorpos contra a insulina
 Doença comum, que se mostra cada vez mais frequente nas rotinas
clínicas  Diabete gestacional pode ocorrer, estando ligada a progesterona -
geralmente, em paciente mais obeso
 Além de maior sobrevida, dos cuidados dos tutores com os animais de
companhia e da maior capacidade de diagnóstico, tem-se observado  Endocrinopatia bastante comum na rotina, com seu crescente aumento
que profundas mudanças na dieta e nos hábitos de vida dos humanos e relacionado ao grande número de animais nas grandes cidade e
animais de companhia tem provocado maior identificação das doenças condições de vida moderna (fatores como castração, má alimentação,
dá civilização, como o diabetes mellitus aumento de peso corporal, redução de atividade física e aumento do
estresse psicológico e ambiental) são fatores importantes implicados Uma possibilidade menos comum de diabetes transitório é secundária ao
no aumento gradual de incidência de DMC ao longo das últimas uso de glicocorticoides ou início de hiperadrenocorticismo em cães – falhas
décadas em reconhecer a exposição a glicocorticoides (função adrenal) ou falha no
 As fêmeas são afetadas pelo menos 2x mais que os machos e os rápido controle do quadro (retirada da medicação para o tratamento do
animais castrados apresentam um maior risco de desenvolverem DM hiperadreno)
do que animais inteiros
 O surgimento de DMC em filhotes é extremamente raro, sendo  Apesar de as preparações insulínicas serem estáveis a temperatura
incomum o aparecimento da doença em pacientes com menos de 1 ambiente, refrigerá-las mantém uma condição mais constante de
ano armazenamento, levando a maior vida útil do produto
 Raças como poodle toy em miniatura, australian terrier, shynauzer,  Congelar, aquecer ou agitar vigorosamente o frasco degrada a insulina
labrador, pinscher, samoide, pug, fox terrier, bichon frise, spitz, husck  Recomenda-se a troca periódica do frasco após 30-45 dias de aberto
siberiano, dachshund e Cocker apresentam um maior risco – raças  Recomenda-se também o uso correto de seringas ou canetas para
como boxer, pastor alemão, Golden retrivier, american pitbull terrier, aplicação de insulina, conforme a determinação do fabricante
collie, pequinez e pointer apresentam um menor risco (humano ou veterinário)
 Frequentemente cães que desenvolvem diabetes apresentam histórico  A dieta terapêutica apresenta um importante papel no tratamento do
de alimentação excessiva e desequilibrada, bem como abuso de DM, sendo a correção da obesidade, quando presente, e o incremento
petiscos, frutas e sobrepeso, além da falta de exercícios físicos e alto da quantidade de fibras da dieta os 2 principais passos para melhorar o
índice de tártaro controle glicêmico
 O histórico em quase todos envolve poliúria, polidipsia, polifagia e  Dietas que contém alto teor de fibras solúveis e insolúveis
perda de peso – poliúria e polidipsia não se desenvolvem até que demonstram efeitos benéficos no controle de cães diabéticos, em
ocorra glicosúria associação, ainda à redução significativa nos níveis de colesterol
 Ocasionalmente, o motivo da consulta pode ser a formação abrupta de plasmático, glicose livre, frutosamina sérica e hemoglobina glicada,
catarata diabética ocorrendo também melhora significativa na atividade e no
 Nos casos em que o tutor não rapara o aparecimento de sinais, o comportamento dos pacientes – esses efeitos são obtidos por retardo
paciente corre sério risco de desenvolver cetoacidose diabética, coma no esvaziamento gástrico e absorção intestinal de nutrientes,
e morte resultando do efeito direto na fusão da glicose em direção às
 Anamnese minuciosa deve sempre ser realizada, a procura de doenças microvilosidades intestinais, efeito induzido pelas fibras sobre a
concomitantes, presentes na maioria dos casos de DMC, como liberação de hormônios gastrointestinais reguladores na circulação
pancreatite, infecções, ICC, hiperadreno, ou até mesmo estro recente  A ingestão calórica diária quando a insulina ainda está presenta na
ou piometra – a identificação e o tratamento desses distúrbios são circulação é capaz de promover a absorção da glicose absorvida da
fundamentais para o sucesso da manutenção do paciente diabético refeição
 O diagnóstico da doença requer a presença dos sintomas apropriados  A atividade física é um componente auxiliar importante no controle
(poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso), associada à glicêmico de cães diabéticos, uma vez que auxilia na redução de peso,
verificação de hiperglicemia persistente após jejum de 8 horas e eliminando a resistência insulínica induzida pela obesidade
glicosúria  O exercício físico também melhora a distribuição de glicose em
 É importante a determinação de hiperglicemia e glicosúria, pois a pacientes hiperglicêmicos na presença de concentrações basais de
hiperglicemia diferencia o DM de glicosúria renal primária insulina
 A glicosúria diferencia o DM de outras causas de hiperglicemia  Atividade física regular determina maior ação da insulina ao seu
 Pacientes diabéticos não complicados apresentam glicemias em jejum receptor, assim como maior expressão de substratos importantes e a
entre 250 e 460 mg/dL propagação da sinalização insulínica intracelular
 Uma avaliação completa da saúde do cão diabético é recomendada  A rotina diária de um paciente diabético deve incluir exercícios, de
logo após o diagnóstico inicial da doença, a fim de identificar preferência na mesma hora do dia
qualquer doença concomitante que possa estar causando a intolerância  Exercícios esporádicos e extenuantes podem causar hipoglicemia e
a glicose ou contribuindo para ela (ex: hiperadreno) devem ser evitados
 Em casos de felinos ou animais estressados, avaliar também a  Recomenda-se a redução à metade da dose de insulina em dias em que
frutosamina o animal seja submetido a exercícios prolongados e cansativos
 A meta primária do tratamento do DM é a eliminaçãoo dos sintomas  Diversos métodos podem ser utilizados para monitorar o controle
secundários a hiperglicemia e a glicosúria, bem como a recuperação glicêmico de cães diabéticos e todas essas informações em conjunto
do estilo de vida habitual do animal, a fuga dos episódios de informarão melhor sobre o sucesso do tratamento
hipoglicemia, evitando também as complicações crônicas da doença  Recomenda-se que todo tutor com informações sobre o apetite do cão
 No cão diabético, isso pode ser obtido com o uso de terapia insulínica e o comportamento geral, pese e registre o peso do animal
apropriada, dieta, exercício e controle de distúrbios infecciosos, semanalmente e verifique gicosúria e cetonúria na urina, por meio de
inflamatórios, neoplásicos e hormonais concomitantes tiras reagentes
 Apesar de o objetivo da terapia ser controlar a glicemia, o clínico deve  O tutor deve ser orientado a jamais modificar a dose recomendada de
sempre evitar a hipoglicemia, complicação terapêutica séria e insulina sem orientação do vet responsável
potencialmente fatal
 A observação do aumento da ingestão de água e produção de urina,
 A letargia tende a se resolver rapidamente da terapia insulínica e a
associado a letargia e perda de peso indica necessidade de ajuste na
perda de peso normalmente cessa após a obtenção de um ótimo
terapia insulínica
controle glicêmico
 A resolução da poliúria e polidpsia só ocorre após a manutenção da  É interessante que o tutor de um paciente diabético tenha em caso um
glicemia em valores abaixo ou próximos do limiar renal de reabsorção glicosímetro portátil para realizar mensurações da glicemia antes da
de glicose (<250mg/dl) aplicação da insulina
 Na maioria dos cães diabéticos, processos de formação de catarata já
se iniciou antes da obtenção de um adequado controle da glicemia. No Complicações da terapia insulínica
entanto, quanto mais rígido controle glicêmico, menor será a
velocidade de progressão da catarata
HIPOGLICEMIA: a séria hipoglicemia resultante de uma sobredose pode
causar danos cerebrais irreversíveis e morte. Os sintomas incluem
Diabetes mellitus transitório fraqueza ,agitação, andar acelerado ou cambaleante e perda da força nos
membros. Casos mais graves evoluem para ataxia, cegueira, tremores,
O diabetes reversível (transitório) é extremamente incomum em cães, sendo taquicardia, desmaios e coma
as fêmeas dispostas a progesterona as mais propensas a doença, por
influência da progesterona ou de progestágenos sinéticos, que fazem com
que a glândula mamária passe a secretar quandidades significaticas de GH, PERSISTÊNCIA OU RECORRÊNCIA DOS SINTOMAS: quando
o que é um importante fator envolvido na resistência à insulina, apresentada persistirem os sinais de poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso.
por cadelas, durante o diestro, gestação e/ou hiperplasia endometrial cística- Normalmente resultante de problemas na técnica de administração do
piometra (fator séptico inflamatório importante de resistência periférica as proprietário ou inerentes ao tipo de insulina utilizada (curta duração de
ações da insulina efeito), dose suficiente, espécie da qual provém a insulina e frequência de
administração. O hormônio pode estar sofrendo antagonismo em virtude de  Distúrbio multissistêmico, pois a deficiência de hormônios
inflamações, infecções, neoplasias ou desordens hormonais intercorrentes. tireoidianos afeta todos os sistemas corporais e ocorre devido ao
Todas essas causas devem ser criteriosamente investigadas antes de se desequilíbrio em qualquer parte do eixo hipotalamo-hipofise-tireoide
tomar qualquer decisão a respeito da terapia insulínica.  Mais frio, porque esses hormônios estão ligados ao metabolismo
geral, velocidade de metabolismo, temperatura - aquele cachorro que
EFEITO SOMOGYI OU REBOT EHIPERGLICÊMICO: é um fenômeno
vive tremendo
decorrente de sobredose de insulina com consequente hipoglicemia.
 Tendência a obesidade - metabolismo mais lento
Caracteriza-se por um fenômeno fisiológico de queda rápida dá glicemia,
 A carinha do animal também parece a de um paciente com
ou então, em resposta a glicemia menor que 65mg/dl. Nessas situações, são
estimulados diversos mecanismos fisiológicos que interferem no efeito da hiperadreno
insulina, com uma produção de glicose hepática, principalmente a liberação  O hiper é raro e geralmente está associado com neoplasias
de epinefrina e glucagon, os quais não só estimulam a produção de glicose,  Palpar tireóide normalmente
como também diminuir a utilização periférica dela.  95% dos casos é primária, quando envolve diretamente a tireóide -
tireoidite linfocítica ou atrofia da glândula
Dependendo da intensidade ou da velocidade da redução da glicemia,  5% são secundárias quando a causa envolve a hipótese, com baixa
cortisol e GH também passam a ser secretados, mantendo a resposta produção de TSH
hiperglicêmica iniciada pelo glucagon e pela epinefrina. Dessa maneira,  Terciária até hoje não foi relatada em cães, sendo quando a causa
observa-se, após o episódio hipoglicêmico, eventualmente, na manhã envolve o hipotalamo, com deficiência na produção do TRH
seguinte, marcada hiperglicemia (400a800mg/dl), com glicosúria.  Outra classificação utilizada fundamenta-se na forma congênita ou
Normalmente, o proprietário não observa sinais de hipoglicemia que adquirida
tenham provocado tal resposta  Incidência: principalmente em cães de meia idade (30% entre 4 e 6
anos), maior predisposição em cães de raça pura, caracterizando uma
ANTICORPOS ANTI-INSULINA: a produção de anticorpos antiinsulina
influência genética, principalmente em pinscher, Golden, labrador,
em cães diabéticos apresenta impacto deletério na efetividade da insulina,
cocker, Schnauzer...
prejudica o controle glicêmico e, em casos extremos, provoca séria
 Cachorro com carinha de sono
resistência, apesar de alguns animais com corpos antiinsulina manterem-se
 Manifestações inespecíficas: animal apático, sonolento, tende a
estáveis. A presença desses anticorpos também tem a capacidade de causar
obesidade, letargia, retardo mental, não há aumento do apetite ou
flutuações erráticas e imprevisíveis na glicemia
ingestão de alimentos, intolerância ao exercício – diagnóstico por
Apesar de incomum, anticorpos antiinsulina devem ser suspeitados em cães dosagem hormonal
um controle glicêmico precário, nos quais a causa para tal não é  Sinais metabólicos incluem letargia, retardo mental, intolerância ao
identificada. Em cães, a insulina suína é a menos antigênica, por apresentar exercício e propensão ao ganho de peso, sem aumento de apetite e da
sequência de aminoácidos idêntica à da insulina canina. A insulina humana ingestão de alimentos
difere em apenas um aminoácido, já a bovina, em 2, sendo a mais  Quase metade é obesa, mas eles geralmente também são
imunogênica e a menos indicada para uso em cães diabéticos superalimentados, deixando a gente na dúvida
 A intolerância ao frio e um sinal bastante comum, uma vez que já
RESISTÊNCIA INSULINICA: a resistência insulínica é uma condição na dificuldade de manter a temperatura corporal constante
qual uma quantidade normal de insulina produz uma resposta biológica  Diagnóstico preciso da hipofuncao tireoidiana por meio da dosagem
subnormal, podendo ser decorrente de problemas antes da interação da hormonal, já que os sintomas são inespecíficos
insulina com seu receptor, no receptor ou, ainda, nas cascatas fosforilativas  Sinais dermatológicos são considerados os sintomas mais comuns no
pós-receptor hipotireoidismo, aparecendo em mais de 85% dos doentes
 Tende a dermatopatias recorrentes, alopecias sistêmicas bilaterais,
Considera-se a ocorrência da resistência insulínica quando há altas
pele bem seca
glicemias com pouca redução após a administração de insulina, podem estar
 Como hormônio tireoidiano estimula a fase anagena do fólico polido,
sendo causadas por doença intercorrente ou medicações. A resistência à
sua deficiência leva aí retardo do início da fase e, consequentemente,
insulina também pode ser suspeitada quando não se consegue reduzir a
a retenção dos folículos na fase telogenica ou de descanso
glicemia a valores abaixo dos de 300 mg/dl, mesmo com doses de insulina
superiores a 1,5UI/Kg em uma curva glicêmica seriada, assim como quando  Não focar no estresse ao ver alopecia bilateral simétrica, ainda que
o controle glicêmico é errático e a necessidade de constantes alterações na isso seja uma possibilidade
dose de insulina dentro de semanas, na tentativa de manter o adequado  Peleme seco, sem brilho, alopecia, seborreia e hiperpigmentação estão
quando glicêmico presente em aproxidamente 80% dos casos
 Não coça
Hipertireoidismo x hipotireoidismo  A alopecia geralmente é observada em área de fricção, incluindo
cauda, pescoço em região torácica ventral
 Hipo é bem comum em cães, porque nós afetamos a qualidade  Com o progresso da doença, a maioria das raças desenvolve alopecia
hormonal deles (tirei um hormônio, sobe os outros), mas é raro em simétrica bilateral no tronco
gatos  Piodermite, otite externa, mudança na coloração do pelame e
 Hiper é mais presente em felinos do que nos cães mixederma (edema decorrente do acho de mucopolissacarideos)
 A tireóide é a glândula endócrina mais importante na reação do ocorrem com menor frequência
metabolismo animal e, para que os níveis de atividade metabólica no  O prurido ocorre amento quando há infecção bacteriana ou por
organismo sejam mantidos normais, a secreção de hormônios levadura (malassesiose)
tireoidianos é contínua, possuindo mecanismos específicos de  Uma característica muito comum é a cauda de rato, fininha, quase sem
feedback que agem através do hipotálamo e da hipófise anterior para pelo - também em hiperadreno
controlar a taxa de secreção tireoidiana
 O hipertireoidismo em cães é uma doença rara e está associada a
neoplasias – mais de 85% dos tumores caninos da tireoide são
grandes, sólidos e malignos, geralmente ligados a outras estruturas
adjacentes e com metástases para linfonodos da região

Hipotireoidismo em cães

 Doença endócrino que mais afeta os cães


 Causa multifatorial - alteração hormonal (culpa do ser humano,
genética, alimentação inadequada)
 A tireóide produz T3 (forma ativa) e T4 (reserva, que é convertida em
T3, dependendo de iodo)
 A doença endócrina que mais afeta os cães
 O T4 pode ser convertida em T3 reverso, que diminui o metabolismo
para hibernação - falha na metilação
 Sempre repetir os exames
 Não necessariamente colesterol e triglicérides estão alterados,
dependendo do tempo - na natureza, são carnívoros, então tem todo
um metabolismo para consumo de gordura
 A função da glândula tireoide pode ser determinada pelas
concentrações basais dos hormônios tiroidianos quanto por testes que
avaliam a resposta da glândula a determinados estímulos
 Perfil tireoidiano: T3, T4, T4 livre (forma inativa) e TSH - até posso
fazer TRH, mas é caro
 O animal pode coçar se tiver infecção secundária
 Triagem com dosagem de T4 livre (marcador) - se vier alterado, eu
faço o resto do perfil tireoidiano
Hipotireoidismo felino  Se T4 livre estiver baixo, suspeita de hipo, mas se estiver alto,
suspeita de hiper - se já tá alterado e o tutor não tem condições, não
 Raro precisa ficar pedindo o resto
 Gato bolinha  Eu não posso suplementar T4 sem exame, de jeito nenhum, porque se
 Espontâneo é muito raro e a maior causa é iatrogênico secundário ao ele não tiver hipotireoidismo, vc causa um hipertireoidismo
tratamento de hepertireoidismo tratado por cirurgia e radiação iatrogenico
 Os sintomas são aumento de peso, obesidade sem alterações  Se no exame vier T4 livre, eu suplemento com levotiroxina - dose
alimentares muito muito mais alta que do ser humano
 Alterações neurológicas como depressão, confusão, estupor,  O tamanho da tireóide continua igual, só a função que diminui
intolerância ao movimento - hiperadreno e castração tbm  Se não responder a levotiroxina, o animal provavelmente tem
 Alterações dermatológicas (mais comum em cachorros), com falta de dificuldade de metilação, na transformação de aminoácidos da
pelo em algumas zonas do corpo, muita coceira na cabeça e alimentação - aí dou a forma ativa, T3
enfermidades, mau aspecto do pelo, hiperpigmentação em algumas  Reavaliar com 15 dias
regiões, aumento de edema (como inflamações) e seborreia - raro
 Concentração sérica basal de T4 total: rotineiramente utilizada
 Alterações cardíacas como diminuição dos batimentos ou alteração a como um teste de triagem na investigação do hipotiroidismo, tendo
nível de coração 90% de sensibilidade caso esteja associada a sinais e sintomas clínicos
 Sinais neuromusculares, como debilidade, falta de vontade de e laboratoriais compatíveis com a doença. Entretanto, essa dosagem
caminhar ou brincar, atrofia das extremidades a nível muscular hormonal sofre interferência de uma série de doenças não tireoidianas
 Alterações reprodutivas, como cios mais longos, infertilidade, atrofia e de certos medicamentos , como glicocorticóidese anticonvulsivantes
testicular (quase desaparece o saco escrotal) e diminuição do desejo .
sexual  Concentração sérica basal de T4 livre: reflete melhor a função da
 Animal tá tão grande, que já não consegue mais se lamber, ficando glândula tireóide, pois, além de o eixo pituitário tiroidiano priorizar a
com o pelo horrível manutenção dos níveis normais desse hormônio, ele é quem irá atuar
diretamente nas células
 Concentração sérica basal de T3 total: não é importante no
diagnóstico do hipotiroidismo canino , uma vez que estudos
comprovam que as medidas de T3T em cães sadios, hipotiroideos e
eutiroideus doentes são muito próximas. O mesmo se aplica na
dosagem da concentração sérica basal de T3 livre
 Concentração sérica basal de TSH canino: diagnóstico de
hipotiroidismo humano, uma vez que favorece o diagnóstico até
mesmo em estágio subclínico. No entanto esta análise no cão tem
deixado a desejar , pois aproximadamente 20 a 40% dos hipotiroideos
apresentam-se com TSH dentro dos limites normais .
 Outros testes bioquímicos que podem ser utilizados na triagem do
hipotiroidismo, porem tem suas vantagens e desvantagens, devido
a isto não são utilizados rotineiramente (pedidos pelos
especialistas): teste de estimulação por TSH, teste de estimulação por
Hipotireoidismo – diagnóstico TRH, teste para avaliação da tireóidelinfocítica, imagem nucleares e
biópsia de tireóide
 Dados da anamnese, exame físico e exames laboratoriais de rotina,  Ultrassonografia da tireóide: exame simples que pode determinar o
aliados às determinaçãoes do níveis hormonais, indicando hipofunção tamanho, forma e a ecogenicidade da tireóide. A técnica pode revelar
glandular atrofia da glândula, o que torna o método de grande valia no auxílio
 O animal chega já tendo sido tratado outras vez por corticoides (oi? do diagnóstico de hipotiroidismo
Colegas burros)  Fatores que interferem nos testes da função tiroidiana: diversos
 O corticoide faz o animal comer mais, beber mais água e fazer mais fatores, como idade, raça, temperatura, doenças concomitantes e
xixi - o animal já tá obeso, parabéns, vc piorou fármacos, interferem nas dosagens séricas de T3, T4 e TSH, o que
 Fazer cultura e antibiograma das lesões de pele, na ausência de pode resultar em diagnósticos falsos positivos para hipotireoidismo. É
tratamento e banhos - biópsia de pele, se o tutor tiver mais condições importante analisar atentamente todos esses fatores quando
 Pedir hemograma, função renal, função hepática, colesterol, interpretamos resultados da função tiroidiana
triglicérides, glicemia, insulina e hemoglobina glicada - tirar do  Idade: as concentrações dos hormônios tireoideanos em filhotes de até
caminho diabetes, alteração hepática e ver minhas possibilidades de 3 meses de idade são de 2 a 5 vezes mais elevadas que as dos cães
tratamento adultos
 O hemograma pode revelar anemia normocitica normocromica  Raças e tamanho corporal: os valores tiroidianos são maiores nos
arregenerativs em cerca de 30% cães de pequeno porte do que nos cães de grande porte. No entanto,
 Anormalidade bioquímica mais comum é a hipercolesterolemia em T3 encontra-se mais elevada nos caninos de médio porte se
jejum, presente em 75% dos pacientes, seguindo tanto de comparado aos restantes
hiperlipidemia quanto de hipertrigliceridemia  Obesidade e caquexia: aumento sérico dos hormônios tireoidianos
 A testosterona interfere nos níveis de T4 total, mas no livre, é pouca pode ocorrer em cães obesos. Acredita-se que a principal causa seja
alteração ingestão calórica excessiva. Em cães caquéticos, as concentrações de
 Chegar gradativamente na dose, para não alterar de uma vez T4 e T3 total, mas não a de T4 livre por diálise, podem estar
 Os especialistas podem fazer outros exames de avaliação significativamente baixas se comparada aos cães que não perderam
peso. A diminuição dos hormônios tireoidianos pode estar relacionada  Raramente faz cirurgia, só se for maligno, aí o outro lado da conta -
tanto com a gravidade da doença que gerou a caquexia quanto com o pode drenar
estado nutricional do animal  Possíveis indutores: anticorpos anti receptores de TSH, mutação do
 Alterações hormonais ao longo do dia: T3 e T4 podem sofrer gene do receptor de TSH, dieta com iodo excessivo ou presença de
oscilações diurnas, sendo o seu pico máximo ao meio-dia e o mínimo bisofenois/PDE em rações ou embalagens
a meia noite  Muito cuidado com a paratireóide e com o nervo vago na cirurgia
 Exercício: Os efeitos do exercício aeróbico e anaeróbico sobre os  Uma remoção cirurgia pode atuar na paratireóide
hormônios tiroidianos no cão são mínimos  O tratamento é feito com radiação - o animal volta radioativo para
 Doenças não tireoidianas: o diagnóstico de hipotiroidismo é mais casa (vale a pena tratar?)
difícil nos animais enfermos, uma vez que os testes de função  Animal caqueticalo
tiroidiana são influenciados por doenças não tireoidianas, que podem  Até podemos fazer quimioterapia
levar à alteração dos níveis séricos de T3 , T4 , T3 reserva e T4 livre  Vi que é hiperadreno, já encaminho
por diálise
 Medicamentos que interferem na concentração de T3 e T4: até
que se prove o contrário, qualquer medicamento pode interferir nas
concentrações destes hormônios, mas as principais substâncias já
estudadas na medicina veterinária são: flunixinomeglumina, mitotano,
anabolizantes, halotano, tiopental, metoxiflurano, furosemida, ácidos
graxos, fenobarbital, fenilbutazona, fenitoína, sulfas, salicilatos,
clomipridae glicocorticoides (sendo este último o principal causador
da diminuição do TSH)
 Temperaturas ambiental e corporal: trabalhos realizados no Japão e
na Eslováquia são controversos, mas acredita-se que fatores
ambientais extremos e fotoperíodo podem alterar as concentrações de
hormônios tireoideanos

 Sexo e estado reprodutivo da fêmea: nos machos a testosterona leva


a um decréscimo da globulina ligante a tiroxina, podendo interferir
nas concentrações de T4 total, porém são mínimas as alterações entre
T4 livre. O efeito da testosterona nos resultados hormonais, entretanto
ainda é desconhecido. Nas fêmeas, a progesterona interfere nas
concentrações hormonais tiroidianas que se encontram aumentadas no
diestro, quando comparadas ao anestro, ao proestro e a lactação. Não
se sabe até que ponto o diestro pode mascarar o diagnóstico do
hipotireoidismo e também não temos grandes trabalhos demonstrando
a interferência causada pela castração aos hormônios tireoidianos

Tratamento

O tratamento do hipotiroidismo tem como objetivo suplementar o amônio


em uma dose que controle os sintomas. O ideal é que o animal apresente
sintomas compatíveis com a doença laboratoriais que comprovem o
hipotiroidismo. O tratamento de escolha é a levotiroxina sódica que deve
ser administrado inicialmente na dose de 0,02 mg/ kg, sendo o máximo de
0,8 mg por cão a cada 12 horas.

A administração 2 vezes ao dia é recomendada no início do tratamento,


principalmente para avaliar a resposta do paciente aquela medicação. Além
disso, a ingestão do medicamento 2 vezes ao dia mantém concentrações
plasmáticas de T4 total mais próximas dos níveis fisiológicos. A resposta
clínica do paciente é o ponto de melhor avaliação do tratamento, como cães
eutireoideos também apresentou melhora temporária da pele e do pelo com
a levotiroxina. A resolução das alterações dermatológicas deve estar sempre
associada à melhora do estado geral do animal o que pode ser percebida nas
primeiras 2 semanas de tratamento, mas a perda de peso só evidenciada
após 8 semanas

Hipertireoidismo felino

 Metabolismo acelerado
 Animal come muito, mas não engorda
 Mais vocalização
 Animal mais irritado
 Aumento da glândula, aumentando T3 e T4
 Produção excessiva de hormônios tireoideanas, prevalente em gatos
idosos
 Causas geralmente neoplásicas
 Adenoma: neoplasia benigna, que pode ser unilateral, sendo a causa
mais frequente de hipertireoidismo
 Hiperplasia: segunda alteração mais frequente, com aumento das
glândulas tireoideas
 Nódulos na tireoide geralmente são benignos, mas eles podem causar
aumento na produção hormonal
 Carcinoma: neoplasia maligna, alteração menos frequente - mais
comum no cão

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