Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A jovem = peso X 50 ml
Dia 17/02
A muito jovem = peso X 60 ml
Criptococose
Esporotricose
Piodermites profundas
Foliculite bacteriana (FB) Se houver lesões envolvendo áreas corporais mais extensas ou
disseminadas, certas causas de base devem ser investigadas, como
Infecção bacteriana sediada na porção superficial do folículo piloso incompetência imune do hospedeiro, injurias ao nível folicular e dérmico,
Inflamação do folículo determinados por detamatopatias primárias, como trauma contínuo por
Maioria dos casos de piodermite superficiais em cães pressão, mordiscamento, lambedura ou coçadura repetitivas, terapia
Além de se a mais frequente piodermite, é também a segunda antimicrobiana ou emprego abusivo, por períodos longos de corticoides
dermatopatia mais comum em cães
Não há predisposição racial, sexual ou etária Corticoide por muito tempo ou em dose muita alta diminui a inflamação,
Pode evoluir para as camadas mais profundas, furunculoses ou ainda que é a resposta do indivíduo contra agressores
piodermite esfoliativa
Entretanto, para que se instale, colonize e origine as lesões
características, o patógeno se aproveita de enfermidades de base, Foliculite-forunculose-celulite (FFC)
como as alergopatias tegumentares, as diqueratinizações, as
disfunções sebáceas, as genodermatoses foliculares, as Dermatose relativamente comum
endocrinopatias e as ascarioses foliculares, sem contar ainda com as Antigamente chamava foliculite-furunculose do pastor alemão,
condições pruriginosas de diversas etiologias, os porque antigamente era muito comum nessa raça
imunocomprometimentos e também erros de manejo higiênico Infecção bacteriana com sede, de início, folicular, que se dissemina
Geralmente, na dermmato nunca é uma coisa só, mas uma coisa que para camadas mais profundas, ocasionando furunculose e
leva a outra eventualmente celulite
Alteração do folículo piloso, com queda de pelo, porque a estrutura Há outras variantes da FFC em determinadas raças, como a variante
que mantém o pelo no lugar inflamou e o pelo cai com muita muito frequente nas raças Bullterrier e American PitbBullTerrier –
facilidade falta de seleção genética
Desenvolve-se a partir de uma infecção folicular superficial, de
origem bacteriana, fúngica ou mesmo parasitária
Dentre os possíveis fatores desencadeantes da FFC, deve-se Por definição é a modelidade piodérmica profunda que se localiza nas
considerar: demodicose, dermatofitose, farmacodermia e enfermidade regiões distais de membros, com especial acometimento de áreas
oriundas de imunossupressão e também de terapias esteroidais interdigitais
Também denominada foliculite-furunculose podal
Grandes números de diagnósticos diferenciais devem ser feitos
Apresente um grande caráter recidivante
Normalmente nas raças american pit bull terrier, boxer, buldog inglês,
bull terrier, labrador (especialmente nos de pelagem preta) e
weimaraner
É uma pododermatite
Bem frequente
Progressão de uma gengivite
Afecções dos dentes
Inflamação do espaço periodontal: cemento, osso alveolar, ligamento
Tártaro: placa bacteriana – tratamento e profilaxia periodontal
Etiologia: restos alimentares, placa bacteriana e tártaro
Gengivite Presença de bactérias gram negativas anaeróbicas
Abcesso apical (rinite e/ou fístula infraorbitária)
Exposição de furca: destruição do osso alveolar e tratamento com
Sinais clínicos: halitose, sangramento e dentes frouxos
exodontia
Muitas vezes não é a queixa principal
Manchas: uso de tetraciclinas, quando usadas em animais jovens – as
Muito em animais mais velhos
vezes, altera até a formação do esmalte
Fratura: exposição de polpa e fístula infra-orbitária
Hipoplasia de esmalte: cinomose, com lesão nos ameloblastos
Persistência de dente decíduo: acúmulo de alimentos, placa
bacteriana, tártaro
Retenção de dentição decídua é comum em animais jovens
Profilaxia do tártaro é a escovação, pelo menos 3x por semana
Os ossos naturais desgastam o esmalte dos dentes
Os ossos sintéticos ajudam a limpar a área que ele apreende, mas não
tira tudo
Gengivite geralmente vem associada com a deposição do tártaro,
sendo vista como uma linha vermelha na zona de transição
Hoje em dia, já existem vets que fazem canal e coroas, então
dependendo da fraturas, é possível tratar
Fraturas associadas a infecção podem gerar fístulas, com indicação de
exodontia
Em animais jovens, principalmente, associado ao vírus da cinomose,
existe uma alteração na formação do dente, sem formar o esmalte,
ficando com o dente acinzentado não totalmente desenvolvido
Quando o dente fica retido isso altera a oclusão da mandíbula com a
maxila, desviando o eixo dentário e favorecendo lesões na mucosa e o
acúmulo de alimentos e a formação da placa e tártaro
Tratamento:
Limpeza/exodontia
Espiramicina + metronidazol (stomorgyl 2 e 10 ou periodontil)
Antibioticoterapia de 7-10 dias
Amoxicilina + ácido clavulânico BID
Amoxicilina + metronidazol
Perioxidil gel TID, por 15 dias – antisséptico, a base de clorexidina
Exercícios de mastigação, com ossos e brinquedos
Escovação 3 x/semana, com creme dental veterinário
Alimentação seca e firme
Neoplasias orais
Megaesôfago
Tratamento:
Dilatação e hipomotilidade esofágica, decorrente de uma desordem Tratar a causa primária - determinar a causa
primária ou secundária a uma obstrução ou disfunção neuromuscular O animal vai ter que tomar o anticolinesterásico para o resto da vida –
Pode ou não estar associada com hipomotilidade, dependendo da isso é ruim, porque é generalizado, com efeito exacerbado da
causa acetilcolina no organismo todo, com diarreia, por exemplo
Etiologia: congênita, idiopática ou adquirida (obstrução, miastenia A maioria dos animais morre rápido, por pneumonia aspirativa
gravis, cinomose, botulismo e trauma craniano) Colocar o alimento elevado, para que o animal coma com a cabeça
Sinais clínicos: regurgitação de alimento ou água, hipersalivação, elevada e a gravidade ajude o alimento a chegar no estômago de
perda de peso, fraqueza e dipneia (pneumonia aspirativa) forma mais rápida e fácil
Diagnóstico: histórico, sinais clínicos, hemograma, RX simples e Dar alimento em porções menores, um maior número de vezes
contrastado (esôfago dilatado. Deslocamento ventral da traqueia, Se estiver relacionado com timoma, temos que fazer a remoção
esôfago caudal torácico em forma de V) Bloqueador de H2: cimetidina e ranitidina - não usa mais
Persistência de arco aórtico com diminuição do lumen do esôfago, Inibidor da bomba de prótons: omeprazol – diminuir a gastite
restringindo a passagem do alimento, apesar da motilidade ser normal Metoclopramida é um pró cinético de uso recomendado
– sem comprometimento contrátil (sem substituição de musculo por Cisaprida também é um pró cinético usado
conjuntivo), com prognóstico melhor, se diagnosticado precocemente Antibióticos, no caso de pneumonia aspirativa
Geralmente, a queixa principal é em via aérea, como pneumonia Fluido paraenteral para fluidificar as secreções e uso de mucolíticos
recorrente
Educação do cliente para alimentação pastosa
Geralmente, em animais jovens
Possível cirurgia – se dilatou uma vez é porque já não tem tecido
A persistência de arco aórtico pode ser completamente resolvida – muscular, então vai dilatar de novo
geralmente, começa só com a dilatação, mas com o tempo, o tecido
Explicar pro tutor que isso é irreversível
muscular começa a ser substituído por conjuntivo, aí a parte motora é
O ideal seria que o animal comesse em pé mesmo, mas isso é bem
alterada e o quadro não é mais reversível e mesmo com a ressecção
difícil, então a gente aumenta o máximo possível
cirúrgica, ela pode recidivar, com tendencia a dilatar de novo
Pode ocorrer por obstrução ou doença na junção neuromuscular
(miastenia)
A miastenia pode ter origem genética (golden) ou secundárias a
alterações imunomediada, com destruição de receptores nicotínicos
(timomas são uma das causas dessa produção de anticorpos com
afinidade por receptores nicotínicos)
O botulismo está muito associado com a ingestão de materiais em
resíduo de lixo em cães
Traumas cranianos e cinomose por atingir locais responsáveis pela
atividade motora
As vezes, o animal demora algumas horas para regurgitar, o que
geralmente acontece quando ele começa a ficar mais ativo – sem
mímica, se contração vigorosa da musculatura abdominal (pedir para
filmar)
Muitas vezes, o animal come de novo, porque o alimento ainda não
foi digerido (não chegou no estomago) e o tutor não vê
Sialorreia apenas em alguns casos
É comum perda de peso e fraqueza (casos de miastenia)
A fraqueza pode ser manifestada na hora de levantar e sentar e na
marcha (animal meio duro)
Fezes amareladas indicando alergia, parasitas, problemas hepáticos ou
pancreáticos
Estômago e intestino Fezes brancas, esfarelando, super ressecada sendo indício de ingestão
de ossos
O vômito com um conteúdo gástrico amarelado, que vem da bile,
O problema não está em comer o osso, mas em comer inteiro, ficando
pode ser por um problema hepático – algo que comeu e não caiu bem
pontudo – ossos pneumáticos, de aves
para o estômago ou fígado
O vômito pode estar associado com alterações em outros lugares,
como intestino - não é apenas problema no estômago
A maior parte do que vemos não é vômito, mas por regurgitação, que Fígado e pâncreas – glândulas anexas
é fisiológico de cães e gatos e comum, quando o animal fica há muito
tempo sem comer, de forma voluntária – nesse caso, o animal não está
se sentindo bem, mas apenas elimina o excesso de ácido que ficou no
estômago, por ele estar sem comer (na natureza, não comem todos os
dias)
Cães e gatos são naturalmente carnívoros estritos, de alimentação
noturna
O estresse na natureza não causa todo o problema que causa em casa,
porque o animal gasta todos os hormônios que ele está produzindo
O melhor método diagnóstico é a endoscopia para estomago e
intestino, porque avaliamos a mucosa e podemos fazer biópsia –
difícil acesso, caro, envolve anestesia, por isso usamos muito US
A US é prática e barata, podendo identificar inflamação, presença de
massas, espessura de mucosas, gastrites intensas, motilidade (o que o Fígado
RX não mostra), gases (no RX, eu já penso em motilidade diminuída)
– limitação, porque não vê esôfago cervical nem torácico Principal função é o metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas
A maior parte dos casos é de animais que vem com vômito, porque – homeostase da glicose, síntese de colesterol, mobilização dos ácidos
comeram coisas inapropriadas graxos, síntese de proteínas (albumina e globulinas), síntese de ureia e
Mesmo se não houver alteração de espessura de mucosa, pode haver síntese dos fatores de coagulação, etc
gastrite leve Também realiza a desintoxicação e excreção de bilirrubina, amônia,
Verificar se o animal tem sensibilidade abdominal medicamento, drogas, etc
O esôfago cervical eu até posso palpar, mas o torácico, não Também realiza funções hematológicas
A endoscopia seria o padrão ouro, mas o acesso é difícil e demora, Realiza função digestivas, na produção dos ácidos biliares
então fazemos triagem no US e no RX Função de armazenamento de vitaminas, ferro, lipídeos, glicogênio,
Nem toda diarreia vem, porque o animal comeu errado etc
Animal com vômito e diarreia crônicas pode ser renal
Sempre perguntar se o animal comeu alguma coisa diferente
Maior ocorrência de vômitos e diarreias e SP são venenos e fezes de
pombo
Perguntar sobre o ambiente, para ver se o animal tem acesso a algo,
que ele possa ter comido
Se o animal passeia de peitoral, ele tem acesso a rua com o focinho e
pode comer algo, sem você notar
Sempre que possível, fazer o máximo de exames que puder, mas com
noção do que se está pedindo, explicando para o tutor a necessidade
deles e suas suspeitas
No RX, podemos ver megaesôfago, processo obstrutivo,
organomegalia, corpo estranho intussuscepção... – na US vemos
processo inflamatório e neoplasias
Vômitos e diarreia também podem ter relação com atraso em vacina e
vermífugo, mas isso varia de região para região
Para avaliar tamanho, o RX é mais confiável
Abdômen distendido pode ser por aumento de órgãos, ascite, corpo
estranho, neoplasia ou problemas hormonais (como hiperadreno e
hipotireoidismo) – não adianta só palpar, preciso de exames
Cachorro tem muito hiperadreno iatrogênico (alexandre falando de
castração de novo, dizendo que ela força a adrenal a liberar cortisol
em excesso....)
Melena: sangue nas fazes em abundancia – geralmente, quando
comeu besteira na rua, mas o animal chega esperto, as vezes nem tem
vômito
Hematoquezia: pontos de sangue nas fezes Lipidose hepática felina (LHF)
Sangue digerido é o quadro mais grave (sem considerar a clínica),
deixando as fezes enegrecidas Importante causa de hepatopatias em felinos, caracterizada por
O sangue fica enegrecido quando é digerido, tendo contato com suco acúmulo maciço de gordura em mais de 50% dos hepatócitos
gástrico – sangue que veio do estômago e ID, geralmente, duodeno – Patogênese: alta ingestão ou deficiência na oxidação de ácidos graxos,
problema mais sério, com gastrite, tumor sangrando no estomago... excesso de síntese de lipídeos, deficiência na síntese e/ou secreção de
O tutor se preocupa muito mais quando vê hematoquezia e não lipoproteínas e principalmente lipólise (jejum)
percebe que as fezes enegrecidas acabam sendo mais graves Histórico: períodos de anorexia (dias a semanas), alteração brusca
Fezes ressecadas e duras quando o animal está desidratado para uma dieta menos palatável, doença crônica, mudança de casa e
Hematoquezia ocorre quando o sangue saiu do IG ou reto, sem obesidade
contato com suco gástrico Sinais clínicos: vômitos, perda de peso, depressão, diarreia, graus
Pontos brancos nas fezes indicando vermes variáveis de desidratação, salivação, icterícia e hepatomegalia
Fezes esbranquiçadas indicando giárdia A dieta dos animais com hepatopatia deve ter uma dieta com bastante
Fezes esverdeadas indicando parasitas, alergia, consumo de ervas proteína e carboidrato, mas pouca gordura
Existem sites de empresas de ração que fazem uma conta de Pode ser necessário repor potássio, porque a hipocalemia aumenta a
requerimento energético padrão chance de alterações hepáticas
A ideia básica da alimentação tem que ser reverter a lipólise – o Pode-se fazer reposição vitamínica
problema é como dar essa alimentação para o animal, porque ele não Também pode fazer dieta caseira, com base no requerimento
está comendo energético, mas melhor é usar a comercial mesmo
Quanto mais tempo manter o animal na sonda, melhor é o prognóstico O mirtz (mirtazaprina) é um remédio orexígeno bom, mas não
– sonda nasal com calibre muito pequena e podendo manter por funciona quando o processo ta muito avançado, aí precisa da sonda
poucos dias, por isso se faz a esofágica ou gástrica mesmo – originalmente, é um antidepressivo
Primeiro coloca a sonda nasal, estabiliza o animal e depois entra em Só tirar a sonda quando o animal estiver apresentando apetite de
procedimento para colocar as outras comer sozinho por pelo menos de 3-5 dias
Mortalidade é alta
Geralmente, o animal já chega muito ruim
A primeira reserva é glicogênio, depois é gordura e proteína
Insuficiência hepática aguda
Se o fígado não está sintetizando a apoproteína que se liga no lipídeo,
ele fica acumulado no hepatócito, para onde ele vai depois da Um quadro mais grave
alimentação Perda súbita de 75% de massa hepática funcional, excedendo a
As vezes se encontra aumento de triglicérides, mas nem sempre, capacidade de reserva funcional do órgão – sinais clínicos de
porque eles podem estar infiltrados no fígado insuficiência hepática
O aumento de proteínas na dieta ajuda a remover os lipídeos que estão Sinais clínicos mais importantes
no hepatócito – resgatar os lipídeos de volta para o adipócito, pela Pode ser desencadeada pela própria lipidose
formação de proteínas carreadores
Causas: hepatotoxinas (medicamentos e agentes químicos), agentes
O deslocamento do núcleo celular para a periferia é um marcador de infecciosos ou parasitários (hepatite infecciosa canina, peritonite
irreversibilidade – esses já vão morrer infecciosa felina, leptospirose, abscesso hepático, histoplasmose,
O fígado tem uma alta capacidade de regeneração, mas em processos toxoplasmose e dirofilariose), distúrbios sistêmicos ou metabólicos
crônicos, ele cicatriza (pancreatite aguda, anemia hemolítica aguda e lipidose hepática
A cirrose hepática é uma cicatriz extensa felina) e lesões traumáticas (traumatismo abdominal e torção de lobo
Parênquima homogêneo hepático)
Na cirrose, se tem uma ecogenicidade heterogênea, dependendo do As vezes uma única aplicação de corticoide em dose elevada pode
tecido causar
A sonda deve ficar de 3-4 semanas Toxoplasmose raramente em gatos – mais em cães
Pode-se usar estimulantes de apetite Colangiohepatite por parasita Platinosomo, que tem como um dos
Algumas pessoas usam diazepam IV para estimular o apetite, mas ele hospedeiros intermediários a lagartixa, que é ingerida pelo gato,
tem que ser metabolizado no fígado, então isso não é legal ficando nas vias biliares e causando processo inflamatório intenso –
A sonda gástrica parece ser mais eficaz do que a esofágica, mas ela é muitas vezes, diagnóstico acidental, em US, vendo dilatação
mais complexa de colocar – tem menos chance de infecção, porque excessiva dos tubos biliares
ela tem um mecanismo que evita a passagem de alimento pela borda Os medicamentos que podem ser hepatotóxicos em cães são
da sonda carprofeno, halotano, glicocorticoides e acetaminofen e em gatos o
diazepam, griseofulvina e tetraciclina
Os agentes químicos podem ser aflatoxinas ou micotoxinas,
dinitrofenol, metais pesados, etc
Um dos quadros associado a tríade felina é a colangite ou
colangiohepatite, podendo levar a insuficiência hepática aguda
Pancreatite, pela própria continuidade anatômica, com uma
inflamação gerando outra
Trauma abdominal geralmente leva a hemorragia intensa não dando
tempo do animal apresentar aquela disfunção massiva, sendo muito
Diagnóstico: histórico, sinais clínicos, hemograma e bioquímica sérica rápido
(ALT, AST e FA) – também podem ser feito RX, US e citologia aspirativa
e/ou biópsia
Nos casos de pancreatite crônica, há uma lesão contínua, há infiltração de Funções do pâncreas endócrino: secreção de insulina e de glucagon
gordura só que em pequena escala o que vai ocasionando alteração crônica, Funções do pâncreas exócrino: secreção de enzimas digestivas,
os sinais são vômitos esporádicos - não é do tipo coercível/tenso que leva a secreção de bicarbonato e modulação da função da mucosa intestinal
uma desidratação severa no primeiro momento – apetite caprichoso, animal Fatores relacionados: obesidade, dietas ricas em gordura,
mais fica mais prostrado/triste e o emagrecimento que também é um sinal hipovolemia, CID, traumatismo abdominal, PIF e doença inflamatória
importante. O tratamento visa mais tentar reduzir o fator predisponente, intestinal
principalmente dieta lipídica, a fim de emagrecer o animal e controle da dor Patogenia: enzimas na forma inativa (zimogênios), autodigestão,
quando demonstrado pelo animal, como o cessar da alimentação ou quando aumento da permeabilidade capilar/necrose, polipeptídeos vasoativos
se nota que animal fica mais prostrado, mas, normalmente, a abordagem é (edema pulmonar, miocardia, CID...), em cães de meia idade ou
restringir os fatores predisponentes. idosos
Sinais clínicos: depressão/dor, anorexia/vômito, febre, diarreia,
Se o pâncreas está insuficiente, a digestão também não será efetiva. O que
icterícia, melena, peritonite/choque
ocorre em um cão que possui uma pequena quantidade de secreção
Diagnóstico: hemograma (estresse), com leucocitose/desvio a
pancreática, como primeiro reflexo ele terá uma redução da absorção dos
nutrientes que são ingeridos, se o animal está comendo e não está esquerdo discreto, além de bioquímica sérica (ureia/creatinina, com
absorvendo, o alimento ficara na luz intestinal, gera uma massa/volume azotemia pré renal, glicose, com hiperglicemia moderada, ALT e FA
aumentados)
Diagnóstico: lipase pancreática canina (cPLI) é o teste específico para Nesse caso, ocorre uma hiperglicemia, apesar de se pensar em repor
essa doença, mas também se faz urinálise, RX e US insulina, nem sempre é necessário
Tratamento: restaurar e manter o volume intravascular e a perfusão A mesma coisa que se pode notar com essa hiperglicemia mimetizando a
pancreática, reduzir a secreção pancreática (NPO), aliviar a dor, tratar diabetes, tem que se analisar com outros olhos que também ocorre
as complicações que retardam a recuperação completa do anima, sintetização de proteínas que podem levar a uma redução dos níveis de seu
fornecer suporte nutricional, fluidoterapia com RL, antibioticoterapia produto e refletir na atividade orgânica, que é a tireoide.
parenteral (enrofloxacino e ampicilina), analgésicos (butorfanol) e Importante lembrar que mesmo em diabetes não insulina dependentes as
manejo nutricional (feline w/d e canine i/d) ilhotas estão integras, o que ocorre é uma redução da sensibilidade das
células a insulina. Os receptores insulinérgicos muitas vezes não ficam na
Insuficiência pancreática exócrina (IPE) superfície da membrana da célula, acabam se invaginando na bicamada,
impedindo a conexão.
Causas: atrofia acinar pancreática (idiopática, obstrução do ducto
pancreático, isquemia, infecção viral, etc), pancreatite crônica,
congênita, hereditária (pastor alemão) e neoplasia pancreática Hiperadrenocorticismo (Síndrome de Cushing)
Sinais clínicos: perda de peso crônica, ótimo apetite, coprofagia, fezes Muitas vezes em pacientes com hiperadreno, também é diagnosticado
volumosas, esteatorreia, flatulência com hipotireoidismo, possuindo uma afecção denominada de síndrome do
eutireoideo doente
Ao analisar um paciente com hiperadreno, muitos deles terão redução
dos hormônios tireoidianos (os hormônios tireoidianos são proteicos, então
o substrato básico é a tireoglobulina que é uma proteína, se há catabolismo
celular há redução de síntese de hormônio tireoidiano)
Em animais com essa patologia, há com certa frequência - estimativas de
50/60% - também uma hipertensão arterial sistêmica (HAS), com ritmo e
frequência cardíaca normal
Em um paciente com HAS, como com hiperadreno, é comum que
possua hipertrofia miocárdica. Já em um cão com hipotireoidismo, apesar
de apresentarem algumas coisas muito comuns, normalmente há dilatação
da câmara cardíaca com bastante frequência.
O hiperadreno pode se confundir com uma doença renal pois causa sinais
Diagnóstico: histórico clínico, sinais clínicos, exames laboratoriais
gastrointestinais e acidose metabólica como observado na doença renal. Se
(amilase e lipase normais ou discretamente reduzidas, exame coprológico
há redução de íon hidrogênio, consequentemente, aumenta a concentração
funcional e dosagem da imunorreatividade sérica da tripsina e do
sendo comum a ocorrência de acidose.
tripsinogênio após jejum de 12 horas.
Como direcionar/diferenciar ambas as patologias?
Tratamento: reestabelecer a atividade das enzimas pancreáticas
Em ambos os casos pode haver obesidade, contudo, no hiperadreno o
intraluminais, reverter os desequilíbrios nutricionais, enzimas pancreáticas
que pode auxiliar é a ocorrência de alopecia mais comum em cães
(pancreatina), dieta de alta digestibilidade, pobre em fibras e gorduras, com
com hipotireoidismo
3 ou 4 pequenas refeições/dia, uso de metronidazol para controle da má
A dosagem de triglicérides e colesterol pode dar elevados nos dois
absorção induzida pela proliferação bacteriana
Hiperadreno – sinais clínicos: polidipsia, poliúria, polifagia
Adrenal Hipotireoidismo – sinais clínicos: animal roliço, sem ingestão
excessiva de alimento relatado pelo tutor, baixa atividade metabólica
Uma das afecções mais comum são alterações relacionadas ao aumento da (tudo que ingere vira depósito)
produção de cortisol. A adrenal tem origem embriológica mista, tem a Hiperadreno: em alguns casos para fechar o diagnóstico precisa-se
região central que é a medula da adrenal, onde também há afecções realizar teste de supressão com baixa dose de dexametasona
relacionadas, principalmente, a neoplasias de medula, como a - Para esse teste de considerar alguns indícios: como aumento de
feocromocitoma. Quanto a afecções da glândula adrenal, deve-se considerar triglicérides, colesterol e de fosfatase alcalina, baixa densidade
o eixo de modulação da secreção dos hormônios produzidos, há uma urinária (por conta da poliúria e da polidipsia). No ultrassom,
modulação que tem início no hipotálamo, que depois por uma produção de constata-se aumento da dimensão de polo caudal.
hormônio (CRH) ocorre a secreção de ACTH que irá estimular a secreção
do córtex da adrenal. Existe uma interação entre o hipotálamo, produzindo o hormônio liberador
da corticotropina, atuando na adeno-hipófise estimulando a secreção do
Essa alça de modulação é o que se utiliza como ferramenta diagnóstica, ACTH, que irá estimular a região cortical da adrenal a produzir,
levando isso em consideração, quando a afecção é principalmente principalmente, o cortisol. Com o nível de cortisol elevado na circulação irá
hipofisária, que atende grande parte dos cães, ocorre alteração na hipófise fazer um feedback negativo do hipotálamo, o diagnóstico é baseado nessa
que leva a uma alteração funcional da adrenal. É importante lembrar da alça de feedback. Por isso há o teste de supressão com baixa dose de
simetria em relação das adrenais quando é realizado exame dexametasona, o teste de estimulação de ACTH, visa saber se haverá
ultrassonográfico, quando há simetria em conjunto com todo o resto de aumento ou não/se há ou não resposta a esses estímulos.
exames laboratoriais indicando que há um hipercortisonismo e se for
espontâneo ou primário (não foi induzido), as adrenais irão se apresentar de
maneira simétrica.
Adrenal: córtex
Os glicocorticóides atuam no metabolismo proteico/lipídico de “... síndrome multi-sistêmica resultante da deficiência de secreção de
carboidratos, ou seja, aumenta a disponibilidade de carboidratos na glicorticóides e/ou mineralocorticóides.
Pouco comum em cães e rara em gatos
circulação, é um hormônio hiperglicemiante. Por isso, é comum encontrar
valores aumentados de glicose sérica. A redução na síntese proteica pode Cadelas jovens à meia-idade (média de 4 anos; variação, 2 meses a 12 anos)
refletir na produção de hormônios proteicos como, por exemplo, da tireoide Primário: associado a afecções da glândula adrenal
Secundário: associado a alterações no eixo hipotálamo – hipófise –adrenal
e na mobilização das reservas lipídicas. É comum ter infiltrado gorduroso
→ ↓ CRH ou ↓ ACTH
no fígado e congestão hepática, por isso tem aumento de fosfatase alcalina.
Primário
Em relação aos mineralocorticoides, é importante lembrar do papel da
aldosterona no equilíbrio dos níveis de sódio e potássio séricos, existe uma
Quando está associado principalmente a uma alteração funcional
estimativa de normalidade sendo acima de 27:1. Quando animal tem
específica com o sítio ...(54:20) da adrenal
hiperadreno essa relação cai para 20:1, sendo um forte indicativo de
Idiopático
desequilíbrio desse processo que está relacionado diretamente com a
Auto-imune
redução desses hormônios.
Iatrogênico: uso prolongado de mitotano (hiperadrenocorticismo),
cetoconazole o acetato de megestrol
Causas menos comuns: infecções (coccidioidomicose, blastomicose,
Adrenal: medula ou tuberculose), infartos hemorrágicos, neoplasias metastáticas e
traumatismo
Catecolaminas: (efeito hiperglicemiante)
Adrenalina (80%):
Glicogenólise: hepática e mm ativos Secundário
Lipólise: adipócito e mm ativos
Noradrenalina (SNA Simpático): Quando acontece no eixo hipotálamo-hipofisário que pode ser por
Lipólise: adipócito uma disfunção no hormônio liberador ou mesmo do ACTH
Inativadas pelas enzimas: MAO = monoaminoxidase CONT = hipofisário (podendo estar associado a neoplasias ou a massas que
catecolamina-o-transferase podem estar comprimindo as células corticotróficas que produzem o
ACTH ou até mesmo uma disfunção dessas células, levando a uma
redução da estimulação, ou seja, há menor secreção dos hormônios
adrenais)
Ocorrência natural: falta de estimulação adrenal normal CRF ou Teste de estimulação com ACTH: consiste na determinação do
ACTH, e implica numa insuficiência hipotalâmica ou pituitária cortisol plasmático antes e 1 h após a administração IV de ACTH
primária. sintético (0,25mgcães ou 0,125 mg/gatos) ou antes e 2 h após ACTH
Muitos decorrentes de inflamação, tumores, traumatismo, e defeitos gel IM (20 UI cães ou 10 UI gatos)
congênitos do hipotálamo ou da glândula pituitária.
Iatrogênica Tratamento - Agudo
Menos comum: administração de glicocorticóides exógenos suprime a
produção normal do ACTH hipofisário, levando a uma atrofia Corrigir hipovolemia: NaCl0,9%, 60-80 ml/kg /h IV nas primeiras
bilateral da adrenal duas horas, dependendo da resposta reduzir o volume administrado
- Uso crônico de glicocorticóides pode causar supressão do eixo (Monitorar a micção)
hipotálamo-hipofisário severo, isso pode ocorrer quando não se faz a Dexametasona2-4mg/kg IV, repetindo em 2 e 6 horas; manutenção
redução paulatina desses fármacos com prednisona 0,2mg/kg VO sid
Glicose (1,5ml/kg de glicose 50%)e insulina para redução na [ ] sérica
de K (bradiarritmias)
Acidose (bicarbonato, 25% da dose IV nas primeiras 6 h de terapia)
Tratamento - Crônico
Hipotireoidismo em cães
Tratamento
Hipertireoidismo felino
Metabolismo acelerado
Animal come muito, mas não engorda
Mais vocalização
Animal mais irritado
Aumento da glândula, aumentando T3 e T4
Produção excessiva de hormônios tireoideanas, prevalente em gatos
idosos
Causas geralmente neoplásicas
Adenoma: neoplasia benigna, que pode ser unilateral, sendo a causa
mais frequente de hipertireoidismo
Hiperplasia: segunda alteração mais frequente, com aumento das
glândulas tireoideas
Nódulos na tireoide geralmente são benignos, mas eles podem causar
aumento na produção hormonal
Carcinoma: neoplasia maligna, alteração menos frequente - mais
comum no cão