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A água em um animal adulto tem 60% do seu peso corpóreo e no neonato 80%.
O animal perde água do seu corpo quando: há privação de água, diarreia (aumenta secreção de
água e diminui absorção), sudorese abundante, hemorragia, sequestro de líquido para dentro da
cavidade abdominal, acúmulo no espaço intersticial.
A fluidoterapia deve ser realizada para restauração da volemia, hidratação, estimulação de órgãos
internos (rins, intestino, coração), para administração de medicamentos, choque.
A desidratação pode ter grau leve (5-7% apresenta depressão leve e mucosas pouco úmida), moderado
(8-10% apresenta pulso fraco, taquicardia e alteração do turgor da pele) e severa (>10% apresenta
extremidades frias, tpc menor que 5 segundos, etc).
- Parâmetros físicos para avaliar desidratação: turgor cutâneo, coloração da mucosa (congesta), TPC,
brilho/umidade (mucosa), grau de retração do globo ocular (olho fenda, principalmente em bezerros), FC
alta, fezes secas, pulso diminuído (volume menor - avalia na artéria facial), Temp. baixa (sangue é
desviado para órgãos vitais, ou seja, - sangue nas extremidades), diminui volume urinário e diminui nível
de consciência.
- Solução mais próxima do plasma é o ringer com lactato, ele se transforma em bicarbonato no fígado e é
usado se não identificar o tipo de perda que tem. Deve ser evitado usar em animal hepatopata.
- Soluções:
Ringer com lactato: melhor solução para iniciar fluidoterapia - acidose metabólica moderada.
Cloreto de sódio ou ringer: desidratação após exercício físico - alcalose metabólica.
Glicose: alimentação parenteral - neonato em jejum
Bicarbonato de sódio: acidose metabólica com PH inferior a 7,2.
Hipertônica: choque hipovolêmico.
Plasma equino: fornece imunoglobulinas, utilizado quando há def. de imunidade e
hipoproteinemia pós fluidoterapia prolongada.
- Vias de administração ruminantes: enteral e parenteral. A enteral é uma via fisiológica de eleição e
tem absorção intestinal normal, já na via parenteral é utilizada quando a desidratação intensa, é utilizada
as veias jugular e mamária e por ser mais trabalhosa tem um alto custo.
- É feito tricotomia, antissepsia e canulação da veia; é feita a heparinização, é uma solução de heparina
utilizada para que não haja obstrução do cateter por coágulo. O sentido do cateter na fluidoterapia tem
que ser de cima para baixo (a favor do fluxo sanguíneo) para não causar hemólise.
- Transfusão de sangue: é indicado para restabelecer capacidade de transporte de oxigênio, para def.
de hemostasia, transferência na imunidade passiva, hipoproteinemia, hipovolemia, quando o hematócrito
estiver menor que 20% e em uma terapêutica emergencial de efeito transitório.
- Para evitar uma reação alérgica é feito corticóides (Dexa), pode ser feito antes da transfusão ou quando
ver a reação, o animal vai apresentar empipocamento, olho estalado, respiração ofegante, caso o animal
não apresente reação nos 10 primeiros minutos, pode aumentar a velocidade da transfusão.
- Não pode ser feita coleta após 5 dias da doação por conta que cria anticorpo contra aquela hemácia =
causando uma reação anafilática.
- Coleta de sangue: feita pela veia jugular; é feita tricotomia e antissepsia, animal deve estar contido e se
necessário sedado. É armazenado em bolsas de plástico ou frascos de vidro com vácuo ou
anticoagulante (heparina, citrato ácido dextrose, citrato de sódio etc).