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EMERGENCIA

- Animal com dispneia: primeiro verifica se as vias aéreas estão desobstruídas,


vê se está respirando ou não, verifica a circulação sanguínea.

• Se não estiver: faz a ventilação e auxilia no processo de recirculação.


• Vê se tem alteração neurológica.
• Inspeção.

INTRODUÇÃO
- Réptil se tiver fonte de calor, luz, tá calor no ambiente e no aquário e o animal
fica ali embaixo da fonte de calor: está doente por processo inflamatório.

- Camundongo: animal com processo inflamatório fica mais exposto, se


esconde menos, ou seja, o processo inflamatório influencia no sistema nervoso
e faz ele perder esse instinto de proteção e se expor a predadores.

- Animais silvestres quando hospitalizados devem ser mantidas em local


silencioso, sem a presença de predadores, para minimizar o estresse e favorecer
a resposta do tratamento.

- Espécies pequenas chegam hipoglicêmicas.

• Quadro muito grave: Glicemia 5% IV.


• Animal não está tão debilitado: pode tentar glicemia VO.
CHOQUE
- Entra com coloide para estabilizar a pressão do paciente (traz o líquido para
dentro do sistema vascular) e depois entra com cristaloide para evitar uma
desidratação.

- Hipotermia, hipotensão, hipoglicemia, taquicardia, pulso fraco, extremidades


frias: define um paciente em choque.

LACTATO DE SÓDIO (RINGER LACTATO)


- Metabolização hepática para formação de bicarbonato.

- Usa-se para acidose metabólica (correção de acidose metabólica).

• Animal com vomito e diarreia (principalmente) é indicação de entrar com


ringer lactato, porque a chance de existir acidose é muito alta quando há
diarreia (mesmo se não for muito intensa).

FÁRMACOS
- Lagomorfos e roedores possuem atropinesterase (degrada atropina) então usar
glicopirrolato como substituição.

• CUIDADO COM ATROPINA EM AVES: Pois o anel traqueal é completo e


o pulmão dela não é expansivo e a área de troca gasosa no pulmão da
ave é chamada de capilar respiratório (não tem alvéolos) - tem
parabrônquicos.
• Atropina: controla a sialorreia, mas na ave torna o muco mais viscoso,
podendo trazer problemas na respiração (obstrução).

- Répteis por causa do seu metabolismo lento, apresenta doenças de curso


prolongado e recuperação lenta.
- Aves apresentam metabolismo rápido, ficam rapidamente debilitadas e
subnutridas.

- O objetivo do atendimento emergencial é ESTABILIZAR o tratamento, não


tratar.

- O tratamento de suporte básico deve ser realizado antes do exame clínico, uma
vez que a contenção de animais extremamente debilitados pode ser fatal.

• Tratamento de suporte inicial: suporte com oxigênio e aquecimento.

EQUIPAMENTOS BÁSICOS
- Equipamentos de contenção e segurança.

- Cilindro de oxigênio.

- Fonte de calor e umidade.

MANEJO DA EMERGÊNCIA
- Controle da hemorragia -> desobstrução das vias aéreas -> reestabelecimento
da temperatura fisiológica -> reestabelecimento e monitoração dos sinais vitais
-> terapia definitiva.

PASSO A PASSO DO ATENDIMENTO EMERGENCIAL


- Pesar -> desobstruir vias aéreas e reestabelecer sinais vitais -> suporte com
oxigênio -> corrigir hipo/hipertermia e febre -> reestabelecer volemia -> terapia
definitiva.
SUPLEMENTAÇÃO COM OXIGÊNIO
- Indicação: dispneia, cianose, taquipneia, depressão do SNC, respiração de
bico/boca aberta.

- 50mL/kg/min.

- Répteis: não precisa fazer a suplementação.

• Ventilação é regulada pela temperatura e pressão parcial do oxigênio.


• Aumenta a temperatura, aumenta a demanda de oxigênio = estímulo de
ventilação espontâneo.

- Aquário sem aquecedor aumenta a chance de parasitose.

REESTABELECER E MONITORAR OS SINAIS VITAIS


FREQUÊNCIA CARDÍACA

- Em répteis: sons cardíacos tem amplitude baixa, não audível pelo estetoscópio.

FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA

- Em répteis: padrões diversos, arrítmicos, apneicos, períodos não ventilatórios


de uma hora.

- Jamais pegar uma ave pela frente, porque respira expandindo o tórax/esterno,
tem que pegar por traz, pela frente pode entrar em insuficiência respiratória.

PULSO ARTERIAL PERIFÉRICO

- Avaliação: força, duração e frequência.

- Mamíferos: artéria femoral.

- Aves: artéria metatársica ou basílica.

- Répteis: artéria femoral ou carótida.


- Ausência: assistolia, vasoconstrição periférica grave, hipovolemia, hipotensão.

- Irregular: sem sincronia com batimento cardíaco (arritmia).

- Fraco: baixo DC – doença cardíaca primária, hipovolemia, taquiarritmia.

- TPC e coloração de mucosa: avalia a perfusão, vê se está chegando oxigênio


nos tecidos.

• Choque descompensado: mucosa pálida.

REANIMAÇÃO CARDIO-RESPIRATÓRIA

- Sonda endotraqueal ou aerosacular.

- Ventilação.

- Compressão.

- Epinefrina ou atropina.

• IV, IC, dentro do tubo endotraqueal.

CONTROLE DA HEMORRAGIA

- Compressão.

- Sutura.

- Pó hemostásico.

- Cauterização.

REESTABELECIMENTO DA TEMPERATURA FISIOLÓGICA

- Aves: 29-30ºC hipotermia (penas eriçadas, tremores, extremidades frias).

- Répteis: considerar hipertermia > 38ºC.

- Hipotermia: aquecer.
- Hipertermia tratamento é realizado por meio da oferta de superfície fria, fluido
e prednisolona 5 a 10mg/kg.

- Coloide natural: sangue (transfusão), plasma, albumina.

• Coloide: isotônico com moléculas que não ultrapassam o endotélio


vascular.
• Coloide expande o volume vascular, mas não hidrata.

REESTABELECIMENTO DA VOLEMIA – FLUIDOTERAPIA

- Avaliar o grau de desidratação:

• < 5%: não detectável.


• 5-6%: leve.
• 7-10%: moderada.
• 10-12%: grave.

- Défict: % da desidratação x P.

- 50% do déficit + manutenção – em 12h a 48h.

- 50% restante nas próximas 48h.


- Solução de Hartman: semelhante ao ringer lactato.

- Solução fisiológica: cloreto de sódio.

RINGER + HARTMAN
- Possui lactato: Lactato é metabolizado no fígado, para formar bicarbonato (para
tamponamento no caso de acidose).

- Potássio e cálcio.

• Calcio + transfusão não são compatíveis (por causa do citrato -


anticoagulante -, pois precipita no vaso e pode causar vários problemas).

FLUIDOTERAPIA

- Intracelômica.

- IV.

- SC.

- Intra óssea.

- Anfíbios marítimos (ajusta a fluido na água onde ele fica residente, pois tem
absorção transdérmica).

HIPOTÔNICA X HIPERTÔNICA
- Solução hipotônica: usa em paciente estável, como carreadora a alguma
substância.

• Concentração dela é menor que a concentração plasmática.


• Não se usa em caso emergencial.

- Solução hipertônica: A solução hipertônica de NaCl funciona aumentando o


sódio e a osmolalidade sérica, criando um gradiente osmótico que transfere água
do compartimento intracelular para o interstício.
TRATAMENTO DEFINITIVO – HIPOGLICEMIA
- Sinais clínicos: fraqueza, estado comatoso.

- Tratamento: solução dextrose 50%: 1mL/kg VO ou IV + salina 0,45% ou salina


0,9%.

- Hipoglicemia em aves: glicose menor que 200.

- Hipoglicemia em mamíferos: glicose menor que 60.

- Hipoglicemia em répteis: glicose menor que 30.

TRATAMENTO DEFINITIVO – TRAUMAS


- Fraturas: analgesia, antibioticoterapia, redução da fratura.

- Contusões: analgesia.

- Traumatismo craniano: analgesia, complexo B e manitol, evitar corticoide.

TRATAMENTO DEFINITIVO – FERIDAS


- Limpeza: solução fisiológica ou água oxigenada.

- Analgesia.

- Pomada ou antibiótico e epitelizante.

- Vitamina C.

- Curativo.

- Sutura < 8h.

• Vicryl e categute causa reação em ave, não utilizar.

- Ave ou réptil abscesso é caseoso, tem que retirar.


TRATAMENTO DEFINITIVO – QUEIMADURAS
- Fluido.

- Analgesia.

- Tratamento tópico para evitar infecção secundária.

- Lavagem e debridamento de ferida.

- Complicação: infecção secundária, oliguria, insuficiência renal, septicemia.

TRATAMENTO DEFINITIVO – ELETROCUSSÃO


- Reanimação cardiorrespiratória (fibrilação ventricular).

- Efusão pericárdica.

- Queimaduras.

- Convulsões.

- Fraturas.

- Tratamento: ATB, corticoide, analgesia, fluidoterapia, DMSO tópico.

TRATAMENTO DEFINITIVO – AFOGAMENTO


- Comum em testudines.

- Entubar e inclinar de cabeça para baixo.

- Doxapram.
ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
Dispneia -> se tiver cianose e respiração com a boca aberta, dar suporte de
oxigênio -> estabilizar com fluidoterapia, nutrição e aquecimento -> auscultação
e percussão:

• Descarga nasal/estertor respiratório/espirro -> radiografia, rinoscopia,


swab nasal profundo ou biópsia -> causa infecciosa ou não infecciosa?
Tratamento.
• Amplitude baixa, esforço abdominal, anorexia, depressão -> radiografia,
lavagem broncoalveolar, análise do fluído pleural, biópsia -> causa
pulmonar (pneumonia, abscesso pulmonar, neoplasia) ou causa não
respiratória (trauma, doença cardíaca)? Tratamento.

Choque progressivo descompensatório -> mucosas pálidas, aumento na TPC,


diminuição da temperatura, extremidades frias, aumento da glicemia, diminuição
urina e pressão ->
• Choque cardiogênico (disfunção miocárdica primária)
➢ Choque sistólico (falha na contração cardíaca) -> oxigênio e
manejo.
➢ Choque diastólico (falha no relaxamento cardíaco) -> oxigênio,
toracocentese, manejo de cardiomiopatia primária.
➢ Choque obstrutivo: oxigênio, manejo médico ou cirúrgico,
fluidoterapia de choque.
• Choque hipovolêmico -> oxigênio, aquecimento, fluidoterapia, monitorar
temperatura, monitorar pressão -> resolver a causa (inflamação, infecção,
hemorragia).

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