Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A intervenção deve se basear no ABC do trauma, que hoje em dia pode ser adicionado mais
um A, o AABC.
A = Anestesia
A = Vias Aéreas
B = Boa Respiração
C = Circulação
Anestesia
Na tabela a seguir é possível encontrar protocolos para obter diferentes níveis de sedação:
• Xilazina + dexmedetomodina: xilazina é seguro em doses mais baixas. Pode ser aplicado
também por via transmucosa.
• Midazolam: estimula o apetite e pode gerar excitação paradoxal em animais hígidos
quando feita sozinha, sem associação a outro fármaco.
• Em animais muito excitados pode ser feito protocolo de opioide + midazolam 0,5mg/kg +
cetamina 5mg/kg. Com isso o animal será tranquilizado e será possível pegar acesso
venoso e instituir propofol a 1mg/kg.
O protocolo anestésico deve se basear em qual das seguintes etapas se deseja obter:
Analgesia → qual deverá ser dependendo da DOR do procedimento.
Sedação → qual grau de RELAXAMENTO se deseja obter do paciente.
Dissociativa → permite uma melhor manipulação do paciente. Ex.: Ketamina e Zoletil.
Anestesia → promove INCONSCIÊNCIA. Ex.: Propofol.
Trauma Crânioencefálico
Como protocolo anestésico pode se instituir benzodiazepínicos (evitar convulsões) com propofol,
além de claro providenciar analgesia adequada (evitar morfina).
O animal com trauma crânioencefálico pode estar com hemorragia, edema, inchaço, hipercapnia e
hiperglicemia (↑ índices de mortalidade). Pode apresentar com PA elevada, que não pode ser muito
diminuída para não haver comprometimento da perfusão cerebral.
Para diminuir o edema se institui a terapia hiperosmolar. Corticoides não são preconizados e
aumentam a mortalidade.
Animal em crise e agitado se faz benzodiazepínicos por via retal. Pacientes refratários aos bzdps
podem ser colocados em anestesia geral e se ainda sim continuar entrar com Ketamina.
Atendimento de Emergência em Cães
A = Anestesia
A = Vias Aéreas
B = Boa Respiração
C = Circulação
Anestesia
Tranquilizante:
GABAPENTINA (50 ou 150 mg/gato VO)
→ Pode ser utilizada pré-hospitalar para o paciente já chegar tranquilo a clínica.
Sedação leve:
MEPERIDINA (5 mg/kg IM) + MIDAZOLAM (0,25 mg/kg IM)
Sedação moderada:
METADONA (0,15-0,3 mg/kg IM, OTM) ou BUPRENORFINA (20μg/KgIM) + MIDAZOLAM
(0,5 mg/kg IM)
Sedação pesada:
FENTANIL (2,5-5mcg/kg IV, IM) + MIDAZOLAM (0,5 mg/kg IV, IM) + CETAMINA (3-10 mg/kg
IV, IM)
DEXMEDETOMIDINA (IV→ 1-2mcg/kg; IM→ 5-10mcg/kg; OTM→ 20-40mcg/kg*) +
XILAZINA (IV→ 0,1-0,5 mg/kg; IM→ 0,5-1mg/kg; OTM→ 2mg/kg)
*Dexmedetomidina (preferencialmente) ou Ketamina (10-20 mg/kg) podem ser espirradas em
doses maiores a longa distância (através de cateter sem agulha e seringa) por via oral transmucosa.
Boa Respiração
A forma mais eficiente e prático é através da incubadora quando não é possível sondar a
traqueia. Tomar cuidado para não abrir toda hora a incubadora.
Em casos que a expansão torácica esteja comprometida como, por exemplo, efusão pleural,
é necessário primeiramente anestesiar o paciente.
Obstrução Uretral
Primeira conduta clínica deve ser fazer a cistocentese (há risco de romper mas deve ser feita
mesmo assim) para aliviar a pressão e só depois entrar com analgesia. Somente depois da
cistocentecese de alívio se entra com a retrohidropropulsão.